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Epidemiologia Clínica e Medicina Baseada em EvidênciasCamyla Ponte –AIS II Medicina (Saúde) Baseada em Evidências O que é? · Ferramenta muito utilizada na prática clínica. · Uso consciente e sensato das melhores evidências disponíveis para a tomada de decisão na prática clínica e na implantação de políticas públicas de saúde. · Avaliam benefícios, riscos, custos, valores culturais e religiosos Desafios Atuais da MBE · Grande quantidade de informações científicas disponíveis nos periódicos e bancos de dados eletrônicos; · Qualidade das informações disponíveis · Falta de avaliação crítica da literatura · Influência excessiva da indústria farmacêutica · Viés de publicação · Práticas clínicas muito diversas entre médicos da mesma instituição · Deterioração da performance de alguns profissionais com o tempo · Carga de trabalho do médico Medicina baseada em evidências · Deve-se considerar se as evidências são aplicáveis ao paciente · Deve-se considerar se as evidências são aplicáveis à população (validade em estudos epidemiológicos): · Validade interna uso de informações geradas pelo estudo para fazer inferências sobre a população alvo de onde a amostra do estudo foi retirada. · Validade externa generalização dos resultados obtidos para uma população exterior ao universo do estudo. Hierarquia entre Populações Exemplo validade em estudos epidemiológicos Lembrete · Validade interna- Aplicar o resultado da população estudada na população alvo · Validade externa- Aplicar o resultado da população estudada na população externa (de fora) Fontes de Evidências para Decisões Clínicas · Artigos originais conhecimento dos métodos epidemiológicos análise crítica e uso adequado dos resultados em apoio às decisões Principais Tipos de Estudo 1. Estudo descritivo: tem por objetivo determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos 2. Relato de caso: Refere-se a apresentação oral e/ou escrita de um caso clínico. No qual, os detalhes da apresentação clínica, das condutas (diagnósticas e terapêuticas) e da evolução são apresentados em detalhes. 3. Ensaios clínicos controlados e randomizados: tem como objetivo criar subsídios para embasar o uso de uma ou outra terapêutica por meio da análise de diferentes intervenções, ou ao comparar intervenções com placebo 4. Estudo de coorte: aquele que acompanha um grande grupo de pessoas e avalia, por exemplo, os efeitos sobre a saúde dos fatores de risco a que estão expostos. São úteis na identificação de fatores de risco e prognósticos, no acompanhamento da história natural de certas doenças e no estudo do impacto de intervenções diagnósticas e terapêuticas 5. Estudo de caso-controle: é um estudo observacional retrospectivo, isto é, os dados são coletados a partir de informações do passado, através da análise de registros, entrevistas e assim por diante. O objetivo desse estudo é identificar a frequência com que ocorrem as exposições nos diferentes grupos (casos e controles) Estratégia de Pesquisa dos Ensaios Clínicos · No cegamento, os envolvidos não conhecem em que grupo, controle e experimental foi realizada a intervenção · O objetivo do cegamento é reduzir o viés decorrente do conhecimento sobre o grupo (intervenção ou controle) de alocação dos participantes. · Pode-se classificar o cegamento nos estudos em mono-cego, duplo-cego e triplo-cego. · Mono-cego: ocorre quando o observado ou observador não conhece a intervenção nos grupos. · Duplo-cego: o observado e o observador não conhece a intervenção nos grupos. · Triplo-cego: o observado, o observador e o estatístico (analista de dados) não conhecem a intervenção nos grupos Estudo de Coorte · Analisa o risco de desenvolver (ou falecer) uma determinada enfermidade em indivíduos expostos a um fator de risco específico em relação aqueles não expostos à este mesmo fator de risco · Não é indicado para doença rara Estudo de caso controle · Pode ser utilizado para nexo causal de doenças raras · Lembrete: Estudo de coorte e estudo de casos controle possuem o mesmo objetivo Exemplo confundimento Fontes de Evidências para Decisões Clínicas · Metanálises estimam uma medida de efeito (RR) a partir das medidas de efeito obtidas em diferentes estudos ↑ poder estatístico mais confiáveis para apoiar as decisões clínicas · Sinopses estudos relevantes acompanhados de análises críticas acesso rápido às novas evidências. · Livros textos grande densidade de condutas de forma organizada e de fácil acesso rápida desatualização. · Diretrizes recomendações clínicas para o manejo de um determinado problema produzido por agência governamental ou sociedade médica conflito de interesse? Hierarquia das evidências Modelo dos 5 passos para aplicação das evidências 1. Formulação da pergunta converter a necessidade de informação (diagnóstico, tratamento, prognóstico ou etiologia) em questões passíveis de esclarecimento. 2. Busca da informação procurar a melhor evidência disponível com a máxima eficiência. 3. Avaliação crítica das evidências usar princípios epidemiológicos, bioestatísticos e pensar na aplicabilidade clínica. 4. Síntese da informação e aplicação dos resultados na prática clínica ou nas decisões sobre políticas de saúde. 5. Avaliação do desfecho avaliação da resposta do paciente Análise da força de recomendação e da qualidade da evidência adequadas a uma realidade específica
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