Prévia do material em texto
Vigilância em Saúde AULA 1 – HISTÓRICO DO CONCEITO SAÚDE HISTÓRICO NO MUNDO • Antigos Hebreus: o Deus é o grande médico o Leprosário (isolamento social) • Gregos o Mitologia (deuses) o Hipócrates (pai da medicina); teoria dos humores • Gregos o Aristóteles (4 humores: Bile amarela, bile negra fleuma e sangue) o Galeno: doença: causa endógena, física e hábitos de vida • Oriente: pensamento hipocrático; desarmonia: doença, acupuntura e yoga • Idade média: cristianismo (doença = pecado); cuidado de doentes. • Idade média: paracelsus (melhores remédios são químicos, como mercúrio usado na sífilis) Século XIX • Pasteur: microorganismos causadores de doenças; microscópio; soros e vacinas • Surgimento da medicina tropical, endemias e epidemias • Jhon Snow: cólera, estudos epidemiológicos, indicadores. Após a 1° Guerra mundial: liga das nações sem consenso do que seria saúde Após a 2° GM: ONU OMS 1978 (alma ata): protocolos internacionais de saúde. • Cuidados essenciais • Cuidados primários Entre 1828 e 1840, o rio de janeiro foi assolado por varias epidemias de febre amarela, febre tifoide, varíola e sarampo, entre outras em 1850 houve a criação de um órgão (comissão central de saúde pública) para dirigir as ações de controle da saúde no período colonial, a tuberculose chamou a atenção das autoridades públicas, mas nenhuma ação concreta foi tomada para impedir sua disseminação as santas Casas de misericórdia foram os únicos refúgios que os tuberculosos pobres tiveram para hospitalização até o final do século XIX no começo do século XX foi iniciado o combate efetivo à febre amarela com Oswaldo cruz no rio de janeiro e Emílio Ribas, entre outros, em são Paulo. O governo federal conseguiu conter o avanço da febre amarela, da varíola, da febre tifoide e da “peste do oriente”, entre outras. Carlos chagas, sucedeu a Oswaldo cruz e, em 1920 criou um órgão especifico para luta contra tuberculose, lepra e as doenças venéreas. Nos anos 50, implantação doo IEC no controle das arboviroses. Governo Getúlio Vargas (1951-1954): criação do ministério da saúde Em 1970, o governo criou a SUCAM (superintendência de campanhas de saúde pública) com a atribuição de executar as atividades de erradicação e controle de endemias Em 1988, foi promulgada a nova constituição do Brasil, em 1990, o governo editou as leis 8.080 • Art 196. A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. LEI N° 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 • Art. 3° a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física¸ o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. • Art. 2° a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício • Art. 5° são objetivos do sistema único de saúde: I. A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde II. A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância dos dispostos no §1°do art. 2° desta lei. III. A assistências Às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. PACTO PELA VIDA As prioridades atuais do PACTO PELA VIDA são: I. Atenção à saúde do idoso II. Controle do câncer de colo uterino e de mama III. Redução da mortalidade infantil e materna IV. Fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids. V. Promoção da saúde VI. Fortalecimento da atenção básica VII. Saúde do trabalhador VIII. Saúde mental IX. Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência X. Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência XI. Saúde do homem PACTO EM DEFESA DO SUS O pacto em defesa do SUS pressupõe: • Discutir nos conselhos municipais e estaduais as ações e estratégias para concretização desta proposta • Priorizar espaços com a sociedade civil para realizar as ações previstas • Lutar por adequado financiamento. PACTO DA GESTÃO DO SUS O pacto de gestão pressupõe: • Assumir de maneira efetiva as responsabilidades sanitárias inerentes de cada esfera de gestão • Reforçar a territorialização da saúde como base para a organização dos sistemas, estruturando-se as regiões sanitárias • Instituir colegiados de gestão regional • Buscar critérios de alocação equitativa dos recursos financeiros • Reforçar os mecanismos de transferências fundo-a fundo entre gestores. INTEGRAÇÃO AB X VS 2017 – Integração do processo de trabalho da atenção básica e vigilância em saúde, ações de vigilância inseridas nas atribuições de todos os profissionais da AB, definidas atribuições comuns dos ACS e ACE (PNAB – portaria GM/MS 2.436, de 21 de setembro) A integração entre vigilância em saúde e atenção básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendem as necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade O QUE SERIA VIGILÂNCIA EM SAÚDE? VGILÂNCIA EM SAÚDE Tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. RESOLUÇÃO N° 588, DE 12 DE JULHO DE 2018 Resolve • Art. 1° fica instituída a política nacional de vigilância em saúde (PNVS), aprovada por meio desta resolução. • Art. 2° a política nacional de vigilância em saúde é uma política publica de estado e função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal e orientador do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua gestão responsabilidade exclusiva do poder público. Atuação da vigilância em saúde: • Epidemiológica • Ambiental • Saúde do trabalhador • Imunização • Sanitária • Infraestrutura Responsável pela informação para ação e intervenção que reduzam riscos e promovam a saúde nos territórios, articulando-se às redes de atenção à saúde Função essencial do SUS Sua ação considera os complexos fenômenos econômicos, ambientais, sociais e biológicos que determinam o nível e a qualidade da saúde das brasileiras e dos brasileiros, em todas as idades, visando controlar e reduzir riscos. • Vigilância epidemiológica • Vigilância sanitária • Vigilância em saúde do trabalhador • Vigilância em saúde ambiental Na constituição federal de 1988: Art. 200. Ao sistema único de saúde compete[...] II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador. Na lei 8.080/90 Art. 6° esta incluídas ainda no campo de atuação do sistema unico de saúde – SUS: I – Execução de ações: a) De vigilância sanitária b) De vigilância epidemiológica c) De saúde do trabalhador d) De assistência integral, inclusive farmacêutica. VIGILÂNCIA SANITÁRIAConjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde, e de intervir nos problemas sanitários de correntes do ambiente, da produção e circulação de bens, e da prestação de serviços do interesse da saúde VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Conjunto de ações que proporcionam: conhecimento, detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR Conjunto de ações que visam: promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos, e vulnerabilidades na população trabalhadora por meio da integração de ações que intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes, decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho. VIGILÂNCIA AMBIENTAL Conjunto de ações e serviços que propiciam: O conhecimento e da detecção e mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde. NÍVEIS DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS Processo saúde doença PREVENÇÃO PRIMÁRIA Promoção da saúde • Moradia adequada • Escolas • Área de lazer • Alimentação adequada • Educação em todos os níveis • Educação em saúde • Atividade física regular • Saneamento básico. Proteção especifica • Imunização • Saúde o trabalhador • Higiene pessoal e do lar • Proteção contra acidentes • Aconselhamento genético • Controle de vetores e de reservatórios • Uso de preservativos e seringas descartáveis PREVENÇÃO SECUNDÁRIA Diagnóstico precoce • Descoberta de casos na comunidade • Exame periódicos • Isolamento para evitar propagação de doenças • Tratamento para evitar progressão da doença Limitação da incapacidade • Evitar futuras complicações • Evitar sequelas • Reduzir risco de transmissão da doença PREVENÇÃO TERCEÁRIA • Reabilitação • fisioterapia • Terapia ocupacional • Emprego para o reabilitado • Redução da dependência familiar e social • Melhoria da qualidade de vida MEDIDAS DE CONTROLE DE DOENÇA MEDIDAS EM SAÚDE • Índice: refere-se a todos os descritores da vida e da saúde (nascimento, doenças, óbitos) • Indicadores: é o índice crítico capaz de orientar a tomada de decisão • Coeficiente: descreve fenômenos observados (número de habitantes) • Taxas: medidas auxiliares nos cálculos de estimativas e projeção (coeficiente de natalidade) MEDIDAS DE CONTROLE DE DOENÇAS Primeiramente, o controle da doença nas pessoas, através de serviços de saúde. No segundo caso, o controle da doença na população, através de ações estratégicas de saúde. Controle: é um conjunto de ações, programas ou operações contínuas voltadas à redução da incidência e/ou prevalência de um dano à saúde tais que deixem de constituir um problema de saúde pública. CENÁRIO EPIDÊMICO CONTROLE CENÁRIO NÃO-EPIDEMICO • Curto prazo • Longo prazo MEDIDAS DE ALCANCE POPULACIONAL Controle da doença: refere-se à redução da incidência da doença em níveis nos quais ela deixe de ser um problema de saúde pública. Ex: tuberculose Eliminação da doença: medidas voltadas a casos inexistentes de doenças, embora persistam as causas que pode potencialmente produzi-la. Ex: dengue, febre amarela, sarampo. Erradicação da doença: medidas voltadas a eliminação dos casos, as causas da doença, em especial, o agente. Ex: poliomielite, varíola. AÇÕES ESTRATÉGICAS CAMPANHAS • Controle de vetores • Controle sanitário • Desinfecção recorrente • Promoção e uso de preservativos • Quimioprofilaxia • Tratamento farmacológico massivo • Tratamento de casos • Vacinação o Prevenção o Surto EXERCÍCIO 1. Explique brevemente o conceito de controle de doença na população. 2. Indique três medidas de controle aplicadas a nível comunitário com base na sua experiência e destaque os objetivos de cada uma. 3. Explique a diferença entre eliminação e erradicação de uma doença, em sentido clássico. Dê algum exemplo de uma doença que tenha sido eliminada em sua área de trabalho. 4. A aceitação das medidas de controle por parte da comunidade tem uma importância fundamental para o desenvolvimento do programa e a obtenção de resultados favoráveis. Com base na sua experiência pessoal, dê algum exemplo no qual isso tenha ocorrido ou não. 5. Dê exemplos de ações voltadas a prevenção primária, que: a. Sejam para a promoção a saúde b. Proteção específica contra patógenos