ETAPAS DA REVELAÇAO

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ETAPAS DA REVELAÇÃO
Chamamos etapas de revelação os diferentes momentos nos quais as verdades sobre Deus foram reveladas à humanidade.
1.Desde a origem, Deus dá-se a conhecer. (Deus se revela na criação)
«Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo, oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo nas coisas criadas, e, além disso, decidindo abrir o caminho da salvação sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros pais»
Nossos primeiros pais: Adão e Eva.
Deus se revela a Adão e Eva,
Como aqueles escolhidos,
Para viver no seu Paraíso.
E na verdade toda a história do Paraíso,
É para deixar uma certeza ao ser humano.
Um dos aspectos nos quais Deus se revelou ao homem é como o Deus criador. Este aspecto da revelação é comum às três religiões: o judaismo, o cristianismo e o Islão. Para designar a accao criadora de Deus, sem emprega o verbo hebraico, bara que quer dizer (criar).o que não existia passa a existir.
O Deus criador
Uma das principais afirmações da Bíblia é que Deus criou todas as coisas. A criação revela a glória de Deus (Sl 19.1), o poder de Deus (Jr 10.12). O Senhor “é o Criador de todas as coisas” (Jr 10.16) 
 O evento da criação do nada, ou seja, do nada tudo proveio, vem da expressão Creatioexnihil, expressão que se encontra na boca da mãe dos filhos Macabeus (2Mc 7, 28).
Cristo princípio, centro e fim da criação
Cristo é identificado como o Salvador e posteriormente inserido na dimensao cósmico-criador e, a criaçao que já havia recebido a funçao histórica-salvífica passa a uma conotação cristológica: Cristo é, << ao mesmo tempo, como princípio, o centro e o fim da criação>> (Cl 1,15-20), Com a sua presença, a criação assume novas dimensões da nova criação.
Dificuldades e objeções
A doutrina da criação suscitou sempre grandes dificuldades e objeções no decurso do tempo no âmbito do seu desenvolvimento. Foi negada a criação como obra de Deus. Para além do ateísmo científico que a partir da teoria da explosão primordial diz o mundo ter um longiquo começo em que todas as radições e toda a matéria estavam numa bola primordial de fogo.
Hoje, a teologia no seu dever, apresenta-nos a criação no quadro dos escritos neostestamentários, que também são a base dos ensinamentos do Concílio Vaticano II.
A dimensão trinitária
 Na concepção crita, a criação do mundo é um aconteciemnto trinitário: O Pai cria pelo Filho e no Espírito Santo. Durante muito tempo, a tradição teológica compreendeu a criação como obra do Pai, Senhor de sua criação (monoteísmo).
 A dimensão trinitária nos “ensina que Deus é uma ‘família’ de três pessoas que se amam tanto de modo a formar uma só coisa
. Esta ‘família divina’ não é fechada em si mesma, mas é aberta, comunica-se na criação e na história e entrou no mundo dos homens para chamar todos a fazerem parte” (CIC)
A Revelação em Abraão, Moisés, Noé e Profetas 
O projecto da revelação obedeceu um plano. “A seu tempo Deus chamou Abraão, para fazer dele um grande povo, povo esse que depois dos Patriarcas, ensinou por meio de Moiséss e dos profetas para que conhecessem o Salvador prometido” (Concílio Vaticano II).
Deus chama Abraão, para ser Pai de um grande povo.
Moisés, para a libertação do povo do Egipto.
Os Profetas testemunharam o cuidado de Deus pela justiça no seio da humanidade. Revelando-se assim, um Deus que toma partido dos pobres e injustiçados.
A aliança com Noé
A aliança com Noé, a seguir ao dilúvio (9), exprime o princípio da economia divina em relação às «nações», quer dizer, em relação aos homens reagrupados «por países e línguas, por famílias e nações» (Gn 10, 5), CIC 56
«Aprouve a Deus, na sua sabedoria e bondade, revelar-Se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade, segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tomam participantes da natureza divina»
Objetivo da Revelação Divina
Deus quer comunicar sua própria vida divina aos homens, criados livremente por ele, para fazer deles, no seu Filho único, filhos adotivos. Ao revelar-se, Deus quer tornar os homens capazes de responder-lhe, de conhece-lo e de amá-lo bem além do que seriam capazes por si mesmos (CIC 52; Jo 1,12-14)
Nos últimos tempos, Deus revelou-se em Jesus Cristo como o centro definitivo da história de salvação.
Os Sinópticos descrevem a actividade reveladora de Jesus com os verbos pregar e ensinar. Jesus pregou o reino de Deus e testemunhou com sua própria vida: “Convertei-vos porque o reino de Deus está próximo”(Mt 4,17).
Transmissão da revelação divina
Cristo mandou os Apóstolos que pregassem a todos o Evangelho, prometido pelos profetas e por ele cumprido e promulgado pela sua própria boca, como fonte de toda a verdade salvadora e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes assim os dons divinos. (CVII, Dei Verbum,7).
Para que o Evangelho permanecesse para sempre integro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os Bispos como seus sucessores, “entregando-lhes o seu magistério”
A atitude do homem para com a revelação divina
O homem na qualidade de destinatário da revelação tem atitude a tomar. Este pode-se abrir ou permanecer indiferete. Mas como a finalidade da revelação é a salvação do homem, no sentido que é para que o homem tenha acesso a Deus, Deus espera do homem a obediência da fé (Rm16,26), isto é adesão ao projecto divino.