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JUNÇÕES CELULARES Zônula de Oclusão: - Impermeáveis. - Vedam os espaços entre as células e meio extracelular. - Unidas por claudins. - Impedem o escape do líquido por entre as células, permitindo que uma camada de células atuem como uma barreira permeável. - Exemplo: junções permeáveis entre células epiteliais da bexiga que impedem a urina de ir para o espaço extracelular. Zônula de Adesão: - Ponto de solda entre as células evitando rompimento. - Formado por um complexo de proteínas que podem se estender através da membrana ou ancorar dentro da célula no ponto de junção. - Unidas por caderinas. - Desmossomos, hemidesmossomos e interdigitações. Um desmossomo é caracterizado por duas placas circulares de proteínas, uma em cada célula. De cada placa, partem filamentos de proteínas que atravessam a membrana plasmática e ocupam o espaço intercelular, onde se associam aos filamentos de proteínas da placa adjacente. As junções entre as células adjacentes é mediado por proteínas transmembranas do grupo caderinas. Os hemidesmossomos, assemelham-se aos desmossomos; eles conectam a membrana plasmática das células epiteliais à lâmina basal adjacente, através dos filamentos de queratina. Nos hemidesmossomos não existem as caderinas, mas as proteínas integrinas. Junções Comunicantes: - Canais entre células vizinhas que permitem o transporte de íons, água e outras substâncias. - Formadas por seis proteínas conexinas que juntas formam o conexon. - Exemplo: no músculo cardíaco, o sinal elétrico para se contrair viaja rapidamente entre as células musculares à medida que os íons passam através das junções comunicante, permitindo que as células se contraem juntas. SUPERFÍCIE CELULAR Microvilosidades: - Aumentam a superfície de contato da membrana plasmática e amplia a área de contato com o meio externo, assim há maior capacidade de absorção das células. Cílios: - São estruturas móveis e flexíveis que movimentam fluídos que existem sobre a superfície celular e participam do deslocamento e locomoção das células. Estereocílios: - Prolongamentos citoplasmáticos com a função de facilitar trocas de substancias com o meio extracelular. Invaginações: - São dobras internas da membrana plasmática que possibilitam o intercâmbio de substâncias entre células vizinhas. TECIDO EPITELIAL - Constituído por células justapostas e poliédricas firmemente unidas apoiadas na lâmina basal. - Possui pouca quantidade de líquido/substâncias intercelular. - É um tecido avascular e sua nutrição é feita a partir de difusão das células do tecido conjuntivo adjacente. Epitélio de revestimento: - Formado por células justapostas avascularizadas, entre as quais se encontra pouca substância intercelular; e os nutrientes são recebidos por difusão a partir do tecido conjuntivo adjacente. - Entre o tecido epitelial e o conjuntivo existe uma camada de fixação com células colágenas e muitas proteínas chamada de lâmina basal. - As células do tecido epitelial são unidas através de junções comunicantes que funcionam como forma de adesão e vedante contra substâncias externas (adesão, oclusão e comunicação). - Funções básicas do tecido epitelial: - proteção (pele); - absorção (intestinos); - transporte de substancias; - secreção (glândulas); - excreção (túbulos renais); - troca gasosa (alvéolos pulmonares). - A classificação do tecido epitelial se dá por: - Forma da célula (pavimentosa, cúbica ou cilíndrica). - Número de camadas (simples ou estratificada) - pode ser ainda pseudoestratificada quando as células e núcleos não adquirem o mesmo tamanho. - Especializações (microvilosidades, cílios e estereocílios). Epitélio de transição: - Reveste internamente a bexiga e outros locais ocos do sistema urinário. - Presença de células de dimensões grandes na camada mais superficial do epitélio e mudança de espessura do epitélio e da forma de suas células em função do do estado físico do órgão que revestem. Epitélio de glandular: - Tecido epitelial especializado em secreção celular. - As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após sofrem diferenciação adicional durante a vida fetal. As células glandulares tem como características: - Grande proximidade e adesão entre as células. - Pequena quantidade de matriz extracelular entre as células. - Polaridade das células. - Presença de uma lâmina basal. Glândulas exócrinas: Mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se originaram, possuem ductos tubulares formados por células que transportam a secreção glandular para a superfície do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário. Ex: glândulas sudoríparas, salivares e intestinais. Classificação: - Quanto ao formato: - Quanto ao modo de secreção: - Merócrinas: a secreção é liberada por exocitose, sem perda de outro material celular. - Holócrinas: o produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição das células repletas de secreção. - Apócrino: o produto de secreção, é secretado junto com porções do citoplasma apical das células. - Quanto a natureza da secreção: - Serosas são aquelas que secretam um fluído aquoso; possuem polaridade definida (basofilia no reticulo endoplasmático e acidofilia no complexo de golgi); possuem formato poliédrico com núcleo central definido. - Mucosas são aquelas que secretam um fluido espesso e viscoso, glicoproteico, denominado muco; formato cubóide ou colunar com núcleo oval na parte basal da célula. Glândulas endócrinas: Não possuem ductos, a sua conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento e sua secreção é liberada diretamente na corrente sangüínea e transportada para o seu local de ação. A secreção das glândulas endócrinas contém hormônios. ● Possuem alta taxa de vascularização. As células endócrinas se organizam em glândulas de duas maneiras principais: 1 – glândula endócrina cordonal em forma de cordões de células entre os quais há vasos sanguíneos. 2 – glândula endócrina folicular em forma de esferas microscópicas nas quais as células formam as paredes das esferas e o espaço central da esfera contém o produto de secreção. Células mioepiteliais - Células cuja função é contrair-se em volta da porção secretora ou dos ductos das glândulas e ajudar a expelir os seus produtos de secreção para o exterior, apresentando um formato fusiforme ou de forma estrelado. Elas se organizam longitudinalmente entre a lâmina basal e o pólo basal das células secretoras ou das células dos ductos, e estão conectadas umas as outras por junções comunicantes. TECIDO CONJUNTIVO Possui como função a sustentação e preenchimento do corpo e estruturalmente o tecido conjuntivo possui três componentes: células, fibras e substância fundamental. Há predominância de matriz extracelular, formada pela substância fundamental e pelas fibras. A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. Principais funções: - Preenchimento; - Transporte; - Sustentação; - Defesa. Células do tecido conjuntivo: Fibroblasto: Células em atividade produtiva (quando não, são chamados de fibrócitos). Têm a função de sintetizar fibras do tecido conjuntivo e as proteoglicanas e glicoproteínas da matriz. Células grandes e alongadas com núcleo grande e ovóide e com ramificações citoplasmáticas. Macrófago: Células de defesa muito ativas que contém muitos lisossomos. Têm a função de fagocitar, secretar substâncias que participam do processo imunológico de defesa e atuar como célula apresentadora de antígenos. Células grandes e irregulares derivadas do glóbulos brancos ou leucócitos. Mastócito: Têm formato grande e ovóide e núcleo central esférico. Têm a função de produzir e armazenar mediadores químicos do processo inflamatório - heparina e histamina, anticoagulante e antiinflamatório respectivamente. ● Responsável pelas reações de sensibilidade imediata. Plasmócito: Têm formatogrande e ovóide que possuem um citoplasma basófilo. O núcleo apresenta-se esférico com cromatina em grumos. São células que sintetizam e secretam anticorpos e imunoglobulinas. Os plasmócitos derivam do linfócito tipo B ativado e produz o anticorpo necessário para a resposta do organismo frente à penetração de moléculas estranhas (antígenos). Leucócitos: Os leucócitos ou glóbulos brancos são células especializadas na defesa contra microrganismos agressores. Os leucócitos não retornam ao sangue depois terem residido no tecido conjuntivo, com exceção dos linfócitos que circulam no sangue continuamente em vários compartimentos do corpo. Podem ser: linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos e neutrófilos. Adipócito: Tem a função de armazenar energia sob a forma de triglicerídeos, de proteger e de amortecer. Substancia fundamental: - É um complexo viscoso e altamente hidrofílico, e portanto solúvel. - É composto principalmente de macromoléculas como: glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas de adesão. Estas macromoléculas se ligam a receptores específicos na superfície das células, preenchendo os espaços entre as células e fibras do conjuntivo e, sendo viscosa, atua ao mesmo tempo como lubrificante e como barreira à penetração de microorganismos invasores. - Glicosaminoglicanas: polímeros lineares formado por unidades díssacarídicas compostas de ácido urônico e de uma hexosamina, que se ligam covalentemente à um eixo protéico, formando a molécula de proteoglicano. - Proteoglicanas: são compostos de um eixo protéico associados à um ou mais tipos de glicosaminoglicanas - borda de escova. - Glicoproteínas de adesão: são moléculas de proteínas globulares as quais se associam covalentemente aos glicosaminoglicanos; são proteínas não filamentosas que atuam como mediadoras da interação entre as células e a matriz extracelular. Fibras do tecido conjuntivo: Fibras colágenas: Feixes de fibras constituídas da proteína colágeno (proteína mais abundante). São grossas e resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. Estão presentes na derme e conferem resistência a pele, evitando que ela se rasgue, quando esticada. As fibrilas de colágenos são formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas denominadas tropocolágeno. BIOSSÍNTESE DE COLÁGENO TIPO I Os colágenos são produzidos pelos fibroblastos, cujos ribossomos injetam na luz do retículo endoplasmático rugoso os polipeptídios precursores dos tropocolágenos. Depois, no retículo endoplasmático e no complexo de Golgi, esses polipeptídeos perdem o peptídeos-sinal, sofrem a hidroxilação de parte de duas prolinas e lisinas, são glicosilados, se enrolam tres a tres e se unem através de pontes de hidrogênios formando moléculas de tropocolágeno, que em seguida, é empacotado na parte trans do complexo de Golgi em vesículas secretoras que saem por exocitose do fibroblasto para a matriz extracelular. Em cima disso, agem as enzimas junto a membrana plasmática que que cindem os extremos amina e carboxila da molécula que se transforma no tropocolágeno. Fibras reticulares: As fibras reticulares são formadas por colágeno tipo III, são ramificadas e formam um trançado firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos. Estas fibras não são visíveis em preparados corados pela hematoxilina- eosina (HE), mas pode ser facilmente coradas em cor preta por impregnação com sais de prata. Fibras elásticas: As fibras elásticas são longos fios da proteína elastina (substancia amorfa rica em prolina e lisina). Conferem elasticidade ao tecido conjuntivo, completando a resistência das fibras colágenas. Ligam-se umas as outras formando uma malha, a qual cede facilmente às trações mínimas, porém retomam sua forma inicial logo que cessam as forças deformantes. Divisão do tecido conjuntivo: Tecido conjuntivo propriamente dito: Tecido conjuntivo frouxo: - Preenchimento, apoio e nutrição para o tecido epitelial. - Estando sob a pele de todo o corpo, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. - Desempenha importante papel em processos de cicatrização. - É um tecido delicado, flexível e pouco resistente à tração. - Sua substância fundamental é viscosa e muito hidratada. Essa viscosidade representa de certa forma, uma barreira contra a penetração de elementos estranhos no tecido. Tecido conjuntivo denso: - É adaptado para oferecer mais resistência e proteção. Caracteriza-se por ter predominância de fibras colágenas e pouca substância fundamental amorfa. ● Não modelado: formado por fibras colágenas entrelaçadas, dispostas em feixes que não apresentam orientação fixa, o que confere resistência e elasticidade. Esse tecido forma a cartilagem e a parte profunda da pele chamada derme, que é o tecido conjuntivo da pele. ● Modelado: formado por fibras colágenas dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao tecido características de maior resistência à tensão; ocorre nos tendões - são formados por feixes densos e paralelos de colágeno separados por pouca quantidade de substância fundamental. Tecido conjuntivo com propriedades especiais: Tecido elástico: - Formado por fibras elásticas grossas, por fibras colágenas finas e por fibroblastos. - É um tecido pouco freqüente, sendo encontrado nos ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. Tecido reticular: - Formado por fibras reticulares e por células reticulares que formam uma rede tridimensional (fibroblastos que produzem fibras reticulares). - O tecido reticular cria um ambiente especial para órgãos linfóides e hematopoiéticos. - As células reticulares estão dispersas ao longo da matriz e cobrem, parcialmente, com seus prolongamentos citoplasmáticos, as fibras reticulares e a substância fundamental. O resultado deste arranjo é a formação de uma estrutura trabeculada semelhante a uma esponja dentro da qual as células e fluídos se movem livremente. Tecido mucoso: - Constituídas de fibroblastos. - Há predominância de substância fundamental amorfa e poucas fibras. - Tem aspecto gelatinoso, e é o principal constituinte do cordão umbilical, onde é chamado de Gelatina de Wharton, e encontrado na polpa dental jovem. Tecido conjuntivo adiposo: - Ocorre principalmente sob a pele, exercendo funções de reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolamento térmico. TECIDO ADIPOSO O tecido adiposo é caracterizado por células adiposas, às quais denominamos de adipócitos, que armazenam muita gordura. Estas células possuem um vacúolo central (pode aumentar ou diminuir de acordo com o metabolismo do indivíduo). Histologicamente os adipócitos são esféricos quando isolados, mas tem forma poliédrica quando justapostos para formar o tecido adiposo. Funções do tecido adiposo: - Reserva de energia em forma de triglicerídeos; - Proteção contra choques mecânicos; - Sustentação e preenchimento de espaços; - Secreção de substancias. Tecido adiposo unilocular: - Cada adipócito encontra-se repleto de uma única e grande gotícula lipídica de gordura neutra. - No corpo humano adulto ele existe em maior quantidade. - A cor do tecido unilocular varia entre o branco e o amarelo-escuro, dependendo da dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de caroteno dissolvidos nas gotículas de gordura. - As funções são de reserva energética, de isolante térmico e de proteção contra choques dos órgãos vitais. Ele forma o panículo adiposo, que é uma camada isolante que se localiza abaixo da derme da pele. - Produz a substancia leptina, que torna-se responsável por regular a quantidade de tecido adiposo no corpo. Histogênese: Origina-se no embrião a partir de células derivadas do mesênquima - os lipoblastos. Estas células são parecidas com os fibroblastos, porém logo acumulam gordura no seu citoplasma. As gotículas lipídicas são inicialmente separadas uma das outras, porém muitas se fundem, formando a gotícula única característica da célula adiposa unilocular. Estrutura: Os adipócitosuniloculares são grandes, com a gotícula de lipídio sem membrana em volta, deslocando o núcleo achatado, para a periferia da célula. As organelas ficam concentradas no citoplasma perinuclear. Podem ser visualizadas mitocôndrias compridas, típicas das células adiposas. Tecido adiposo multilocular: - O tecido adiposo multilocular é chamado também de tecido adiposo pardo, por sua cor característica. Essa cor é devida à vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias presentes em suas células. Por serem ricas em citocromos, as mitocôndrias têm a cor avermelhada. - O tecido pardo é de distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas. - Como este tecido não cresce, sua quantidade no adulto é extremamente reduzida. - Sua principal função é a termorregulação. Histogênese: Ao longo do processo embrionário, as gotículas adquirem um aspecto de glândula antes de acumularem gordura. Estrutura: As células do tecido adiposo multilocular são menores que as do tecido adiposo comum e tem forma poligonal, o citoplasma é carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos e contém numerosas mitocôndrias, cujas cristas são particularmente longas, podendo ocupar toda a espessura da mitocôndria, apresentam o núcleo arredondado e centralizado. No tecido adiposo multilocular as células tomam um arranjo elipsóide, formando massas compactas em associação com capilares sanguíneos, lembrando as glândulas endócrinas. TECIDO CARTILAGINOSO - Forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. - Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, onde absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos na articulação. - A cartilagem é essencial para a formação e crescimento do osso longo, na vida intra-uterina e depois do nascimento. Estrutura geral: ₋ Células - condrócitos (células arredondadas com núcleo ovóide e retículo endoplasmático/ complexo de golgi bem desenvolvidos). ₋ Abundante material extracelular, que constitui a matriz. ₋ Cavidades da matriz ocupada pelos condrócitos - lacunas. ₋ Uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos, constituindo os grupos isógenos. ₋ Ausência de vasos sangüíneos, ausência de vasos linfáticos e ausência de nervos - a nutrição é feita pelo pericôndrio (camada de tecido conjuntivo que envolve as cartilagens e permitem o seu crescimento). Cartilagem hialina: É o tipo mais freqüente encontrado no corpo humano. Forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo. Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, de cartilagem hialina, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão. No adulto, a cartilagem hialina é encontrada na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos (articulação com grande mobilidade). Matriz extracelular: É formada por fibrilas de colágeno tipo II associadas ao ácido hialurônico, proteoglicanas hidratadas, glicoproteínas e CONDRONECTINA (glicoproteína estrutural com sitio de ligação para condrócitos e fibrilas de colágeno tipo II e glicosaminoglicanas; participa da associação do arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos). Condroblastos e condrócitos: Na periferia da cartilagem hialina encontram-se condroblastos: - Células jovens com alto poder de síntese. - Apresentam forma alongada. - Sintetizam os elementos da cartilagem. - Células secretoras de colágeno (tipo II) e da substância fundamental (proteoglicanas, glicosaminoglicanas e as glicoproteínas de adesão, como a condronectina). Mais profundamente encontram-se os condrócitos: - São arredondados e aparecem em grupos de até oito células - grupos isógenos, porque suas células são originadas de um único condrócito. Nutrição: Os nutrientes trazidos pelo sangue atravessam o pericôndrio, penetram na matriz da cartilagem e vão ate os condrócitos mais profundos. Isto ocorre por difusão através da água de solvatação e o bombeamento promovido pelas forças de compressão e descompressão exercidas sobre a cartilagem. A falta de capilares sanguíneos limita a espessura máxima das cartilagens. O funcionamento dos condrócitos depende de um balanço hormonal adequado. Pericôndrio: - Camada de tecido conjuntivo denso rico em colágeno do tipo I que envolve as cartilagens hialinas, exceto as cartilagens articulares. - Fonte de novos condrócitos para o crescimento. - É responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, porque nele está localizado vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes no tecido cartilaginoso. Histogênese (origem embrionária): - Origem do mesênquima -o mesênquima superficial vai formar o pericôndrio. 1. Arredondamento das células mesenquimatosas e formação de condroblasto. 2. Síntese da matriz pelos condroblastos, o que afasta essas células uma das outras. 3. Diferenciação das cartilagens do centro para a periferia, de modo que as células mais centrais já apresentam as características de condrócitos, enquanto as mais periféricas são condroblastos típicos. Crescimento da Cartilagem: - Crescimento intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes; - Crescimento aposicional, que se faz a partir das células do pericôndrio. Ambos produzem fibrilas colágenas e a substância fundamental. Cartilagem elástica: Encontrada na orelha externa e interna, epiglote, cartilagem cuneiforme da laringe. É constituída de fibrilas de colágeno tipo II, de fibras elásticas e de substância fundamental. As principais funções são: sustentação e flexibilidade. A cartilagem elástica apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição. Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem: Encontrada nos discos intervertebrais, sínfise púbica, em tendões e ligamentos na inserção de músculos. Apresenta acidofilia por conter grande quantidade de fibras colágenas tipo I e pouca matriz extracelular. As fibras de colágeno constituem feixes, que seguem uma orientação aparentemente irregular ou um arranjo paralelo. Essa orientação é influenciada pelas forças que atuam sobre a fibrocartilagem. Não existe pericôndrio, sua nutrição é feita pelo líquido sinovial. Apresenta a função de sustentação e resistência. Discos intervertebrais: Estruturas fibrocartilaginosas localizadas entre os corpos das vértebras que promovendo união, alinhamento, mobilidade e absorve as forças de tração muscular. Constituído por um anel fibroso formado por fibrocartilagem e um núcleo pulposo formado por células arredondadas, dispersa no líquido composto por ácido hialurônico. TECIDO ÓSSEO O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo. A mineralização da matriz proporciona dureza ao tecido, sendo que, a matriz colágena concede certa flexibilidade. Graças a essa flexibilidade, suas estruturas são demasiadamente dinâmicas, crescem, remodelam e mantêm sua atividade durante toda a vida do organismo. Funções: - Constituinte principal do esqueleto, serve de suporte para as partes moles e protege órgãos vitais. - Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue. - Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, dando movimento e força na contração muscular; - Funciona como depósitos de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando os ou libertando-os de maneira controlada, para manter constante a concentração desses importantes íons nos líquidos corporais. Constituintes: Formado por células, e material extracelular calcificado, a matriz óssea. A matriz apresenta 50% de parte orgânica e 50% de material mineral. - Parte orgânica: - 95% colágeno tipo I; - Glicosaminoglicanos e proteoglicanos semelhantes aos da cartilagem; - Glicoproteínas adesivas com, por ex. a osteonectina que faz a ligação ao colágeno e aos proteoglicanos. - Parte inorgânica - Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio que formam cristais de hidroxipatita.Células do tecido ósseo: Células osteoprogenitoras: - Células mesenquimatosas com poder de diferenciar se e proliferar-se em células formadoras de tecido ósseo, os osteoblastos. - São encontradas em quase todas as superfícies livres dos ossos (endósteo, periósteo, trabéculas de cartilagem calcificada). - Durante a fase de crescimento dos ossos e reparações de lesões ósseas, as células osteoprogenitoras são mais ativas e também aumentam a sua atividade originado novos osteoblastos para o tecido ósseo. Osteoblastos: - Sintetizam parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas; concentram fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. - São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do osso periósteo (membrana fina que reveste o osso). Fazem a regeneração óssea após fraturas. - REG e Golgi abundantes que significam basofilia. Osteócitos: - Localizados lacunas dentro da matriz óssea; das lacunas formam-se canalículos, onde no seu interior os prolongamentos dos osteócitos fazem contatos por meio de junções comunicantes, podendo passar poucas moléculas e íons de um osteócito para o outro. Osteoclastos: - Células grandes com origem em células da medula óssea. - Participam dos processos de reabsorção e remodelação do tecido ósseo. Nos osteoclastos jovens, o citoplasma apresenta uma leve basofilia. - Dilatações dos osteoclastos, através da sua ação enzimática, escavam a matriz óssea, formando depressões conhecidas como lacunas de Howship. Periósteo e endósteo: O periósteo reveste a superfície do osso e da nutrição ao tecido; é formado por células osteoprogenitoras, fibras colágenas e fibroblastos. O endósteo é constituído por uma camada de células osteogênicas achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Havers e os de Volkmann. - As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e a recuperação do osso. Tipos de tecido ósseo: - Classificação anatômica: - Osso compacto: constituído de partes sem cavidades. - Osso esponjoso: constituídos por partes com muitas cavidades intercomunicantes. ● As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea vermelha. - Classificação histológica: - Osso primário. - Osso secundário. Tecido ósseo primário: - O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento e reparamento de fraturas, sendo temporário e substituído por tecido secundário. - Fibras colágenas irregulares sem orientação definida. - Menos minerais e mais osteócitos. Tecido secundário (lamelar): - Fibras colágenas organizadas paralelas ou em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando os sistemas de Havers ou ósteon. Organização de um osso lamelar. Histogênese do tecido ósseo: O osso forma-se a partir de dois tipos de ossificação: - Intramembranosa: dá-se em ossos chatos e curtos, a partir de células mesenquimatosas, formação de vários centros de ossificação primário (blastema ósseo), mas antes dividem-se e formam a matriz óssea; estas originam trabéculas de osso com os osteócitos no seu interior e osteoblastos a periferia. - Mesênquima - Osteoblastos - Sintetização de osteóide - Produção de matriz - Osteócitos - Centros de ossificação. - Endocondral: ocorre nos ossos longos; necessita de um molde cartilaginoso de hialina em miniatura onde surgem o centro de ossificação primário que são enervados por vasos que trazem as células osteoprogenitoras; forma-se a matriz e os condrócitos sofrem mutações até a apoptose para diminuir a cartilagem presente; ocorre progressão da matriz óssea para a periferia do osso e a formação de osso secundário na epífise; substituição de cartilagem por tecido ósseo. - Portanto, o osso se forma a partir de 1 centro de ossificação primário e 1 colar periostal (na diáfise) e de 1 centro de ossificação secundário nas epífises e cresce a partir do disco epifisário. * A placa epifisária é a estrutura responsável pelo crescimento em extensão, que vai sendo substituída por tecido ósseo. Zonas do disco epifisário: - Zona de repouso– onde existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica. - Zona de cartilagem seriada – os condrócitos se dividem rapidamente e formam fileiras paralelas de células achatadas e empilhadas no eixo longitudinal do osso. - Zona de cartilagem hipertrófica – cavidades dos condrócitos aumentam de tamanho e morte dos condrócitos por apoptose. - Zona cartilagem calcificada – nessa zona ocorre a mineralização da matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos. - Zona de ossificação – esta é a zona em que aparece o tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea. Reparo de fraturas e Consolidação óssea: 1. Hemorragia devido a lesão dos vasos sanguíneos e destruição da matriz. 2. Remoção do coágulo pelos macrófagos. 3. Proliferação do periósteo e do endósteo formando o osso primário por ossificação intramembranosa e endocondral. Formação do calo ósseo. 4. Formação do osso secundário e há reabsorção de todo resto para o osso ficar com a forma habitual. TECIDO MUSCULAR Caracterizado por: - Contratilidade. - Excitabilidade. Constituído por células alongadas, em forma de fibras, que se dispõe agrupadas em feixes. Essas células são caracterizadas pelo seu formato alongado, uma especialização é a função de contração e distensão das fibras musculares, formada por numerosos filamentos proteicos de actina (miofilamentos finos) e miosina (miofilamentos grossos). O grau de contração muscular segue dois fatores: 1. Relacionado à intensidade do estímulo. 2. Relacionado à quantidade de fibras estimuladas. Funções do tecido muscular: - Movimento do corpo. - Movimento de substâncias dentro do corpo. - Estabilização das posições do corpo e regulação do volume dos órgãos. - Produção de calor: um subproduto da contração muscular é o calor. Regeneração do tecido muscular: - O músculo cardíaco: não se regenera, e nas lesões as partes destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz. - O músculo liso possui regeneração eficiente. Ocorrendo lesão as fibras musculares lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o tecido. Na parede dos vasos sanguíneos há participação dos pericitos, que se multiplicam por mitose originando novas células musculares lisas, ocorrendo a regeneração. - No tecido muscular esquelético há pouca capacidade de regeneração que acontece devido aos mioblastos, que são células satélites. O tecido muscular tem nomenclatura celular especial: Fibra : célula muscular. Sarcoplasma: citoplasma. Sarcolema: membrana plasmática. Miofibrilas: fibrilas contráteis (actina e miosina). Caracterização histológica do tecido muscular: TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO - Células: alongadas multinucleadas organizadas em grupos de feixes envolvidos por tecido conjuntivo denso. - Epimísio: membrana de tecido conjuntivo que envolve o músculo. - Perimísio: membrana de tecido conjuntivo que envolve um feixe de fibras. - Endomísio: membrana de tecido conjuntivo que envolve uma fibra. - Sarcômero: filamentos de actina e miosina onde é realizado a contração. - Estrias transversais: unidades contráteis - miofibrilas que são filamentos que proteínas que se unem em bandas formando um sarcômero. - Filamentos: actina, miosina, tropomiosina e troponina. Contração muscular: - Os filamentos grossos são formados de miosina e a actina, tropomiosina e troponina formam filamentos finos. - A actina e a miosina são cadeias proteicas que se deslizam para encurtare alongar a fibra muscular devido a liberação de cálcio após um comando nervoso. O cálcio atua sobre a troponina, mudando a configuração das três das suas unidades deixando exposto o sítio de ligação da actina com a miosina, ocorrendo a interação das cabeças da miosina com a actina, iniciando a contração muscular. TECIDO MUSCULAR CARDÍACO Este tecido possui contração involuntária, vigorosa e rítmica. Características histológicas: - É constituído por células alongadas e ramificadas com um núcleo ou dois núcleos centrais. As células estão unidas entre si, através de suas extremidades, por estruturas especializadas: os discos intercalares. Estas junções permitem a adesão entre as fibras e a passagem de íons ou pequenas moléculas de uma célula a outra. - Apresentam estrias transversais curtas e não tão evidentes, mas não se agrupam em miofibrilas. - As fibras cardíacas são envolvidas por um envoltório de filamentos de proteínas, o endomísio. Não há perimísio e nem epimísio. - Quase metade do volume celular é ocupado por mitocôndrias, o que reflete a dependência do metabolismo aeróbico e a necessidade contínua de ATP. - O tecido conjuntivo preenche os espaços entre as células e os seus capilares sanguíneos oferecem oxigênio e nutrientes. Peptídeo Natriurético Natural: O peptídeo natriurético atrial é um peptídeo secretado por células musculares cardíacas atriais. Seu papel é normalizar a volemia sanguínea e a pressão arterial quando a musculatura cardíaca for excessivamente distendida. TECIDO MUSCULAR LISO Presente nos órgãos viscerais, sua principal característica é a ausência de estriações. Este tecido possui contração involuntária e lenta. Características Histológicas: - As células são uninucleadas, alongadas e com extremidades afiadas. - Não apresenta estriações. Isto porque, os filamentos de actina e miosina não se organizam no padrão regular apresentado por células estriadas. - As células estão unidas por meio de junções do tipo gap e de zonas de oclusão. - No tecido muscular liso não é encontrado perimísio e nem epimísio. Síntese proteica: - Colágeno. - Elastina. - GAGs. - Fatores de crescimento. Contração: - Ocorre em todas direções e em todos os sentidos. TECIDO NERVOSO - Principal regulador e controle das funções motoras e sensíveis. O sistema nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e Sistema Nervoso Periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais tecidos são compostos pelos neurônios e células da glia. Células do tecido nervoso: Neurônios – os quais são responsáveis pelas funções receptivas. Células da Glia ou Neuróglia – as quais são responsáveis pela sustentação e pela proteção dos neurónios. Neurônios - são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a excitabilidade e a condutibilidade. Excitabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos. A condutibilidade é a propriedade de transmissão das ondas de excitação em alta velocidade e em pouco tempo. - Pericário ou corpo celular: é nesta estrutura que se dá a sintese proteica, sendo também nesta aqui que ocorre a convergência das correntes eléctricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo celular neuronal contém apenas um núcleo que se encontra no centro da célula. É também nesta estrutura que estão alojadas todas as funções celulares em geral. - Dendritos: São prolongamentos especializados em receber e transportar os estímulos das células sensoriais, dos axônios, e de outros neurônios. Possuem múltiplas ramificações e extremidades arborizadas, o que lhes dá a capacidade de receber múltiplos estímulos de vários neurônios de maneira simultânea. - Axônios: são prolongamentos únicos especializado na condução de impulsos, que transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares). Normalmente existe apenas um único axônio em cada neurônio. Classificação dos neurônios: - Quanto à forma: Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio Bipolares: possuem um dendrito e um axônio. Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamente único, mas este se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central. - Quanto à função: Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras musculares. Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente. Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos. As células da glia - possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-os unidos. - Astrócitos: formato de estrela, com muitos prolongamentos; em grande quantidade, apresentam-se como astrócitos protoplasmáticos, localizados na substância cinzenta; e astrócitos fibrosos localizados na substância branca. Têm função de sustentação e participação da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios devido a transferencia de íons do sangue para a célula pelos seus prolongamentos. - Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Os oligodendrócitos têm prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina. - Micróglia: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes na substância branca e cinzenta. São células fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema nervoso central. - Células de Schwann: participam da mielinização dos neurônios, porém se localizam em volta do sistema nervoso periférico. Cada célula de Schwann forma uma bainha de mielina em torno de um segmento de um único axônio. Essa bainha de mielina atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio, porém, não é contínua, entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha, gerando uma constrição denominada nódulo de Ranvier. * Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. Em uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro. Sistema Nervoso Central: Constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal. Como não contém um estroma de tecido conjuntivo, o sistema nervoso central tem a consistência de uma massa mole. Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal mostram regiões brancas (substância branca) e regiões acinzentadas (substância cinzenta). A distribuição da mielina é responsável por essa diferença de cor, que é visível a fresco. - Os principais constituintes da substância branca são axônio mielinizados, oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui também outras células da glia. A substância branca não contém corpos de neurônios. - A substância cinzenta é formada de corpos de neurônios, dendritos, a porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Na substância cinzenta têm lugar as sinapses do sistema nervoso central. A substância cinzenta predomina na superfície do cérebro e do cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o córtex cerebelar, enquanto que a substância branca predomina nas partes mais centrais. Proteção do Sistema Nervoso Central: O sistema nervoso central é protegido por três envoltórios formados por tecido conjuntivo denso denominados como meninges: - Piamáter: localizada mais intimamente ao sistema nervoso, é impossível de ser totalmente removida sem remover consigo o próprio tecido nervoso, essa camada é altamente vascularizada. - Aracnóide:situada entre a Piamáter e Duramáter, é provida de trabéculas que permite a circulação do líquido cefalorraquidiano. - Duramáter: trata-se do envoltório mais externo e mais forte, constituída de tecido conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. A duramáter que envolve a medula espinhal é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois, o espaço peridural. Sistema nervoso periférico: Os componentes do SNP são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Fibras nervosas - são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. O tecido conjuntivo que reveste um axônio e suas bainhas envoltórias é chamado de endoneuro. As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo, chamada epineuro. - Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios. Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser: - Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos receptores até o sistema nervoso central; - Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso central para os órgãos efetores; - Misto: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os mais comuns no organismo. Gânglios - são acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Em sua maior parte são órgãos esféricos, protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados a nervos. Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser sensoriais (aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes). Sistema Nervoso Autônomo: Parte do sistema nervoso que está relacionada ao controle da vida vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão. É também o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às modificações do ambiente. Dessa maneira, pode-se perceber que o organismo possui um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo assim o equilíbrio do corpo: a homeostasia. O SNA é dividido em duas partes: - Sistema nervoso simpático (toracolombar). - Sistema nervoso parassimpático (craniossacral). * Normalmente as fibras nervosas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos secretam dois neurotransmissores principais: noradrenalina e acetilcolina. As fibras que secretam noradrenalina ativam receptores adrenérgicos, e as que secretam acetilcolina ativam receptores colinérgicos.
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