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@bene.med Tutorial 09 – Módulo X Tumores Renais Doenças Císticas do Rim Cisto é uma cavidade revestida por epitélio, no parênquima renal, sendo preenchida por líquido, classificado como: Únicos ou múltiplos Simples ou complexos Hereditários ou adquiridos Assintomáticos ou sintomáticos CISTO SIMPLES: representa o tipo mais frequente de massa renal anômala, 70% dos casos, ocorre em 25% da população, tendo prevalência aumentada conforme a idade e acima dos 40 anos. Costumam ser assintomáticos, porem em raras ocasiões podem ocorrer complicações, e assim gerando sintomas: Ruptura = manifestada com hemorragia, associada a dor no flanco ipsilateral. Geralmente é de forma espontânea, mas pode ser causada por traumatismo. Nos casos autolimitados, trata com repouso, hidratação e analgesia. Infecção = o cisto geralmente gera um abscesso renal, e podem ser infectados pelas enterobacterias gram-negativas (E. coli e S. aureus). Hipertensão Arterial Renina-Dependente = os cistos muito grandes podem comprimir o parênquima renal em volta, levando a esse quadro, pois a compressão de múltiplas artérias intrarrenais leva a uma secreção de renina pela ativação da mácula densa. Um pista de que a HAS é secundária a um cisto é a HAS renovascular, com hipocalemia espontânea e persistente, na ausência de estenose de artéria renal. Obstrução do trato urinário = cistos muito grandes pode levar a compressão extrínseca do ureter, acompanhando todas as consequências, como infecção e perda de função renal. »Diagnóstico: por ser muitas vezes assintomático, o diagnostico é feito “ao acaso” em exames de rotina. Ser simples significa que quando visto na USG, é visualizado uma: Lesão arredondada de paredes lisas e limite definido. Conteúdo anecóico Presença de reforço acústico posterior intenso. Porém caso os três critérios não sejam confirmados, ou caso exista septos, calcificações ou múltiplos cistos agrupados, uma TC com contraste deve ser realizada para confirmação de um cisto “complexo”. »Classificação de Bosniak: após a descoberta de qual cisto se trata, é feita essa classificação de acordo com características anatômicas, e em sua probabilidade maligna. Cisto benigno simples = parede fina lisa e regular, densidade menor que 20UH (equivalente a agua), sem septos, calcificação ou componente solido, não ocorrendo captação por contraste IV. Não é necessário nenhuma terapia ou seguimento. Cisto benigno = alguns septos finos, podendo ter lesões < 3 cm, alta atenuação uniforme e espontânea, bordas nítidas e sem captação por contraste também. Nenhuma terapia ou intervenção é necessária também. Cisto minimamente complicado = tem múltiplos septos finos ou espessamento, dando a impressão que capta contraste, pode ter calcificação nodular, lesão intra- @bene.med renal > 3 cm, alta atenuação e sem captação de contraste. Necessário realizar acompanhamento para verificar presença de cistos malignos, feita com ressonância magnética com contraste. Cisto verdadeiramente indeterminado = espessamento das paredes, pode ter septo, captação por contraste. A cirurgia é indicada para os pacientes com boas condições clínicas, sendo a nefrectomia parcial ou total o procedimento. Nos pacientes que não se recomenda cirurgia, é feita a vigilância contínua com imagens periódicas para acompanhar o cisto. Cisto maligno = há também presença de componentes sólidos, independentes da parede e dos septos, tendo captação por contraste. Cirurgia indicada em todos os casos, sendo realizada a nefrectomia parcial ou total. »Tratamento: feito nos pctes sintomáticos com analgesia, e caso a dor seja refrataria, realizar o esvaziamento do cisto por aspiração percutânea guiada por TC ou USG. Isso também é feito nos casos de compressão extrínseca e HAS secundaria. Em casos de infecção, administrar antimicrobianos lipofílicos, os quais penetram melhor nos cistos, como o ciprofloxacino, SMX- TMP e a vancomicina. Caso os sintomas permaneçam por mais de 72h após o início do antibiótico, é necessário realizar uma TC com contraste. Caso o abscesso tenha mais de 3 cm é necessário fazer a drenagem dele. Doença Renal Policística Dividida em dois grupos, pois pode ser de caráter dominante, comum em adultos, ou de caráter recessivo, comum em crianças. DOENÇA POLICISTICA AUTOSSOMICA- DOMINANTE: é uma doença sistêmica, formadora de cistos nos rins e em outros órgãos (fígado, pâncreas, pulmão e coração), sem uma das doenças monogênicas mais frequentes, e é a causa de 4-10% de todos os casos de IRA terminal. É causada por uma mutação nos genes PKD1 ou PKD2, que são expressos por todas as células epiteliais tubulares, atuando no controle da proliferação e secreção tubular. Quando esses genes estão danificados, ocorre um desequilíbrio na proliferação e secreção, que leva a uma invaginação focal na parede, com células secretando agua e eletrólitos continuadamente, e depois a proliferação celular fecha essa invaginação, gerando o cisto. Por ocorrer de forma “aleatória”, pois todas as células têm o defeito, mas só alguns néfrons vão “ativar” esse defeito causando o cisto, a doença tem uma apresentação clínica variável. Quando sintomáticos, os pacientes costumam estar na faixa etária entre 20-50 anos, podendo aparecer em qualquer idade. Dor ou desconforto abdominal, junto com a distensão que ocorre por nefromegalia, podendo ter hepatomegalia associada. Noctúria/poliúria por perda da capacidade de concentração urinaria (isostenúria). Hematúria acompanhada de proteinuria discreta. Infecção urinaria de repetição Nefrolitiase de repetição, com agravamento por coexistência de hipocitratúria. IRC progressiva a partir dos 40 anos. HAS = pior sintoma, 70% dos pctes, seguida de IRC. A ocorrência da HAS na DRPAD é multifatorial, sendo causada pela ativação do SRAA por compressão do parênquima renal, junto com o aumento da contratilidade da musculatura lisa vascular e perda da vasodilatação epitelial por conta do óxido nítrico e outros fatores associados a hiperestimulação do sistema nervoso simpático. @bene.med Os níveis de hemoglobina podem estar desproporcionalmente elevados, pois a produção de eritropoietina é mantida pelo epitélio dos cisto. Nas manifestações extrarenais a mais clássica é o aneurisma cerebral, mas pode ocorrer o desenvolvimento de anomalia valvar cardíaca, sendo comum o prolapso mitral seguido de insuficiência aórtica. Já em relação aos cistos extra renais, comumente ocorrem no fígado (30-80% das vezes), sendo que na maioria não provocam sintomas, exceto quando muito volumosos. »Diagnóstico: depende da detecção dos cistos renais por imagem, geralmente feitos com outra finalidade quando não sintomáticos. Depois de descobrir os cistos, é preciso enquadrar em alguns critérios, os quais são baseados na idade do pcte: 15-39 anos = pelo menos 3 cistos, em um ou ambos os rins. 40-59 anos = 2 cistos em cada rim. > 60 anos = pelo menos 4 cistos em cada rim. O exame mais indicado para screening de familiares assintomáticos é a ultrassonografia, quando encontrado algo, é necessário a realização de uma TC helicoidal com contraste ou angiorressonância por ser exames com maior acurácia. »Tratamento: não existe conduta especifica, sendo realizadas medidas auxiliares ao pcte, como redução da PA usando IECA ou BRA, e suporte ás complicações dos cistos. Em caso de hipervolemia, é indicado o uso de Tiazídicos, e em quando a função renal está alterada junto, usa furosemida. Pacientes que evoluem para doença renal de fase terminal devem receber terapia de hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal. Casoocorra infecção renal ou nefrolitíase de repetição, é indicada a antibioticoterapia junto com drenagem do abscesso se presente, associada com aumento da ingesta hídrica e tratamento do distúrbio metabólico subjacente. DOENÇA RENAL POLICISTICA AUTOSSOMICA- RECESSIVA: caracterizada pelo surgimento precoce (crianças) com múltiplos cistos renais bilaterais, que curso com IRC em rins de tamanho aumentado, com associação extrarenal geralmente hepática e pulmonar. É uma condição mais rara. Causada por mutação do gene PKD-1, que interage com os genes PDK, então, na deficiência do PKD-1, a função do gene PKD é prejudicada, fazendo uma cistogenese idêntica ao tipo dominante. Quando sintomático ocorre nefromegalia bilateral detectada com IR, e 30% dos pctes falecem por Hipoplasia pulmonar secundaria ao oligoidrâmnio. Os sobreviventes desenvolvem HAS junto de distúrbios tubulares, como poliuiria, ATR, e complicações dos cistos. Diagnóstico muitas vezes feito dentro do útero da mae, numa USG pré-natal, vendo a nefromegalia fetal junto dos citos. Pode ser feita uma TC, e realizado testes genéticos do PKD-1. O tratamento é semelhante ao tipo dominante. Doença Renal Cística Adquirida É a formação de cistos devido a problemas ambientais do pcte. Ocorre mais em pctes com doença renal em fase terminal que são mantidos em dialise por muito tempo. Alguns fatores de risco: Duração da DR em fase terminal. Idade avançada Sexo masculino Raça negra Hipocalemia crônica @bene.med A maioria das pessoas permanecem assintomáticas, pois não ocorre quadro de nefromegalia no tipo adquirido. Em raros casos o cisto cresce muito, podendo causar sintomas compressivos ou evoluir pra alguma complicação cística. O diagnóstico é realizado por meio de exames de imagem, em que se detecta diversos cistos bilaterais. Pode ser usado ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância eletromagnética, sendo a ressonância o mais sensível, pois permite visualizar cistos iniciais de tamanho reduzido. Caso o cisto seja assintomático, é necessária realizar o acompanhamento do seu crescimento avaliando sinais de malignidade, pois a doença renal cística adquirida aumenta as chances de câncer renal em até 200 vezes. Um sinal de alerta para câncer renal é o surgimento de hematúria, sendo que na suspeita de câncer renal, a nefrectomia deve ser realizada com urgência. Doenças Císticas da Medula Divididos em dois tipos DOENÇA DE CACCHI-RICCI (RIM ESPONJOSO MEDULAR): distúrbio comum, sendo caracterizado pelo encontro de túbulos coletores da região medular dilatados em proporções císticas, preenchido normalmente por cálculos de oxalato de cálcio. Não se sabe como ocorre de fato, e nem se tem indícios de distúrbio hereditário. Maioria das vezes é assintomática, sendo raramente diagnosticada em vida, porem pode ter complicações, e a mais comum é a Nefrolitíase de repetição seguida pela hematúria, facilitando também a infecção urinaria recorrente. Em geral não ocorre insuficiência renal, mas pode haver manifestações secundárias ao cisto, como incapacidade de concentrar a urina e acidose tubular renal. Diagnostico feito pela urografia excretora, que mostra rins de tamanho normal, porem com ectasia medular, com aspecto de buque de flores ou pincel. A TC de contraste também pode identificar o quadro. Tratamento feito apenas nos sintomaticos, analisando os distúrbios metabólicos associados e tratando eles. NEFRONOFTISE: anomalia renal hereditária que ocorre fibrose tubulointersticial associada ao rim de tamanho reduzido e múltiplos cistos medulares. A doença pode ser autossômica recessiva, ocorrendo em jovens, e a forma autossômica dominante, que ocorre em adultos. Evolui pra fase terminal em 5-10 anos, sendo a principal causa genética de falência renal em crianças-adolescentes. O diagnostico é indicado por historia familiar positiva, sendo realizada exames de imagem e biosia renal, que mostra a nefrite tubulointersticial crônica. Nem sempre é possível identificar os cistos no exame de imagem, pois eles podem ser pequenos o suficiente para não aparecerem. Não há tratamento específico. Tumores Malignos Renais – Câncer de Rim Por definição, toda expansão sólida que apareça nos rins é um “tumor renal” sendo sempre considerado maligno até que se prove o contrário, com uma classificação conforme sua origem e forma. É chamado de carcinoma de células renais CCR ou de adenocarcinoma renal, constituindo a maioria dos tumores malignos renais nos adultos, geralmente de células claras, incidência elevada entre 50-70 anos, e predomínio no sexo masculino 2:1. Por conta da detecção precoce do carcinoma, que ocorre em exames de imagem em busca de @bene.med outras doenças, houve um aumento da incidência e diminuição da mortalidade nos últimos anos. Além disso, cerca de 10% dos pacientes com insuficiência renal avançada que são tratados com hemodiálise, tem o desenvolvimento de CCR, que se associa com o aparecimento de cistos renais múltiplos adquiridos, tendo peculiaridades passíveis de identificação como: Tumores que parecem se originar de lesões císticas. Tumores com comportamento agressivo, aparecendo metástase em 6% dos casos. Tumores múltiplos e bilaterais Neoplasia associada a pctes em dialise aparecem em 3-8 anos. Parecem se originar de substâncias não dialisáveis, ficando acumulados após a instalação da IR, favorecendo o surgimento de carcinomas. ETIOLOGIA: os adenocarcinoma tem origem nos túbulos contorcidos proximais, que são as mesmas células que originam os adenomas renais, e entre os fatores que levam ao câncer estão: Pessoas expostas a compostos com arsênio ou que fazem ingestão de agua contamina pelo arsênio, aumenta o risco em 30%. Excesso de peso e obesidade, e mutações germinativas em genes específicos. Doença renal avançada que necessita de dialise. Hipertensão, mesmo em pctes com uso de anti-hipertensivos. PATOLOGIA: são geralmente arredondados, variando o tamanho em poucos centímetros até o preenchimento quase completo do abdome, sendo sólidos na maioria das vezes. Não costumam apresentar capsula histológica, sendo envoltos por uma pseudocapsula de parênquima comprimido e tecido fibroso, contendo necrose e hemorragia interposta por tecido amarelado/pálido. Varias células são encontradas no tumor, mas as mais frequentes possuem citoplasma abundante, também chamadas de células claras. »Subtipos: Células claras = 75% dos casos, originadas no nefron proximal, densidade e sinal heterogêneo, comportamento agressivo. Papilífero = 10% dos casos, originados no nefron distal, baixo sinal de T2 e hipodenso, comportamento agressivo. Cromófobo = 5% dos casos, origem no nefron distal nas células intercalares, hipodenso com sinal intermediário, com mortalidade baixa. Cístico-sólido = 1-4% dos casos, origem no nefron proximal, alto sinal T2 e densidade liquida, sem metástase. CCR de Belini = 1% dos casos, origem nos túbulos coletores, altamente agressivo, mortalidade 70% em 2 anos. Medular = 1% dos casos, origem distal e medular, sinal heterogêneo e infiltrativo, extremamente agressivo. BIOLOGIA MOLECULAR E IMUNOLOGIA: pode acontecer de forma esporádica, ou de forma familiar/hereditária (4%). Nos últimos anos tem-se relatado casos de regressões espontâneas parciais ou completas, o que sugere uma participação do sistema imune na gênese, no controle da evolução e na progressão desses tumores. As principais alterações cromossômicas no CCR são a deleção e translocação envolvendo o braço curto do cromossoma 3, ocorrendo nos carcinomas usuais e de células claras. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: 30% dos pctes já se apresentamcom metástases quando diagnosticados, porem o comportamento tumoral depende diretamente do seu tamanho, ou seja, quanto maior o tumor, mais agressivo ele vai ser. < ou iguais a 5 cm = 8% dos casos tem metástase. @bene.med > 10 cm = 80% dos casos tem metástase. Pode ir pra estruturas vizinhas como duodeno e diafragma por invasão local, ou atingir órgãos por via hematogênica como pulmões (40-60%), fígado e ossos longos. Pela via linfática, pode ocorrer acometimento de linfonodos lombares em 35% dos casos. QUADRO CLÍNICO: nas fases iniciais, não apresenta sintomas, sendo achado por exames clínicos de rotina. Quando sintomático, ocorre hematúria micro ou macroscópica em 60% do pctes, não acompanhada de dor ao urinar ou outros sintomas miccionais. Outro achado comum é a dor lombar em 40% dos casos, sendo comumente tardia, em sentido ângulo costovertebral, por conta da distensão da capsula renal. Massa palpável no flanco é o achado menos frequente, ocorre em 30% dos casos, porem muito indicativo, sendo firme, homogênea e com movimentação da respiração. Assim tem-se a tríade dos sinais: dor no flanco, massa palpável e hematúria. Geralmente são vistos juntos em casos mais graves por demora do diagnostico. Outras manifestações, como as paraneoplásica, são encontradas em 30-40% dos casos, resultados de secreção de polipeptídeos e fatores tumorais pelo tumor. Em questão de manifestações sistêmicas, são comuns: Anemia do tipo normocítica pelas hemolisinas e depressão da eritropoese. Febre secundaria a produção endógena de pirogênio pelo tumor Hipertensao associada a renina do tumor. Hipotensao por produção de prostaglandinas Hipercalemia por produção de paratormônio-like e prostaglandinas Amiloidose e síndrome nefrótica (mau prognostico). Varicocele = dilatação das veias que drenam o sangue testicular devido a incompetência das válvulas venosas, sendo a mesma doença que afeta as pernas das mulheres. DIAGNÓSTICO: câncer renal pode ser suspeito na presença da tríade clássica em pctes acima de 40 anos, e metade dos casos são encontrados em exames de imagem de rotina, solicitados por outros motivos. Pra confirmação, é necessário realizar uma TC de abdome e pelve, RX de tórax, exame de urina e citologia urinaria. Caso não encontrem nenhuma metástase, é indicada a cirurgia em todos os casos. USG = identificar lesões císticas solidas, mas quando não encontrados, realizar TC. TC de abdômen = método de escolha pra descobrir a natura da lesão expansiva e do estadiamento do tumor, verificando acometimento linfático, venoso e de estruturas vizinhas. Não existe nenhum exame laboratorial que seja patognomônico e marcador tumoral. Porém ainda sim é possível utilizar exames para auxiliar o diagnóstico. No hemograma é possível encontrar eritrocitose, anemia acentuada, velocidade de hemossedimentação elevada, hipercalcemia, proteína C reativa e desidrogenase láctica. No exame de sedimento urinário, é comum encontrar hemácias. Em relação a biópsia do tumor renal, é possível realizar para descobrir a histologia da massa renal que é radiologicamente indeterminada, sendo uma opção de uso em pacientes que há pequenas massas. ESTADIAMENTO: classificação do tumor conforme o sistema TNM, que avalia a extensão do tumor T, acometimento linfonodal N e metástase á distancia M. @bene.med N0 e M0 significam sem linfonodos acometidos e sem metástase a distancia. TRATAMENTO: principal método é a nefrectomia radical (retirada de tudo que estiver dentro da fascia de Gerota, inclusive ela), pois não apresenta radio ou quimiossensibilidade. Indicada apenas pra tumores até o estagio 3, sendo o estagio 4 feito em protocolos experimentais. A glândula adrenal não é removida na nefrectomia, exceto se o tumor por no polo superior. Em caso de tumor de rim metastático, é indicado a nefrectomia seguida de tratamento com imunoterapia e agentes antiangiogênicos, sendo que mesmo nesses casos com tratamento, a sobrevida geral não é muito prolongada. Imunoterapia é feita com doses elevadas de interleucina 2 que pode induzir remissões duradouras a longo prazo em 10% dos pacientes, porém o seu uso requer um centro especializado por é um medicamento altamente tóxico no decorrer do tratamento. Já as medicações anti angiogênicas, bloqueando as vias PD-1 e PDL-1, incluem os inibidores de pequenas moléculas- alvo, como sunitinibe, pazopanibe, sorafenibe e o anticorpo monoclonal bevacizumabe, que possuem atividade antitumoral. Tumores malignos – Sarcomas 2-3% dos tumores malignos de rim, tendo origem no seio renal ou na capsula renal. Manifesta bem semelhante aos sinais e sintomas da CCR, tendo dor lombar, massa palpável em flanco e hematúria frequentemente. A biopsia renal acha o fibrossarcoma, lipossarcoma, hemangiopericitoma e leiomiossarcoma, e todos possuem comportamento agressivo, crescendo rapidamente e com prognostico reservado. Diagnostico é feito por meio de uma TC, que pode avaliar massa renal, inclusive sua origem. A ausência de Linfonodomegalia retroperitoneal em pctes com massa renal é mais sugestiva pra sarcoma. Único método curativo é a cirúrgica radical, com retirada de todo o conteúdo da fascia de gerota, inclusiva ela. Tumores de Bexiga O principal tumor de bexiga é o carcinoma de células transicionais, 90% ocorrendo na bexiga, 8% na pelve e 2% no ureter e uretra proximal. EPIDEMIOLOGIA: acomete mais homens 5:2, prevalência aumenta após 60 anos de idade, e tem fatores de risco como: Brancos Tabagismo Abuso de analgésicos de fenacetina Cistites crônicas Calculo vesical Ciclofosfamida Exposição a tintas artificiais Exposição industrial a aminas aromáticas. PATOLOGIA: a maioria apresenta tumores superficiais, não tendo invasão muscular, sendo só 20% músuclo-invasico (camada muscular própria). 5% evoluem pra metástase por contiguidade através de vias linfáticas e hematogenicas, criando no fígado, pulmão e ossos. Podem crescer com formatos diferentes, podendo ser papilar, planos ou séssil, relacionados com o prognostico. DIAGNÓSTICO: realizado TC ou USG de vias urinarias que permite a visualização tanto do @bene.med enchimento vesical, quando da existência de infiltração de estruturas adjacentes. É confirmado somente com a citotoscopia por biopsia, em que um endoscopia entre pela uretra ate a bexiga, inspecionando a mucosa vesical e retirando múltiplos fragmentos. A investigação de metástase se da por RX de tórax e cintilografia óssea em pcts sintomaticos. ESTADIAMENTO: mesmo processo de TNM. TRATAMENTO: é dividido conforme a classificação do tumor. Tumores Superficiais (Ta, TIS e T1) = Possuem altas taxas de cura, sendo o tratamento baseado na ressecção transuretral via cistoscopia junto da terapia intravesical, que consiste em uma injeção local de quimioterápicos ou imunomoduladores para tumores solitários e de baixo grau. Em caso de recidiva, é indicada a cistectomia. Tumores localmente Invasivos (T2/3) = A conduta é a Cistectomia Radical com Quimioterapia Pré-operatória (MVAC) e Pós-operatória para pacientes com altas chances de recidiva. Além da retirada da bexiga, retira-se também a próstata, vesículas seminais, vasos deferentes e uretra proximal no homem. Nas mulheres retira- se a uretra, útero, trompas, ovários e parede vaginal Além disso os linfonodos são retirados previamente e biopsiados, no caso de metástase, a cistectomia é completa. Nesse caso o cirurgião cria uma nova “bexiga” com parte do íleo do paciente pela técnica de Suter (Neobexiga Ortotópica) ou de Bricker (neobexiga heterotópica – bolsa ü). Tumor Metastático (T4-T5) = quimioterapiasistemia isolada com gencitabina + cisplatina ou M-VAC
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