Buscar

Lesão por pressão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fisiopatologia vascular e dermatológica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
ÚLCERAS / LESÕES POR PRESSÃO 
LESÃO POR PRESSÃO é uma lesão que ocorre 
de forma localizada e em regiões que possuem 
proeminência óssea, secundária a um aumento 
de pressão externa ou pressão em combinação 
com cisalhamento. 
 Acometem na maioria das vezes, 
pessoas com mobilidade e sensibilidade 
reduzidas, destacando a restrição ao 
leito, cadeirantes e idosos debilitados. 
Além disso, o fato nutricional é um fator 
importante para o aparecimento e 
desenvolvimento de uma lesão por 
pressão. 
 
 
 
ESCARA: utilizado para caracterizar tecidos 
dessecados e comprimidos de coloração negra 
(necrose), consistência dura e seca aderido à 
superfície da pele. 
 
Abaixo do nível da escara podem estar 
presentes duas situações: 
1) mais tecido necrótico; 
2) presença de tecido esbranquiçado / 
amarelado que indica sinal de infecção. 
 
 
Pode ser dividida em dois tipos: 
1) Liquefativa (seta amarela): tecido 
delgado de coloração amarelada. 
2) Coagulativa (seta azul): as células 
convertem-se em uma lápide acidófila e 
opaca de coloração negra. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Tem maior incidência em pessoas que 
estão acamadas por muito tempo ou 
encontram-se restritas a leitos de 
hospitais. 
Podem causar morbidade e mortalidade 
consideráveis, a pele é um tecido de proteção, 
quando ela está lesada, micro-organismos 
conseguem entrar no interior do corpo 
humano. 
 25-85% dos pacientes com paraplegia 
desenvolverão alguma úlcera por 
pressão em algum momento da vida. 
 Idosos internados em clínicas em 
geriátricas apresentam 35% de úlceras 
por pressão avançadas. 
FISIOPATOLOGIA: 
 Mudanças degenerativas da pele: pele 
desidratada, turgor diminuído, derme 
atrofiada devido à diminuição do tecido 
adiposo. 
Não utilizar: escara só é empregada quando 
existir um tecido necrótico na região de 
lesão por pressão. 
Fisiopatologia vascular e dermatológica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
Essas mudanças estão associadas a forças de 
pressão e cisalhamento. Isso irá diminuir a 
circulação sanguínea causando isquemia, 
ocasionando em morte celular (necrose 
tecidual). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CISALHAMENTO é o processo de deformação 
da pele que ocorre quando as forças que agem 
sobre ela provocam um deslocamento em 
planos diferentes. Obs.: existe um movimento de 
vai e volta em sentidos contrários. 
>>>>>>>> 
PELE 
<<<<<<<< 
PRESSÃO é o processo de deformação da pele 
que ocorre quando as forças que agem sobre 
ela provocam um deslocamento no mesmo 
plano. 
>>>>>>>> 
PELE 
>>>>>>>> 
Os locais de maior risco para as úlceras de 
pressão são as seguintes: região sacral, 
occipital, escapular (espinha, acrômio), 
cotovelo, trocânter, crista ilíaca, joelho, 
maléolos, calcâneo. 
 
FATORES DE RISCO: 
 Pessoas com perda da sensibilidade 
(lesado medular); 
 Idoso incapacitado; 
 Pessoa incapaz ou com dificuldade de 
mobilidade do corpo; 
 Doenças degenerativas; 
 Tolerância tecidual reduzida (pele 
frágil); 
 Incontinência urinária ou intestinal 
(fralda); 
 Desnutrição ou obesidade. 
CLASSIFICAÇÃO: 
ESTÁGIO I: 
denominado de 
hiperemia não 
branqueável da 
pele intacta, ou 
seja, é 
caracterizada 
por uma hiperemia persistente (a pele 
permanece hiperemiada mesmo depois de 
cessar a pressão) com aspecto de assadura que 
As forças de pressão fazem com que ocorra 
uma pressão aumentada em alguma região do 
corpo, desencadeando o seguinte processo: 
O capilar fica comprimido desenvolvendo uma 
pressão menor, onde a pressão intersticial 
excede a pressão de perfusão intracapilar, isso 
faz com que exista impedimento do transporte 
de nutrientes e O2 aos tecidos, gerando uma 
isquemia tecidual. Se essa pressão é mantida 
por mais tempo do que o necessário à 
recuperação do tecido, ocorre a liberação de 
fatores inflamatórios, provocando edema e 
piorando a isquemia. Obs.: tudo isso é fator de 
necrose tecidual, onde existe a redução das 
proteínas necessárias à proteção de tecidos 
lesados. 
Fisiopatologia vascular e dermatológica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
pode está acompanhada de dor, calor, edema e 
pele endurecida. 
ESTÁGIO II: 
existe perda 
parcial da 
espessura da 
derme, 
apresentando 
uma úlcera 
superficial 
com leito de ferida vermelho-rosa. Também 
podem apresentar uma bolha preenchida com 
soro ou seronsanguinolenta instacta ou 
rompida. 
ESTÁGIO III: 
perda total da 
espessura do 
tecido, dessa 
forma o tecido 
adiposo pode 
ser visível, 
porém não há 
exposição de osso, tendão ou músculo. 
ESTÁGIO IV: 
ocorre perda 
total da 
espessura de 
tecido com 
tendão, osso 
ou músculo 
exposto. Pode 
ser considerada uma necrose, quando se existe 
a presença de pedaços de tecidos coagulados 
ou esfacelos presentes. 
CUIDADOS PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERAS: 
1) A patologia de base da úlcera deve ser 
tratada, se possível (a doença que fez o 
paciente ficar restrito ao leito). 
2) A pressão deve ser aliviada ou removida 
por medidas adequadas para evitar mais 
danos teciduais, isso ocorre através das 
mudanças de decúbitos. 
 
3) A nutrição é importante para a 
cicatrização das úlceras de pressão: 
 Fornecer calorias suficientes; 
 Fornecer quantidade adequada de 
proteínas; 
 Fornecer e incentivar a ingestão 
diária adequada de líquidos para a 
hidratação; 
 Fornecer vitaminas e minerais 
adequados. 
4) Na existência de lesão por pressão, o 
cuidado da úlcera deve ser otimizado: 
 Se houver necrose ou esfacelos, 
considere o desbridamento para 
remover o tecido desvitalizado no 
leito da ferida; 
 Limpar a úlcera por pressão e pele 
ao redor, remover detritos em cada 
mudança de curativo para minimizar 
a contaminação; 
 Usar coberturas apropriadas para a 
manutenção da umidade. 
FISIOTERAPIA: 
 Promove mudanças de decúbito; 
 Exercícios passivos (nas posições de 
drenagem facilitam o retorno venoso e a 
oxigenação do local, além de evitar a 
instalação de edemas); 
 Observa o estado geral do paciente, bem 
como a integridade física da pele e 
deambulação precoce. 
 Recursos eletrotermofototerapêuticos 
apresentam efeito cicatrizante: 
Fisiopatologia vascular e dermatológica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
- Laser, caneta 660 (grau I e II), 904 (grau III e 
IV); 
Na hora de aplicação do laser, deve ser utilizado 
um revestimento em papel filme da caneta e do 
tecido da lesão por pressão. Além disso, a 
aplicação deve ser pontual (das extremidades 
para o centro). 
- Microcorrentes (acelera em até 500% a 
produção de ATP, sendo uma molécula de 
grande responsabilidade pela síntese proteica e 
regeneração tecidual devido a sua participação 
em todos os processos celulares). 
Colocação dos eletrodos: polo negativo próximo 
à lesão (efeito bactericida) e polo positivo 
próximo à lesão (efeito cicatrizante).

Continue navegando