Produção Científica

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Universidade Nove de Julho TXXX 
@estounamed 
 
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producao cientifica 
 
Pesquisa desenvolve no médico a capacidade de 
criticar as verdades 
• O que se aprende na faculdade são 
verdades momentâneas que estão 
consolidadas, mas não completas 
o Uso de modelos para tentar 
entender a realidade 
Para se fazer pesquisa é preciso ter um projeto 
de pesquisa, uma linha de pesquisa (áreas do 
conhecimento) e um mentor 
• Projeto de pesquisa: aprendizado prático 
de algumas habilidades de gestão e 
técnicas 
o Prática de conceitos relacionados 
à metodologia científica 
o Habilidades adquiridas servem 
para diversas áreas 
• Mentor: encurtamento dos caminhos 
entre a carreira e os projetos que se 
deseja realizar através de tutoria, 
aconselhamento, experiência e conexões 
Quando se pensa em onde, quando e como 
publicar está se olhando para o final de um 
processo (inversão da lógica) 
• Objetivo é tornar público os resultados 
de um projeto / pesquisa / estudo 
 
 
 
 
 
 
 
O não planejamento adequado na fase de criação 
do projeto, pode-se perceber falhas depois do 
início do projeto perder o tempo que foi gasto 
A determinação de onde publicar depende do 
grau de novidade / relevância do estudo, do 
escopo da revista / jornal e de seu prestígio / fator 
de impacto 
Para se publicar, deve-se ter certeza que seu 
objetivo foi alcançado, contar com o apoio do 
grupo de pesquisa e ter a aprovação do mentor (é 
quem sabe a hora de se publicar) 
Só se publica em revistas / jornais de grande 
alcance com a repetição e o aprimoramento 
contínuo 
A busca de um mentor funciona da mesma forma 
que a busca de um médico 
• Não tem problema pedir indicações e 
conhecer um pouco do seu mentor antes 
de iniciar o projeto 
• Busca na plataforma Lattes 
• SP é o centro de informações do país e o 
programa de iniciação científica não é 
exclusivo das faculdades / instituições 
Fatores a se considerar na hora de escolher o mentor: 
publicações constantes, bons relacionamentos 
acadêmicos, disposição de tempo para mentorar 
A determinação do tema da pesquisa, muitas 
vezes, é determinada em conjunto com o mentor, 
devendo-se escolher, primeiro, a área que se 
deseja conhecer melhor 
A escolha do mentor certo é fundamental para 
adquirir as habilidades necessárias 
TCC é uma espécie de projeto de pesquisa, mas 
uma coisa, não necessariamente, tem relação 
com a outra 
A realização de projetos bem-feitos importa mais 
que a quantidade (média de 1 a 2 anos) 
A realização de iniciações científicas durante o 
internato e a criação de vínculos com o mentor a 
distância não são recomendadas 
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O desenvolvimento de uma pesquisa e a 
publicação de um artigo científico demanda 
muito estudo e dedicação 
Normalmente, é o professor / orientador que 
determina o tema da pesquisa, uma vez que 
existe uma linha de pesquisa a ser seguida 
Deve-se procurar um assunto de maior 
identificação para estimular a dedicação e não se 
tornar algo desgastante 
O que importa para a residência é que se tenha 
feito uma pesquisa, não a área em que foi feita 
• Deve ser relevante e trazer um benefício 
para a sociedade 
Tempo em pesquisa é algo relativo, podendo ser 
mais ou menos rápido que o esperado 
O final de uma pesquisa é a publicação de um 
artigo científico 
• ABNT determina o artigo uma 
publicação com autoria declarada 
(credibilidade), que apresente ideias, 
métodos, técnicas, processos e resultados 
nas diversas áreas do conhecimento 
• O principal de um artigo é que ele seja 
original e que provenha de uma pesquisa 
Características de um artigo científico: 
• Publicados em revistas ou periódicos 
especializados 
• Obediência aos rigores metodológicos, 
tendo a reprodutibilidade como sua 
principal propriedade 
o Resultados verificáveis 
o Estrutura depende da área 
Tipologia dos artigos científicos: 
• Artigo de revisão bibliográfica: reunião 
de informações já publicadas em diversos 
artigos originais 
o Pesquisa na literatura de um 
assunto em específico 
o Revisão narrativa: ausência de 
uma estratégia de busca 
específica (compilação de ideias) 
✓ Forma mais simples e 
mais fácil de revisão 
bibliográfica, devido à 
ausência de um rigor 
metodológico específico 
✓ Atualização sobre um 
assunto de interesse 
científico 
o Revisão sistemática: uso de uma 
metodologia rigorosa (definição 
de variáveis) 
✓ Apresenta resultados (o 
que tem em cada artigo), 
permitindo comparações 
o Metanálise: além da revisão 
sistemática, há uma análise 
estatística de todos os dados 
encontrados 
✓ Padrão ouro dentro das 
revisões bibliográficas 
✓ Demanda muito tempo e 
muita busca 
• Artigo original: apresentação de uma 
pesquisa nova (totalmente ou adaptada) 
o Pode ser apenas uma técnica ou 
uma observação a mais 
• Relato de caso: artigo de baixa evidência 
científica, uma vez que trabalha com 1 ou 
poucos pacientes e costuma apresentar 
relevância apenas local 
Estrutura base dos artigos científicos: título, autoria, 
resumo, introdução, metodologia, resultados e 
discussão (podem estar juntos ou separados), 
conclusão, agradecimentos, conflitos de 
interesse, referências 
• Título deve sempre chamar a atenção do 
leitor e estar relacionado com o tema da 
pesquisa de forma clara 
• Autoria deve seguir uma ordem de 
importância e apresentar os autores, a 
afiliação e o orientador 
• Resumo deve apresentar o necessário de 
forma clara e objetiva, se atentando à 
quantidade de palavras exigida pelo 
periódico 
• Finalizar a introdução com o objetivo 
• Discussão = comparação dos resultados 
obtidos com a literatura 
• Conclusão = resposta do objetivo 
Recomendações para a escrita: 
• Estudar sobre o assunto: saber entender 
aquilo que se está pesquisando 
o Busca em base de dados 
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• Entendimento da língua inglesa 
• Pensar no nível (local, regional, nacional, 
global) em que se quer atingir 
• Saber encontrar novas abordagens para 
contornar obstáculos 
• Manter a lógica no texto 
• Encontrar a medida certa: saber 
sintetizar as informações 
• Divulgação da pesquisa e 
acompanhamento dos resultados 
posteriores 
A escolha da tipologia do artigo é conjunta entre 
o orientador e o aluno, mas pode ser direcionada 
de forma mais específica 
 
 
 
O primeiro passo para a pesquisa deve ser a 
formulação da pergunta e de suas hipóteses 
• Não há a necessidade de que as hipóteses 
sejam verdadeiras, pois apenas 
respondem o questionamento com base 
em conhecimentos prévios 
Sistematização do processo de pesquisa se dá 
pelo método científico 
Projeto de pesquisa = problema + hipóteses + 
objetivo + metodologia 
• A delimitação de objetivos é importante 
para que se saiba onde se quer chegar 
A parte de estatística está envolvida na parte de 
tratamento e análise dos dados que, por sua vez, 
é um dos passos da metodologia 
População = conjunto de indivíduos ou de centros 
de pesquisa que compartilham informações de 
interesse e relevância para a pesquisa 
• Características levantadas são próprias 
da população como um todo 
o Podem ser levadas para a 
amostra (amostragem) 
✓ Amostra = parte da 
população que pode ou 
não ser representativa 
Conclusões tiradas da amostra e levadas para a 
população configuram um processo de dedução / 
inferência estatística 
Nível de medida: forma de mensuração dos dados 
• Variáveis podem ser qualitativas ou 
quantitativas / numéricas 
o Qualitativas nominais = rótulos 
o Qualitativas ordinais = escalas 
o Quantitativas discretas = 
número finito entre os scores 
✓ Representadas por 
barras espaçadas 
o Quantitativas contínuas = 
infinitos números entre os scores 
Medidas de tendência central e medidas de 
variabilidade dão características amostrais 
• Medidas de tendênciacentral: média 
(amostra homogênea), moda (variáveis 
qualitativas nominais), mediana 
• Medidas de variabilidade indicam o 
quanto a amostra é dispersa 
o Amplitude (diferença entre o 
maior e o menor valor), intervalo 
interquartil (intervalo entre o 1º 
e o 3º quartil), variância (medida 
relativa à média), desvio-padrão 
(medida relativa à média) 
✓ Quartil: separação dos 
dados em porções de 25% 
✓ Pontos presentes nos 
gráficos dos intervalos 
interquartis indicam 
medidas extremas 
Além de saber como caracterizar uma amostra, 
deve-se saber como a amostra se distribui em 
relação a algumas variáveis 
• Distribuição de frequência = o quanto o 
fenômeno acontece 
• Distribuição de probabilidade = modelo 
utópico que tenta explicar a distribuição 
normal da população 
o Distribuição perfeita e simétrica 
o Média, mediana e moda 
apresenta o mesmo valor 
o Previsibilidade dos dados 
Tipos de hipótese: 
• Hipótese nula (H0) = hipótese de negação 
• Hipótese alternativa (Ha) = hipótese de 
afirmação 
Nível de significância / valor alfa = valor a partir 
do qual se confia 
• Na ciência, o ponto de corte é de 5% 
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• Padronização visa evitar ou minimizar a 
ocorrência de erros 
• Valor de p = rejeição da hipótese nula 
Em situações ideais, as decisões estatísticas 
deveriam estar alinhadas com a realidade, mas 
quando se é muito cético ou muito ingênuo, corre-
se o risco de cometer erros 
 
 
 
 
 
Testes estatísticos: consideram a distribuição dos 
dados coletados 
• Testes paramétricos: usados quando a 
amostra apresenta distribuição normal 
• Testes não paramétricos: usados quando 
a amostra apresenta distribuição não 
normal 
Fatores de escolha dos testes: tipos de variáveis, 
determinação das variáveis dependente 
(variável de interesse) e independente (varia de 
acordo com a dependente), distribuição dos 
dados, número de grupos, pareamento dos 
grupos (avaliação em diferentes intervalos de 
tempo), valores alfa e p 
 
 
 
 
 
Tipos de testes de acordo com o pareamento: 
• Testes pareados: Mc Nemar, Q de 
cochram, teste T, ANOVA com medidas 
repetidas, Wilcoxon, Friedman 
• Testes não pareados: qui-quadrado, 
exato de Fisher, teste T, ANOVA, Mann-
Whitney, Kruskal Wallis 
Estudos negativos tendem a ser descartados por 
não possuírem significância estatística, mas 
precisam ser publicados e analisados para 
identificação do motivo que levou a tal resultado 
 
Hipóteses devem ser provadas para deixar de ser 
opinião e passar a ser fato científico 
• Não importa, para a ciência, a opinião 
Ao se enviar um artigo para a publicação, os 
revisores avaliam a importância, a originalidade, 
os métodos utilizados, os resultados 
(convincentes? reprodutíveis?), a linha de 
raciocínio e a interpretação dos achados 
• Para se avaliar a originalidade de um 
artigo, pode-se fazer uma pesquisa sobre 
o tema no pubmed 
Não se tem como avaliar toda a reprodutibilidade 
dos resultados durante a avaliação, evidenciando 
a importância de um texto bem escrito e de se 
seguir uma linha de raciocínio 
Gray literature = literatura cinzenta = literatura 
sem comprometimento científico 
Para se fazer uma boa revisão sistemática, deve-
se guardar todas as fontes, avaliar os resultados 
e a confiabilidade dos artigos base 
• Pesquisar sobre o autor dos artigos antes 
de usá-los como fonte de pesquisa 
O passo inicial é aceitar que o que se está 
procurando não é uma verdade científica 
A publicação de um artigo científico não é, em 
hipótese alguma, uma certificação de qualidade 
Erros acontecem, mas alguns são inadmissíveis: 
a ciência merece nosso respeito e nosso 
comprometimento com a ética e com as boas 
práticas científicas 
 
 
 
Iniciado em 1999, surge como uma base de 
currículos nacional voltada, principalmente, 
para o meio acadêmico 
Plataforma Lattes está ligada ao CNPq 
 
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Usos do currículo Lattes: editais de auxílio (pesquisa, 
extensão, eventos, cooperação), cadastro e 
avaliação de projetos, busca de empregos 
(ciência, tecnologia, educação), avaliação de 
docentes e pesquisadores, “barema” curricular 
(contagem de pontos) para bolsas e exames de 
ingresso, integração com outros sistemas 
Importância para um graduando: utilizado para tudo 
o que envolva o tripé acadêmico (ensino, 
pesquisa, extensão), como bolsas, grupos de 
trabalho, análise dos órgãos de ensino superior, 
premiações 
Pode-se analisar outros currículos para decidir 
sobre cursos que se deseja fazer, avaliar 
professores e escolher orientadores de pesquisa 
No meio acadêmico, o mais importante é que o 
currículo seja atualizado 
• Desenvolver a rotina de atualizar assim 
que receber os comprovantes 
Fornecer informações verdadeiras e exatas 
(passíveis de comprovação) 
• Como é você quem preenche as 
informações, o segredo é a ética 
Dados gerais: identificação (foto, nome em 
citações, informações não públicas), endereço 
(pessoal, profissional, redes socais), idiomas 
(descrição), prêmios, texto inicial (formação, 
interesses em pesquisa, atuação), outras 
informações relevantes 
• A determinação do que entra ou não no 
seu currículo é você quem faz, mas tudo 
que não tenha certificado / comprovação 
não entra (idioma é exceção) 
Informações usuais: formação acadêmica (vai desde 
o ensino fundamental até o doutorado), atuação 
profissional, iniciação científica e outros 
projetos, estágios, monitorias, ligas, participação 
em eventos (ouvintes, participantes, 
convidados), realização de cursos e minicursos 
(formação complementar), organização de 
eventos, apresentação de pôsteres, palestras, 
comunicação oral, publicação de artigos 
• Qualquer tipo de premiação é importante 
ser inclusa, pois além de contar muitos 
pontos, faz parte da formação 
• Tudo o que estiver dentro da grade 
acadêmica não deve entrar, porque já faz 
parte da formação básica 
• Artigos em revistas que não tenha ISSN 
entram na aba de “outra produção 
bibliográfica” 
Não existe uma forma de atribuição de pesos, 
uma vez que esses dependem de seus objetivos 
profissionais / acadêmicos 
Para pleitear bolsas de iniciação científica o 
currículo que conta mais é o do orientador, não o 
dos alunos 
 
 
 
Para passar na residência, a pesquisa científica 
é o que menos pesa 
Quanto mais se viver dentro da medicina, mais 
agrega para a sua experiência 
Fazer ciência é factível e está presente nas 
pequenas coisas 
Não faça o básico, seja diferente e autêntico 
Não dá para viver apenas do básico, porque ser 
um médico comum é ser só mais um 
• Deve-se escolher prioridades e saber 
direcionar o tempo e o foco para se 
diferenciar