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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA CAMPUS SALVADOR DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DAQ Brenda Barros B MINI-RELATÓRIO DE EXPERIMENTO “Propriedade dos Gases” 08/2021 Salvador, Bahia 1. OBJETIVOS • Descrever operacionalmente o funcionamento de um extintor de gás carbônico; • Verificar, experimentalmente, a aplicação da teoria cinética dos gases; • Determinar o volume ocupado e a pressão exercida por gases obtidos a partir de reações químicas; • Determinar a densidade de gases; • Estudar a difusão dos gases; 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 2.1 TRANSFORMAÇÕES GASOSAS Transformações gasosas se caracterizam como a alteração em uma das variáveis de estado físico existentes no gás, sendo elas: temperatura, volume e pressão, e se dá por uma dessas permanecer constante. Essa alterações devem ocorrer sob a condição de ser em um sistema fechado, para evitar a alterações na massa e no número de partículas do gás. Podemos classificar as transformações gasosas em: a) Isobárica Se trata uma transformação na qual a pressão permanece constante em um ambiente fechado. Conforme as lei de Charles e Lussac: a pressão constante, o volume de determinada massa de gás é diretamente proporcional a sua temperatura absoluta, Isso explica o experimento, já que mantendo a pressão constante (devido o êmbolo), ao alterar a temperatura do sistema aumentando-a ou diminuindo-a observou-se o deslocamento do êmbolo. b) Isotérmica Refere-se à transformação gasosa em que a temperatura se mantém constante, havendo a variação das outras duas variáveis de estado. A partir disso temos a lei de Boyle-Mariotte que diz que em um sistema fechado em que a temperatura é mantida constante, se verifica que determinada massa de gás ocupa um volume inversamente proporcional a sua pressão. Conforme a teoria, foi observado experimentalmente que, mantendo-se a temperatura do sistema constante, a pressão aplicada através do sopro ou do êmbolo ocasionou a diminuição do volume do gás. c) Isocórica ou Isovolumétrica Quando uma massa fixa de determinado gás sofre variação na pressão e na temperatura, mantendo-se constância no volume. Isso ocorre devido aumento da temperatura aumentando a energia cinética média das partículas, fazendo com que elas se movimentem em maior velocidade e expandam-se. A partir disso pode-se concluir que em uma massa fixa de gás, mantida à volume constante, a pressão exercida pelo gás será diretamente proporcional à sua temperatura absoluta, ou seja, quanto maior a temperatura, maior será a pressão exercida pelo gás. Experimentalmente, teremos que ao manter o volume constante, observou-se que conforme variava-se a temperatura do sistema variou, também, a variação da pressão interna 2.2 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO Ao realizar o experimento ocorreu a efervescência do sistema, com esse dado pode- se inferir que ocorreu uma reação de neutralização entre o ácido clorídrico (HCl) e o bicarbonato de sódio (NaHCO3). Podendo-se concluir que essa reação ocasionou no desprendimento gasoso de gás carbônico (CO2), tal reação está descrita abaixo: NaHCO3 (aq) + HCl (aq) → NaCl (aq) + CO2 (g) + H2O(l). (Equação 1) Com a posterior aproximação do tubo de ensaio ao fogo, observou-se a gradual diminuição da chama até a sua extinção. Esse fenômeno ocorre porque o dióxido de carbono reduz o contato do gás oxigênio do ar atmosférico (O2) com o fogo, impedindo que o O2 atue como comburente. O CO2 apresenta uma maior densidade que o gás oxigênio, este contendo O2, isso se evidencia com o cálculo de densidade relativa do CO2 quando comparado com o ar. Portanto, teremos que o valor da densidade relativa do CO2 é de 1,53g/mol, de maneira que o gás carbônico irá ocupar o espaço do oxigênio, abafando as chamas. Os referidos cálculos estão no anexo, parte A. 2.3 DENSIDADE DE UM GÁS Ao se dissolver um comprimido de sonrisal em água destilada observou-se o borbulhamento no sistema, evidenciando-se que ocorreu um reação com evolução gasosa na qual o gás gerado será o dióxido de carbono (CO2). Esta reação está representada a seguir: NaHCO3 (s) + H2O(l) → NaOH (aq) + CO2 (g) + H2O(l). (Equação 2) Portanto, o gás gerado pela reação foi deslocado até a proveta do sistema através do tubo acoplado para que ser volume fosse medido. Através dos dados coletados (vide Tabela 1, em anexo b), foi possível calcular a densidade deste gás obtendo-se o valor de 1,7 g/L. Ao se verificar os resultado obtidos através dos cálculos (anexo, parte b) pode-se notar uma diferença entre a densidade teórica e a obtida experimentalmente. Tal diferença pode ser explicada devido a fatores humanos, como erro de manuseio, ou ambientais, como impurezas presentes no reagente ou da presença de vapor d’água. 2.4 MEDIDA DE VOLUME E PRESSÃO DE UM GÁS Ao se adicionar fita de magnésio (Mg) á um tubo de ensaio contendo ácido clorídrico (HCl), observou-se o borbulhamento no sistema. Tal observação indica uma reação com desprendimento gasoso, como a representada abaixo: Mg + 2 HCl → MgCl2 + H2 (Equação 3) Logo, teremos a liberação de gás hidrogênio. Por meio do sistema experimental, foi possível medir o volume de gás gerado pela reação obtendo-se o valor de 39,5 mL. Através desse dado experimental é possível determinar outras variáveis do gás hidrogênio, como: massa, densidade e pressão do gás. Os respectivos valores, em ordem, serão: 3,358 x 10-3 g, 0,079 g/L e 735mmHg a 23oC. O erro teórico é de aproximadamente 0,11%. Os cálculos encontram-se em anexo, na parte c. A diferença obtida entre a densidade experimental e teórica pode ter sido causada devido à erros nos procedimentos por parte do operador ou por influência de impurezas. 2.5 DIFUSÃO GASOSA O sistema com os dois algodões, um em cada ponta, foi observado durante um período de tempo para que ocorresse a reação e formasse o anel de cloreto de amônio (NH4Cl) no tubo. O tempo foi cronometrado obtido foi 3 minutos e 34 segundos. A formação do anel se deu pela seguinte reação: NH4OH (g) + HCl (g) → NH4Cl (s) + H2O(l) (Equação 4) Também foi possível observar que a formação do anel de NH4Cl ocorreu mais próximo do algodão embebido em ácido clorídrico. Isso ocorre porque a velocidade de difusão gasosa do ácido é menor. Isso se dá de acordo com a lei de Graham que diz que a velocidade de difusão e de efusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade, ou seja, a velocidade de difusão de um gás está diretamente ligada à sua densidade, de maneira que, quanto mais denso for determinado gás, menor será sua velocidade de difusão. Dessa forma, o gás cloro apresenta densidade de 2,49 Kg/m3 e o gás amônio de 0,73 Kg/m3, o que explica o acontecido. 3. Conclusão Diante das experiências propostas foi possível descrever, de forma operacional, o funcionamento de um extintor de gás carbônico assim como verificar, por meio de experimentos, a aplicação da teoria cinética dos gases. Também foi possível determinar a densidade dos gases; o volume ocupado e a pressão exercida por gases obtidos a partir de reações químicas; E foi possível, com sucesso, estudar a difusão dos gases 4. Anexo a) Anexo referente ao experimento 2.2: Extintor de gás carbônico Cálculo de densidade especifica do gás Massa especifica de CO2: 44 g/mol (m1) Massa especifica do ar: 28,96 g/mol (m2) 44: 28,96 = 1,52𝑔𝑚𝑜𝑙 b) Anexo referente ao experimento 2.3: Densidade de um gás Cálculo de densidade experimental: Massa do gás obtido (m): 0,1015 g Volume do gás obtido (v): 0,051 L d = m/v 0,1015: 0,051 = 1,9𝑔𝐿 Cálculo da pressão do gás: Pressão atmosféricalocal: 756 mmHg Pressão de vapor da água: 22,4 mmHg (à 24°C) P gás = P atmosférico – P vapor d’água 756 𝑚𝑚𝐻𝑔 − 22,4 𝑚𝑚𝐻𝑔 = 733,6 𝑚𝑚 𝐻𝑔 Cálculo de densidade teórica: Pressão do gás (P) = 733,6 mmHg Massa molar do gás (MM): 44 g/mol Constante universal dos gases (R): 62,364 L.torr.mol-1K-1 Temperatura (T): 297 K d gás = P x MM / R x T 𝑑𝑔á𝑠 = 733,6 𝑥 44 ∶ 62,364 𝑥 297 = 1,74269581 Cálculo de % de erro experimental: Densidade experimental: 1,9 g/L Densidade teórica: 1,7g/L 1,9 ∶ 1,7 = 89 – 100 = 10 % Tabela 1. Experimento 2.2 c) Anexo referente ao experimento 2.4: Cálculo de massa do gás: Massa atômica: Mg=23,4µ / H=1µ) 24,3𝑔 𝑑𝑒 𝑀𝑔 = 2𝑔 𝑑𝑒𝐻 0,0408𝑔 𝑑𝑒 𝑀𝑔 = 𝑋𝑔 𝑑𝑒 𝐻 𝑋 = 3,358 𝑥 10ˆ − 3 𝑑𝑒 𝐻 Cálculo de pressão do gás: Pressão atmosférica local: 756 mmHg Pressão de vapor da água: 21 mmHg (à 23°C) REAGENTE: sonrisal (NaHCO3) GÁS DESPRENDIDO: Gás carbônico (CO2) T ambiente: 25 oC / T gás: 24 oC = T água: 24 oC / P ambiente: 7 56 mmHg 1 Massa do tubo c/ água(g) 9,3440 g 2 Massa do comprimido (g) 0,5603 g 3 Massa do tubo com o líquido após a reação(g) 9,8028 g 4 Massa de gás desprendido na reação (g) 0,1015 g 5 Volume do gás recolhido após a reação(ml) 51,0 ml 6 Densidade do gás (g/L) 1,9 g/L 7 Densidade teórica 1, 7 g/L Cálculo de densidade experimental do gás: Pressão do gás (P) = 735 mmHg Massa molar do gás (MM): 2 g/mol Constante universal dos gases (R): 62,364 L.torr.mol-1K-1 Temperatura (T): 296 K Cálculo de % de erro experimental: Densidade experimental: 0,079 g/L Densidade teórica: 0,089 g/L Tabela 2. Experimento 2.4 Volume e pressão num gás Gás desprendido: H2 Massa Mg:0,0408 g T água: 23oC Volume do gás (mL) 39,5 mL Temperatura do gás (oC) 23 oC Pressão atmosférica (mmHg) 756 mmHg Pressão de vapor da água (mmHg) 21 mmHg Pressão do gás (mmHg) 735 mmHg Densidade do gás (g/L) 0,086115 g/L Massa do Gás (g) 3,358 x 10-3 g P gás= P atmosfera – P vapor da água P gás= 756 mmHg – 21 mmHg P gás= 735 mmHg d gás= P x MM R x T d gás= 735 x 2 62,3 x 297 = 0,079 g/L %Erro= valor teórico−valor experimental valor teórico %Erro= 0,089−0,079 0,089 = 0,1123595%
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