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Contenção de hemorragia (XABCDE - PHTLS)

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X - Hemorragias Exsanguinolentas 
(Controle de Sangramento Externo grave) 
Aline Custódio Silva | Urgência e Emergência | 2021 
 
Semelhante ao ACLS, em que a prioridade da pesquisa primária (ABCDE) mudou de ABC para CAB, a pesquisa do paciente 
vítima de trauma agora enfatiza o controle de sangramento externo com risco de vida como o primeiro passo da sequência. 
A hemorragia externa em um pct c/ trauma e risco eminente a vida deve 
ser imediatamente identificada e gerenciada. Se houver hemorragia 
externa exsanguinante, ela deve ser controlada antes mesmo da 
avaliação da via aérea (ou simultaneamente, se houver + 1 pessoa para 
auxiliar no atendimento) ou realização de outras intervenções, como a 
imobilização de cervical. A hemorragia externa exsanguinante envolve 
tipicamente o sangramento arterial de uma extremidade, mas também 
pode ocorrer no couro cabeludo ou na junção de uma extremidade com 
o tronco (sangramento juncional) e outros locais. 
Melhor conduta para administrar a hemorragia arterial exsanguinante de 
extremidade: torniquete o mais próximo possível da extremidade afetada 
(isto é, perto da virilha ou da axila). Nesses casos, a pressão direta e os 
agentes hemostáticos podem ser usados, mas não podem atrasar ou 
tomar o lugar de onde o torniquete deveria estar em tais casos. Os 
métodos de pressão direita, embalagem hemostática e curativos devem 
ser aplicados nos casos não-arteriais, sangramento grave nas 
extremidades e sangramento grave em locais tronculares. 
Sangramentos de região distal ou menor artéria podem ser controlados com 
compressão direta focal da artéria, mas isso só deve ser feito se o 
sangramento puder ser controlado rapidamente por essa pressão 
aplicada, ou ainda, se houverem pessoas o suficiente na cena para que 
um possa ficar somente pressionando o local. Se essas condições não forem possíveis, deve-se aplicar o torniquete na 
extremidade afetada. 
Sangramentos severos na região juncional por ser administrados clocando um torniquete de junção se esse estiver disponível ou uma 
gaze hemostática + pressão sobre a região. 
Por que agora o X vem antes do ABCDE? 
Porque se a hemorragia grave não for controlada o mais rápido possível, o potencial para o paciente evoluir a morte aumenta 
dramaticamente. 
 
Há 3 tipos de hemorragias externas: capilares, venosas e arteriais. 
1) Sangramento capilar: normalmente causado por escoriações que raspam os pequenos 
capilares que estão logo abaixo da pele. Esse sangramento não é ameaça a vida e pode 
ser retardado ou mesmo parar antes de chegar a emergência hospitalar. 
 
2) Sangramento venoso: causado por laceração ou outra lesão de veia que leva a um fluxo 
constante de sangue de cor vermelho vinho. Geralmente é controlável com pressão 
direta e não ameaça à vida a menos que seja prolongado ou seja em uma grande veia. 
 
3) Sangramento arterial: causado por uma lesão que lacera uma artéria. Esse é o tipo de perda de sangue mais importante e 
difícil de controlar. É geralmente caracterizado por jorrar sangue de cor vermelho vivo. O sangramento arterial pode 
também apresentar-se como sangue que rapidamente "escorre" de uma ferida se uma artéria profunda se ferir. Até 
mesmo uma ferida por punção arterial pequena e profunda pode produzir perda de sangue com risco a vida. 
 
Hemorragia juncional 
São sangramentos que ocorrem onde 2 zonas 
anatomicamente distintas se juntam. Ex.: abdome inferior, 
virilha, axilas e extremidades proximal. Geralmente, o uso 
de um torniquete ou pressão direta nessas áreas é muitas 
vezes um tanto impraticável e ineficaz. Nesses casos, o 
principal tratamento é a compressão direta dos grandes 
vasos que se estendem a área proximal da lesão. 
X - Hemorragias Exsanguinolentas 
(Controle de Sangramento Externo grave) 
Aline Custódio Silva | Urgência e Emergência | 2021 
O controle rápido do sangramento é um dos mais importantes objetivos nos cuidados de um paciente traumatizado. O levantamento 
primário não pode avançar a menos que a hemorragia externa seja controlada. 
 
Formas de controle da hemorragia: 
1) Pressão direta: aplica-se pressão no local do sangramento, colocando um curativo (ex.: gaze hemostática) diretamente sobre 
o local da hemorragia e aplicando pressão. A pressão deve ser a mais precisa e focal possível; 
Um dedo em uma artéria compressível visível é muito eficaz. A pressão deve ser aplicada continuamente por pelo menos 3 
minutos ou por 10 minutos se estiver usando gaze simples, devendo-se evitar remover a pressão para ver se a ferida está 
sangrando antes do período mínimo. 
O operador da pressão deve focar apenas na compressão da ferida, não participando de outros aspectos do atendimento ao 
paciente. Alternativamente, ou se a assistência for limitada, outra técnica de pressão pode ser aplicada. Existem múltiplas 
opções comerciais (por exemplo, bandagem israelense) ou o ponto de pressão pode ser feito de gaze almofadas e uma atadura 
elástica. Se o sangramento não for controlado, não importará quanto oxigênio ou fluido o paciente recebe; a perfusão não vai 
melhorar em face da hemorragia em curso. 
2) Torniquetes: são muito eficazes no controle de hemorragias graves e devem ser usados se houver possibilidade de pressão 
local, se um curativo de pressão não conseguir controlar a hemorragia de uma extremidade ou se não há pessoas 
suficientes na cena para realizar outro método de contenção. Em casos de risco de vida ou hemorragia exsanguinante 
aplicar torniquete!!

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