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Cuidado ao Idoso AULA 9 – MODALIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO O crescimento do segmento populacional dos idosos cria uma demanda por serviços médicos e sociais, sendo essencial, para um país em transição demográfica como o Brasil, encontrar alternativas para a tendência de institucionalização de longo prazo dos idosos PORTARIA Nº 2.874 DE 30 DE AGOSTO DE 2.000 tem por finalidade assegurar direitos sociais que garantam a promoção da autonomia, integração e participação efetiva do idoso na sociedade, de modo a exercer sua cidadania. As modalidades de atendimento a pessoa idosa são: • Atendimento integral institucional • Atendimento domiciliar • Família acolhedora • Residência em casa-lar • República • Centro-dia • Atendimento em centro/ grupo de convivência Atendimento integral institucional O Cuidado institucionalizado: • Modalidade considerada uma alternativa assistencial para suprir a ausência de família e socorrer o idoso em situação de abandono • Mudanças populacionais: “melhor cuidado”; Instituição de longa permanência para idosos – ILPI São instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condições de liberdade e dignidade e cidadania (Regulamento Técnico para o Funcionamento das Instituições de Longa Permanência para Idosos – RDC no 283, de 26 de setembro de 2005) • Persistência da imagem negativa Fatores que predispõem à institucionalização • idade • diagnóstico • limitação nas atividades da vida diária (AVD), morar só • estado civil • ausência de suportes sociais Segundo a RDC 283/05 da ANVISA (define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos) Grau de dependência do idoso: a) Grau de dependência I – idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de autoajuda; b) Grau de dependência II – idosos com dependência em até três atividades de autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; sem comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada; c) Grau de dependência III – idosos com dependência que requeiram assistência em todas as atividades de autocuidado para a vida diária e/ou com comprometimento cognitivo; Modalidade 1 • É a instituição destinada a idosos independentes para atividades da vida diária (AVD). A capacidade máxima recomendada por unidade é de 40 pessoas, com 70% de quartos para quatro idosos e 30% para dois idosos. Modalidade 2 • É a instituição destinada a idosos dependentes e independentes, que necessitem de auxílio e de cuidados especializados e exijam controle e acompanhamento adequado de profissionais de saúde. A capacidade máxima recomendada é de 22 pessoas, com 50% de quartos para quatro idosos e 50% para dois idosos Modalidade 3 • a instituição destinada a idosos dependentes que requeiram assistência total no mínimo em uma AVD. Necessita de uma equipe interdisciplinar de saúde. Capacidade máxima recomendada: 20 pessoas, com 70% de quartos para quatro idosos e 30% para dois idosos. A qualidade do cuidado na instituição Com relação a saúde: • Plano de Atenção a Saúde • Vacinação • Responsável técnico responsável pela guarda e dispensação das medicações • Normas e rotinas escritas • Encaminhamento imediato em casos de intercorrências medicas A enfermagem nas ILP’s • Gerencial • Educativo • Cuidativo • Estudos e pesquisas A atuação dos enfermeiros na saúde da pessoa idosa poderá centrar-se na promoção da vida e em educação em saúde. A manutenção da capacidade funcional será o foco do cuidado à pessoa idosa institucionalizada. Os trabalhadores da ILPI irão estimular os residentes, favorecendo a independência em suas atividades diárias ATENDIMENTO DOMICILIAR – melhor em casa • Mudanças da sociedade; • com o aumento da expectativa de vida ao nascer (80 anos até o ano 2025) e melhoria nas condições de vida (saneamento, educação, moradia, saúde), além da queda nas taxas de natalidade (transição demográfica), muitas mudanças nas necessidades de saúde têm se dado... • Desospitalização. • BENEFÍCIOS: A individualização assistencial, que traz uma maior satisfação ao paciente, a seus familiares e aos profissionais, e a diminuição dos custos assistenciais, que possibilita uma redistribuição de recursos mais adequada têm contribuído para o aumento da demanda por esse tipo de assistência o que é o melhor em casa? A Atenção Domiciliar (AD) é uma forma de atenção à saúde, oferecida na moradia do paciente e caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à Rede de Atenção à Saúde. Quais são os objetivos do melhor em casa? • manter a individualidade do idoso adaptando, com flexibilidade, as peculiaridades concretas do ambiente onde será dada a intervenção • respeitar a memória física e afetiva da pessoa idosa, buscando sua autonomia • prevenir situações carenciais que aprofundam o risco da perda de independência • recuperar capacidades funcionais perdidas para as atividades da vida diária e, se possível, desenvolver outras até então desconhecidas • respeitar e observar as características/particularidades regionais • prestar atendimento especializado de saúde. • criar ou aprimorar hábitos saudáveis, como, por exemplo, os relacionados com a higiene, a alimentação, a prevenção de quedas e outros acidentes • reforçar os vínculos familiares e sociais onde surgiu? PORTARIA Nº 825, DE 25 DE ABRIL DE 2016 - Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. • AD1: possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de cuidados de menor complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS); • AD2: destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção. • AD3: usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento contínuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção à saúde. os idosos compõem a grande maioria dos pacientes vinculados nesse tipo de serviço. Critérios que tornam os idosos não elegíveis a esse tipo de assistência: a presença de pelo menos uma das seguintes situações: I. necessidade de monitorização contínua; II. necessidade de assistência contínua de enfermagem; III. necessidade de propedêutica complementar, com demanda potencial para a realização de vários procedimentos diagnósticos, em sequência, com urgência; IV. necessidade de tratamento cirúrgico em caráter de urgência; ou V. necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva continua. Identificação dos pacientes Classificar a complexidade (AGA) Criação do plano de cuidados/ plano terapêutico singular Ambiente domiciliar pronto para atender a demanda do idoso O conhecimento da real situação existente no domicílio é, no entanto, essencial para o estabelecimento das intervenções terapêuticasmais apropriadas a cada caso. Ex: de acesso, condições mínimas de segurança ao idoso e à equipe, instalações elétricas e sanitárias preexistentes, etc. Tríade: Atenção: cuidado com a descaracterização do ambiente! Gerenciamento do cuidado da pessoa idosa Gerenciar o cuidado do idoso exige do profissional conhecimento técnico assistencial, administrativo, capacidade em técnicas de resolução de problemas, além de facilidade de comunicação com outras pessoas, de negociação, de espírito de equipe, de cooperação e de flexibilidade O objetivo principal dessa modalidade assistencial é agir preventiva ou precocemente em quaisquer situações de risco que possam comprometer a saúde e a capacidade funcional do idoso, de modo a manter sua independência, o convívio familiar e a qualidade de vida pelo maior tempo possível Retirar o idoso e família da situação de passividade; • informados sobre as condições crônicas, incluindo seu ciclo, as complicações esperadas e as estratégias eficazes para prevenir as complicações e administrar os sintomas • motivados para mudar seus comportamentos e manter estilos de vida saudáveis, aderir a tratamentos a longo prazo e autogerenciar suas condições crônicas • preparados com habilidades comportamentais para administrar suas condições crônicas em casa. Isso inclui a disponibilidade de medicamentos e equipamento médico, instrumentos de automonitoramento e habilidades de autogerenciamento. • A assistência domiciliar é uma alternativa eficaz para a manutenção dos idosos em seu contexto e convívio familiar e, consequentemente, manutenção de sua qualidade de vida. • Não substitui nenhuma modalidade assistencial, tendo seu lugar específico, evitando que os idosos sejam hospitalizados desnecessariamente ou que assim permaneçam quando tal intervenção não é a mais indicada. • Constitui uma interface entre um idoso com algum grau de dependência e sua família, que necessita se adequar à “nova” situação. Essa intervenção propicia à família o tempo necessário à sua reestruturação e à redistribuição de papéis e atribuições, de maneira a atender às suas novas demandas evitando a institucionalização do idoso. • Constitui uma maneira de gerenciamento efetivo da saúde do idoso, visando à prevenção de agravos por meio de intervenções precoces que objetivam maximizar a autonomia e a independência do idoso pelo maior tempo possível. Família acolhedora são um atendimento em famílias cadastradas e capacitadas para oferecer abrigo às pessoas idosas em situação de abandono, sem família ou impossibilitadas de conviver com suas famílias. Esse atendimento será continuamente supervisionado pelos órgãos gestores. Família Cuidador Domicílio Residência em casa-lar • Residência em casa lar é uma alternativa de atendimento que proporciona uma melhor convivência do idoso com a comunidade, contribuindo para sua maior participação, interação e autonomia. • É uma residência participativa destinado a idosos que estão sós ou afastados do convívio familiar e com renda insuficiente para sua sobrevivência. • Objetivo: Romper com as práticas tutelares e assistencialistas, visando o fortalecimento da participação, organização e autonomia dos idosos, utilizando sempre que possível a rede de serviços local. Objetivos: • Propiciar aos idosos condições de moradia; • Maximizar a economia do idoso por maior tempo possível. Público alvo • Idosos independentes, e/ou Semi- dependentes com habilidades para a vida em grupo e integração na comunidade, afastados do convívio familiar sem condições financeiras de arcar com o ônus integral de sua subsistência. República • A república de idosos é uma importante alternativa de residência para idosos independentes, também organizada em pequenos grupos, conforme o número de usuários, e cofinanciada com recursos da aposentadoria, benefício de prestação continuada, renda mensal vitalícia e outras. • Em alguns casos a República pode ser viabilizada em sistema de autogestão. Centro - dia • o idoso permanece durante oito horas por dia, sendo prestados serviços de atenção à saúde, fisioterapia, apoio psicológico, atividades ocupacionais, lazer e outros, de acordo com as necessidades dos usuários. • Possibilidade de a pessoa idosa ser atendida durante o dia e retornar à noite para sua residência e porque proporciona ao idoso manter seus vínculos familiares. A capacidade de atendimento do Centro-dia é variável e deve estar sempre adequada à qualidade do serviço, conforme normas específicas. Centros de convivência Consiste em atividades realizadas em espaço físico específico, dotado de infraestrutura que permita a frequência dos idosos e de suas famílias no mínimo durante 16 horas semanais, preferencialmente com permanência diurna de oito horas/dia, para usufruir de programação que vise promover a sociabilidade, o desenvolvimento de habilidades, a informação, a atualização, atividades educacionais, artísticas, esportivas e de lazer, entre outras. O Centro de Convivência deve oportunizar uma série de atividades programadas e organizadas para ser exploradas pelos idosos e seus familiares, contando com modelo de administração participativa mediante conselho de gestão, que estabelecerá a referida programação.
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