Buscar

Avaliação Psicológica - Psicodiagnóstico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
ANÁLISE PSICOLÓGICA NO CONTEXTO CLÍNICO
Ananindeua, Pará
2021
		3
Avaliação psicológica no contexto clínico
A avaliação psicológica é um processo que tem o objetivo de realizar uma estimação psicológica e utiliza intrumentos para isto, tais como: testes, entrevistas, estudos de caso, observação comportamental etc. As estratégias e instrumentos utilizados para realizar a avaliação psicológica são escolhidos de acordo com o objetivo, que varia com o contexto apresentado e, com a finalidade para a qual a avaliação está sendo realizada (CFP, 2016).
 De acordo com Cunha (2007), no contexto da psicologia clínica é realizado o psicodiagnóstico, que é uma avaliação psicológica com propósitos clínicos, que tem a finalidade de identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico em busca da existência ou não de psicopatologia.
Para realizar o psicodiagnóstico são realizados os seguintes passos (CUNHA, 2007, p 31):
“a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame; b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico; c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados; d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame; e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.”
Os objetivos mais comuns que levam à solicitação de uma avaliação psicológica clínica são: classificação simples, descrição, classificação nosológica, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva, entendimento dinâmico, prevenção, prognóstico e perícia forense (CUNHA, 2007).
São considerados recursos básicos para a realização do diagnóstico a entrevista clínica, a história do examinado e o exame do estado mental do paciente.
O psicodiagnóstico é considerado um processo complexo, interventivo, que busca investigar e coletar múltiplas informações para que haja a elaboração de uma hipótese diagnóstica embasada em uma compreensão teórica; portanto, sobre psicodiagnóstico não pode ser dito que concerne apenas sobre a aplicação de testes ou, mesmo, que se limite a uma avaliação de sintomas e sinais tendo como resultado um diagnóstico nosológico, pois o mesmo consiste em um procedimento mais complexo (HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI; KRUG, 2016).
Exemplo de psicodiagnóstico interventivo psicanalítico da criança
O psicodiagnóstico interventivo é procedimento de investigação diagnóstica que realiza intervenções que podem trazer bem estar e melhora dos pacientes desde as primeiras consultas (MILANI; TOMAEL; GREINERT, 2014).
Os precursores do psicodiagnóstico interventivo no Brasil foram os profissionais da abordagem fenomenológico-existencial (MILANI; TOMAEL; GREINERT, 2014).
Barbieri et al. (2004) no artigo entitulado “Alcances e limites do psicodiagnóstico interventivo no tratamento de crianças anti-sociais“, investigaram se o psicodiagnóstico interventivo poderia contribuir para o tratamento da tendência antissocial. Foram analisadas oito crianças, entre cinco e dez anos de idade, as técnicas e métodos utilizados foram: entrevistas de anamnese, a Técnica de Rorschach, duas sessões lúdicas, entrevista familiar diagnóstica, Bateria Gráfica de Hummer, Teste de Apercepção Infantil (CAT-A), entrevistas devolutivas e follow-up com os pais. E, de acordo com o método interventivo, durante a avaliação já foram feitas intervenções. Foi realizado o acompanhamento por meio de entrevistas por telefone ou pessoalmente, no período de três a oito meses. Dos oito casos atendidos, sete foram concluídos. Dos sete concluídos cinco obtiveram sucesso terapêutico, todos com estrutura de personalidade neurótica e dois obtiveram fracasso terapêutico, com estrutura de personalidade psicótica. Os autores, embasados na análise dos dados do psicograma da Técnica de Rorschach, concluíram que as crianças com estrutura de personalidade neurótica puderam se beneficiar com o psicodiagnóstico interventivo, portanto, tendo um resultado positivo para 5 das 7 crianças avaliadas.
Exemplo de teste gestáltico visomotor de Bender na avaliação clínica de crianças.
 	No artigo “O Teste Gestáltico Visomotor de Bender na avaliação clínica de Crianças” de Ferreira et al. (2009), verifica-se a importância da utilização dos instrumentos psicológicos na avaliação psicológica infantil, porém a disponibilidade desses instrumentos que possuam estudos de normas para realidade brasileira ainda é escassa; os instrumentos mais utilizados pelos psicólogos são: Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (WISC-III), Teste Gestáltico Visomotor Bender, Desenho da Figura Humana, Técnica de Rorschach e Teste das Fábulas.
 O Teste Gestáltico Visomotor de Bender foi construído por Lauretta Bender, em 1938, inspirado nas figuras de Wertheimer de 1923, que estudou a percepção visual. No decorrer de seus estudos, Bender propôs a formatação do instrumento para um total de nove cartões, cada um deles medindo 14,9 cm de comprimento por 10,1 cm de altura.Consiste de cartelas em cor branca, compostas por figuras diferenciadas que se encontram desenhadas em cor preta. São estímulos formados por linhas contínuas ou pontos, curvas sinuosas ou ângulos.
 As figuras do instrumento são regidas por três princípios básicos da Gestalt: princípio do fechamento, da proximidade e da continuidade.
 É possível, a partir desse processo identificar a frequência dos tipos de erro,e a relação de sexo e idade no desemprenho quanto ao Bender. 
O estudo concluiu que, o Bender, pelo sistema Koppitz, apresenta evidencias de validade como nstrumento maturacional, com vistas a identificar diferencas na copia das figuras quanto a idade. Da mesma forma, o estudo também possibilitou a constatação do tipo de erro mais executado pela crianca, nesta amostra clínica, assim como a idade em que este erro é mais frequente. 
REFERÊNCIAS
BARBIERI, Valéria; JACQUEMIN, André; ALVES, Zélia Maria Mendes Biasoli. Alcances e limites do Psicodiagnóstico Interventivo no tratamento de crianças anti-sociais. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 14, n. 28, p. 153-167, 2004. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-863X2004000200005>. Epub 11 Fev 2009. ISSN 1982-4327. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2004000200005. Acessos em 24 ago. 2021.
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA - 8ª REGIÃO. Caderno de avaliação psicológica: dimensões, campos de atuação e atenção. Curitiba, 2016. 82 p. 
CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico – V. Porto Alegre: Artmed, 2007. Disponível em: https://groups.google.com/group/psiufba2011_1/attach/22ce4cecb93a44/Livro%20-%20Psicodiagn%C3%B3stico%20-%20V.pdf?part=0.1.
KRUG, J.; TRENTINI, C. M.; BANDEIRA, D. R.. Conceituação de psicodiagnóstico na atualidade. In: HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C.; KRUG, J. S (org.). Psicodiagnóstico.  Porto Alegre: Artmed, 2016. p 16-20. Disponível em: https://www.larpsi.com.br/media/mconnect_uploadfiles/a/m/amostra_2.pdf.
MILANI, Rute Grossi; TOMAEL, Mercês Maria; GREINERT, Bruna Rafaele Milhorini. Psicodiagnóstico interventivo psicanalítico. Est. Inter. Psicol.,  Londrina ,  v. 5, n. 1, p. 80-95, jun.  2014.
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-64072014000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  24  ago.  2021.
FERREIRA, Roselaine Berenice; FEIL, Cristiane Friedrich; NUNES, Maria Lucia Tiellet. O Teste Gestáltico Visomotor de Bender na avaliação clínica de Crianças. Psico-USF. Rio Grande do Sul, v. 14, n. 2, p. 185-192, 2009.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-82712009000200007>. Epub 19 Nov 2009. ISSN 2175-3563. https://doi.org/10.1590/S1413-82712009000200007. acessos em  24  ago.  2021.

Outros materiais