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FARIAS BANDE II VERSAO

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Faculdade de Letras e Ciências Sócias
Departamento de Geografia
Licenciatura em Geografia
Disciplina de Geografia de África
Nível 3
Recursos Minerais Em África
Discente:
Farias Benjamim Manuel Bande 
	Docentes: Profa. Dr. Sandra Brito
 Lic. Jorge Gulele 
 
	 
Maputo, Agosto de 2021
Índice
1	Introdução	3
1.1	Objectivos	3
1.1.1	Geral	3
1.1.2	Específicos	3
1.2	Metodologia	4
2	Enquadramento geográfico da área de estudo	4
3	Estrutura geológica do continente	5
3.1	Repartição espacial dos recursos minerais conforme a estrutura geológica	6
3.2	Reservas de Minerais em África	8
3.2.1	Reservas de Gás Natural	8
3.3	Reservas de carvão Mineral	8
3.3.1	Reservas de Petróleo	9
3.3.2	Outras reservas importantes	9
4	Minerais nobres de África e suas ocorrências	10
5	África mesmo possuindo recursos minerais, não gera riquezas. Por quê?	12
5.1	O exemplo de alguns países Africanos	13
5.2	Situação do desenvolvimento humano	14
5.3	Alguns casos inusitados de desvio de fundos de Estado	14
5.4	A riqueza em recursos naturais e o défice de responsabilização	15
5.5	Estratégias adoptadas pelos governos Africanos para alcançar o desenvolvimento sustentável até 2030, tendo em conta os recursos naturais	16
6	Considerações finas	17
7	Referências Bibliográficas	18
Figura 1: localização da área de estudo	4
Figura 3: Mapa de Recursos Minerais	11
Tabela 1: reservas provadas de Gás Natural em África 1999-2019	8
Tabela 2: Reservas Provadas de carvão mineral	9
Tabela 3: Reservas provadas de petróleo em África 1999-2019	9
Tabela 4: principais minerais e suas ocorrências	11
Introdução 
Com mais de 20 países detentores de abundantes reservas de petróleo e minerais, África possui mais países ricos em recursos minerais do que qualquer outra região do mundo. No entanto, as condições de vida da maioria dos cidadãos permanecem deploráveis, em consequência da desigualdade na distribuição das receitas provenientes dos recursos. Neste trabalho far-se-á um levantamento dos principais minerais que ocorrem em África, e identificados os países onde ocorrem. Entretanto, mesmo possuindo tantos recursos minerais muitos países africanos encontram-se numa posição de pobreza extrema. Várias são as razões que levam o continente a permanecer na miséria e algumas delas serão apresentados no decorrer do trabalho.
Para uma melhor leitura do trabalho importa referir que o mesmo está dividido em quatro capítulos. No primeiro capítulo é feita a introdução do trabalho, são apresentados os objectivos gerais e específicos e a metodologia utilizada para a sua elaboração; no segundo capítulo faz-se o enquadramento geográfico do continente africano, e apresentada a estrutura geológica do continente e as formações rochosas mais abundantes e também são identificados os principais minerais, reservas e suas ocorrências. No terceiro capítulo são apresentados as razões quem levam o continente africano a ser cada vez mais pobre mesmo tendo tantos recursos minerais. E o quarto capítulo é o das considerações finais e referências bibliográficas. 
Objectivos 
Geral 
· Recursos minerais, tipos e sua ocorrência em África
Específicos 
· Caracterizar a formação geológica do continente e identificar as reservas dos minerais;
· Mencionar os minerais nobres e suas ocorrências;
· Identificar as razões que levam o continente africano a estar cada vez mais pobre mesmo tendo tantos recursos minerais;
Metodologia 
Para a realização do presente trabalho usaram-se os seguintes métodos, revisão bibliográfica, método cartográfico, e observação indirecta. No método da revisão bibliográfica tratou-se de pesquisar matérias já publicadas que abordam sobre o tema em estudo (livros, Jornais, revistas, artigos e algumas consultas em websites credíveis); o método de observação indirecta consistiu na leitura de mapas já elaborados; o método cartográfico auxiliou-me na elaboração de mapas através do software Q-GIS com vista a apoiar na localização da área de Estudo.
Enquadramento geográfico da área de estudo
Com uma extensão de mais de 30 milhões km2, o continente africano é formado por 54 países e limita-se, a Oeste pelo oceano Atlântico; a Este pelo oceano Índico; ao norte, pelo mar Mediterrâneo; a Nordeste, pelo mar Vermelho; e a Sul pelo oceano Atlântico e Índico. O território africano distribui-se pelos quatro hemisférios do planeta Terra. Em termos latitudinais e longitudinais, Ki-Zerbo (1998:349) argumentam que, o continente africano estende-se desde o paralelo 71o 37' 21’’ Norte, Cabo Ras-EL-Abaid (Tunísia), numa extensão de 8.000 km a 34o 51' 15" Sul cabo das agulhas, (RSA); E entre os meridianos 18o em Cabo Verde Oeste e 50o Este no Cabo de Ras-Hafun na Somália, numa extensão de 7.500 km. (Vide figura 1).
Figura 1: localização da área de estudo
Fonte: (CENACARTA, 2021 elaborado pelo autor).
Estrutura geológica do continente 
Segundo Press (2006) a história da Terra pode ser dividida, usando registros geológicos como critério, em quatro unidades principais de tempo: éons, eras, períodos e épocas. A maioria das rochas do embasamento continental sobreviveu a uma longa e complexa história de formação, fusão e metamorfismo. Em uma perspectiva global, a estrutura geológica dos continentes exibe um padrão geral, sendo que na maioria dos casos as rochas mais antigas formam no interior dos continentes o chamado Escudo, uma região da crosta terrestre que atingiu maior estabilidade e é constituído principalmente de rochas do embasamento cristalino de idades pré-cambrianas.
Bondo (2008) afirma que o processo de cratonização do continente africano correspondeu à, principalmente, quatro ciclos orogenéticos: Orogenia Limpopo-Liberiano (2800-2500 M.a.); Orogenia Eburneana (2500–1800 M.a.); Orogenia Kimbariana (1650–1100 M.a); Orogenia Damariana (Panafricana) (1000–500 M.a.). A Orogenia Limpopo-Liberiano consistiu na emersão de oito núcleos de zonas submersas, são eles: Mauritânia, Serra Leoa/Costa do Marfim, Gabão, Camarões, Kassai, Dodoma Nyansa, Zambia, Zimbábue Transvaal. A Orogenia Eburneana estabeleceu a primeira fase de consolidação e junção desses oito núcleos, formando quatro núcleos maiores: África Ocidental, Congo-Kassai, Tanzânia e Zimbábue Transvaal. A Orogenia Kimbariana corresponde à segunda fase de consolidação dos quatros núcleos principais da Placa Africana, que passaram a ser três: África do Oeste, Congo e Kalahari (que podem ser subdivididos em seis crátons: Cráton do Lúrio, do Sahara Oriental, do Uweinat-Chad, da África Ocidental, do Kongo Kassai, do Kaapvaal). A Orogenia Damariana ou Panafricana consistiu na última etapa de cratonização do continente africano.
De acordo com Ki-Zerbo (1998:), o continente africano possui um embasamento pré-câmbrico, que ocupa a maior parte da superfície. São ao todo um terço do continente que é coberto por uma camada de espessura variável de sedimentos ou de material vulcânico, este embasamento compreende rochas metamórficas (xisto, quartzito, gnaisse) e rochas cristalinas (granito) muito antigas e de grande rigidez. Com excepção do sistema alpino do Magreb e das dobras hercinianas do Cabo e do sul do Atlas, o conjunto da África e Madagáscar formam uma plataforma antiga e estável, constituída por um escudo que não sofreu dobramentos apreciáveis desde o Pré-cambriano.
K-Zerbo (1998) salienta que, sobre o pedestal, arrasado por uma longa erosão, depositaram‑se em discordância formações sedimentares dispostas em camadas sub-horizontais de idades variadas, desde o começo do período Primário até o Quaternário. Essas séries sedimentares são compostas de material grosseiro e geralmente arenoso, são de natureza mais continental que marinha, pois as transgressões marinhas só recobriram o pedestal temporária e parcialmente. Na África ocidental osarenitos primários formam uma auréola no interior dos afloramentos da plataforma pré-cambriana. 
Na região da África austral, grandes depósitos permotriássicos continentais constituem o sistema do Karroo, no qual as séries de arenitos atingem 7000 metros de espessura. Ao norte do continente, particularmente no Saara oriental e na Núbia, os arenitos jurássicos e cretáceos são “continentais intercalados”. No período Secundário, porém, as séries marinhas acumularam‑se do Jurássico ao Eoceno nas regiões costeiras e nas bacias interiores. Podem ser observadas nos golfos do Senegal‑Mauritânia, Benin, Gabão e Angola, na bacia do Chade e nas planícies costeiras da África oriental, da Somália a Moçambique (Ibidem, 1998).
 A partir do Eoceno, os depósitos fluviais e eólicos do “continental terminal” acumularam‑se nas grandes bacias interiores da África. Todas estas séries de camadas, que repousam sobre o rígido embasamento, não foram afectadas pelos dobramentos, mas sim por deformações de grande raio de curvatura que ocorreram desde o Primário até uma era mais recente. Os soerguimentos em molhe e afundamentos de grande amplitude explicam a estrutura em dobras e bacias, tão comum na África. No período Terciário, durante o paroxismo da orogênese alpina, movimentos verticais mais violentos provocaram grandes fraturas na África oriental. Estas fracturas formam grandes fendas submeridionas emolduradas por falhas, os rift valleys. Por vezes, fazem‑se acompanhar de derramamentos vulcânicos que dão origem às mais sólidas elevações, como o Monte Kilimandjaro, coroado por uma geleira que culmina a 6000 m. A oeste as fracturas são menos importantes, mas a existente no fundo do golfo da Guiné manifestou uma intensa atividade vulcânica, cujo imponente testemunho é o monte Camarões (4070 m). (Ibid:1998).
Repartição espacial dos recursos minerais conforme a estrutura geológica
Os minérios são o material‑chave do universo. Seu processo de formação é extremamente lento, podendo estender‑se por milhões de anos. Comparada à ocupação da Terra pelo homem, a qual talvez remonte a três milhões de anos, a escala temporal geológica é bastante longa, abrangendo mais de cinco bilhões de anos.
Vastas zonas da África repousam sobre massas rochosas classificadas entre as mais antigas do planeta. As rochas cristalinas antigas, consideradas como o “pedestal” rochoso do continente, recobrem pelo menos um terço de sua superfície. Compreendem sobretudo granitos e rochas metamórficas, como os xistos e os gnaisses. Algumas são altamente mineralizadas. Entre as mais importantes dessas formações, convém destacar as da zona cuprífera do Shaba (Zaire), cuja extensão ultrapassa 300 km. Esta zona contém não só as maiores jazidas de cobre do mundo, como também algumas das mais ricas jazidas de rádio e cobalto. No Transvaal (África do Sul), o complexo ígneo do Bushveld, com uma superfície de 6000 km2, e o Great Dike, que atravessa o Transvaal numa extensão de 500 km até o Zimbabwe, são igualmente abundantes em minérios, como a platina, o cromo e o amianto. A zona diamantífera africana não tem correspondente no resto do mundo. É na África do Sul que atinge sua maior concentração, embora haja outras jazidas na Tanzânia, em Angola e no Zaire. A África do Sul, Gana e o Zaire possuem minas de ouro; o estanho é encontrado no Zaire e na Nigéria. Ressaltemos também a presença de importantes jazidas de minério de ferro na África ocidental, como as da Libéria, da Guiné e de Serra Leoa. Somente a Guiné possui mais da metade das reservas mundiais de bauxita, minério de alumínio. (K-Zerbo.369:1998).
O antigo embasamento da África sofreu inúmeras fraturas vulcânicas, que remontam além do Pré-cambriano. Essas fraturas provocaram intrusões graníticas portadoras de ouro e estanho, bem como imbricações de rochas básicas e ultrabásicas. Produziram igualmente rochas eruptivas ou efusivas, em grande parte de formação mais recente, que, além de desagregar‑ se para formar solos ricos e férteis, também produziram minérios e rochas de grande importância na história do continente, como o basalto de obsidiana do Quênia. (Ibid:1998).
O resto da África, ou seja, cerca de dois terços do continente, apresenta antigas rochas sedimentares que remontam ao Pré‑Cretáceo. Devido à sua idade, estas rochas também contêm inúmeros depósitos minerais. Ao longo da margem norte do continente, por exemplo, numa área que se estende do Marrocos à Tunísia, atravessando a Argélia, encontra‑ se o grande cinturão dos fosfatos associados às jazidas de ferro, extremamente ricas. Importantes jazidas de minério de ferro de origem sedimentar podem ser encontradas, ainda, na região de Karoo, na África do Sul, e nas Damara, na Namíbia. Em contrapartida, excetuando‑se umas poucas ocorrências no High Veld da África do Sul e no Wankie Field do Zimbabwe, o carvão praticamente inexiste no continente. Como que para compensar essa deficiência, as rochas sedimentares mais recentes do Pós‑Cretáceo encerram, no Saara e no litoral da África ocidental, vastos lençóis de petróleo e gás natural. (Ibid:1998).
Reservas de Minerais em África
Antes de começar a debruçar acerca de recursos minerais em África, importa referir que, mineral pode ser definido como todos recursos físicos extraídos da superfície ou sub-superfície da terra, cuja sua composição vai desde elementos mais simples (pedras e materiais de construção) até os mais complexos (ferro, ouro, prata). (LEINZ e LEONARDOS, 1971: 128). Tais estrutura é dever enfatizar, são formadas fundamentalmente por processos geológicos, e podem se formar tanto na Terra como em corpos extraterrestres (caso dos meteoritos). 
Reservas de Gás Natural 
Segundo BP Statistical Review of World Energy (2020), O continente africano abriga cerca de 7.5% das reservas mundiais de gás natural. 
Tabela 1: reservas provadas de Gás Natural em África 1999-2019
	
Principais 
Países 
	At and 1999
Trillion
cubic
metres
	At and 2009
Trillion
cubic
metres
	At and 2018
Trillion
cubic
metres
	At and 2019
	
	
	
	
	Trillion
cubic
metres
	Trillion
cubic
metres
	Share of
total
	R/P
ratio
	Algeria
	4.4
	4.3
	4.3
	4.3
	153.1
	2.2%
	50.3
	Egipto
	1.2
	2.1
	2.1
	2.1
	75.5
	1.1%
	32.9
	Líbia
	1.2
	1.5
	1.4
	1.4
	50.5
	0.7%
	151.5
	Nigéria
	3.3
	5.0
	5.4
	5.4
	190.4
	2.7%
	109.4
	Other África
	0.8
	1.2
	1.4
	1.6
	57.5
	0.8%
	58.1
	Total África
	11
	14.2
	14.7
	14.9
	527.0
	7.5%
	62.7
Fonte: BP Statistical Review of World Energy, (2020). Disponível em: http://www.bp.com
Reservas de carvão Mineral 
O carvão mineral é o mais abundante dos combustíveis fósseis, com reservas provadas da ordem de 1 trilhão de toneladas em todo o mundo, o suficiente para atender à demanda atual por mais de duzentos anos. No continente Africano o carvão mineral ocorre na região da África Austral nos seguintes países Moçambique, Zimbabwe, e África do Sul detendo 5,8% de participação no total Mundial como ilustra o quadra que segue:
Tabela 2: Reservas Provadas de carvão mineral
	Regiões
	106 ton
	Participação no total
	Europa
	355.370,1
	36,1%
	América do Norte
	21.752,0
	26,2%
	América do Sul e central
	257.783,0
	2,2%
	África 
	57.077,0
	5,8%
	Ásia
	292.471,0
	29,7%
	Total
	984.453,1
	100%
Fonte: Fonte: BP Statistical Review of World Energy, (2020). Disponível em: http://www.bp.com
Reservas de Petróleo 
Segundo BP Statistical Review of World Energy (2020), O continente africano até 2019 abrigava cerca de 7.2% das reservas mundiais de petróleo. Com destaque para Congo, Egipto e Principalmente Angola, Argélia, Líbia e Nigéria que integram a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP). Vide a tabela 2.
Tabela 3: Reservas provadas de petróleo em África 1999-2019
	
Principais
Países 
	At and 1999
Thousand
million
barrels
	At and 2009
Thousand
million
barrels
	At and 2018
Thousand
million
barrels
	At and 2019
	
	
	
	
	Thousand
million
barrels
	Thousand
million
barrels
	Share of
Total
	R/P
ratio
	Argélia 
	11.3
	12.2
	12.2
	12.2
	1.5
	0.7%
	22.5
	Angola
	5.1
	9.5
	8.2
	8.2
	1.1
	0.5%
	15.8
	Chad
	-
	1.5
	1.51.5
	0.2
	0.1%
	32.4
	R.D. Congo
	1.7
	2.0
	3.0
	3.0
	0.4
	0.2%
	24.1
	Egipto
	3.8
	4.4
	3.1
	3.1
	0.4
	0.25
	12.3
	Guiné equatorial
	0.6
	1.7
	1.1
	1.1
	0.1
	0.1%
	16.7
	Gabão
	2.6
	2.0
	2.0
	2.0
	0.3
	0.1%
	25.1
	Líbia
	29.5
	46.4
	48.4
	48.4
	6.3
	2.8%
	107.0
	Nigéria
	29.0
	37.2
	37.0
	37.0
	5.0
	2.1%
	48.0
	Sudão do sul
	n/a
	n/a
	3.5
	3.5
	0.5
	0.2%
	69.1
	Sudão
	0.3
	5.0
	1.5
	1.5
	0.2
	0.1%
	40.2
	Tunísia
	0.3
	0.4
	0.4
	0.4
	0.1
	*
	23.2
	Outros países 
	0.7
	0.6
	3.9
	3.9
	0.5
	0.2%
	33.8
	Total 
	84.7
	123.0
	125.7
	125.7
	16.6
	7.2%
	41.0
Fonte: BP Statistical Review of World Energy, (2020). Disponível em: http://www.bp.com
Outras reservas importantes 
Segundo Machado (2012:26), África possui três grandes cratons, compostos de rochas pré-cambrianas as quais são responsáveis por cerca de 80% dos minerais e metais industriais. Dentre eles, o Kalahari se situa em grande parte ao sul da África, onde se amontoam reservas substanciais de minérios, em especial platina, cromita, vanádio, cobre, zinco, ferro, asbesto, talco esteatita, mercúrio, pedras preciosas, titânio e minério de estanho. Duas regiões formadas por rochas pré-cambrianas nas quais se encontram ricos sítios auríferos são Witwatersrand, na África do Sul, e Tarkwaian, em Gana, enquanto no sul da Etiópia e noroeste da República Democrática do Congo existem depósitos de ouro basicamente de origem aluvial.
Existem ainda depósitos de diamantes na Namíbia, de cobre no Zâmbia e na República Democrática do Congo, onde está o Copperbelt, bauxita e laterite na Guiné, fosfato ao norte da África, rutilo e outros minerais pesados em Madagáscar, Moçambique e Serra Leoa. O craton encontrado no Congo ocupa grande parte do centro sul-africano, onde estão granito e os greenstone belts, compostos de ouro. Ao noroeste, existem cratons do Golfo da Guiné às montanhas do Marrocos, toda a África Ocidental. Algumas rochas graníticas desta região contêm substanciais mineralizações, como em Gana (Ibid,2012).
 Machado (2012:27), argumenta ainda que a característica geológica mais importante da África é o Great African Rift Valley, o qual abrange de Moçambique à Turquia, percorrendo o equivalente a 6.500 km e 45-80 km de largura, a maior fenda mundial na superfície. Alguns vulcões nas cercanias do Rift Valley localizados na África Oriental dispõem de kimberlites (fonte de diamantes) e carbonatites (terras raras- usadas em nanotecnologia, fosfato, cobre, ouro e níquel). Muitos depósitos conhecidos e ainda não desenvolvidos de minerais não metálicos, como caulim, bentonita e fluorita foram encontrados na zona da fenda. Existe também lagos salgados que detém sal, carbonato de sódio e carbonato de potássio. África também possui, aproximadamente, 25% das reservas do planeta de Urânio, elemento importantíssimo na produção de energia nuclear. Os minerais mais nobres de África e suas ocorrências. 
Minerais nobres de África e suas ocorrências 
De acordo com Machado (2012:27), A maior concentração mundial de minerais nobres, muitos de valor estratégico, vai de Angola-Congo/Zaire até a África do Sul. Opostamente está a região centro-oriental (Uganda, Quênia e Tanzânia), a qual não possui recursos naturais expressivos. 
Tabela 4: principais minerais e suas ocorrências
	Diamante
	Petróleo
	Ouro 
	Mineiro de ferro
	Cobre 
	Angola
	Angola
	Burundi
	Nigéria
	Eritreia
	Botswana
	Benin
	R.D. Congo
	Guiné
	Maurícias 
	R. C. Africana
	Camarões 
	Eritreia
	Libéria
	Namíbia
	R.D. Congo
	Congo
	Etiópia
	Mauritânia
	Sudão
	Congo
	Costa de Marfim
	Gana
	Níger
	R.D. Congo
	Costa de Marfim
	Guiné equatorial
	Mali
	Senegal
	Uganda
	Libéria
	Gabão
	Namíbia
	Serra Leoa
	Zâmbia
	Namíbia
	Nigéria
	Ruanda
	Sudão
	
	Serra leoa
	Sudão
	África do sul
	Tanzânia
	
	Tanzânia
	Uganda
	Tanzânia
	
	
	África do Sul 
	Chade
	Zâmbia
	
	
	
	
	Burkina Faso
	
	
	Uranio
	Carvão 
	Cromo
	Manganês 
	Zinco
	R. D. Congo
	África do Sul
	África do sul 
	Burkina Faso 
	Eritreia 
	Namíbia 
	Moçambique
	
	Costa de marfim
	Congo 
	Gabão 
	
	
	Gabão 
	
	África do sul
	
	
	Gana 
	
	
	
	
	África do sul
	
	
	
	
	
	
Fonte: Machado (2012).
Figura 3: Mapa de Recursos Minerais
Fonte: Muchando, 2012.
África mesmo possuindo recursos minerais, não gera riquezas. Por quê?
Com mais de 20 países detentores de abundantes reservas de petróleo e minerais, África possui mais países ricos em recursos do que qualquer outra região do mundo. No entanto, as condições de vida da maioria dos cidadãos permanecem deploráveis, em consequência da desigualdade na distribuição das receitas provenientes dos recursos. Os cinco principais produtores de petróleo da África Subsariana situam-se no último terço do índice mundial de mortalidade infantil. Os dois maiores produtores do continente Angola e Nigéria estão entre os dez países pior classificados nesta categoria. A riqueza em recursos naturais também está fortemente associada a governos não democráticos e ilegítimos. Aproximadamente 70% dos países ricos em recursos do mundo encontram-se classificados como autocracias (Mailey:2015:5).
 Este padrão não é uma coincidência, o fluxo contínuo de receitas provenientes de recursos naturais financia as estruturas de patrocínio e segurança das quais estes governos dependem para permanecer no poder sem apoio popular. Quase sem excepção, os países de África ricos em recursos também apresentam altos níveis de corrupção no sector público. Os países fortemente dependentes da exportação de petróleo e minerais enfrentam, além disso, um maior risco de conflitos civis do que os seus pares com poucos recursos. Tais padrões não precisam de ser a norma. Quando administrada de maneira responsável, a riqueza em recursos naturais pode constituir um benefício para a sociedade, possibilitando investimentos importantes em infraestruturas, capital humano, serviços sociais e outros bens públicos. Graças ao seu conhecimento técnico e recursos financeiros, as empresas internacionais podem desempenhar um papel essencial na gestão de recursos em África, ao ajudar um país a comercializar os seus recursos e a retirar deles um maior benefício para a sociedade do que aconteceria sem o seu envolvimento. Porém, é frequente tal colaboração não ser benéfica. Muitos investidores sem escrúpulos ávidos de lucro rápido descobriram nos governos ricos em recursos de África alvos atraentes. (Ibid, 2015:5).
A disponibilidade de tais investidores para envolver-se em transacções comerciais ilícitas, moralmente questionáveis ou de outra forma exploradoras torna-se uma vantagem competitiva em relação às empresas de melhor reputação. Empreendedores desse tipo prosperam em ambientes nos quais os governos estão desesperados financeiramente ou isolados diplomaticamente, onde as instituições de supervisão são fracas e a sociedade civil é reprimida. Tais empresas predadoras não são meros espectadores a fazer os negócios do costume num ambiente corrupto. Elas reforçam frequentemente o poder de líderes que não precisam de prestar contas e retiram vantagens directas dos conflitos e crises políticas. Para esses investidores o retorno potencial é enorme por comparação com o leve prejuízo de um negócio falhado. Com os contactos certos e a disponibilidade para operar num caos relativo, tais empresas podem ganhar fortunas em países frágeis, mas ricos em recursos.
O exemplo de alguns países Africanos 
Os empreendimentos de petróleo e mineração são, sem dúvida, os negócios mais lucrativos de África, gerando receitas anuais de milhares de milhões de dólares. Mas esses milhares de milhões têm sido geralmente desperdiçados. A Guiné Equatorial, por exemplo, que é rica em petróleo, possui um produto interno bruto (PIB) anual per capita impressionante de 37.479 dólares. No entanto, no Índice de Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD:2020), a Guiné Equatorial figura em 144º lugar numa lista de 187 países. Na classificação relativa a despesas públicas com a educação em percentagem do PIB a Guiné Equatorial surge em último lugar e em termos dedespesas de saúde per capita situa-se entre os últimos
Mailey (2015:5) argumenta que a má administração pela Guiné Equatorial da sua riqueza em recursos naturais reflecte a falta de responsabilização. Em vez de usar a riqueza do petróleo para financiar serviços públicos, os líderes da Guiné Equatorial têm conseguido canalizar centenas de milhões de dólares para contas bancárias internacionais privadas para alimentar o luxuoso estilo de vida dos membros da família no poder. O exemplo da Guiné Equatorial não é único. A má administração das indústrias extractivas é a norma, não a excepção. Um inquérito aos ambientes institucional e jurídico de 58 países ricos em recursos naturais em todo o mundo revelou que apenas 11 gerem de maneira eficaz o seu sector de recursos naturais. Esses 58 países representam 85% das reservas de petróleo do mundo e uma parte significativa da riqueza mineral global, incluindo 90% das reservas de diamantes e 80% das reservas de cobre. Dos 58 países incluídos na investigação, 20 situam-se em África, mais do que em qualquer outra região do mundo. Concluiu-se que nenhum desses países africanos gere de maneira satisfatória a sua riqueza em recursos naturais. O desafio da gestão eficaz dos recursos naturais em África está a tornar-se cada vez mais urgente. Em 2000, sete países da África Subsaariana exportaram mais de 20.000 barris de petróleo por dia. Até 2013, o número tinha subido para 10 países (Ibid: 2015).
Situação do desenvolvimento humano
O desempenho do desenvolvimento humano em diversos países africanos ricos em recursos naturais permanece deplorável. Os exportadores africanos de petróleo e minerais situam-se sistematicamente entre os últimos no Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD e apresentam altos níveis de desigualdade de rendimentos e riqueza. Em Angola, por exemplo, os 10% mais pobres da população são responsáveis por apenas 0,6% do rendimento total, enquanto que os 10% mais ricos controlam 44,7% da riqueza do país. Esta distribuição de rendimentos altamente desigual também impede o desenvolvimento económico, pois a desigualdade económica prejudica a cultura de mercado, limita as oportunidades de investimento e priva os pobres de acesso às ferramentas e recursos necessários para melhorar a produtividade. 
Alguns casos inusitados de desvio de fundos de Estado
De acordo com (Mailey: 2015) A riqueza em recursos naturais também está fortemente associada a governos ilegítimos. De acordo com uma estimativa, 70% dos países ricos em petróleo e gás são autocracias. Na ausência de legitimidade popular, os recursos naturais conferem a tais regimes os meios financeiros necessários para manter o poder, independentemente do desempenho do governo, o que por sua vez prolonga os resultados negativos para as sociedades sujeitas a um regime disfuncional. Muammar Qaddafi da Líbia e Omar Bongo do Gabão permaneceram no poder durante quatro décadas em grande parte devido às robustas redes de clientelismo e às amplas forças de segurança financiadas pelas receitas do petróleo. 
A corrupção é outra característica comum dos países africanos ricos em recursos naturais. Em Agosto de 2012, as autoridades francesas confiscaram uma mansão avaliada em 186 milhões de dólares em Paris e vários veículos de luxo num valor total de 4,1 milhões de dólares pertencentes a Teodorin Obiang, vice-presidente da Guiné Equatorial e filho do Presidente do país. Em Março de 2014, um tribunal francês condenou o vice-presidente Obiang na ausência do arguido por desviar fundos estatais para comprar os bens confiscados. Denis Christel Sassou Nguesso, filho do Presidente da República do Congo e alto funcionário da empresa nacional de petróleo do país, também ganhou notoriedade pelo seu estilo de vida extravagante e maratonas de compras nos Champs Élysées. O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, pediu a ajuda da comunidade internacional para recuperar 4 mil milhões de dólares de receitas do petróleo desviadas por altos funcionários do governo da República do Sudão do Sul. A riqueza em recursos naturais também está intimamente ligada a conflitos violentos por toda a África. Na República Democrática do Congo, os grupos rebeldes têm usado as receitas da venda de minerais para financiar as suas operações militares. Na Nigéria, as denúncias de degradação ambiental e distribuição desigual das receitas do petróleo, bem como a manipulação desses sentimentos por chefes militares que pretendem lucrar com a instabilidade na região, alimentam os grupos insurgentes no Delta do Níger. (Mailey:2015:7).
 Na Serra Leoa e Libéria a venda de “diamantes de sangue” financiou guerras civis brutais durante a década de 1990 e início do ano 2000. A distribuição desigual da riqueza do petróleo foi uma questão central na guerra civil do Sudão e as constantes disputas em torno de um território rico em petróleo ameaçam regularmente reacender o conflito entre Cartum e a República do Sudão do Sul independente. Em suma, para a ampla maioria dos países africanos ricos em recursos naturais, a riqueza em petróleo e minerais não se traduziu em melhores condições de vida para os cidadãos, antes contribuiu para o agravamento das disparidades, da corrupção e da repressão. (Ibid: 2015).
A riqueza em recursos naturais e o défice de responsabilização 
Determinados governos têm conseguido encontrar formas de evitar as consequências económicas negativas da extracção de recursos. A Noruega, que produz aproximadamente a mesma quantidade de petróleo que a Nigéria, e a Austrália, líder mundial na exportação de bauxite, têm conseguido estabelecer ligações sólidas entre as indústrias extractivas e a economia no seu todo. O Botsuana, país rico em diamantes e líder entre todos os países no crescimento económico per capita ao longo das quatro décadas após a sua independência, conseguiu evitar o triste destino que a mineração de diamantes produziu na Serra Leoa e outros locais. Apesar de casos destes serem algo excepcional, eles provam que a maldição dos recursos naturais não é um caminho inevitável. Como é óbvio, não é por acaso que os governos bem-sucedidos dos países exportadores de recursos aplicaram medidas correctas. Os governos mostram-se capazes de superar a maldição dos recursos apenas quando os seus dirigentes são efectivamente incentivados, designadamente pela presença de instituições de supervisão sólidas e procedimentos políticos transparentes e inclusivos. Os países ricos em recursos ficam porém muitas vezes enredados num círculo vicioso, em que o monopólio económico detido pelos autocratas reforça o apego ao poder do regime estabelecido e vice-versa. (Mailey:2015).
 A equação resume-se geralmente a três factores: 1) altos funcionários corruptíveis num governo responsável por gerir o sector dos recursos naturais, a par de instituições de supervisão deficientes; 2) investidores internacionais sem escrúpulos que se associam a altos funcionários governamentais para explorar países ricos em recursos naturais ao mesmo tempo que fogem às inspecções e 3) lacunas no ordenamento jurídico-económico internacional que permitem que investidores externos e governantes corruptos transfiram receitas para fora dos países ricos em recursos naturais e para o sistema financeiro internacional, com escassas obrigações de informação. (Ibid:2015).
Estratégias adoptadas pelos governos Africanos para alcançar o desenvolvimento sustentável até 2030, tendo em conta os recursos naturais 
Em setembro de 2015, 193 países membros das Nações Unidas adotaram uma nova política global: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo elevar o desenvolvimento do mundo e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz universal. O plano indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas, para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta. São objetivos e metas claras, para que todos os países adotemde acordo com suas próprias prioridades e atuem no espírito de uma parceria global que orienta as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro.
Sendo que a maior riqueza dos países Africanos reside nos recorsos minerais os mesmos decidiram que: 
· Os recursos minerais devem desempenhar o seu papel transformador, a fim de contribuírem para resolução dos problemas permanentes do desenvolvimento no continente;
· Aproveitar as oportunidades oferecidas pelos altos preços dos produtos de base e aumento da competição pelos recursos minerais de África históricos, de modo a mudar o paradigma de desenvolvimento do continente e passar de uma trajectória de dependência de extracção e exportação de matérias-primas minerais para um crescimento mais de transformação;
· Garantir que a exploração dos recursos minerais e de outros recursos naturais, contribuam para o crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável, através da criação de emprego, especialmente para a juventude e a mulher, criação de riqueza e erradicação da pobreza, levando deste modo à transformação estrutural socieconómica das economias africanas;
Essas metas estão duma certa forma vinculados com os obectivos da agenda 2030 cumprindo eles estar-se-á também a cumprir com as metas da agenda 2030.
Considerações finas 
Este trabalhou para além de mostrar que o continente africano é rico em recursos minerais, também veio mostrar que o continente tem grandes desafios a superar para conseguir fazer uma boa gestão dos seus recursos e melhor a qualidade de vida das suas populações. Apesar de que a maioria dos países com recursos encontrarem-se mergulhos na extrema pobreza e acompanhados por instabilidades políticas e militares alguns governos têm conseguido encontrar formas de evitar as consequências económicas negativas da extracção de recursos o Botswana é um exemplo concreto. Entretanto o continente nu todo ainda possui grandes reservas desses recursos principalmente petróleo, gás natural, diamante e Ouro sem contar com Calton que em todo mundo apenas pode ser encontrado na República Democrática do Congo. Em relacao a agenda 2030 constatei que muitos paises Áfricanos não vao a tempo de combrir com muitos dos objectivos propostos na agenda devido as pessimas condicoes em a maioria delas se encontram actualmente ainda mais com o surgiemnto da pandemia covid-19. 
Referências Bibliográficas 
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3. Leinz, v.; Leonardo, o. H. Glossário geológico. São Paulo: edusp, 1971. 236p.
4. Machado, Letícia Wittlin. As grandes potencias em direção aos recursos naturais subsaarianos: participação nos conflitos locais. Rio de Janeiro, 2012. 25-50p.
5. História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África / editado por Joseph Ki‑Zerbo. – 2.ed. rev. – Brasíli: UNESCO, 2010. 340-360 p.
6. Bp Statistical Review of World Energy 2020 | 69th edition
7. Mailey J.R. A anatomia da maldição dos recursos: Investimento predatório nas indústrias extrativas de África. Washington, D.C. Maio 2015
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9. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 2015. Disponível em: Acesso em: 29 Out. 2021
10. PRESS, Frank; SIEVER, Raymond; GROTZINGER, John; JORDAN, Tomas H. Para Entender a Terra. 4. ed. São Paulo: Bookman, 2006.
Recursos Minerais em África	Página 17