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S7P1 - Doença de chagas para doctoralia
1. REVISAR como a Doença de Chagas atua no esôfago
2. RELEMBRAR a anatomia e histologia do esôfago
3. ENTENDER quais são as complicações do megaesôfago chagásico
-------------------------------------------- ESÔFAGO ---------------------------------------------
ANATOMIA:
⇒ Tubo fibromuscular de 25 cm que se estende da faringe (nível C6) até o estômago (nível T11).
⇒ O esôfago é dividido em três partes:
→ Cervical, que cursa através do pescoço.
→ Torácica, que é localizada no tórax, mais especificamente no mediastino.
→ Abdominal, que atravessa o diafragma e chega ao abdome, onde alcança o estômago.
⇒ FUNÇÃO: Transporta a saliva, líquidos e sólidos até o estômago.
⇒ Através da ação de fibras esqueléticas e lisas, o esôfago é capaz de criar ondas de peristalse, que
empurram ativamente o conteúdo ao longo do sistema digestório.
Esfíncteres do esôfago
⇒ O esôfago está conectado nas duas pontas a outras estruturas, resultando em duas junções:
→ Junção faringoesofágica - Localizada posteriormente à cartilagem cricóide é formada pela
união entre a faringe e o esôfago.
→ Junção gastroesofágica, localizada no ponto de encontro entre o esôfago e o estômago.
⇒ A passagem do bolo alimentar através destas junções é regulada por esfíncteres; feixes de fibras
musculares de controle involuntário.
⇒ Quando alimentos ou líquidos são transportados por ondas peristálticas e se aproximam dos
esfíncteres, vias reflexas causam relaxamento temporário dos músculos, permitindo que o bolo passe.
⇒ Em todos os outros momentos esses esfíncteres ficam completamente contraídos para impedir o
refluxo de partículas de alimento ou ácido gástrico para os segmentos a montante no sistema
digestório.
HISTOLOGIA:
⇒ Camadas:
→ Mucosa - Mais interna do órgão;
→ Submucosa - Formada por tecido conjuntivo com glândula esofágica com ácinos mucosos;
→ Adventícia - Camada de tecido conjuntivo que mistura com tecido conjuntivo circundante.
----------------------------------- CHAGAS NO ESÔFAGO -------------------------------------
⇒ A doença de Chagas é uma enfermidade endêmica, também conhecida como tripanossomíase
americana, importante doença parasitária resultante da infecção pelo protozoário parasito
hemoflagelado Trypanosoma cruzi, tendo insetos triatomíneos como vetores.
⇒ As formas habituais de transmissão da doença de Chagas humana reconhecidas são aquelas
ligadas diretamente ao vetor, mas existem outras formas de transmissão como a transfusão de sangue,
à via congênita, e mais recentemente, as que ocorrem via oral, pela ingestão de alimentos
contaminados.
⇒ A deglutição normal precisa da coordenação funcional da boca, faringe e esôfago.
⇒ A dificuldade para deglutir acontece quando uma destas áreas não funciona adequadamente,
fazendo com que as outras partes sejam afetadas. Resultando em uma anormalidade funcional em
qualquer estrutura e fase do processo da deglutição chamada de disfagia.
⇒ A manifestação mais importante desta doença é o megaesôfago e o megacólon.
⇒ Estas manifestações começam como uma incoordenação motora, através do comprometimento do
sistema nervoso autônomo (plexos mioentéricos) pela doença de Chagas.
⇒ Lesões neuronais danificam o plexo mientérico em vários locais do tubo digestivo, as maiores
repercussões acontecem no esôfago e cólon.
⇒ Portadores da forma digestiva deparam com sintomas associados à obstrução do órgão.
⇒ Os órgãos mostram grande aumento do lúmen e hipertrofia da camada muscular.
⇒ As alterações motoras do esôfago na doença de Chagas caracterizam-se pela perda do
peristaltismo esofágico e ausência de relaxamento do esfíncter inferior às deglutições, o que causa
dificuldade na ingestão dos alimentos, que permanecem em grande parte retido no esôfago,
provocando a progressiva dilatação deste órgão.
⇒ O surgimento do megaesôfago e do megacólon, de modo geral, manifesta por alguns anos após a
infecção, isso é esclarecido pelo seguimento lento da desnervação durante a fase crônica, isso
acontece espontaneamente com o envelhecimento e a redução do número de neurônios.
⇒ Para que aconteça o desenvolvimento do megaesôfago é preciso uma redução de 90% no número de
neurônios no órgão, enquanto a doença no cólon está associada a uma perda neuronal de no mínimo
55%.
⇒ Outra manifestação da Doença relacionada ao esôfago é a ESOFAGOPATIA CHAGÁSICA.
⇒ A disfagia (dificuldade de deglutição) se apresenta como seu principal sintoma e é acompanhada
pela regurgitação, dor torácica, perda de peso e queimação.
⇒ De 6% a 10% dos pacientes contaminados pelo Trypanosoma cruzi vão apresentar esofagopatia,
demonstrada por sintomas e modificações revelados no exame radiológico.
⇒ Na maioria das vezes, pacientes chagásicos com esofagopatia mostram disfagia para alimentos
sólidos e líquidos que evolui vagarosamente ou continua por longo período na mesma intensidade.
⇒ Muitas das transformações causadas pela esofagopatia chagásica que são manifestas no estômago,
duodeno, jejuno-íleo, vias biliares extra-hepáticas, glândulas salivares e pâncreas, acontecem em
associações com o megaesôfago.
⇒ O volume gástrico é extremamente variável, incluindo a hipersensibilidade da musculatura da
parede do estômago e os distúrbios da motilidade e da secreção.
⇒ Acelerado esvaziamento gástrico para líquidos e lento para sólidos. Tendo um menor relaxamento
adaptativo do corpo gástrico à distensão do estômago.
⇒ O aparecimento frequente da gastrite crônica ocorre em diferentes graus de intensidade, sendo
que os fatores etiopatogênicos parecem ser múltiplos, possivelmente, estando entre eles, o refluxo
biliar duodeno gástrico e a infecção pelo Helicobacter pylori.
⇒ O duodeno é o que mais aparece dilatado depois do esôfago e do cólon.
⇒ A dilatação do duodeno pode se localizar apenas no bulbo, ou danificar todo o arco duodenal.
⇒ Casos onde não há dilatação é frequente a discinesia (movimentos involuntários) e a
hiper-reatividade ao estímulo colinérgico decorrente da desnervação intrínseca.
⇒ Intestino delgado demonstraram uma desnervação do sistema nervoso entérico menos relevante do
que a do esôfago e do cólon. Poucos casos são relatados sobre a dilatação do jejuno ou do íleo, pois a
ocorrência é rara a ponto de configurar o mega jejuno e mega íleo.

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