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Nutrição-UFGD PASSOS Diagnóstico nutricional – segundo faixa etária: • Avaliação antropométrica: dobras, peso, altura, entre outros; • Avaliação da ingestão alimentar: recordatório de 24 horas, questionário alimentar; • Avaliação clínica: avaliação subjetiva global; • Avaliação bioquímica: estado nutricional através de exames. Objetivos da intervenção nutricional: • Perda/ ganho / manutenção de peso; • Micronutrientes; • Correções de alterações metabólicas. • Ex.: adulto → peso atual: 85kg, altura: 1,65m e IMC: 31,22k/m² Cálculo da necessidade energética e de nutrientes: • Faixa etária Elaboração do cardápio. Waitzber et al (2000) e Martins e Cardos (2000): g/kg/dia. Proteínas: g/kg/dia • Situações de catabolismo: valores maiores que 1,0; até 2,5. Fibras: Fibras: g/kd (DRIs, 2002): Critérios para elaboração: • Qualitativos; • Semi-quantitativos: • Quantitativos. Nutrição-UFGD CRITÉRIOS PARA ANÁLISE E PLANEJAMENTO DIETÉTICO Critérios qualitativos: • São a base da análise e do planejamento dietético; • Subsidiam as escolhas alimentares mais adequadas; • Tornam os critérios quantitativos (cálculos) mais organizados e coeso. Critérios semiquantitativos: • Definem a quantidade de alimento de cada grupo alimentar para o atendimento das recomendações nutricionais; • Tornam os critérios quantitativos (cálculos) mais organizados. Critérios quantitativos: • São os cálculos do valor nutricional para análise e prescrição dietética e sua correlação com as recomendações nutricionais. Segundo a classificação de grupos alimentares da Roda de Alimentos (REC); Segundo as categorias de alimentos do Guia Alimentar para a População Brasileira; Segundo a Avaliação Qualitativa das preparações do Cardápio (AQPC). Presença de alimentos de todos os grupos; Compensação entre as refeições. Características sensoriais. Variedade. Disponibilidade. Alimentos construtores: • Proteínas: essenciais à formação de todos os tecidos; • Minerais: constituintes de ossos e dentes → mas encontrados em praticamente todas as células; • Água: constituintes de todos os tecidos; • Carnes, miúdos e vísceras, ovos, leguminosas, elite e derivados. Alimentos reguladores: • Água, minerais, fibras e vitaminas: regulação de processos orgânicos e condições internas; • Frutas, legumes e verduras. Alimentos energéticos: • CHOSs: fonte de energia mais eficaz para o organismo; • Lipídios: fonte de energia mais concentrada; • Cereais, feculentos, cana-de açúcar, mel, gorduras e óleos. RESUMO DOS CRITÉRIOS QUALITATIVOS PARA ELABORAÇÃO DE CARDÁPIOS OU PLANOS ALIMENTARES Respeitar as características dos clientes: idade, sexo, estilo de vida, atividade ocupacional e/ou prática de AF, hábitos alimentares, religião, práticas culturais locais, sustentabilidade, acesso aos alimentos, disponibilidade, sazonalidade, produção local, custo dos alimentos e condições fisiológicas e/ou patológicas do indivíduo. Selecionar alimentos e/ou preparações com características sensoriais que estimulem o apetite, como cor, aroma, sabor e Variar alimentos e preparações, evitando monotonia, visando garantir oferta dos nutrientes necessários para uma vida saudável (principais refeições terem alimentos REC). Preferir refeições e preparações baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados. Moderar o uso de alimentos, preparações e produtos alimentícios de baixo valor nutricional, evitando ultraprocessados e priorizando alimentos pouco processados com mínimo adição de sal, açúcar, gordura e aditivos químicos. Garantir a segurança microbiológica. DESJEJUM Fruta. Leite ou derivados. Pão ou outros cereais. Nutrição-UFGD ALMOÇO/JANTAR Entrada: • Composta por hortaliças cruas ou cozidas associadas ou não com vegetais, como cereais, grãos, tubérculos, raízes, leguminosas, etc. • Equilibrar sabor e textura com demais componentes do cardápio. Prato principal: • Carnes, peixes, aves, ovos, frutos do mar, vísceras e proteínas vegetais. • Base do planejamento do cardápio; • Aporte proteico; • Grande influência nos custos; • Priorizar preparações com baixo teor de gordura e sal. Guarnição: • Vegetal; • Massa; • Harmonizar com prato principal; • Respeitar sabor, cor e textura; • Priorizar preparações com baixo teor de gordura e sal. Prato base: • Arroz; • Feijão; • Hábito do brasileiro; • 2 partes de arroz para 1 de feijão; • Pode ser substituído. Sobremesa: • Fruta; • Doce; • Preferir frutas. Bebidas: • Água; • Suco de fruta natural. Colação / Lanches / Ceia: • Leite ou derivados; • Frutas ou sucos de frutas; • Cerais diversos; • Frutas secas e oleaginosas; • Evitar bebidas processadas e ultra processadas. : GUIAS ALIMENTARES Número de porções de alimentos de todos os grupos → devem ser consumidos pelos indivíduos. Grupos de alimentos: valor nutricional do alimento. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO VALOR NUTRICIONAL • Porção de alimentos: medidas caseiras e gramas; • Lista de equivalência: valor energético aproximado; • Substituição de alimentos. Pirâmide Alimentar Adaptada á População Brasileira (Sonia Tucunduva Phillipi, 1999). Guia alimentar para a população brasileira (Brasil, Ministério da Saúde, 2005). Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R). Calorias de porção por grupo: • Cereais, raízes, tubérculos e massas: 150 kcal por porção; • Hortaliças: 15 kcal por porção; • Frutas: 70 kcal por porção; • Carnes: 190 kcal por porção; • Derivados lácteos: 120 kcal por porção; • Gorduras e óleos: 73 kcal por porção; • Açúcares: 100 kcal por porção. ORGANIZAÇÃO DOS ALIMENTOS E PREPARAÇÕES QUE DEVEM COMPOR O PRATO DAS PRINCIPAIS REFEIÇÕES DO DIA 50% do prato: alimentos fonte de fibras, vitaminas e minerais e que têm baixa densidade energética, como verduras e legumes. 25% do prato: alimentos fontes de carboidratos complexos, como cereais (trigo, aveia, milho), pães, massas, arroz, tubérculos, raízes, etc. 25% do prato: alimentos fontes de proteínas. Sendo 12,5% de alimentos com proteínas de origem animal como carne bovina ou suína, peixes, aves e ovos; Nutrição-UFGD 12,5% de alimentos com proteínas de origem vegetal, como feijões, soja, grão-de-bico, ervilha e lentilha. Frutas para a sobremesa e água ou suco de frutas frescas para beber. Quantificação dos nutrientes que compõem a dieta. Necessário: emprego de tabelas de composição de alimentos. 1. Escolha da tabela; 2. Cálculos dos nutrientes. TABELAS DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS • Incompletas e com dados discrepantes; • Nutricionistas: optar por tabelas de maior grau de confiabilidade; • Métodos utilizados: estabelecidos pelo INFOODS (Internacional Network of Food Data Systems) INFOODS (OMS) • Objetivo: estimular e coordenar projetos para a melhoria e padronização dos médicos analíticos e ampliação dos dados pelo mundo. • Estabelece quantidade de nutrientes padrão (min 50 – não tem no slide, ela falou) Brasil: BRASILFOODS BRASILFOODS → LATINFOODS → INFOODS TABELAS PADRÃO BRASILINFOODS/LATINFOODS/INFOODS Maior confiabilidade. Tabelas Padrão INFOODS: • TACO: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – NEPA/UNICAMP – 4 ed. – 2011. • POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) 2008- 2009: Tabelas de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no Brasil de 2011. • TCBA-USP: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos 0 USP – versão 6.0 – 2017. • TABNUT: da Unifesp, que utiliza a Base de Dados de Nutrientes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) – versão 25. • Banco de dados de composição nutricional da biodiversidade do Projeto Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade para Melhoria da Nutrição e do Bem Estar Humano (BFN, biodiversidade para a alimentaçãoe nutrição), do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e de Universidades Federais. • Definição dos alimentos. • Quantidades dos alimentos. Considerações: • Alimento pronto – cozido ou preparado. • Alimento in natura – cru. • Cozimento: influenciaram na composição nutricional. • Ideal: usar alimento na forma que for consumido. Conversão dos alimentos (g) → medida caseira. Pesagem das porções de alimentos. Utilizar tabelas de conversão de medida caseira. ALIMENTOS NÃO PRONTOS ( IN NATURA) Fatores de cocção (Paulino e Bernardes), 2001. Nutrição-UFGD Esclarecer receita das preparações: obter per capita de cada ingrediente utilizado. Óleo utilizado na preparação: • 1 mL de óleo = 0,8g • Sugestão: • 8g de óleo por refeição (1 colher de sopa); • Sugestão de preparação - frita: 10% do per capita do alimento = óleo. Temperos utilizados na preparação: considerar quantidades do receituário. Exemplo padrão por refeição e de um indivíduo: • 5g de cebola; • 1g de grama; • 2,5g de sal. ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS Refrigerantes, bolos, biscoitos, congelados, sorvetes, entre outros. Verificar composição centesimal no rótulo; Muitas vezes: rótulos incompletos. • Soma de CHOs, LIP e PTNs de todos os alimentos. • Valores por refeição e diários. Cálculos do valor energético total → VET: • Transformação gramas: calorias; • Soma das calorias: por refeição diária. Soma de todos os micronutrientes de interesse de todos os alimentos. Valores por refeição e diários. DESJEJUM Escolha da tabela de composição de alimentos: • TACO Cálculos dos nutrientes: • Definição dos alimentos: por exemplo, iogurte de morango, pão francês, mortadela, mamão formosa. Quantidade dos alimentos: • Iogurte de morango – 200 mL; • Pão francês – 50g; • Mortadela – 20g; • Mamão formosa – 100g. MACRONUTRIENTES Carboidratos. Proteínas: Nutrição-UFGD Lipídios: Carboidratos = 61,46g; Proteínas = 12,6g; Lipídios = 10,57g. Kcal: • Carboidratos = 61,46g x 4 kcal/g = 245,84 kcal; • Proteínas = 12,6 x 4 kcal/g = 50,4 kcal; • Lipídios = 10,57g x 9 kcal//g = 95,13 kcal. VET = 391,37 kcal. • Carboidratos: 245,84 kcal = 62,8% • Proteínas: 50,4kcal = 12,9%; • Lipídios: 95,13 kcal = 24,3% MICRONUTRIENTES Cálcio: Magnésio: VET = 391,37 KCAL. • Carboidratos: 65,8%; • Proteínas: 12,9%; • Lipídios: 24,3%; • Cálcio: 248,4 mg; • Magnésio:49,3 mg. DISTRIBUIÇÃO DO VET Sá (1990); Esperança (2008): Nutrição-UFGD Assis (1997): MÉTODO NPUV (NET PROTEIN UTILIZATION) Utilização proteica líquida. Compara a ingestão de N por um período de tempo com o conteúdo de N na carcaça do animal. Pode ser calculada em ensaios biológicos, como: NPU: quantidade de nitrogênio retida no organismo em relação ao nitrogênio ingerido. Avaliação do NPU: para estimar o valor de NPU, pode-se multiplicar os fatores de correção segundo a origem da proteína. Fatores de correção: • Proteína de origem animal: 0,7 ou 70%; • Proteínas de leguminosas: 0,6 ou 60%; • Proteínas de cereais e outros vegetais: 0,5 ou 50%. Exemplo – Cardápio: • Proteínas de origem anima: 39g x 0,7 = 27,3 g • Proteínas leguminosas: 6g x 0,6 = 3,6 g • Proteínas cerais e outros vegetais: 20g x 05 = 10g NPU = 27,3 + 3,6 + 10 = 40,9 g (proteína líquida). NDPCAL% (NET DIETARY PROTEIN CALORY PERCENT) Percentual fornecido pela proteína líquida (NPU) em relação ao valor energético total (VET) do cardápio. No Brasil, este indicador é utilizado no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) que recomenda refeições com valores de NdpCal% entre 6 e 10% Exemplificando: foi calculado um cardápio e observou-se que o mesmo fornecia 39 g de proteína de peixe, 6g de proteína de feijão, 10 g de proteína de cerais e 10 g de proteína de frutas e hortaliças. Calcule o NPU e o NdpCal% desse cardápio tendo em vista um VET de 1870 Kcal. • Proteína origem animal: 39g x 0,7 = 27,3 g • Proteínas leguminosas: 6g x = 0,6 = 3,6 g • Proteínas cerais e outros vegetais: 20g x 0,5 = 10g OMS (2003): • NDPCal% mínimo da dieta: 6%; • NDPCal% > 10% = desperdício de proteína de AVB.
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