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Vigilância em Saúde AULA 6 – VIGILÂNCIA EM ZOONOSES 60% das doenças infecciosas humanas existentes são zoonóticas. Pelo menos 75% das doenças infecciosas emergentes do ser humano (incluindo EBOLA, HIV e gripe) tem origem animal. 5 novas doenças humanas aparecem todos os anos, três são de origem animal. 120 milhões foi o total gasto em todo o mundo com o impacto das epidemias zoonóticas de 1995 a 2008, muitas delas evitáveis. Como são transmitidas as doenças zoonóticas • Transmissão aerógena: transferência do vírus • Vetores: transmitem agentes procedentes de animais infectados • Proximidade dos animais: transferência fecal oral / fluidos corporais dos animais em cortes ou feridas • Contato direto com animais: mordida de animais infectados • Transmissão de doenças por consumo de alimentos: consumo de carne ou leite infectado Controle de zoonoses • Zoonoses monitoradas por programas de vigilância e controle do ministério da saúde • Zoonoses de relevância regional ou local • Zoonoses emergentes ou reemergentes As zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do ministério da saúde • Peste • Leptospirose • Febre maculosa brasileira • Hantavirose • Doença de chagas • Febre amarela • Febre de Chikungunya • Febre do Nilo ocidental Zoonoses de relevância regional ou local • Toxoplasmose • Esporotricose • Ancilostomíase • Toxocaríase (larva migrans cutânea e visceral) • Histoplasmose • Criptococose • Equinococose – hidatidose, entre outras. Zoonoses emergentes ou reemergentes Doenças novas (exóticas) e aquelas que reaparecem após período de declínio significativo ou com risco de aumento no futuro próximo, promovendo significativo impacto sobre o ser humano, devido à sua gravidade e à potencialidade de deixar sequelas e morte Avaliação da magnitude, da transcendência, do potencial de disseminação, da gravidade, da severidade e da vulnerabilidade referente ao processo epidemiológico de instalação, transmissão e manutenção de zoonoses, considerando a população exposta, a espécie animal envolvida, a área afetada (alvo), em tempo determinado. Raiva • é uma zoonose viral que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letalidade de aproximadamente 100%, considerado casos raros de cura. • No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são o cão e o gato. No brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre • Ação de controle: diagnóstico clínico ou laboratorial, medidas de educação em saúde, realizar bloqueio de foco, vacinação antirrábica, em massa, de cães e gatos, recolhimento de cães de rua que apresentam risco à população por conta da disseminação do vírus na espécie. Leishmaniose visceral • A leishmaniose visceral (LV) é uma protozoonose crônica, sistêmica caracterizada em humanos por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, entre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos • No cão, principal reservatório e fonte de infecção no meio urbano, a doença caracteriza-se por febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação furfurácea e úlceras na pele – em geral, no focinho, nas orelhas e extremidades -, conjuntivite, paresia dos membros posteriores, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas. • A forma de transmissão é por meio da picada desses vetores infectados pela leishmania (L) chagasi. • Medidas de controle: o Uso de mosquiteiro com malha fina, telagem de portas e janelas, uso de repelentes, não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente pode ser encontrado o Manejo e saneamento ambiental o Realizar exame sorológico nos animais Chikungunya • Os vírus dengue (DENV?), Chikungunya (CHIKV) e Zica (ZIKV) são arbovírus que podem ser transmitidos ao homem por via vetorial, vertical e transfusional • A principal forma é a vetorial, que ocorre pela picada fêmeas de aedes egypti infectadas • Ate o momento, não há tratamento antiviral especifico para Chikungunya VIGILÂNCIA ATIVA Articulação sistemática para atualização quanto à ocorrência de casos humanos, sejam prevalentes ou incidentes, sejam no território de atuação ou em áreas circunvizinhas Monitoramento constante e sistemático das populações de animais do território de atuação. Estruturação da rotina de identificação de informações geradas pela mídia sobre a incidência e a prevalência de zoonose na área alvo Articulação sistemática com serviços e instituições públicas e privadas que, de alguma forma, trabalham com animais ou amostras biológicas de animais, tais como: consultórios, clinicas e hospitais veterinários, pet shops, órgãos ambientais, órgãos de agricultura, órgãos e entidades de proteção animal, laboratório, universidades, entre outros, de modo que se identifique oportuna e precocemente a introdução de uma zoonose em uma determinada área ou seu risco iminente Desenvolvimento de inquéritos epidemiológicos que envolvam determinadas populações de animais. VIGILÂNCIA PASSIVA Disponibilidade de avaliação e recepção de um animal de relevância para saúde pública. Canal de comunicação com a população para informações sobre animais de relevância para saúde pública, bem como para que a população notifique a área de vigilância de zoonoses, quando diante de um animal suspeito de zoonoses de relevância para saúde pública. PREVENÇÃO Educação em saúde: devem-se desenvolver atividades de educação em saúde na comunidade como um todo, visando à prevenção de zoonoses. Manejo ambiental: realizado somente quando possível (diferenciando-se das ações de correção do ambiente, sendo esta uma articulação legal dos órgãos de meio ambiente), para controlar ou, quando viável, eliminar vetores e roedores Vacinação animal: deve-se realizar a vacinação antirrábica de cães e gatos, de acordo com o preconizado para cada região, conforme o contexto epidemiológico da raiva na área local e com preconizado no programa nacional e controle de raiva do ministério da saúde CONTROLE 1. Controle do risco iminente de transmissão de zoonose 2. Controle da zoonose incidente 3. Controle da zoonose prevalente Controle do risco iminente de transmissão de zoonose: esse controle se caracteriza pelo desenvolvimento de ações, atividades e estratégias que visem ao alcance da redução ou da eliminação, quando possível, do risco iminente de transmissão da zoonose para população humana Controle da zoonose incidente: são medidas de controle para a redução ou a eliminação, quando possível, do numero de casos humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão Controle da zoonose prevalente: manutenção das medidas de vigilância, ativa e passiva, e de prevenção, procedendo às medidas de controle para redução ou eliminação, quando possível, do número de casos humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO A avaliação deve ser constante até o alcance do objetivo (reduzir ou eliminar, quando possível, a doença ou o risco iminente)
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