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➩ ÁREAS MAIS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADAS: - Frequência cardíaca; - Ritmo; - Eixo; - Hipertrofia; - Infarto. TRAÇADO: onda P (despolarização atrial); complexo QRS (despolarização ventricular) e onda T (repolarização ventricular) ➩ FREQUÊNCIA CARDÍACA: É o primeiro item que se deve verificar no ECG, é lida por ciclos por min Determinada normalmente pelo NSA, porém se ele falhar marca-passos ectópicos localizados em átrios, no NAV e nos ventrículos podem assumir a função. Topo QRS em exatamente em uma onda designa um FC (haste mais espessa) 🞻 Uma taquicardia pode ser associada a uma arritmia – taquiarritimia → TAQUICARDIA SINUSAL – ritmo cardíaco normal Frequência superior 100 ciclos/min, ritmo regular que provem do NSA. Não há estímulo fora do nó sinoatrial Tem todas as ondas e o mesmo tempo, intensidade e distância entre os batimentos → BRADICARDIA SINUSAL Frequência inferior a 60 ciclos/min, ritmo normal, frequência muito lenta que se origina no NSA. O inferior a 60 é muito relativo, é preciso ver a prescrição médica (como betabloqueador que reduz a FC) ➩ RITMO → RITMO SINUSAL (esperado): Determinado pelo próprio NSA (estímulo provido desse nó) Distância semelhante entre as ondas → ARRITMIAS: Sem ritmo, ritmo anormal ou interrupção na regularidade do ritmo normal. Além do estímulo do nó sinoatrial, há estímulo da parede Ocorre a redução do DC e, para compensar há aumento da FC → RITMO VARIÁVEL: (batimentos desiguais) Apresenta sequência normal de ondas (P-QRS-T), mas com ritmo se alterando continuamente. Entre um batimento e outro é gerado um tempo e há uma certa distância alterada entre o 1º e o 2º... • Arritmia Sinusal: ondas P idênticas no traçado; Impulso se origina no NSA, porém a cronologia dos ciclos é irregular (tempo entre um estímulo e outro). 🞻 Se não tiver o aparecimento de P, não é sinusal → MARCA-PASSO MIGRATÓRIO: A atividade do marca- passo varia de foco, ritmo muito irregular; Estímulo vem de forma diferente - ondas P de formas diferentes/se diferem uma das outras Seguido do complexo QRS, a onda T está invertida → FIBRILAÇÃO ATRIAL (FA): (alterações de onda P) É causada pela descarga de múltiplos focos atriais (D e E) - Há muito estímulo fora do nó sinoatrial Apresenta um desenho todo arrepiado, cheio de ondas P minúsculas. Múltiplas ondas P muito pequenas – átrios exatamente estimulados Por alguma patologia os átrios estão sendo estimulados de maneira interrupta e com muita estimulação – aparecem várias ondas P As vezes o paciente nem tem sintomas e percebe-se essa fibrilação somente em grande esforço com sensação de afogamento. Esse átrios só podem ser revertidos de 2 formas: Medicação – elimina esses focos, mas as vezes o quadro não é revertido, então é levado para UTI UTI – eletrochoque ➩ BATIMENTOS SUPLEMENTARES E PAUSAS → EXTRA-SÍSTOLE: É uma estimulação prematura, proveniente de um foco ectópico. Pode ser: ⤷ EXTRA-SÍSTOLE ATRIAL: Batimento prematuro, estimulação prematura Foco ectópico atrial dispara a onda P precocemente seguido QRS normal Onda P não se parece com as outras As vezes não é possível auscultar Aparecem como se fossem duas ondas P (seta) ⤷ EXTRA-SÍSTOLE NODAL: Descarga ectópica no NAV, QRS precoce, normal e sem onda P. Não dá chance de o indivíduo ter a despolarização dos átrios 🞻Ectópica: fora do nó sinoatrial ⤷ EXTRA-SÍSTOLE VENTRICULAR: (arritmia) Estímulo precoce no ventrículo; Modifica-se o QRS Quanto maior o número de extra-sístole, mais grave será o caso 1, 2 ou 3 focos ectópicos estimulando na mesma hora Seta vermelha: extra sístole ventricular (somente o complexo QRS S, não se vê a onda P) Azul: após uma extra-sístole as vezes perde um batimento QRS sobrepõe a onda P Depois da seta vermelha: onda T (quanto maior for o estímulo, maior é o relaxamento) • BIGEMINISMO: Quando cada batimento sinusal é seguido por uma extrassístole ventricular. (um batimento normal e um alterado) • TRIGEMINISMO: Cada dois batimento sinusais aparece uma extrassístole ventricular. • QUADRIGEMINISMO: Cada três batimento sinusais, aparece uma extrassístole ventricular. • PAR: Dois extrassístoles consecutivas. • TAQUICARDIA VENTRICULAR NÃO SUSTENTADA: Três ou mais extrassístoles ventriculares consecutivas. ⤷ BATIMENTOS DE ESCAPE Aparecem quando o marca-passo fisiológico não produz estímulo durante 1 ou mais ciclos ✓ Atrial ✓ Nodal ✓ Ventricular ⤷ PARADA SINUSAL O nó sino atrial (NSA) falha subitamente fazendo uma nova área assumir comando de marca-passo gerando um novo ritmo. Período sem estímulos Após isso, é gerado um novo ritmo → RÍTIMOS RÁPIDOS: ⤷ TAQUICARDIA PAROXÍSTICA: Significa frequência cardíaca rápida, de início súbito, origina-se de um foco ectópico. A frequência pode variar de 150 a 250 bpm. • Atrial (1) – traçado eletrocardiográfico normal, mas p número de frequência é grande • Nodal (2) – sem onda P (são muito estímulos partindo do NSA) • Ventricular (3) – muito estímulo (mas não significa que está mandando muito sangue) Sintomas: cansaço absurdo As taquicardias atriais e nodais são também chamadas de supraventriculares (acima dos ventrículos) Supraventriculares sustentada: mantém o DC → FLUTTER Muito suscetível para evoluir para uma parada cardíaca, porque a taquicardia está entre 250- 300 bpm Pode ser: • Atrial Sucessão rápida e contínua de ondas P • Ventricular Ondas difásicas e regulares Se não for retirado dessa situação rapidamente = parada cardíaca → FIBRILAÇÃO É causada por vários focos ectópicos disparando em frequências diferentes produzindo um ritmo caótico e irregular. • Atrial 1 2 3 Muitas ondas P • Ventricular (leva a parada cardíaca) Arritmia sinusal São muitos estímulos/focos ectópicos que se perde o traçado do eletro Traçado totalmente irregular – evoluindo para uma parada cardíaca (DC=0) → BLOQUEIOS CARDÍACOS São bloqueios elétricos que detém a passagem de estímulos. ⤷ BLOQUEIO SINUSAL (SA): Faz com que o NSA pare temporariamente por pelo menos 1 ciclo e em seguida volte normalmente. ⤷ BLOQUEIO DE AV: ocorre um retardo do impulso ao nível NAV, provocando um aumento no intervalo P até a onda R. Estímulo sai do nó sinusal e é bloqueado no nó atrioventricular Pode ser: • De 1ºgrau: Intervalo P – R maior 0,2 seg; • De 2ºgrau: São necessários 2 ou mais impulsos atriais para estimular a resposta QRS. * Mobitz I * Mobitz II * diferença: intensidade • De 3º grau: O bloqueio é total, os estímulos atriais não estimulam o NAV, fazendo assim um marca-passo ectópico NAV ou ventricular entrar em ação. Dissociação átrio ventricular ⤷ BLOQUEIO DE RAMO (muito comum) – feixe de His (alteração ventricular): Causa o bloqueio do impulso dos ramos direito ou esquerdo do Feixe de His. O bloqueio de um desses ramos causa retardo do impulso para o lado correspondente impedindo a contração simultânea dos ventrículos Direito: duas ondas R’s grandes Esquerdo: duas ondas R’S, mas uma é pequena ➩ EIXO Refere-se à direção da despolarização que se difunde através do coração para estimular a contração miocárdica. Serve para verificar se a movimentação de ondas do coração está no sentido normal. Eixo normal: QRS positivo em aVF e D1 Desvio extremo do eixo: QRS negativo em D1 e aVF Desvio direito do eixo: QRS negativo em D1 ➩ HIPERTROFIA Situação persistente, a partir do momento que gerou a hipertrofia não é possível revertê- la → HIPERTROFIA MIOCÁRDICA ⤷ HIPERTROFIA ATRIAL: Onda P é difásica e V1 é a melhor derivação para se obter esses dados. • Hipertrofia atrial direita: Parte inicial da onda P difásica é maior. Positiva: maior e mais espessa que a onda negativa • Hipertrofia atrial esquerda: A parte terminalda onda P difásica em V1 é maior e mais larga. Negativo: maior e mais espesso 🞻 Difásica: sempre onda inicial é positiva e final negativa ⤷ HIPERTROFIA VENTRICULAR: Ventrículo esquerdo: maior polaridade positiva (fisiológico) No complexo QRS em V1 a onda S é maior que a onda R. • Hipertrofia ventricular direita: Onda R grande em V1 que se torna progressivamente menor em V2, V3, V4...., QRS largo. Aumentou um pouco a onda • Hipertrofia ventricular esquerda: Onda S profunda em V1 (muito grande) e onda R (+) alta em V5; QRS largo; onda T inversa e assimétrica (obrigatoriamente assimétrica). 🞻 Onda T assimétrica: componente descendente longo e gradual e ascendente rápido e curto (não é uma onda redondinha) 🞻 Para saber se é hipertrofia ventricular esquerda: soma-se os mm da onda S negativa em V1 e somar os mm da onda R positiva V5. Acima de 35= hipertrofia ventricular esquerda (as vezes esse número varia um pouco) A maioria das informações relativas à hipertrofia das cavidades cardíacas se obtém em V1 (onda P e S) e V5 (onda R). ➩ INFARTO Ocorre devido a oclusão de uma artéria coronária, esta zona infartada é eletricamente morta e não pode conduzir estímulo elétrico produzindo um vazio elétrico, podendo resultar em grandes arritmias ou até a morte. Obstrução coronariana por formação de trombos, placas de ateromas ou até processos vasoconstritivos intensos Roxo no coração: área isquêmica (área do infarto) ↳ Essa área começa a produzir enzimas CK, CKMB e tropomina (enzimas cardíacas). Essas enzimas se alteram drasticamente, então por mais que há muitas derivações podem não ser suficientes para caracterizar uma alteração no eletrocardiograma. Porém há os sinais e sintomas, então o paciente é deixado em observação e é feito o primeiro exame, fazendo a contagem das enzimas. Se não for constatado alteração e permanecer os sinais, depois de um tempo é possível observar alterações eletrocardiográficas e enzimáticas. TRÍADE DO INFARTO: Isquemia Onda T invertida e simétrica Supra desnivelamento do segmento ST ⤷ ISQUEMIA Precário suprimento sanguíneo caracteriza-se por onda T invertida e simétrica. Alteração em todas as derivações, mas mais evidente nas derivações V1 a V6. Alterações em todas as derivações de V1 a V6 que caracterizam uma onda T invertida, um suprimento sanguíneo extremante reduzido Sempre que tiver uma onda T invertida sem alterações no complexo QRS não caracteriza isquemia – significa alguma alteração no processo de relaxamento/repolarização do ventrículo. Onda T simétrica (componentes descentes e ascendentes são semelhantes) 🞻 o processo obstrutivo leva a isquemia e, a isquemia leva a uma lesão ⤷ LESÃO Significa infarto agudo ou recente, supra desnivelamento do segmento ST; Se houver infra desnivelamento segmento ST pode ser por medicações (Digitalis), infarto subendocárdico ou teste Master positivo. SUPRA DESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST Onda T invertida e simétrica = isquemia Alteração no QRS 🞻 Também pode ter um infradesnivelamento - não chega na linha de base, para como se fosse uma onda invertida Também pode ser: - infarto subendocárdio - medicação (diroxina) – se usa não podemos falar que é infarto subendocárdio - teste de esforço (chega no máximo que o paciente consegue) * * Teste master positivo: Faz o teste de esforço e na hora que percebe o infradesnivelamento, o teste é parado na mesma hora, pois o coração está dando sinais que vai falir/não há suprimento suficiente para o esforço. Se persistir nessa intensidade o paciente infarta. ⤷ ISQUEMIA LEVANDO O INFARTO PROPRIAMENTE DITO (3ª parte da tríade) Fazemos o estudo da onda Q A onda Q nos permite fazer o diagnóstico de infarto, as ondas Q patológicas tem largura de 0,04 seg e 1/3 da altura do complexo QRS. Onda Q larga TRÍADE DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: ISQUEMIA (onda T invertida e simétrica) LESÃO POR SUPRA DESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST ONDA Q LARGA 🞻 INFRADESNIVELAMENTO INDICA: infarto subendocárdio, teste master positivo ou utilização de medicação (digital) ⤷ LOCAL INFARTO Quando infarta nessas paredes é preciso ver se ocorre o processo de deterioração da parede/músculo cardíaco. Há muitas causas de alterações de segmento ST e onda T, portanto, o diagnóstico de infarto requer, comparação com traçados prévios, com quadro clínico paciente e dados de laboratórios (marcadores de necrose miocárdica). – nem sempre é possível detectar alterações eletrocardiográficos no infarto Ao infartar nessas paredes precisamos ver se houve deterioração da parede