Prévia do material em texto
Síndrom� d� Intestin� Irritáve� Definição: doença crônica presente em mais em mulheres 30-50 anos. Ocorre por hipersensibilidade visceral e alteração de motilidade intestinal Sintomas: - dor abdominal associada a evacuação (pode melhorar ou piorar com evacuação) - alterações da motilidade intestinal - devemos excluir doenças orgânicas que justifiquem esses sintomas O paciente pode ter predomínio sintomático: (importante para tratamento) - predomínio de diarreia - predomínio de constipação - mista Diagnóstico: não é de exclusão ( o paciente pode ser diagnosticado caso preencha os critério sem necessariamente fazer uma bateria de exames) . Usado os critérios de roma IV - Dor abdominal recorrente (pelo o menor 1x por semana/nos últimos 03 meses/ há pelo o menos 06 meses) - A dor tem que está associada há pelo o menos 2 itens: dor que pode melhorar ou piorar com evacuação alteração da frequência alteração da forma das fezes (usar escala de bristol) - O paciente não pode apresentar sinais de alarme ( se presente, mesmo que o paciente tenha critérios para SII, devemos solicitar exames para fazer diagnóstico diferencial) Sinais de alarme: - idade >50 anos, sem rastreamento prévio de câncer de cólon e presença de sintomas - mudança recente no hábito intestinal - evidência de sangramento gastrintestinal evidente (melena ou hematoquezia) - dor noturna ou defecatória - perda de peso involuntária - histórico familiar de câncer colorretal ou doença inflamatória intestinal - massa abdominal palpável ou linfadenopatia - anemia ferropriva - teste positivo de sangue oculto nas fezes obs: se o paciente apresentar sinais de alarme como descritos nos critérios de Roma IV há a indicação direta para colonoscopia (padrão ouro), mas também, retossigmoidoscopia, clister opaco e até mesmo ultrassom de abdome total Além dos critérios de Roma IV, o diagnóstico laboratorial é de extrema importância no auxílio diagnóstico, tanto para enquadrar o paciente nos critérios de Roma, quanto para descartar outras hipóteses de enfermidades. - O hemograma - a velocidade de eritrossedimentação (VES), - proteína C reativa, - parasitológico de fezes, - sangue oculto nas fezes - lactoferrina fecal (Doença de Crohn) - calprotectina fecal (principais marcadores de doença inflamatória intestinal). - pesquisa de marcadores bioquímicos e imunológicos para doença celíaca e intolerância à lactose para pacientes com sintomas mais acentuados, como êmese e diarreia Sabe-se, portanto, que muitos dos sintomas gastrointestinais envolvidos na SII, como constipação, são ocasionados por outros fatores de risco que precisam ser descartados na anamnese, dentre eles: - idade avançada, - detalhes dietéticos e hábitos alimentares, - atividade física, - fatores socioeconômicos, - medicamentos em uso - histórico familiar de câncer colorretal ou câncer gástrico Tratamento: 1) Atividade física 2) Orientações dietéticas: - evitar alimentos que pioram ou desencadeiam os sintomas, dieta com baixo teor de fibras insolúveis e de FODMAPS (dieta à base de carboidratos de cadeia curta - Fermentáveis, Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos, Polióis que são pouco absorvidos pelo intestino delgado, o que acaba levando a uma produção excessiva de gases, causando dor e diarreia) - estimular dieta ricas em fibras solúveis - aumento da ingestão de água - reduzir o consumo de cafeína e álcool 3) Tratamento farmacológico: depende do predomínio do sintoma do paciente Diarrei�: amitriptilina Constipaçã�: ISRS (sertralina) - laxativos: lactulose, PEG, bisacodil - antidiarreicos: loperamida - agonista 5h54: prucalopridap - Linaclotide: recomendado em casos de SII grave ou moderada e é tido como uma nova terapia para a SII é um ativador do receptor intestinal do GCC que provoca um aumento intracelular de monofosfato cíclico de guanosina extracelular (GMPc) estimulando os peptídeos intestinais endógenos, guanilina e uroguanilina. Estes mecanismos causam modificações na absorção eletrolítica do sódio e do cloro, por exemplo, gerando um maior trânsito intestinal em dose dependente. Do� abdomina�: - Antiespasmódicos: (mebeverina, otilônio, escopolamina ) são os principais medicamentos usados no tratamento, pois apresentam o maior custo-benefício - Antidepressivos: (amitriptilina, sertralina) modulam a atividade da serotonina no trato gastrointestinal e reduzem os sintomas globais da SII e dor abdominal em pacientes com SII. Facilitar a liberação endógena de endorfina, o bloqueio da norepinefrina levando ao aumento das vias descendentes de dor inibitória e o bloqueio do neuromodulador da dor, a serotonina Os tricíclicos retardam o tempo de trânsito intestinal, o que pode proporcionar benefícios na SII com predominância de diarreia - Rifaximina: antibiótico não sistêmico foi aprovada em maio de 2015 para o tratamento da SII-D em adultos