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NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOB)

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NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOB’s)
Servem para implementar a descentralização e municipalização dos serviços de saúde, assim como uma integração entre as 3 esferas de governo. 
As NOBs definem:
1. as competências de cada esfera de governo;
2. condições necessárias para que os estados e os municípios possam assumir as responsabilidades dentro do sistema;
3. critérios para repasse de recursos do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais de saúde.
Embora o instrumento que formaliza a norma seja uma portaria do MS, o seu conteúdo é definido de forma pactuada entre o MS e representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS). 
Publicação de portarias para regulamentar as leis do SUS, principalmente quanto ao financiamento, gestão e planejamento. 
- NOB 01/91
Editada ainda pelo existente INAMPS
Principais características:
1. Equipara prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento que passa a ser, em ambos os casos, por pagamento pela produção de serviços- define as secretarias estaduais e municipais apenas como prestadoras;
2. Centraliza a gestão do SUS no nível federal (INAMPS);
3. Instituiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA), como forma de financiamento (repasse fundo a fundo) das atividades ambulatoriais. Essas informações eram passadas do município e estado ao INAMPS através do SIA (sistema de informação ambulatorial).
4. INAMPS ofereceu AIH (autorização de internação hospitalar) aos municípios, que proporcionava aos municípios o pagamento pelos atendimentos de média e alta complexidade. Foi criado o SIH (sistema de informação hospitalar) para que os municípios enviassem as AIH a união. O INAMPS ofereceu aos municípios ainda o FEM (fator de estímulo a municipalização), que era uma verba destinada a implementação da municipalização. 
Regulamentação do pagamento: SIH/SUS, SIA/SUS.
Transferência de recursos via convênio com estados e municípios (caso Programa de Agentes Comunitários da Saúde -PACS- implantado oficialmente em 1991). 
Fortaleceu o modelo de atenção médico hospitalar.
Introduziu instrumentos de gestão: conselhos de saúde, fundos estaduais e municipais, plano municipal de saúde, plano plurianual, contrapartida financeira
Considera como “municipalizado” dentro do SUS municípios que atendam os seguintes requisitos básicos:
1. Criação dos conselhos municipais de saúde;
2. Criação do Fundo Municipal de Saúde (repasse fundo a fundo);
3. Plano municipal de saúde aprovado pelos respectivos conselhos;
4. Programação e Orçamentação da saúde (PROS) como detalhamento do plano de saúde;
5. Contrapartida de recursos para a saúde do seu orçamento;
6. Constituição de Comissão de elaboração do plano de carreira, cargos e salários (PCCS) com prazo de 2 anos para a sua implantação.
- NOB 92
Instituiu o Índice de Valorização de Qualidade, o qual seria concedido e repassado aos hospitais integrantes da rede do SUS. Criou o fator de estímulo à gestão estadual, o qual se destinava a reajustar os valores repassados mensalmente aos estados habilitados visando a modernização e reposição de equipamentos nos hospitais, garantindo a melhoria na qualidade dos serviços 
Foi por meio desta norma que foi criado o Pró Saúde, caracterizado como um programa que tinha como principal objetivo a reorganização dos serviços de saúde com a participação das 3 esferas de governo. porém o INAMPS continuava sendo o órgão responsável pelo repasse dos recursos financeiros aos estados e municípios, dando continuidade às linhas gerais definidas na NOB-91.
- NOB 01/ 93
Primeiro documento editado pelo MS (fim do INAMPS).
9ª Conferência Nacional da Saúde (1992): teve como tema central “municipalização é o caminho”. Influenciou as normas operacionais subsequentes- NOB 01/93.
A NOB 93 teve como base o documento “Descentralização das ações e serviços de saúde: a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei”, e o Ministério da Saúde assume como prioridade o cumprimento da lei 8080 que regulamenta a implantação do SUS. 
Processo de descentralização: redistribuição do poder, redefinição de papéis de gestores públicos e estabelecimento de novas relações entre as 3 esferas do governo (diálogo). 
Habilita municípios como gestores, criando a terceira instância do SUS 
A NOB/93 institucionalizou as Comissões Intergestores Tripartite (MS, CONASS E CONASEMS) e Bipartite (governo do estado (ex: SESAB) e COSEMS): como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração entre gestores. 
COSEMS: conselho de secretários municipais de saúde
 Institucionalizou também, a Habilitações em gestão, ou seja, classificação dos municípios em relação a gestão do seu serviço de saúde: incipiente, parcial e semiplena. Criou transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena.
· As esferas gestoras do SUS
No âmbito federal: Ministério da saúde (MS), Conselho nacional de saúde (CNS) e Comissão intergestores tripartite (CIT).
No âmbito estadual: Secretaria estadual de saúde (SES), Conselho estadual de saúde (CES), Comissão intergestores bipartite (CIB).
No âmbito municipal: Secretaria municipal de saúde (SMS), Conselho municipal de saúde (CMS).
Os municípios poderiam constituir consórcios para desenvolver serviços de saúde. 
- NOB/ 96
Finalidade: promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes com a consequente redefinição das responsabilidades dos estados, do Distrito Federal e da união, avançando na consolidação dos princípios do SUS. 
Objetivos gerais: Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor, diretamente ou garantindo a referência, explicitando um novo pacto federativo para a saúde; Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos municípios a responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde; Aumentar a participação percentual da transferência regular e automática (fundo a fundo) dos recursos federais a Estados e Municípios, reduzindo a transferência por remuneração de serviços produzidos.
Campos da atenção à saúde:
1. Da assistência: inclui as atividades dirigidas às pessoas, individual e coletivamente, e que é prestada no âmbito ambulatorial e hospitalar, bem como em outros espaços especialmente no domiciliar.
2. Das intervenções ambientais: inclui as relações e as condições sanitárias nos ambientes de vida e de trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas de saneamento ambiental (mediante o pacto de interesses, as normalizações, as fiscalizações e outros). Atuações da vigilância epidemiológica e vigilância sanitária.
3. Das políticas externas ao setor saúde: interferem nos determinantes sociais do processo saúde- doença das coletividades, de que são partes importantes questões relativas às políticas macroeconômicas, ao emprego, a habitação, a educação, ao lazer e a disponibilidade e qualidade dos alimentos. Políticas que perpassam no âmbito do trabalho, da habitação, etc.
SUS- municipal: voltado ao atendimento integral de sua própria população. Os estabelecimentos não precisam ser obrigatoriamente de propriedade da prefeitura, nem precisam ter sede no território do município. Conjunto de estabelecimentos, organizados em rede regionalizada e hierarquizada, e disciplinado segundos subsistemas um para cada município. 
Gerência: administração de uma unidade/órgão de saúde que se caracteriza como prestador de serviços ao sistema. Ex: diretor de um ambulatório, hospital, etc. Gestão: atividade e responsabilidade de dirigir um sistema de saúde municipal, estadual e federal de saúde. Ex: ministro, secretário estadual e municipal. 
Programação Pactuada e Integrada (PPI): fala sobre as relações entre os sistemas municipais. traduz as responsabilidades de cada município com a garantia de acesso da população aos serviços de saúde. Oferta dos serviços- no próprio município ou peloencaminhamento a outros municípios. 
Financiamento das ações e serviços de saúde:
1. O financiamento do SUS é de responsabilidade das 3 esferas de governo e cada uma deve assegurar o aporte regular de recursos, ao respectivo fundo de saúde.
2. Conforme determina o artigo 194 da Constituição federal, a saúde integra a seguridade social, juntamente com a previdência e a assistência social. 
Custeio da assistência hospitalar e ambulatorial:
Os recursos de custeio da esfera federal destinados a assistência hospitalar e ambulatorial configuram o TFA (teto financeiro da assistência), e os seus valores podem ser executados segundo duas modalidades: transferência regular e automática (fundo a fundo) e remuneração por serviços produzidos.
1. Transferência regular e automática: transferência de valores diretamente do fundo nacional de saúde aos fundos estaduais e municipais independente de convênio ou instrumento congênere, segundo as condições de gestam estabelecidas na NOB 96. 
2. Remuneração por Serviços produzidos
· Financiamento das ações assistenciais ambulatoriais no nível assistencial básico: 
Piso assistencial básico (PAB): montante de recursos financeiros destinado ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal. É definido pela multiplicação de um valor per capita nacional pela população de cada município. é transferido regular e automaticamente ao fundo de saúde ou conta especial dos municípios e, transitoriamente, ao fundo estadual. 
Fração assistencial especializada (FAE): É um montante que corresponde a procedimentos ambulatoriais de média complexidade, medicamentos e insumos excepcionais, órteses e próteses ambulatoriais e tratamento fora do domicílio (TFD), sob gestão do estado.
O PAB variável vai de acordo com a produção dos postos de saúde/ unidades básicas de saúde, que enviam os relatórios ao MS. 
Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC): ex: ressonâncias e tomografias, etc.

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