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Isenção Tributária e Regra-Matriz de Incidência

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SEMINÁRIO DE CASA
SEMINÁRIO I - ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Questões
1.	Que é isenção (vide anexo I)?
Isenção é quando existe uma autorização legal para o não pagamento do tributo.
2.	Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
Isenção é quando existe uma autorização legal para o não pagamento do tributo.
Imunidade é uma restrição constitucional ao poder de tributar buscando impedir a incidência tributária.
Não incidência é a ausência da norma ou a impossibilidade jurídica de se tributar.
Anistia é quando se dá o perdão de uma infração cometida, liberando-o do pagamento dos créditos tributários relativo a penalidade.
Remissão é o ato de remitir ou perdoar a dívida por parte do credor benigno, que renuncia o seu direito.
3.	A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo de significação para a isenção e para a anistia? Justificar.
Não. Os significados são distintos.
Para a isenção o crédito tributário tem como significado a dispensa da obrigação de pagar um tributo, não havendo fato jurídico tributário e nem obrigação tributária.
Já a anistia o crédito tributário trata-se do perdão da infração cometida pelo sujeito passivo, excluindo somente a penalidade em pecúnia, não perdoando no que se refere as obrigações acessórias ligadas a obrigação.
4.	Tratando-se de isenção com prazo certo, ou de isenção por prazo indeterminado, responda: (i) equivalem, necessariamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, respectivamente? Quais critérios são utilizados nessas classificações? (ii) a revogação da isenção, que reinstitui a norma tributária no sistema, apenas restabelece sua eficácia ou requer a publicação de nova regra tributária no ordenamento? Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade (nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)?
Elas podem ser concedidas por prazo certo ou não. Ambas permitem a possibilidade de determinação ou não do prazo de duração. Assim sendo, pode haver a isenção condicionada por prazo determinado, a isenção condicionada por prazo indeterminado, a isenção incondicionada por prazo determinado e a isenção incondicionada por prazo indeterminado. São utilizados dois critérios para classificar as espécies de isenção citadas, demonstrados dos artigos 176 a 179 do Código Tributário Nacional.
1. Se há ou não condições a serem cumpridas, para que a isenção seja concedida passando a produzir seus efeitos.
2. Se há ou não, um prazo de duração predeterminado para a isenção.
O princípio da anterioridade deve sim ser respeitado, pois a revogação de uma lei que concede isenção equivale a criação de um tributo, podendo somente ser cobrado a partir do exercício seguinte ao da norma revogadora.
5.	Há distinção entre alíquota 0% e isenção? Os insumos isentos, não tributados e tributados à alíquota 0%, adquiridos no processo de industrialização, conferem direito ao crédito tributário? Por quê? Em caso afirmativo, qual critério deveria ser utilizado para determinar o crédito presumido de IPI? Se o produto for adquirido da ZFM, isso alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX)
Não há distinção. A alíquota zero e isenção atuam sobre a regra matriz de incidência tributária, afastando a sua imposição.
O direito ao crédito decorre do princípio constitucional da não-cumulatividade, não mantendo qualquer relação com a existência ou não de isenção, alíquota zero e não incidência na operação anterior.
6.	Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se:
	a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de isenção parcial?
Não existe “isenção parcial”, refere-se a uma denominação impropriamente adotada por algumas vertentes doutrinárias e jurisprudência, para indicar a redução efetuada nos elementos do critério quantitativo do consequente da regra-matriz de incidência tributária.
A redução da base de cálculo ou da alíquota não ocasiona o completo desaparecimento do objeto da obrigação tributária, ocorrendo neste caso incidência da norma de tributação e, por consequência, inexistindo isenção, uma vez que quando isenta não está sujeita à incidência tributária.
	b) É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, com fundamento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e Parecer da Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RS RG, de 09/12/11).
Em relação ao ICMS, o art. 155, §2º, II, a e b, da CF/88 aponta o estorno do crédito das operações anteriores quando as saídas forem isentas ou não tributadas pelo imposto estadual, tratando-se de uma exceção ao princípio constitucional da não-cumulatividade.
Considerando que a redução da base de cálculo não é isenção, nem ao menos parcial, o estorno dos créditos, neste caso, é indevido.
Porém, o STF entende ser a redução da base de cálculo “isenção parcial”, legitimando a valência do art. 155, §2º, II, a e b, da CF/88, para a anulação dos créditos de ICMS adquiridos nas operações anteriores.
Assim, a Suprema Corte assentou o entendimento de que “a vedação, pela legislação estadual, ao aproveitamento dos créditos do ICMS gerado pela entrada de insumos tributados, quando o contribuinte faz a opção pela tributação das saídas mediante base de cálculo reduzida, não viola o princípio da não-cumulatividade”.
7.	A concessão de benefício fiscal relativo à isenção do ICMS incidente sobre a aquisição de veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio, nos termos do art. 155, §2º, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a dispensa de convênio nesse caso, ela poderá ser justificada pela garantia fundamental, cuja concessão do benefício visa a assegurar? (Vide anexo XII e XIII).
Sim, a outorga neste caso exige a prévia e necessária autorização por convênio celebrado entre os Estados-membros e o DF, com o intuito de dar tratamento federal uniforme à concessão de benefícios fiscais relativos ao imposto estadual, como forma de evitar desequilíbrios concorrenciais entre as unidades da federação.
8. Determinado Estado institui isenção de ICMS, com fundamento em convênio CONFAZ, exclusivamente para operações realizadas pelo contribuinte atacadista de determinado produto. A legislação (i) expressamente veda que essa isenção seja utilizada por estabelecimentos industriais e varejistas e (ii) nada fala sobre a possibilidade de manutenção de crédito pelo atacadista. Qual o efeito prático desta isenção para a cadeia do ICMS? Essa isenção é constitucional? Poderia o estabelecimento atacadista renunciar à isenção tributária e decidir tributar regularmente sua operação? Esse valor pago, em renúncia à isenção, seria tributo? Há relação entre essa isenção tributária e o princípio da legalidade estrita tributária?
A concessão da isenção ao atacadista é constitucional, pois ocorreu mediante prévia celebração de convênio interestadual, nos termos do art. 155, §2º, XII, g, da CRFB/88, regulamentado pela LC nº. 24/75.

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