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Anestesia Inalatória

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Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
Anestesia Inalatória 
Introdução 
➵ Anestesia inalatória é a anestesia obtida por meio da 
absorção de um princípio ativo pela via respiratória, 
passando para a corrente sanguínea, atingindo sistema 
nervoso central, produzindo anestesia geral 
➵ É mais utilizada para manutenção. No entanto, para 
as crianças, é mais utilizada para indução (principalmente 
naquelas crianças que não se tem o acesso venoso 
periférico) 
➵ História e Evolução 
 Primeira tentativa de anestesia inalatória – 1845 
por Horacen Wells em Massachussets com 
óxido nitroso 
 William Morton – 1846 éter 
 Éter e clorofórmio – 1847 
* Altamente tóxicos e irritantes para vias 
aéreas 
* Amplamente utilizados até 1930 quando 
começou a surgir outros 
 Ciclopropano – 1930 (também irritante, mas já 
tinha uma indução anestésica demorada) 
 Metoxifluorano – 1940 – altamente nefrotóxico 
 Halotano – 1951 (usava até recentemente) 
 
OBS – Sevoflurano é o mais utilizado nos dias de hoje 
 
Características 
➵ Administrados por via aérea 
➵ Manutenção das vias aéreas associada a 
administração de O2 
➵ Propiciam rápida indução (após sua administração 
em concentração adequada já vai levar a sonolência do 
paciente) e recuperação (após desligar o gás, o 
paciente vai despertar) 
➵ Maior dificuldade na manutenção dos planos 
anestésicos – por isso geralmente ela é usada 
combinada; faz ela e usa medicamentos venosos 
também 
➵ Taxa de biotransformação menor que os agentes 
intravenosos 
➵ Excreção basicamente pulmonar 
➵ Desvantagem – Utilização de aparelhos específicos 
para o procedimento 
 
- vaporizadores calibrado (cada cor é pra um anestésico 
inalatório); esse aqui são os mais modernos; geralmente 
usa mais o amarelo (sevoflurano) 
 
- pode colocar qualquer anestésico, desde que seja um 
de cada vez 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
 
- Os anestésicos serão captados pelos pulmões  
capatado pelo sangue arterial  distribuído para os 
demais tecidos (aquele modele tricompartimental) 
Anestésico Inalatório Ideal 
➵ Não inflamável – o contato com oxigênio não deve 
gerar uma chama 
➵ Facilmente vaporizado sob condições ambientes – 
pois os anestésicos são colocados no aparelho em 
forma de líquido e só lá que ele se transforma em 
vapor, para ir até as vias aéreas do paciente 
➵ Promover anestesia em baixa concentração 
inspirada – porque se não teria que usar muito 
anestésico o que aumentaria os gastos 
➵ Baixa solubilidade sanguínea para promover rápidas 
mudanças na profundidade anestésica – se aumentar a 
quantidade do anestésico, deve-se ter um maior grau 
de aprofundamento 
➵ Estável sem conservantes – bom que ele fique na 
sua forma liquida normalmente, sem precisar de 
conservantes 
➵ Compatível com os aparelhos anestésicos 
existentes 
➵ Não ser irritante para vias aéreas 
➵ Ausência de alterações cardiopulmonares – 
arritmias, hipotensão 
➵ Fornecer miorrelaxamento – relaxamento 
neuromuscular (mas não são utilizados de forma isolada 
para essa função) 
➵ Não ser biotransformado – por que se não ia 
produzir metabólitos ativos e gerar efeitos colaterais 
➵ Ausência de toxicidade renal ou hepática 
➵ Baixo custo – para facilitar seu emprego na 
anestesia 
Características Físicas 
➵ Coeficiente de partição 
 Descreve a relação da concentração de 
anestésico em dois meios diferentes após o 
equilíbrio da pressão parcial entre eles 
➵ Coeficiente de partição sangue-gás 
 Indica a solubilidade do anestésico no sangue – 
compara a quantidade de anestésico que tem 
no sangue e nas vias aéreas; avalia por meio 
das pressões parciais 
 Relacionado a velocidade de indução e 
recuperação anestésicas, bem como a 
mudança de plano anestésico 
 Relação diretamente proporcionais 
 
- O sevoflurano e o desflurano são os dois mais 
utilizados na pratica clínica atualmente 
- O éter e o clorofórmio saíram de mercado, pois 
demoravam a induzir e recuperar 
- Quanto menor o coeficiente sangue-gas, mais rápido 
a sua indução 
 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
➵ Concentração alveolar mínima (CAM) 
 Concentração do fármaco suficiente para abolir 
a resposta motora a um estímulo doloroso 
supra máximo em 50% dos indivíduos 
 Quanto menor a CAM, mais rapidamente o 
anestésico conseguirá atingir a concentração 
desejada, sendo mais potente 
 É utilizada para comparar potencia entre os 
anestésicos 
 Anestesia cirúrgica = 1,5 x CAM (faz isso na 
pratica clínica para saber a quantidade de 
anestésico que vai ser colocada no vaporizador) 
* Ex. 1,71 (do sevoflurano) x 1,5 = 2,5 
(então la no vaporizador, colocaremos 
o valor de 2,5) 
 CAM x Manutenção anestésica 
 
➵ Outros fatores relacionados 
 Fração inspirada (Fi – quantidade de gás 
inalatório que chega na via respiratória) x 
Fração alveolar (Fa – quantidade de gás que 
chega no alvéolo). 
 Fatores importantes para atingir o equilíbrio 
* Saturação do sistema – se utilizar mais 
oxigênio, vai ter um equilíbrio mais 
satisfatório 
* Solubilidade do agente anestésico – 
quando é pouco solúvel no sangue, 
chega mais rápido ao alvéolo 
* Débito cardíaco 
* Diferença entre o anestésico nos 
alvéolos e no sangue – já que o 
anestésico vai de um local mais 
concentrado para o menos 
concentrado 
 
Atuação dos Agentes Inalatórios 
➵ FC pode estar aumentada – importante na fase de 
indução (principalmente em crianças) 
➵ DC diminui 
➵ PA diminui 
➵ Ritmo cardíaco 
 Os anestésicos mais modernos não causam 
mais tanto 
 Complexos ventriculares prematuros associados 
ao Halotano por sensibilização do miocárdio as 
catecolaminas 
 Isoflurano/Sevoflurano/ Desflurano, sem 
potencial arritmogênico 
➵ Amnésia e analgesia – essa analgesia é só durante 
o tempo que ele está sendo empregado, é tanto que 
ao final da cirurgia, o paciente vai sentir dor (por isso 
que usa algum medicamento venoso também) 
Parâmetros Pulmonares 
➵ Depressão respiratória – já que é seu principal sitio 
de atuação 
➵ Diminuição da frequência e amplitude respiratória – 
por isso que quando usa muito anestésico inalatório, 
intubam o paciente 
➵ Dose dependente – em relação a depressão 
inalatória 
 Halotano > Isoflurano = Sevoflurano > 
Desflurano 
➵ Irritação das vias aéreas (odor repugnante) 
 O que gera menor taxa de irritação é o 
sevoflurano (é seguro ate nas crianças) 
 
 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
SNC 
➵ Deprimem a atividade eletroencefalográfica de 
maneira dose-dependente – quanto maior a CAM, 
maior a depressão do SNC 
➵ Enflurano e sevoflurano podem predispor o 
cérebro a atividade convulsivante – mas é raro, e por 
isso ainda se usa na pratica clinica 
➵ Redutores da resistência vascular cerebral, causando 
vasodilatação e aumento dose-dependente do fluxo 
sanguíneo cerebral 
OBS – O ideal é não usar os anestésicos inalatórios em 
cirurgias do SNC, principalmente quando se precisa de 
grandes concentrações, devido a essa sua capacidade 
de causar vasodilatação 
Musculatura 
➵ Miorrelaxamento – potencializam o efeito dos 
bloqueadores neuromusculares 
➵ Hipertermia maligna 
 Condição de hipermetabolismo – tem 
característica genética 
 Desenvolve – Taquicardia, hipertemia e 
elevação da capnografia (atinge de maneira 
rápida valores de 70,80,90 e o normal é de 30 
a 45) 
 Espasmos do músculo masseter 
 Rigidez muscular generalizada – em casos mais 
graves 
 Antídoto – Dantrolene = diminui a liberação de 
cálcio pelo retículo sarcoplasmático da fibra 
muscular, prejudicando a interação actina-
miosina, impedindo a contação 
OBS – Além dos anestésicos inalatórios, o único 
anestésico venoso que desencadeia essa Hipertemia 
Maligna é a Succinilcolina 
 
 
Biotransformação 
➵ Produção de metabólitos 
➵ É pequena quando compara com os outros 
fármacos, pois tem pouca alteração sistemica 
 Halotano= 20% (é o que tem a maior taxa de 
metabolização) 
 Sevoflurano = 3 a 5% 
 Isoflurano e Desflurano = 0,2 a 0,02% 
➵ Halotano 
 Por conta do seu grau de matabolismo, o 
Halotano (por oxidação) produz ácido 
trifluoracético, reconhecido como proteínas 
estranha e gerar hepatite fulminante 
 Decréscimo no fluxo sanguíneo hepático 
 Relatos de hepatite fulminante em humanos – 
evitar usar em pacientes hepatopatas 
 Decréscimo de 30 a 40% do fluxo sanguíneo 
renal – não é recomendado em pacientes 
renais crônicos 
➵ Isoflurano 
 Discreta diminuição de fluxo renal e hepático 
➵ Sevoflurano 
 Tem uma certa instabilidade – formação do 
composto A, que é nefrotóxico 
 Semelhante ao isoflurano 
 Instável em contato com a cal soldada, forma 
composto do tipo A, que são nefrotóxicos – 
mas mesmo assim são usados em nefropatas, 
já que tem poucos estudos sobre isso 
➵ Desflurano 
 Discreta diminuição de fluxo renal e hepático

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