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1 Ministério da Educação Universidade Federal do Piauí Centro de Ciências Agrárias Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária ANESTESIA DOS MEMBROS PÉLVICOS E TORÁCICOS DOS BOVINOS Prof. Dr. Francisco Solano Feitosa Junior Disciplina: Anestesiologia Veterinária Teresina – PI 2019 I- Introdução I- Introdução 1- Uso dos anestésicos locais; 2- Modo de ação: “Impedir a geração e a condução transmembranária de impulsos nervosos, mediante a diminuição da propagação do potencial de ação, por interação com os canais de sódio na parte interna da membrana celular.” II- Importância do Conhecimento Anatômico! II- Importância do Conhecimento Anatômico! 1- O sistema nervoso digital do bovino mais complexo; 2- Anestesia regional mais difícil: Maior espessura da pele Tecido subcutâneo ser mais fibroso Dificulta a localização. II- Importância do Conhecimento Anatômico! 3- Membros anteriores (plexo braquial): Últimos três nervos cervicais e Dois primeiros nervos torácicos Ramos do plexo braquial. 2 II- Importância do Conhecimento Anatômico! 3.1- Nervos delineados pelo carpo: Nervo mediano => maior parte da face palmar do pé Nervo ulnar => a margem lateral Ramo superficial do nervo radial => a maior parte da face dorsal 1– M. interósseo 2- Tendão do m. flexor profundo 3-Tendão do m. flexor superficial A- Nervo mediano* B- Ramo palmar do nervo ulnar* C- Ramo comunicante D- N. digital abaxial palmar E- NN. Digitais axiais palmares F- Tendões do m. extensor dos dedos G- Ramo dorsal do n. ulnar* H- Ramo Superficial do n. radial* II- Importância do Conhecimento Anatômico! 4- Membros posteriores (plexo lombossacro): Importância maior dos nervos que passam pela coxa. Nervo Obturador Nervo Femoral Nervo Isquiático Nervo Tibial Nervo Fibular e Fibular Comum II- Importância do Conhecimento Anatômico! 4.1- Nervos delineados a frente do tarso: Nervo fibular superficial (ramo lateral e médio) e profundo => face dorsolateral dos dedos. Nervos plantares medial e lateral => face plantar dos dedos A- Ramos lateral e médio do n. fibular superficial* B- Tributária cranial da v. safena lateral* C- N. digital comum dorsal D- N. fibular profundo* E- NN. Plantares medial e lateral* F- N. digital comum plantar III- Anestesia Local 3 III- Anestesia Local 1-Fatores que afetam a eficácia, intensidade e duração dos bloqueios neurais: III- Anestesia Local 2-Efeitos sistêmicos e tóxicos dos anestésicos locais: III- Anestesia Local 3-Pontos importantes a serem conhecidos: - Propriedades infiltrativas; - Velocidade de ação; - Duração do efeito; IV- Anestesia dos Membros IV- Anestesia dos Membros Anestesia das Extremidades: Infiltração Anestésica Circular do membro; Anestesia do Nervo específico; Anestesia Regional Intravenosa; Anestesia Epidural; Anestesia Geral. IV- Anestesia dos Membros 1-Bloqueio dos nervos metacárpicos. - Procedimentos preparatórios: - Bloqueio de nervos específicos: 4 SR RD NM Aspecto Palmar Aspecto Lateral Aspecto Dorsolateral RP RPeD IV- Anestesia dos Membros 2-Bloqueio dos nervos metatársicos - Procedimentos de pré-infusão semelhantes aos utilizados para os nervos metacárpicos: - Bloqueio de nervos específicos: RMeL PM PL Aspecto Dorsolateral Aspecto Plantar IV- Anestesia dos Membros 3-Anestesia Intravenosa ou de “Bier”. - Colocação do torniquete; - Localização da veia; - Injeção do anestésico; - Aguardar; - Afrouxar o torniquete a cada 15 a 20 minutos. - Se desistir da cirurgia, esperar 15 mim para afrouxar o torniquete. Membro Torácico: A – Localização da veia (veia digital dorsal); B – Injeção em veia superficial. IV- Anestesia dos Membros 4-Bloqueio do nervo digital medial. - Indicado para a remoção cirúrgica de dermatites no tecido interdigital; - Procedimentos de Perfusão; - Instrumentos e materiais indicados; - Técnica de infusão. 5 V- AFECÇÕES DOS CASCOS DOS BOVINOS V- Afecções dos Cascos dos Bovinos 1-Doenças do Tecido Mole: - Flegmão Interdigital - Dermatite Interdigital - Dermatite Digital - Hiperplasia Interdigital V- Afecções dos Cascos dos Bovinos 1-Doenças do Tecido Córneo: - PododermatiteAsséptica Localizada - Doença da Linha Branca - Pododermatite Circunscrita - Erosão do Talão - Pododermatite Asséptica V- Afecções dos Cascos dos Bovinos 1-Doenças Diversas: - PododermatiteAsséptica Difusa - Tumores - Deformações Ungulares Tratamento de Abscesso do Talão 6 Retirada do revestimento córneo Abertura da úlcera Incisão completa do abscesso Cavidade limpa e curetada Ressecção da Articulação Interfalangeana Distal e Osso Navicular Pododermatite necrosante crônica 7 Incisão circular Ressecção do tendão flexor profundo Remoção do osso navicular Remoção do osso e ligamentos naviculares Limpeza da F.O. Incisão circular dorsolateral 8 Anti-sepsia Amputação de Unha Inflamação Interfalangeana Incisão do Espaço interdigital Embriotomia Transecção completa 9 Ressecção dos Tendões Flexores Digitais e Bainha Sinovial Digital Incisão SC. e BT. Identificação dos tendões Secções proximal e distal nos tendões Dermorrafia e drenagem VI - Anatomia Médico Cirúrgica dos Nervos: -Nervo Torácico Lateral (Bovinos): - Nervo Pudendo (Bovinos): - Nervos do Crânio: Zigomáticotemporal Mentoniano 10 Origem: Ramos ventrais do 8º nervo cervical e do 1º e 2º nervos torácicos. Une-se aos ramos cutâneos laterais dos nervos intercostais: - NTL- suprimento motor para o músculo prepucial cranial e para o músculo prepucial caudal. - Ramos cutâneos laterais dos nervos intercostais, são de função sensitiva. Inerva: Pele da parede torácica lateral, Músculo cutâneo do tronco, Região abdominal ventral até o flanco, Estende-se => linha média ventral, Músculo prepucial cranial, Músculo prepucial caudal. Nervo Torácico Lateral (Bovinos) Anestesiadeste nervo: Entre a 6ª costela e o 1/3 proximal do úmero. Nervo palpável no sentido dorso-ventral. Injeta-se 20 ml de lidocaína a 2% com vasoconstritor no ponto correspondente. Nervo Torácico Lateral (Bovinos) Indicações: Pequenassuturas de pele, Bloqueio auxiliar => desvio lateral do pênis (rufião/ bovino). Complicações: Falha do bloqueio anestésico; Volume inadequado, Diluição ou hemodiluição do anestésico, Presença de tecido fibroso ou reação inflamatória. Nervo Torácico Lateral (Bovinos) Nervo Pudendo (Bovinos) Origem: Ramo ventral do 3º nervo sacral com uma contribuição variável do ramo ventral do 2º e do 4º nervos sacrais. Fornece ramos para o músculo coccígeo e para o músculo levantador do ânus. Próximo ao forame isquiático menor o emite ramos cutâneos proximal e distal. Inervação: No macho - divide-se no nervo dorsal do pênis e no nervo perineal superficial. Na fêmea - corre entre a vagina e o assoalho pélvico, acompanhando os vasos pudendos internos, Fornece pequenos ramos para o vestíbulo e termina como o nervo dorsal do clitóris, após emitir o ramo mamário. Anestesia deste nervo: Localiza-se o forame ciático menor, por palpação retal, Localizar a artéria pudenda, na fossa, Em seguida, o nervo à distância de um dedo dorsal, Introduzir a agulha pela pele desinfetada, Depositar 15 ml de lidocaína a 2% em torno do nervo, Tracionar a agulha 2 a 3 cm caudodorsalmente e injetar 10 ml, Repetir o procedimento do lado oposto. Nervo Pudendo (Bovinos) 11 A-N. Pudendo Interno; B-NN. Pélvicos esplâncnicos; C-Artéria Pudenda; D-Ligamento Sacrociático. Indicação: Macho - Anestesia e o relaxamento do pênis para exame, Fêmea - alívio do tenesmo associado ao prolapso vaginal e uterino. Vantagens: Manutenção do tônus caudal, Ausência de envolvimento do nervo ciático, Pneumovagina, Nervo Pudendo (Bovinos) Desvantagens: Necessidade de identificar os locais de injeção por palpação retal, Ausência de anestesia da cérvix, Duração anestésica entre 3 a 6 horas. Complicações: Lesões penianas no touro (recolocaçãono prepúcio).Nervo Pudendo (Bovinos) - Zigomáticotemporal, Origem: Nervo oftálmico, que por sua vez é a menor divisão do nervo trigêmeo, Junto ao nervo nesociliar - maior divisão do nervo oftálmico, Constituído por 2 fascículos, que se originam na saída do forme órbito-rotundo, Dobra lateralmente, perfurando a periórbita junto veia cornual, Corre caudal, dorsal e um pouco medialmente, Nervos Crânio - Zigomáticotemporal, Inervação: Divide-se em duas ramificações: - supre a pele da região temporal - ligam-se às ramificações do ramo zigomático do nervo facial. Nos espécimes com cornos: - A maioria das fibras correm no sentido do corno como ramos cornuais, terminando na superfície laterocaudal de sua base. Nervos Crânio - Zigomáticotemporal, Anestesia: Localizar o bordo lateral temporal do osso frontal, Nervo superficial, 7 a 10 mm de profundidade 1/3 superior, Injeção no terço superior do sulco temporal de 5 - 10ml de lidocaína a 2% com vasoconstritor, Aspiração, Anestesia também uma porção oftálmica do nervo trigêmeo. Nervos Crânio 12 - Zigomáticotemporal Vantagens: - Simplicidade do procedimento, - Efeitos sistêmicos mínimos (sistema cardiovascular), Desvantagens: - Não há anestesia cornual - injeção errônea de anestésico, - Necessidade de 2ª injeção posterior ao corno em bovinos adultos com cornos bem desenvolvidos, - Fraturas envolvendo o osso frontal, os seios ou o corno podem requerer anestesia ocular de Peterson. Nervos Crânio Mentoniano: Inerva: Lábio inferior, Parte rostral da mandíbula até o 3º dente pré-molar, incluíndo-o. Nervos Crânio Mentoniano: Anestesiadeste nervo: Palpar o bordo lateral do forame mentoniano, Apresenta-se como uma depressão ao longo do aspecto lateral do ramo, no meio do espaço interdental. Consiste na aplicação, sob pressão, de 5 a 10 ml de lidocaína a 1% no canal do forame mentoniano. Indicações: Intervenções a nível cutâneo e profundo, Extrações dentárias (incisivos inferiores), Suturas gengivais, labiais e de bochechas inferiores correspondentes. Nervos Crânio Obrigado pela atenção!
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