Farias Bande II projecto de pesquisa laboral definitivo

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FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA: USO DE TERRA
V SEMESTRE-3º ANO (Laboral)
PROJECTO DE PESQUISA SOBRE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO DA TERRA NO DISTRITO DE MANICA
Discente:
Farias Benjamim Manuel Bande 
	Docente: Prof. Dr. Inocêncio Pereira 
	
Maputo, setembro de 2021
2
Índice
Capítulo 1	3
1.	Delimitação do estudo	3
2.	Objectivos	3
2.1	Geral	3
2.2	Específicos	3
3.	Hipóteses	4
4.	Justificativa	4
5.	Abordagem metodológica	4
6.	Enquadramento geográfico da área de estudo	5
6.1	Divisão Administrativa	5
6.2	Clima do distrito	5
7.	Fundamentação teórica	6
8.	Classificação de terras no distrito de Manica seguindo o modelo da FAO (1988).	9
9.	Descrição dos solos	10
10.	Capacidade de Uso da terra no distrito de Manica	11
11.	Recomendações de uso	12
12.	Resultados esperados	12
13.	Referências Bibliográficas	13
Figura 1: localização da área de Estudo	6
Figura 2: Mapa de solos	9
Figura 3: avaliação da aptidão da terra	11
Capítulo 1
Delimitação do estudo
Quais os transtornos que a falta de conhecimento sobre o uso da terra pode causar numa determinada sociedade? É nesta pergunta que este projecto de pesquisa irá se sustentar ao estudar a realidade prática do distrito de Manica na província com mesmo nome. Um dos principais problemas que o distrito enfrenta é a falta de terras que possuem condições básicas e favoráveis para uma boa prática de agricultura (MAE: 2005). Importante ressaltar que o uso adequado da terra é o primeiro passo para o sucesso na agricultura. Observa-se que terra inclui entre suas características, não apenas o solo, mas outros atributos físicos, como localização, relevo, vegetação, tipos e graus de erosão, suprimento de água (clima), impedimentos à motomecanização, e cuja utilização agrícola depende também de condições de infra-estrutura (meio de transporte, instalações, máquinas, equipamentos) e, ainda, condições socioeconômicas (disponibilidade de mão de obra, mercado, preços de insumos e de produtos agropecuários) (BELLINAZZI et al., 1983). É nesse contexto que um estudo detalhado sobre as terras pode ajudar, a resolver os problemas relacionados ao seu uso. Diferentes espaços podem possuir mesma capacidade de uso, mas, para que se tenha conhecimento disso é necessário que se faça uma avaliação da aptidão das terras para que seu uso seja adequado as condições que ela oferece.
Objectivos
Geral 
· Classificar as terras para fins agrícolas com base no sistema de capacidade de uso e aptidão agrícola com vista a identificação das necessidades/estratégias de planeamento e ocupação territorial sustentável. 
Específicos
· Estudar os métodos de avaliação da terra: sistema de capacidade de uso e aptidão agrícola;
· Combinar técnicas de geoprocessamento para caracterizar o potencial natural das terras do distrito de manica;
· Indicar o uso permissível para cada classe de terra avaliada distrito de Manica;
Hipóteses 
· A falta de conhecimentos sobre é um dos factores responsáveis pela degradação das terras e ao empobrecimento dos mesmos; reduzindo consequentemente a produtividade agrícola por área.
· A utilização de sistemas de avaliação e aptidão da terra possibilitam o uso e planeamento das terras? nestes torna-se evidente o aprimoramento das técnicas que possibilitam a prática desses estudos. Por outro lado sistemas de informação geográfica e do sensoriamento remoto podem reduzir de uma maneira eficaz e eficiente o tempo e custos no processo de coleta, processamento e disponibilização dos dados e, tempo útil?
 Justificativa 
O estudo da a aptidão das terras e sua classificação mostra-se relevante na medida em que a maioria das actividades humanas depende de como a terra é usada, terra esta que tem se tornado um recurso cada vez mais escasso. O uso inadequado da terra leva a uma operação ineficiente dos recursos naturais, à destruição dos recursos da terra, à pobreza e a outros problemas sociais. O uso da terra sem um planeiamento adequado tem levado a consequências ambientais negativas ou a insuficiente sustentabilidade econômica das empresas agrícolas. Tanto para a implementação de projetos agrícolas como para a melhoria das atuais práticas agrícolas, a avaliação dos recursos disponíveis e das restrições deve ser utilizada como base para as decisões sobre uso e maneio das terras.
É nesse contexto que o presente projecto de pesquisa busca fazer a avalição das terras do distrito de Manica. para fornecer informações para um planeiamento de uso das terras, contribuindo para a redução da degradação ambiental e a adequação de uso das terras, sendo um importante instrumento para o planeiamento de uso da terra que utiliza dados de recursos biofísicos e econômicos para a geração de informações para a tomada de decisão.
Abordagem metodológica 
A primeira etapa consistiu na recolha de informação de base existente sobre área de estudo. Tal informação consistiu em estudos anteriores sobre recursos de terra e seu uso, incluindo os respectivos mapas (por exemplo, informação geológica, geomorfológica, solos, vegetação, hidrografia e uso de terra.);
A segunda etapa foi a produção do mapa de solos com base nos dados disponibilizados pela CENACARTA. Este exercício permitiu a identificação das grandes unidades de solos que ocorrem na área de estudo, tendo como racionalidade a relação existente entre a geologia, geomorfologia, vegetação e solos. O mapa dos solos serviu de base para a seleção e dimensionamento de áreas de amostragem para identificação das classes de uso e sua respectiva caracterização;
A terceira etapa consistiu na interpretação dos dados do mapa de solos e produção do mapa da aptidão da terra;
A quarta é última fase foi formulação de recomendações sobre as diferentes classes de aptidão das terras da área de estudo.
Capítulo 2
Enquadramento geográfico da área de estudoA área em estudo localiza-se no centro da República de Moçambique, na província de Manica, no distrito com o mesmo nome, dista a 265 km por estrada da cidade da Beira. Está situada entre os paralelos 18o 50’ S e 19o 00’ e entre os meridianos 32o 45’ E e 32o 55’ E, ocupando uma superfície de aproximadamente 600 km2. (SUMBURANE, 2011). O distrito de Manica faz fronteira a Ocidente e a Norte com a República do Zimbabwe, a Leste com o distrito de Chimoio e a Sul com vale do Rio Munene. (vide figura 1).
Divisão Administrativa 
O distrito de Manica está dividido em três postos administrativos: Machipanda, Messica e Mavonde compostos pelas seguintes localidades: Machipanda (Machipanda,Marindza, e Muzongo), Messica (Bandula, Chinhambuzi, Messica e Nhaucaca), e Mavonde (Mavonde, Chitunga)
Clima do distrito
Segundo a classificação climática de Koppen, o distrito apresenta o clima temperado húmido (Cw). A temperatura média anual é de 21,1°C e índices pluviométricos em torno dos 1000 a 1020 mm anuais. (MAE, 2005: 2). A região montanhosa de Manica regista valores médios anuais na ordem dos 1000 e 1020 mm de chuva. Em geral, a repartição das chuvas é desigual ao longo do ano, observando claramente a existência de duas estações bem distintas, a estação chuvosa e a seca (Ibidem, 2005: 2).
A estação das chuvas tem início no mês de novembro e seu término no mês de abril. A evapotranspiração média anual é cerca de 1220-1290 mm sendo este superior ao valor da precipitação média anual. O balanço hídrico permite apurar que o período de excesso de água ocorre no mês de novembro a março, no qual a precipitação é maior em relação a quantidade de evapotranspiração (Ibidem,2005: 2).
Figura 1: localização da área de Estudo
Fonte: CENACARTA 2021 (elaborado pelo autor).
Capítulo III
Fundamentação teórica 
Neste item são apresentados e definidos os principais conceitos básicos e relevantes usados no desenvolvimento deste projecto de pesquisa que envolve diferentes temas a saber: Terra, uso da terra, sistemas e unidades de terra, capacidade de uso e planeamento do uso de terra e aptidão agrícola. 
De acordo com a FAO apud Macia (2009: 15), a Terra é uma área delineável da superfície terrestre, que abrange todos os atributos da biosfera imediatamente acima ou abaixo desta superfície, incluindo aqueles atributos climáticos próximos à superfície, o solo e as formas de relevo, a hidrografia superficial, capas sedimentares subsuperfícies e as reservas de água subterrâneas associados às mesmas, as populações de plantas e animais, os padrões de povoamento humano e os resultados físicos da actividade humana passada e presente. A terra inclui, no entanto, o meio físico e aspectos cíclicos que atuam verticalmente acima e abaixo da superfície, bem como as actividades humanas. 
Enquanto isso SPIERS apud Macia (2009:15), argumenta que o conceito terra é mais amplo que o do solo, daí que a avaliação da terra não pode ser isolada dos outros aspectos do meio físico; requer uma visão integradora mais ampla também inclui no conceito os recursos naturais; os solos, os minérios, o clima, a água, biota e a atividade humana que compõem a terra. Esses componentes estão organizados em ecossistemas que oferecem uma grande variedade de serviços essenciais para a manutenção da integridade dos sistemas que sustentam a vida e a capacidade produtiva do meio ambiente. As maneiras como são usados os recursos da terra beneficiam-se de todas essas características.
Uso da terra é qualquer tipo de intervenção humana, permanente ou cíclica num pedaço de terra BEERNAERT (1991). Portanto, uso da terra refere-se à forma como a terra está sendo ocupada pelo ser humano ou às atividades humanas ou funções econômicas associadas com uma parcela da terra. De uma maneira geral pode se fazer um levantamento dos recursos naturais e fazer se avaliação da aptidão agrícola sem considerar o uso da terra, mas esta avaliação não seria muito útil para os planeadores e decisores. Nesta óptica, o uso da terra passa a fazer parte integrante dos levantamentos dos recursos naturais para fins de avaliação da terra.
Sistema de terra é uma entidade da superfície terrestre que é uniforme para fins práticos: uniforme quanto à forma do terreno, solos, vegetação, clima, regime hídrico e vegetação.
Unidade de terra é uma área da terra onde processos específicos das características e qualidades da terra podem ser mapeados. A unidade da terra é uma entidade pequena que corresponde mais ou menos a um local de amostragem das observações, inclui um conjunto de características que se pode observar num perfil do solo, complementado com a descrição de outros componentes do conceito da terra verticalmente acima e abaixo deste perfil. Por exemplo, a rocha que se encontra no fundo do perfil, capim e árvores que crescem na área, regime hídrico do local, inclinação do terreno e fatores climáticos que afetam o terreno.
Planeamento de uso de terra é entendido como um processo pelo qual os utilizadores e as entidades responsáveis pelas tomadas de decisões possam decidir pelo melhor uso da terra (AMOS et al., 1995). Entenda se melhor uso, a aquele uso que trará os melhores benefícios tanto a curto como em longo prazo. Para a FAO (1993) planeamento de uso da terra é uma avaliação sistemática das potencialidades da terra e da água, alternativas de uso da terra e das condições socioeconômicas. A FAO (1993) agrupa os fins de planeamento do uso da terra de acordo com a eficiência, equidade e receptividade e sustentabilidade. Assim, o planeamento do uso da terra deve ser positivo, isto é, deve encontrar oportunidades para a mudança através da conscientização ao invés das regras.
Para Monteiro (1998:30), o planeamento do uso da terra tem como finalidade orientar as decisões de modo que os recursos sejam mobilizados de maneira mais benéfica ao homem e à comunidade e, simultaneamente, promover a conservação dos recursos ambientais para o futuro O planeamento é pela população, camponeses e outros utilizadores das terras daí que devem ser envolvidos em todas as fazes do planeamento para que eles possam reconhecer as necessidades do uso e aceitar os resultados do plano.
Capítulo IV
Classificação de terras no distrito de Manica seguindo o modelo da FAO (1988).
Segundo a classificação da FAO (1988), no distrito de manica existe 5 tipos de solos que são: Cambic Arenosol, Eutric Leptsol, Ferralic Arenos, Haplic Acrisols, e Rhodic Ferralso como ilustra o mapa abaixo.
Figura 2: Mapa de solos
Fonte: CENACARTA 2021 (elaborado pelo autor).
Descrição dos solos 
Solos arenosos castanhos e acinzentado e profundos (KA) designados pela FAO Cambic arenosol estão presentes nas encostas inferiores dos interflúvios com declive ondulado de 0-8% possuem profundidade superior a 100 cm com uma drenagem pouco excessiva fazem parte do soco pré-câmbrico rachas ácidas granito gnaisse. A vegetação presente é floresta aberta de matagal as principais limitações para prática de agricultura são fraca capacidade de retenção de água é baixa fertilidade.
Solos franco-arenoso castanho e poucos profundos sobre rocha alterada (I) designados pela FAO de Eutric Leptsol presentes nos Inselbergs, zonas erosinadas e nos afloramentos rochosos com declives montanhosos superiores a 30% fazem parte do Soco pré-câmbrico rochas acidas granitos e gnaisse a sua profundidade varia de 0-30 cm e possuem uma drenagem excessiva. A vegetação presente nesses solos é mata aberta mediana ou pradaria e as principais limitações para a prática de agricultura são pouco profundidade e risco de erosão.
Solos arenosos castanho avermelhados e profundos (VA) designados pela FAO de Ferralic Arenosol ocorre nos interflúvios, encostas superiores e médias com declive ondulado de 0-8% possui uma profundidade superior a 120 cm com uma drenagem pouco excessiva. Fazem parte do Soco Pré-câmbrico, rochas ácidas, granito e gnaisse. A vegetação possui vestígios da floresta primária e mata aberta de pradaria possui como limitações a prática de agricultura fraca retenção de águae baixa fertilidade. 
Solos Franco-argilo-arenosos, castanhos e avermelhados (VMo) geralmente profundos designados pela FAO de Haplic Acrisols ocorrem nos interflúvios, encostas superiores e médias com declives ondulado de 0-8% com profundidades superiores a 100 cm. Fazem parte do soco pré-câmbrico rochas ácidas, granito e gnaisse e possuem uma boa drenagem a vegetação presente é savana arborizada com mata aberta e media e possuem como limitações a praticas de agricultura pouco fertilidade e risco a erosão.
Solos Argilosos vermelhos e profundos (VGo) Designados pela FAO de Rhodic Ferralso presentes nos interflúvios encostas superiores e planaltos com declive suavemente ondulado que varia 0-5% fazem parte de solos do soco pré-câmbrico, rochas ácidas granito e gnaisse com profundidades superiores a 100 cm com boa drenagem. Os tipos de vegetação presentes nestes solos são floresta aberta e savanas arbustivas e possuem e possui as seguintes limitações a agricultura: fixação de fosforo e fertilidade. 
Capítulo V
Capacidade de Uso da terra no distrito de Manica
Segundo a FAO (1976), a avaliação da terra é o “processo de predizer o
comportamento da terra quando usada para atividades específicas, envolvendo a execução e interpretação de levantamento do relevo, solos, vegetação, clima e
outros aspectos do ambiente, com o objetivo de identificar e comparar tipos
potenciais de uso aplicáveis à finalidade da avaliação”. Com isto, percebe-se que a avaliação da aptidão da terra é um exercício que deve ser feito olhado para todos os aspectos físico geográficos que envolve a região. O mapa que segue é o resultado de conciliação dos elementos acima descritos.
Figura 3: avaliação da aptidão da terra
Fonte: CENACARTA, 2021: (elaborado pelo autor).
Recomendações de uso 
O mapa acima foi elaborado seguindo as regras elaboradas por Lepsch, (1993), onde ele sugere que o levantamento do meio físico deve ser agrupados em diferentes cores, para as 8 classes encontradas de capacidade de uso da terra. Entretanto, observe que a classe I representada no mapa pela cor cinza muito escura representa uma área que não possui limitações ao uso com culturas anuais ou perene, podendo ser pastagem e reflorestamento. Os solos são férteis, profundos, e com retenção de água sem riscos de inundações e sem lençol freático elevado; a Classe II consiste em terras cultiváveis que exigem uma ou mais práticas especiais para serem cultivadas, segura e permanentemente, com redução entre médias e elevadas das culturas anuais; a classe III representa terras passiveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens ou reflorestamento. Quando cultivadas sem cuidados especiais ficam sujeitas a riscos de depaureamento, principalmente com culturas anuais, visto que apresentam problemas complexos de conservação; a classe IV compreendem terras passiveis de utilização com culturas perenes, pastagem ou reflorestamento, porém apresentam riscos ou limitações muito severas, quando usadas para culturas anuais, apresentam sérios problemas de conservação. A classe V terras planas ou com decliveis muito suaves, praticamente livres de erosão. Adaptadas para pastagens sem necessidades de práticas especiais. A classe VI representam terras adaptadas, em geral para pastagens e ou reflorestamento, com problemas simples de conservação, cultiváveis apenas em alguns casos especiais de algumas culturas protetoras do solo; a Classe VII são terras com uso em pastagens, apresentando restrições mais severas que a classe anterior, sendo mais adaptadas ao florestamento; alem de altamente susceptíveis à degradação, exigem práticas mais complexas de conservação. E para terminar temos a classe VIII que representam terras sem aptidão agrícola para cultivos, porém apropriados para a proteção e abrigo da flora e fauna silvestres, como o ambiente para atividades de recreação ambiental ou para fins de armazenamento de água.
Resultados esperados 
Feitos as pesquisas sobre a aptidão da terra no distrito de Manica espera-se que a tomada de decisão para o planeamento das actividades e a forma como as terras devem ser usados sejam guiadas com o mapa de aptidão das terras porque ela indica as potencialidades de cada classe e dá previas recomendações das dificuldades/limitações que se esperam no terreno ao se escolher um determinado tipo de uso. 
Referências Bibliográficas 
BELLINAZZI, R.; BERTOLINI, D.; ESPÍNDOLA, C. R.; LEPSCH, I.F. Manual para levantamento utilitário do meio físico e classificação de terras no sistema de capacidade de uso. Campinas: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1983.
BEERNAERT, F. Manual de levantamento da Terra, Maputo: INIA-DTA,
1991.
SUMBURANE, e. I. (2011). Evolução crustal dos terrenos granito-greenstone de manica, região centro-oeste de moçambique. Instituto de geociências. Usp. São paulo. Brasil.
MACIA. Clemente José. Avaliação das terras da província de Maputo, o caso das bacias hidrográficas de Changalane e Mazimunhama. Campinas, SP 2009 
AMOS, C. et al. Planeamento de Uso de Terra ao Nível da comunidade.
Distrito de Gondola: Directrizes, procedimentos e conceitos, Parte 1.
Maputo: INIA-DTA, 1995
Monteiro, César Luís Soares Proposta de Classificação do Uso e da Cobertura da Terra e sua Representação Cartográfica na Escala 1:10.000. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina.
MAE (2005), Perfil do distrito de Manica, província de Manica. Maputo: MAE.
FAO, 1988. Wetland characterization and classification for sustainable agricultural.