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Ativação do TGI em prontidão para a refeição (resposta antecipatória = reflexos longos que se iniciam no cérebro); 1. ESTÍMULO ANTECIPATÓRIO (antecipação e o pensamento sobre o consumo da comida, o estímulo olfatório, o estímulo visual [ver e cheirar uma comida apetitosa, quando se está c o m fome] e estímulos auditivos) E PRESENÇA DE ALIMENTO NA BOCA 2. ATIVAÇÃO DE NEURÔNIOS NO BULBO → EFERÊNCIAS AUTONÔMICAS (estimulação do parassimpático) 3. GLANDULAS SALIVARES E SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO 4. ESTIMULAÇÃO DAS SECREÇÕES E AUMENTO DA MOTILIDADE OBS: Regulação da secreção salivar – EXCLUSIVAMENTE NEURAL (REFLEXO DE ALÇA LONGA com parassimpático inervando as glândulas salivares) Alimento quando entra na boca é inundado pela saliva; há estímulos adicionais gerados pela boca, mecânicos e químicos (sabor), mas as respostas são idênticas às iniciadas na fase cefálica, já que a via eferente é a mesma. ➔ Água – ambiente aquoso ➔ Eletrólitos – gradiente osmótico que direciona o movimento da água ➔ Proteína – enzimas digestivas catalisam a quebra de macronutrientes no alimento ingerido ➔ Agentes humorais A secreção é iniciada por sinais múltiplos, associados à refeição. A secreção é provocada pela ação de substâncias efetoras específicas Estimulada intensamente durante as fases cefálica e oral; funções: 1- Amolecer e lubrificar para a deglutição 2- Digestão do amido – amilase salivar 3- Gustação 4- Defesa – ação antibacteriana; IgA, IgM Anatomia fisiológica das glândulas salivares: 3 pares: parótida, submandibular e sublingual. Glândulas menores tubuloalveolares; ➔ PARÓTIDA: secreção serosa ➔ SUBLINGUAL: muco ➔ SUBMANDIBULAR: secreção mista As células da parte terminal secretória das glândulas são chamadas de acinares, contendo grânulos secretórios localizados em seu ápice, com a enzima amilase. Há também células mucosas, com grânulos de mucina no ápice. CÉLULAS ACINARES: serosa [ptialina e lipase lingual], mucosa [muco] CÉLULAS DUCTAIS: intercalar, estriado e excretor – ajuste do conteúdo das células acinares – absorver ou secretar íons na região Ductos em glândulas: • Intercalados= drenam o fluido acinar para ductos maiores • Estriados= drenam esvaziam para os ductos excretores Composição da saliva: ➔ Hipotônica ➔ Principais componentes: Na+, k+, HCO3-, CA++, MG++ e CL- Secreção primária: produzida por células acinares nas partes secretoras finais (ácinos) e modificada por células do ducto. É isotônica, com concentração de íons semelhante ao plasma. ➔ A secreção é liberada pela sinalização feita pelo Ca++, que abre canais apicais de Cl- nas células acinares, fazendo com que o íon flua para fora do lúmen e estabeleça um gradiente osmótico e elétrico. ➔ A água e o Na+ passam através do epitélio por juntos celulares (transporte paracelular), podendo existir também transporte transcelular (canais de aquaporina) Secreção secundária: aquela após passar pelo dúcto. Células reabsorve Na+, Cl- e secretam K+ e HCO3- no lúmen. A secreção final é hipotônica e levemente alcalina (importante para a restrição do crescimento da microbiota) obs: A quantidade de íons absorvida ou não depende do fluxo de salíva e da substancia que está na boca – ex: se a produção de saliva é em grande quantidade, há menos abs de Na e Cl- e menos secreção de HCO3- e K+ Constituintes orgânicos da saliva: • Amilase= inicia a digestão de amigo • Lipase= inicia a digestão lipídica • Glicoproteína= mucina que forma o muco quando hidratada • Lisozima= ataca as paredes de células bacterianas para limitar a colonização bacteriana na boca. Regulação da secreção salivar: Exclusivamente neural (diferente de outras glândulas do TGI que tem regulação hormonal); 1. Controle fisiológico primário = sistema nervoso parassimpático (aumenta a síntese e a secreção de amilase salivar e de mucina, melhora as atividades de transporte do epitélio ductular, aumenta o fluxo sanguíneo e estimula o metabolismo glandular e seu crescimento) A excitação dos nervos simpáticos e parassimpáticos para as glândulas salivares estimula a secreção salivar. Mecanismos iônicos da secreção salivar: ➔ Transporte de íons nas células acinares: membrana basolateral contem Na+, K+. ATPase e cotransportador de Na+K+2Cl-; o Entrada de a+, K+ e Cl- na célula; o Saída de Cl- e Hco3- para o lúmen (via canal de anions) o Secreção da anions promove a entrada de Na e saída de água para o lúmen ➔ Transporte iônico nas células ductulares: a Na+k+ATPase mantem os gradientes eletrolíticos para o Na+ e o K+, que produzem os outros processos de transporte iônico o Transportadores antiportes para Na+, H+, Cl-, HCOE- e H+K+, resultam na absorção de Na+ e Cl- do lúmen, com secreção de K+ e HCO3- CÉLULAS MIOEPITELIAIS: localizadas entre a membrana basal e as células acinares VOLUNTÁRIA: centro gerador de padrão na medula (GPC) → recebe aferências sensoriais → ajustam os movimentos mastigatórios REFLEXO DA MASTIGAÇÃO: ciclos mastigatórios – abertura e fechamento da mandíbula • Alimento na boca percebido por mecanorreceptores → relaxamento muscular → relaxamento da mandíbula → estiramento muscular → estímulo para núcleos motores trigeminais → impulsos aferentes → sinapses com fibras motoras → contração muscular Pode ser iniciada voluntariamente, mas em seguida fica sob controle reflexo. Reflexo da deglutição: sequência rigidamente ordenada de eventos, que levam o alimento da boca para a faringe e de lá para o estômago. Reflexo inibe a respiração, impedindo a entrada de alimento na traqueia. ➔ Via aferente: começa quando receptores de estiramento próximos à abertura da faringe são estimulados → impulsos sensoriais são transmitidos para uma área do bulbo e na ponte interior (centro da deglutição) → impulsos motores passam para a musculatura da faringe e do esôfago superior, via nervos cranianos e para o restante do esôfago por neurônios motores vagais. Sequência de eventos: 1. Ponta da língua separa um bolo da massa de alimento na boca 2. Primeiro, a ponta da língua, depois as partes posteriores da língua pressionam o alimento contra o palato duro. 3. A ação da língua move o bolo para cima e, então, para trás da boca. 4. O bolo é forçado para a faringe, que estimula receptores de tato, que iniciam o reflexo da deglutição. 5. A fase faríngea da deglutição envolve a seguinte sequência de eventos, que ocorrem em menos de 1 segundo: a. (1) o palato mole é puxado para cima e as dobras palatofaríngeas movimentam-se para dentro, uma em direção à outra; esses movimentos evitam o refluxo do alimento para a nasofaringe e abrem uma estreita passagem pela qual o alimento se move para a faringe; b. (2) as cordas vocais se aproximam e a laringe é movida para trás e para cima, contra a epiglote; essas ações evitam que o alimento entre na traqueia e ajuda a abrir o esfíncter esofágico superior (EES); c. (3) O EES se relaxa para receber o bolo alimentar; d. (4) os músculos constritores superiores da faringe se contraem fortemente para forçar o bolo profundamente na faringe. 6. É iniciada uma onda peristáltica com a contração dos músculos constritores superiores faríngeos, e a onda se move em direção ao esôfago. Essa onda força o bolo de comida através do EES relaxado. Durante o estágio faríngeo da deglutição, a respiração também é reflexamente inibida. Após o bolo alimentar passar pelo EES, uma ação reflexa faz com que o esfíncter se contraia. FUNÇÕES DO ESTÔMAGO: 1- Armazenamento 2- Secreção de H+ - defesa e conversão do pepsinogênio 3- Secreção do fator intrínseco – absorção de vit B12 4- Secreção de água – lubrificação e suspensão aquosa de nutrientes 5- Atividades demistura – alimento + secreções 6- Digestão – mecânica (quebra do bolo alimentar pela movimentação da parede gástrica) e química (pepsina) 7- Atividade motora – regulação do esvaziamento gástrico 2 tipos de reflexo: • Reflexo curto: estímulo = distensão da parede gástrica e produtos da digestão química → afarencia para o sist. Nerv entérico → eferência para o estômago • Reflexo vagal longo: reflexos antecipatórios (sistema somatossensorial, bolo no estomago) → informa centros bulbares sobre a presença de alimento → eferência motora parassimpática que vai modular o sistema nervoso entérico 1. RELAXAMENTO RECEPTIVO e ACOMODAÇÃO GÁSTRICA: sinalização do esôfago para o estômago relaxar, com consequente acomodação do alimento pelo REFLEXO VAGOVAGAL (diminui a pressão para a chegada do alimento) 2. EEI E CÁRDIA: produção de muco e HCO3- = prevenção de refluxo; entrada do alimento; regulação da eructação 3. FUNDO E CORPO: grande variedade de secreções (H+, fator intrínseco, muco, HCO3-, pepsinogênios, lipases) = reservatório; força tônica para esvaziamento e digestão mecânica 4. ANTRO E PILORO: muco e HCO3- = misturar; triturar; regulação do esvaziamento AÇÕES MECÂNICAS DO ESTÔMAGO: movimentos de propulsão (bolo é empurrado ao piloro), mistura e retropulsão (bolo com onda reversa, empurrado para região proximal) Mistura de secreções de glândulas gástricas e de células da superfície epitelial. HCL: glândulas parietais das glândulas gástricas (o H+ é liberado do H2CO3, fazendo uma ligação com o Cl- no lúmen celular) Funções: ➔ Liberação e ativação da pepsina: enzima que digere proteínas ➔ Liberação de somatostatina ➔ Desnaturação de proteínas ➔ Destruição de bactérias ➔ Inativação da amilase salivar Obs: histamina: regulação parácrina; gastrina: regulação endócrina; acetilcolina: regulação neural OBS2: retroalimentação negativa: SOMATOSTATINA: o aumento de HCL no lúmen gástrico, faz com que as células D liberem somatostatina tanto de forma endócrina como parácrina • Parácrina: somatostatina age em células G (GRP)inibindo a liberação de gastrina e células ECL (impedem histamina) • Endócrina: somatostatina age em células parietais (impedindo a liberação direta de HCl) SECREÇÃO ENZIMÁTICA: Presença do bolo alimentar → aferencias para o complexo vagal que faz: aumento de H+, de pepsinogênio e de gastrina Ativação da pepsina, que cliva em produtos menores (oligossacarídeos) → a presença de oligossacarídeos faz aumentar a quantidade de H+ e pepsinogênio produzida SECREÇÃO DE MUCO: Objetivo de proteger a parede gástrica (já que o lúmen é muito ácido) Danos na camada de muco: situações de estresse → aumento de mastócitos (inflamação) → produção de histamina → maior produção de ácido (piora)
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