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DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS ALÉRGICAS Relembrando alergia: distúrbio do sistema imunológico que leva a uma reação de hipersensibilidade; alérgenos: proteínas comuns do ambiente, de origem animal ou química que podem modificar proteínas próprias; embora todos os indivíduos sejam expostos a alérgenos a maioria da população não desenvolve reações alérgicas a eles; atopia: tendencia exagerada a produzir igE a uma ampla variedade de alérgenos mais comuns; tolerância periférica deveria fazer o corpo tolerante aos alérgenos; a intolerância pode ser individual, quando acontece exclusivamente contra um único alérgeno; e existem indivíduos com resposta alergênica a vários alérgenos -> indivíduos atópicos; Alérgenos são proteínas -> antígenos proteicos (geram memória); tem baixo peso molecular, estabilidade, glicosilação e alta solubilidade em fluidos corporais; resposta por linfócitos THelper -> geram uma resposta duradoura desencadeada por proteínas; entram no organismo pelas mucosas ou por alguma lesão na pele -> encontradas pelas células dendríticas e mastócitos; doenças alérgicas existem substâncias que não são proteínas e desencadeiam uma resposta imunológica -> substâncias químicas associadas a proteínas! essas substâncias são chamadas de haptenos! substâncias não proteicas (ex: penicilina, metais, látex) reagem quimicamente com resíduos de aminoácidos em proteínas próprias e formam conjugados hapteno-carregador; haptenos: antígenos incapazes de ativar resposta imunológica sozinho, porém se conjugam com proteínas próprias e se tornam antigênicos; o processo para desencadear um processo alérgico nunca vai acontecer no primeiro encontro -> primeira exposição a proteína ou hapteno gera sensibilização; as exposições subsequentes ao alérgeno ativa diretamente os mastócitos (revestidos pelo IgE); o anticorpo IgE é um anticorpo em que a região Fc se liga na membrana de mastócitos, eosinófilos e basófilos -> essa ligação chama sensibilização; a sensibilização demora alguns dias pra acontecer; no momento em que o alérgeno entra pela segunda vez, o conteúdo (mediadores inflamatórios) que esta dentro dos mastócitos vai ser liberado -> desgranulação dos mastócitos -> gera uma hipersensibilização imediata! quando mais exposição subsequente, mais rápido é a resposta de hipersensibilidade imediada (até 30 min depois)! depois tem um efeito de fase tardia (2 a 4h depois), devido ao recrutamento de células do tecido pelos mediadores inflamatórios liberados anteriormente; doenças alérgicas se manifestam de maneira diferente dependendo do tecido afetado -> erupção cutânea, congestão nasal, broncoconstrição, dor abdominal, diarréia e choque; choque acontece quando a reação de hipersensibilidade vira sistêmica -> mais comum em antígenos ingeridos ou injetados que caem mais rapidamente na corrente sanguínea -> depende da quantidade de antígeno que entrou em contato e a quantidade que cai na corrente sanguínea; proteínas parecidas (como amendoim e macadâmia) podem desencadear uma resposta no primeiro contato se a pessoa ja teve contato com algum dos 2 por uma reação cruzada; ex: comeu amendoim, mas nunca comeu macadâmia; come macadâmia pela primeira vez e tem reação alérgica; Fase tardia 12-24h -> acúmulo de eosinófilos, basófilos e linfócitos Th2; uma continuação da resposta inflamatória após a reação imediata; por isso é importante acompanhar o paciente que chega com anafilaxia por exemplo, pois nas próximas horas pode ter mais uma crise por resposta tardia; haptenos pode acontecer de só ter fase tardia, pois levam um tempo para se combinar com a proteína e gerar uma resposta; dermatite de contato alérgica: não tem pico de resposta imediata, pois são causadas geralmente por haptenos (níquel, metal); Reações não mediadas por IgE: reações do tipo IV -> crônica; são mediadas por linfócitos T; podem levar mais de 24h para apresentar resposta; ex: doença celíaca; urticária crônica; asma mediada por linf. t; alergia a medicamentos; reações não-atópicas: não tem mediação do sistema imune; ativação de mastócitos sem presença de Ag ou IgE específico -> o que promove a inflamação não foi o sistema imune; ex: contato com água fria; urticária colinérgica por temperatura corporal; reações anafilactóides -> não imunológicas -> não mediadas por IgE; Diagnóstico precisa reconhecer vários fatores; a causa pode ser óbvia quando a resposta é imediata; sinais tardios são mais difíceis de rastrear; precisa associar história médica + familiar + ambiental com a exposição alergênica e seus sintomas; pode usar testes in vivo ou in vitro para verificar o desencadeamento da reação; in vivo: teste diretamente no organismo vivo (direto no humano); in vitro: utiliza alguma substância do organismo e faz o teste no fluido (ex: exame de sangue); a escolha do teste depende da manifestação clínica e do tipo de reação de hipersensibilidade envolvida; reavaliação periódica dos métodos diagnósticos -> precisa refazer os testes para acompanhar o caso do paciente; Métodos in vivo Testes cutâneos de leitura imediata - prick test; principal método pra confirmar a sensibilização mediada por IgE; precisa de controle positivo e negativo; usar alérgenos que fazem parte do dia a dia do paciente; pouco invasivo; boa reprodutibilidade; grande variedade de alérgenos encontrados no ambiente; rapido (dentro do consultório); fatores que influenciam: pessoas mais velhas não tem resposta muito boa, pois o sistema imunológico enfraquece com o tempo; alguns medicamentos diminuem sua eficácia (como corticóides); preparações alergênicas estáveis e padronizadas, com potência, estabilidade e concentração conhecidas; Testes de contato - patch test pesquisa de respostas tardias; ex: dermatite de contato -> substâncias haptenos; reproduz a lesão da alergia pela aplicação do alérgeno na pele; adesivos com substâncias que quer testar; fica 48h com o adesivo, depois remove o adesivo e fica mais 48h pra avaliar; retorna depois de 3 a 4 dias para uma nova leitura para ter certeza que foi uma resposta alérgica e não irritativa pelo colante; feito nas costas, pois é uma região ampla e que o paciente tem menos acesso pra coçar; principal diagnóstico de dermatites de contato; pode ser útil em alguns casos de alergia de alimentos e medicamentos; seleção de alérgenos a ser testada é direcionada pela anamnese do paciente; Testes cutâneos de leitura tardia pesquisa de respostas mediadas por células (hipersensibilidade tipo IV); - tuberculina (PPD); candidina; histoplasmina; é injetado o antígeno e depois de 72h é feito uma leitura com uma regua; Testes de provocação usados em alergias difíceis de diagnosticar -> normalmente contra medicamentos e alimentos, pois algumas dessas alergias não são mediadas por IgE, então o prick e o patch test não funcionam; só podem ser realizado em clínicas com suporte de UTI, pois tem risco de choque anafilático; oferece ao paciente o que tem suspeita de ter alergia; precisa fazer monitorização do paciente; pode fazer simples ou duplo cego; começa o teste com um placebo (não avisa que está dando placebo - usado porque o paciente pode confundir a reação alérgica com crise de ansiedade); se não teve nada, começa a dar o medicamento ou alimento que está sendo estado; quando apresenta o processo alérgico da anti-histamínico; broncoprovocação: faz o paciente inalar alérgenos e vai acompanhando FR; Métodos in vitro vantagens: não expõe o paciente a risco; não tem interferência externa (como uso de medicamentos ou imunossupressão); mais cômodo ao paciente; cuidados: interpretar em associação com histórico clínico do paciente; nunca usar como referência só o resultado; teste in vitro isolado não serve pra nada, sempre considerar o histórico clínico! Dosagem de IgE total usados para diagnosticar atopia; ver se o paciente produz muito IgE; a dosagem de IgE no sangue é mais baixo, pois se liga na membrana das células, entãoa quantidade no sangue normalmente é mais baixa que os outros anticorpos e ficar atento aos valores de referência! Dosagem de IgE específica ex: IgE anti-pólen; fazer a partir do sangue, dosar IgE específicos; muito usado no diagnóstico de alergia alimentar; aparelho que consegue dosar -> aparelho quantitativo! avalia a relação entre os níveis de IgE específicos e a probabilidade de desencadeamento de uma reação alérgica; muito usado para corroborar o prick test; Dosagem de IgG específica algumas subclasses de IgG indicam extensa exposição ao alérgeno específico; existem algumas imunoterapias que geram tolerância no paciente -> dosar IgG pra ver se o paciente está se curando da alergia; Linfoproliferação acompanha como os linfócitos se comportam frente ao antígeno; coloca os linfócitos em plaquinhas de meio de cultura e coloca o alérgeno dentro do meio; se tiver algum linfócito específico ele se liga no alérgeno e faz o processo de proliferação -> se proliferar consegue medir e é sinal que tem resposta contra o antígeno; aiagnóstico de hipersensibilidade tipo IV; cultura de linfócitos estimulados por alérgenos -> T; Dosagem de mediadores inflamatórios: triptase triptase é produzida e liberada por mastófilos e basófilos; diagnóstico de anafilaxia e mastocitose sistêmica; consegue saber o quanto de mastócitos estão desgranulando e prever se o paciente que está em uma reação alérgica terá uma reação anafilatica; Histamina mais produzida em basófilos do que em mastócitos; pode correlacionar com a gravidade dos sintomas dependendo da quantidade de histamina que o paciente libera; pouca aplicabilidade clínica; Ecp proteina catiônica eosinofílica -> liberada pelos eosinófilos no final do processo alérgico; usado para avaliar um processo tardio; bom mediador para acompanhar casos de asma e dermatite atópica e verificar se os pacientes estão aderindo ao tratamento; Bat - teste de ativação de basófilos alterações na expressão de marcadores na superfície dos basófilos; utiliza citometria de fluxo; quando tem desgranulação do basófilo libera mediadores químicos; quando isso acontece eles aumentam a expressão de marcadores de superfície (CD63, CD69, CD203c); esses marcadores ficam ligados em vesículas intracelulares; essas vesículas com mediadores inflamatórios se fundem a membrana plasmática para liberar os mediadores; existem algumas proteínas que são específicas da membrana da vesícula, então quando o basófilo se desgranula, essas proteínas ficam na membrana; consegue determinar se o basófilo foi ativado ou não; útil para detectar alergias IgE mediadas; Immunoblot - identificação de alérgenos achar quais são as substâncias dos antígenos que provocam alergia; ex: qual proteína do abacaxi causa alergia? importante saber diferenciar indivíduos atópicos de não atópicos que tem reações alérgicas; para identificar os IgE mediados utiliza os métodos in vivo e in vitro; ex: suspeita de alergia a azitromicina: pede exame para dosar IgE específica contra azitromicina; se der positivo, pede pro paciente restringir o acesso ao antígeno; observar se ouve melhora ou não; se houve melhora, para comprovar o diagnóstico faz um teste de provocação oral; Imunoterapia da dessensibilização Imunoterapia alergênica exposição repetida de pequenas quantidades do alérgeno (microdoses) para reforçar a síntese de anticorpos “bloqueadores"IgG -> desviam o alérgeno do contato com a IgE ou diminuem a síntese de Ige pelas células B; a indução de células T anérgicas ou reguladoras e por uma mudança na produção de citocinas de Th2 para Th1; indivíduos desenvolvem tolerância!
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