Buscar

Gestão de Processos Educativos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 125 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 125 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 125 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GESTÃO DE PROCESSOS 
EDUCATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JURACI LIMA SABATINO 
THAIS SABATINO MONTEIRO FERNANDES DE CASTRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE PROCESSOS 
EDUCATIVOS 
 
 
 
 
 
 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
 
 
 
Copyright©2017. Universidade de Taubaté. 
Todos os direitos dessa edição reservados à Universidade de Taubaté. Nenhuma parte desta publicação pode ser 
reproduzida por qualquer meio, sem a prévia autorização desta Universidade 
Administração Superior 
Reitor Prof. Dr. José Rui Camargo 
Vice-reitor Prof. Dr. Isnard de Albuquerque Câmara Neto 
Pró-reitor de Administração Prof. Dr. Isnard de Albuquerque Câmara Neto (interino) 
Pró-reitor de Economia e Finanças Prof. Dr. Mario Celso Peloggia (interino) 
Pró-reitora Estudantil Profa. Ma. AngelaPopoviciBerbare 
Pró-reitor de Extensão e Relações Comunitárias Prof. Dr. Mario Celso Peloggia 
Pró-reitora de Graduação Profa. Dra. Nara Lucia Perondi Fortes 
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Prof. Dr. Francisco José Grandinetti 
Coordenação Geral EaD Profa. Dra. Patrícia Ortiz Monteiro 
Coordenação Acadêmica Profa. Ma. Rosana Giovanni Pires 
Coordenação Pedagógica Profa. Dra. Ana Maria dos Reis Taino 
Coordenação de Tecnologias de Informação e Comunicação Wagner Barboza Bertini 
Coordenação de Mídias Impressas e Digitais Profa. Ma.Isabel Rosângela dos Santos Amaral 
Coord. de Área: Ciências da Nat. e Matemática Profa. Ma. Maria Cristina Prado Vasques 
Coord. de Área: Ciências Humanas Profa. Dra. Suzana Lopes Salgado Ribeiro 
Coord. de Área: Linguagens e Códigos Profa. Dra. Juliana Marcondes Bussolotti 
Coord. de Curso de Pedagogia 
Coord. de Cursos de Tecnol. Área de Gestão e Negócios 
Coord. de Cursos de Tecnol. Área de Recursos Naturais 
Revisão ortográfica-textual 
Projeto Gráfico 
Diagramação 
Autor 
 Profa. Ma. Ely Soares do Nascimento 
Profa. Ma. Márcia Regina de Oliveira 
Profa. Ma. Márcia Regina de Oliveira 
Profa. Ma. Isabel Rosângela dos Santos Amaral 
Me. Benedito Fulvio Manfredini 
Bruna Paula de Oliveira Silva 
Juraci Lima Sabatino 
Thais Sabatino Monteiro Fernandes De Castro 
Unitau-Reitoria Rua Quatro de Março,432-Centro 
Taubaté – São Paulo CEP:12.020-270 
Central de Atendimento:0800557255 
Polo Taubaté 
 
 
 
Polo Ubatuba 
 
 
 
Polo São José dos Campos 
 
 
 
 
Polo São Bento do Sapucaí 
 Avenida Marechal Deodoro, 605–Jardim Santa Clara 
Taubaté–São Paulo CEP:12.080-000 
Telefones: Coordenação Geral: (12)3621-1530 
Secretaria: (12) 3622-6050 
Av. Castro Alves, 392 – Itaguá – CEP: 11680-000 
Tel.: 0800 883 0697 
e-mail: nead@unitau.br 
Horário de atendimento: 13h às 17h / 18h às 22h 
Av Alfredo Ignácio Nogueira Penido, 678 
Parque Residencial Jardim Aquarius 
Tel.: 0800 883 0697 
e-mail: nead@unitau.br 
Horário de atendimento: 8h às 22h 
EMEF Cel. Ribeiro da Luz. Av. Dr. Rubião Júnior, 416 – São Bento do 
Sapucaí – CEP: 12490-000 
Tel.:(12) 3971-1230 
e-mail: polosaobento@ead.unitau.com.br 
Horário de atendimento: das 18h às 21h (de segunda a sexta-feira) / das 8h 
às 12h (aos sábados). 
 Ficha Catalográfica elaborada pSIBi – 
 Sistema integrado de Bibliotecas – UNITAU 
C355g Castro, Thais Sabatino Monteiro Fernandes de 
 Gestão de processos educativos./Thais Sabatino 
 Monteiro Fernandes de Castro, Juraci Lima Sabatino. 
 Taubaté: UNITAU, 2017. 
127f. : il. 
Bibliografia 
 1. Processos educativos. 2. Processos financeiros. 
3. Processos administrativos. I. Sabatino, Juraci Lima 
 II. Universidade de Taubaté. III. Título 
 
mailto:polosaobento@ead.unitau.com.br
 
 
 
1 
 
PALAVRA DO REITOR 
Palavra do Reitor 
 
 
Toda forma de estudo, para que possa dar certo, 
carece de relações saudáveis, tanto de ordem 
afetiva quanto produtiva. Também, de 
estímulos e valorização. Por essa razão, 
devemos tirar o máximo proveito das práticas 
educativas, visto se apresentarem como 
máxima referência frente às mais diversificadas 
atividades humanas. Afinal, a obtenção de 
conhecimentos é o nosso diferencial de 
conquista frente a universo tão competitivo. 
 
Pensando nisso, idealizamos o presente livro-
texto, que aborda conteúdo significativo e 
coerente à sua formação acadêmica e ao seu 
desenvolvimento social. Cuidadosamente 
redigido e ilustrado, sob a supervisão de 
doutores e mestres, o resultado aqui 
apresentado visa, essencialmente, a orientações 
de ordem prático-formativa. 
 
Cientes de que pretendemos construir 
conhecimentos que se intercalem na tríade 
Graduação, Pesquisa e Extensão, sempre de 
forma responsável, porque planejados com 
seriedade e pautados no respeito, temos a 
certeza de que o presente estudo lhe será de 
grande valia. 
 
Portanto, desejamos a você, aluno, proveitosa 
leitura. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
Prof. Dr. José Rui Camargo 
Reitor 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
3 
 
Prefácio 
Neste livro-texto, as autoras nos trazem reflexões sobre os processos educativos presentes 
no cotidiano escolar. São considerados aqui Processos Educativos os processos que 
compõem o ambiente escolar, determinados pelos fatores sociais, políticos e pedagógicos, 
inseridos em um determinado contexto-social. 
Iniciamos nossa reflexão entendendo quem são os atores responsáveis pelos processos 
escolares, que em ações coletivas provocam intervenções que orientam o cotidiano 
escolar como um espaço de aprendizagem, de estudo e pesquisa. 
Pensando nos aspectos que envolvem os processos educativos escolares, o livro-texto 
destaca quatro processos fundamentais para o desenvolvimento da educação Básica. 
São eles: Processos Financeiros e Administrativos, que promovem na prática a efetivação 
de um projeto pedagógico que se adapta ao interesse coletivo; Processos de Políticas 
Públicas e Legislação, que são diretrizes e princípios norteadores mediados pelos atores 
escolares, entre o Estado e a Sociedade; Processos Culturais e Artísticos, que são 
decisivos para o estabelecimento de uma identidade cultural e para o processo de 
desenvolvimento sócio-emocional e cultural de crianças e jovens como sujeitos 
históricos; Processos Pedagógicos e Tecnológicos, que são os que encaminham ações 
diretamente relacionadas ao ensino e aprendizagem, e tratam das reflexões e ações e 
tomadas de decisões que orientam o Projeto Pedagógico das escolas e que envolvem todos 
– alunos, professores, gestores e comunidades de pais – em mudanças educacionais 
necessárias para a formação cidadã. O uso da tecnologia na escola aparece então como 
um eixo integrador em todas as áreas de conhecimento e transforma o conceito de 
aprendizagem no ambiente escolar. 
Desejo a vocês, professores e gestores em formação, bons momentos de estudos e 
aprendizagem. 
Profa. Ma. Ely Soares do Nascimento 
Coordenadora do Curso de Pedagogia EAD-UNITAU 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Sobre o autor 
 
JURACI LIMA SABATINO: Possui graduação em Psicologia Pela Faculdade 
Salesiana de Filosofia Ciências e Letras de Lorena (1980), Pedagogia pela Faculdade de 
Educação de Guaratinguetá (1984). Mestre em Ciências Ambientais (2007) - 
Universidade de Taubaté. Especialista em Saúde Pública (1989) - Universidade de 
Taubaté, Especialista em Gestão Educacional (2006) pela UNICAMP, Gestão Escolar e 
Tecnologias (2006) PUC-SP, PROGESTÃO (2006) CONSED. Supervisora de TCC nos 
cursos EAD Unitau. Docente de Apoio EAD da Universidade de Taubaté nos cursos 
Superiores de Tecnologia e nos cursos de Licenciatura. Diretor de Escola - Secretaria de 
Educação do Estado de São Paulo. Docente tutor em cursos oferecidos pela FUNDAP.Supervisora de Cursos de Qualificação Profissional - FUNDAP. Atualmente é efetivo do 
Governo do Estado de São Paulo. Tem experiência na área de Educação, docência com 
ênfase em Administração de Sistemas Educacionais, atuando principalmente nos 
seguintes temas: educação, pesquisa, meio ambiente. 
 
THAIS SABATINO MONTEIRO FERNANDES DE CASTRO: Licenciada em 
Ciências Biológicas pela Universidade de Taubaté, Mestranda em Ciências Ambientais 
pela Universidade de Taubaté. Experiência docente na disciplina de Biologia e 
Laboratório de Biologia no ensino Fundamental e Médio. Experiência docente no 
TELECURSO TEC - programa oferecido pela Secretaria da Educação SP - Centro Paula 
Souza. Bióloga Trainee no Projeto TAMAR -Base de Ubatuba - SP e Base de Abais - SE 
Experiência docente no curso técnico em enfermagem - disciplina MICROBIOLOGIA E 
PARASITOLOGIA. Docente na Universidade de Taubaté - Ciências do ambiente nos 
cursos de Engenharia. Docente na Universidade de Taubaté UNITAU - Curso de Biologia 
EAD. Inglês avançado. 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
7 
 
Caros(as) alunos(as), 
Caros( as) alunos( as) 
O Programa de Educação a Distância (EAD) da Universidade de Taubaté apresenta-se 
como espaço acadêmico de encontros virtuais e presenciais direcionados aos mais 
diversos saberes. Além de avançada tecnologia de informação e comunicação, conta com 
profissionais capacitados e se apoia em base sólida, que advém da grande experiência 
adquirida no campo acadêmico, tanto na graduação como na pós-graduação, ao longo de 
mais de 35 anos de História e Tradição. 
Nossa proposta se pauta na fusão do ensino a distância e do contato humano-presencial. 
Para tanto, apresenta-se em três momentos de formação: presenciais, livros-texto e Web 
interativa. Conduzem esta proposta professores/orientadores qualificados em educação a 
distância, apoiados por livros-texto produzidos por uma equipe de profissionais preparada 
especificamente para este fim, e por conteúdo presente em salas virtuais. 
A estrutura interna dos livros-texto é formada por unidades que desenvolvem os temas e 
subtemas definidos nas ementas disciplinares aprovadas para os diversos cursos. Como 
subsídio ao aluno, durante todo o processo ensino-aprendizagem, além de textos e 
atividades aplicadas, cada livro-texto apresenta sínteses das Unidades, dicas de leituras e 
indicação de filmes, programas televisivos e sites, todos complementares ao conteúdo 
estudado. 
Os momentos virtuais ocorrem sob a orientação de professores específicos da Web. Para 
a resolução dos exercícios, como para as comunicações diversas, os alunos dispõem de 
blog, fórum, diários e outras ferramentas tecnológicas. Em curso, poderão ser criados 
ainda outros recursos que facilitem a comunicação e a aprendizagem. 
Esperamos, caros alunos, que o presente material e outros recursos colocados à sua 
disposição possam conduzi-los a novos conhecimentos, porque vocês são os principais 
atores desta formação. 
Para todos, os nossos desejos de sucesso! 
Equipe EAD-UNITAU 
 
 
 
8 
 
 
 
 
9 
 
Sumário 
Palavra do Reitor ........................................................................................................... 1 
Prefácio .......................................................................................................................... 3 
Sobre o autor .................................................................................................................. 5 
Caros(as) alunos(as) ...................................................................................................... 7 
Ementa ......................................................................................................................... 11 
Unidade1.Gestão de Processos Educativos, Financeiros e Administrativos ........ 29 
1.1 Processos Financeiros ............................................................................................ 30 
1.2 Processos Administrativos ..................................................................................... 38 
1.3 Síntese da Unidade ................................................................................................ 51 
1.4 Para saber mais ...................................................................................................... 52 
1.6 Atividades .............................................................................................................. 52 
Unidade 2. Políticas Públicas e Legislação Escolar ................................................ 55 
2.1Políticas Públicas e Educação ................................................................................ 56 
2.2 Legislação do Ensino e o Trabalho Escolar........................................................... 60 
2.3 Síntese da Unidade ................................................................................................ 64 
2.4 Para saber mais ...................................................................................................... 65 
2.5 Atividades .............................................................................................................. 67 
Unidade 3. Processos Culturais e Artísticos ............................................................ 75 
3.1 Processos Culturais e Artísticos ............................................................................ 75 
3.2 Síntese da Unidade ................................................................................................ 82 
3.3 Para saber mais ...................................................................................................... 82 
3.4 Atividades .............................................................................................................. 82 
 
 
 
10 
 
Unidade 4. Processos Pedagógicos e Tecnológicos .................................................. 87 
4.1 Processos Pedagógicos .......................................................................................... 89 
4.2 Processos Tecnológicos ....................................................................................... 104 
4.3 Síntese da Unidade .............................................................................................. 109 
4.4 Para saber mais .................................................................................................... 110 
4.5 Atividades ........................................................................................................... .112 
Referências ................................................................................................................117 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
GESTÃO DE PROCESSOS 
EDUCATIVOS 
 
 
 
 
 
Ementa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZE-SE!!! 
Você deverá dispor 
de 3 a 4 horas para 
realizar cada 
Unidade. 
EMENTA 
 
 
 Aspectos que envolvem a gestão pedagógica na Educação Infantil, no Ensino 
Fundamental e no Ensino Médio: a identidade da escola, o contexto 
sociocultural, a política educacional e os processos pedagógicos, tecnológicos 
e administrativos. O cotidiano escolar como espaço privilegiado de 
aprendizagem, de estudos e de pesquisa. A valorização dos processos 
formativos na escola: a formação continuada de professores, a formação do 
coordenador pedagógico, a autoformação de docentes e gestores. A 
organização dos espaços e tempos de aprendizagem e formação na escola. 
Identificar dados interdisciplinares e integradores nos processos educativos. 
 
. 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 Objetivo Geral 
Compreender a complexidade da gestão em ambientes educativos escolares. 
 
Objetivos Específicos 
 
 Diferenciar as competências dos diferentes membros da Equipe Gestora 
de uma escola. 
 Compreender que todas as dimensões da gestão escolar se articulam para 
o pleno desenvolvimento das ações educativas. 
 Desenvolver a gestão pedagógicacomo mediação para a transformação e 
desenvolvimento da escola e da comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Introdução 
 
O ensino “formal” é o momento em que a educação se sujeita à 
pedagogia (a teoria da educação), cria situações próprias para o 
exercício, produz os seus métodos, estabelece regras e tempos, e 
constitui executores especializados. É quando aparece a escola, o 
aluno e o professor [...] (BRANDÃO, 1995, p.26). 
Entendemos que a Educação não é apenas uma política social, com objetivo de melhorar 
as condições de vida das pessoas. Ela tem como proposta a construção do futuro, com o 
objetivo de colaborar na construção de uma 
visão de mundo e um projeto de nação através 
de geração por geração, aluno por aluno, desde 
a primeira infância deste até sua maturidade 
intelectual, social e profissional. 
Nesse contexto, convidamos você, professor 
em formação, a refletir sobre os processos 
educativos presentes nesse espaço denominado 
“Escola”. 
Consideraremos aqui como Processos 
Educativos a escolarização e todos os aspectos 
teóricos e práticos desenvolvidos no ambiente escolar, determinados por fatores sociais, 
políticos e pedagógicos, considerando seu contexto histórico-social, seus processos de 
aprendizagem, seus métodos de ensino, seus sistemas de avaliação e seu sistema 
educacional, bem como todos os atores responsáveis por esses processos. 
Os processos educativos caracterizam-se como instrumentos de ação mobilizados para 
atingir os objetivos propostos na organização educacional. 
Figura 1: Compreender como ocorrem 
os processos educativos na formação 
humana de homens e de mulheres ao 
longo de sua história possibilita conhecer 
como nos constituímos, o que somos e 
como agimos em nossa cultura. 
 
Fonte: MEC, 2010. 
 
 
 
 
16 
 
Nos estabelecimentos escolares, os processos de mudança de certa 
amplitude não se desenvolvem por si mesmas. Necessitam de uma 
orquestração ativa, da intervenção voluntária de um determinado 
número de atores que trabalhem deliberadamente para orientar as 
coisas em um sentido definido (THURLER, 2011). 
Pretendemos discutir alguns aspectos significativos para o entendimento da Gestão 
Escolar. Algumas questões aqui apresentadas serão sem dúvida um norteador para o 
entendimento dos diferentes papeis assumidos pelo pedagogo no exercício de sua 
profissão, seja atuando como Gestor Escolar, Coordenador Pedagógico, Supervisor 
Escolar ou no exercício da Docência. 
Perguntamos inicialmente: Quem são esses 
gestores? Quais são as naturezas de suas 
atuações? Quais ações são necessárias ao 
desenvolvimento de seu trabalho? 
Ao se pensar a escola como organização, 
identificamos vários papeis e funções que 
compõem sua estrutura básica. Iremos aqui 
identificar os papeis fundamentais presentes 
em qualquer estrutura escolar. 
EQUIPE GESTORA 
Figura 2: Os diversos papeis na escola. 
 
Fonte: https://pixabay.com 
Acesso em: 27 out. 2017. 
 
Figura 3: Equipe gestora 
 
Fonte: Sabatino, 2017. 
 
https://pixabay.com/
 
 
17 
 
Todos são peças fundamentais nos processos educativos desenvolvidos no âmbito 
escolar, tendo como prioridade a aprendizagem dos alunos. 
Segundo Lück (2009): 
Os gestores escolares, constituídos em uma equipe de gestão, são os 
profissionais responsáveis pela organização e orientação 
administrativa e pedagógica da escola, da qual resulta a formação da 
cultura e ambiente escolar, que devem ser mobilizadores e 
estimuladores do desenvolvimento, da construção do conhecimento 
e da aprendizagem orientada para a cidadania competente. Para 
tanto, cabe-lhes promover a abertura da escola e de seus 
profissionais para os bens culturais da sociedade e para sua 
comunidade. Sobretudo devem zelar pela constituição de uma 
cultura escolar proativa e empreendedora capaz de assumir com 
autonomia a resolução e o encaminhamento adequado de suas 
problemáticas cotidianas, utilizando-as como circunstâncias de 
desenvolvimento e aprendizagem profissional. 
De acordo com a Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de Maio de 2006, que Institui as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura, 
identificamos as três grandes áreas de abrangência para formação profissional, conforme 
segue: 
Parágrafo único. Para a formação do licenciado em Pedagogia é central: 
 I - o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover 
a educação para e na cidadania; 
II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área 
educacional; 
III - a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento 
de sistemas e instituições de ensino. 
 
 
 
18 
 
Portanto, conhecer a função e os papeis inerentes a cada membro da escola é compreender 
seu papel articulador e mediador nos processos educativos. 
SUPERVISOR DE ENSINO E SUA IDENTIDADE PROFISSIONAL 
O supervisor de ensino caracteriza-se como o profissional designado pelas Secretarias de 
Educação (Estadual ou Municipal) para ser seu representante junto às escolas. Esse 
profissional tem a função de oferecer apoio técnico, administrativo e pedagógico às 
instituições de ensino e dinamizar a implantação de políticas públicas de educação. 
Esse profissional tem como perfil e/ou atribuições: 
 Prestar assessoria, orientação e acompanhamento do planejamento, 
desenvolvimento e avaliação do ensino e da aprendizagem nas escolas públicas e 
privadas, tendo como referência a realidade das escolas; conhecer, no âmbito da 
educação, teorias e práticas educacionais e normas legais pertinentes à educação 
nacional. 
 Participar da organização, desenvolvimento e avaliação dos trabalhos 
direcionados às escolas. Sua atuação é fundamental para assegurar a organização 
de condições que propiciem estudos de teorias e práticas educacionais e 
orientações sobre as normas que regulamentam a universalização da educação 
escolar: o acesso e a permanência do aluno na escola e a qualidade do ensino 
ofertado. 
 Ser um dos responsáveis pela consolidação de políticas e programas desse 
Sistema, por meio de ações coletivas, que envolvam um movimento de ação, 
reflexão e ação. É um dos participantes do processo de construção da escola, tendo 
em vista: 
a) a contribuição para o envolvimento da equipe técnico-pedagógica da escola com 
os processos de ensino e de aprendizagem dos alunos; 
b) o compartilhamento de responsabilidades sobre a efetividade das propostas 
pedagógicas pertinentes ao acompanhamento, intervenção e avaliação da 
 
 
19 
 
implementação de ações integradas nas escolas nas diferentes redes de ensino. 
 Orientar, fundamentado na concepção de gestão democrática e participativa, a 
promoção de um ensino de qualidade a todos os alunos e, consequentemente, a 
melhoria do desempenho das escolas. 
Adaptado – (drhu. edunet. sp. gov.br/2006.) 
 
DIRETOR DE ESCOLA E SUA IDENTIDADE PROFISSIONAL 
O Diretor de Escola como agente público deve agregar um perfil profissional com 
características pessoais e funcionais compatíveis ao cargo garantindo à comunidade 
escolar qualidade e eficiência no funcionamento do estabelecimento que dirige. 
Segundo o perfil profissional podemos definir o Diretor de Escola como dirigente, gestor 
e coordenador do processo educativo no âmbito da escola. 
Compete ao Diretor: 
 Promover ações direcionadas à coerência e consistência de um projeto pedagógico 
centrado na formação integral dos alunos. Tendo como objetivo a melhoria do 
desempenho da escola, cabe-lhe, mediante processos de pesquisa e formação 
continuada em serviço, assegurar o desenvolvimento de competências e 
habilidades dos profissionais que trabalham sob sua coordenação, nas diversas 
dimensões da gestão escolar participativa: pedagógica, de pessoas, de recursos 
físicos,financeiros, e de resultados educacionais do ensino e aprendizagem. 
 Como dirigente da unidade escolar, cabe-lhe uma atuação orientada pela 
concepção de gestão democrática e participativa, o que requer compreensão do 
contexto em que a educação é construída e a promoção de ações no sentido de 
assegurar o direito à educação para todos os alunos e expressar uma visão 
articuladora e integradora dos vários setores: pedagógico, curricular, 
administrativo, de serviços, e das relações com a comunidade. 
 
 
 
20 
 
Compete, portanto, ao Diretor de Escola uma atuação com vistas à superação de 
condições adversas ao desenvolvimento de uma educação de qualidade, ou seja, centrada 
na organização e desenvolvimento de ensino que promova a aprendizagem significativa 
à formação do aluno: pessoal, social e para o mundo do trabalho. 
Adaptado – (drhu. edunet. sp. gov.br/2006.) 
 
COORDENADOR PEDAGÓGICO E SUA IDENTIDADE PROFISSIONAL 
O Coordenador Pedagógico é peça fundamental nas ações pedagógicas desenvolvidas no 
âmbito escolar. Segundo Freitas (2010) o coordenador se define como: 
profissional da educação que dirige sua atenção à formação em 
serviço de todos os professores da escola, tendo em suas mãos o 
desafio de mobilizar e articular a equipe escolar para tecer o projeto 
político-pedagógico da instituição de ensino (FREITAS, 2010, 
p.78). 
É o profissional que responde pelas práticas e ações educativas junto ao diretor, através 
de uma relação de parceria e cumplicidade, no sentido de garantir que a escola se torne 
em um espaço de significativas aprendizagens. 
Constituem-se atribuições do docente designado para o exercício da função de Professor 
Coordenador: 
 Atuar como gestor pedagógico, com competência para planejar, acompanhar e 
avaliar os processos de ensinar e aprender, bem como o desempenho de 
professores e alunos; 
 Orientar o trabalho dos demais docentes, nas reuniões pedagógicas e no horário 
de trabalho coletivo, de modo a apoiar e subsidiar as atividades em sala de aula, 
observadas as sequências didáticas de cada ano, curso e ciclo; 
 
 
21 
 
 Ter como prioridade o planejamento e a organização dos materiais didáticos, 
impressos ou em mídias, e dos recursos tecnológicos, disponibilizados na escola; 
 Coordenar as atividades necessárias à organização, ao planejamento, ao 
acompanhamento, à avaliação e à análise dos resultados dos estudos de reforço e 
de recuperação; 
 Decidir, juntamente com a equipe gestora e com os docentes das classes e/ou das 
disciplinas, a conveniência e oportunidade de se promoverem intervenções 
imediatas na aprendizagem, a fim de sanar as dificuldades dos alunos, mediante a 
aplicação de mecanismos de apoio escolar, em tempo real das respectivas aulas, e 
a formação de classes de recuperação contínua e/ou intensiva; 
 Relacionar-se com os demais profissionais da escola de forma cordial, 
colaborativa e solícita, apresentando dinamismo e espírito de liderança; 
 Trabalhar em equipe como parceiro; 
 Orientar os professores quanto às concepções que subsidiam práticas de gestão 
democrática e participativa, bem como as disposições curriculares, pertinentes às 
áreas e disciplinas que compõem o currículo dos diferentes níveis e modalidades 
de ensino; 
 Coordenar a elaboração, o desenvolvimento, o acompanhamento e a avaliação da 
proposta pedagógica, juntamente com os professores e demais gestores da unidade 
escolar, em consonância com os princípios de uma gestão democrática 
participativa e das disposições curriculares, bem como dos objetivos e metas a 
serem atingidos; 
 Tornar as ações de coordenação pedagógica um espaço dialógico e colaborativo 
de práticas gestoras e docentes, que assegurem: 
o A participação proativa de todos os professores, nas horas de trabalho 
pedagógico coletivo, promovendo situações de orientação sobre práticas 
 
 
 
22 
 
docentes de acompanhamento e avaliação das propostas de trabalho 
programadas; 
o A vivência de situações de ensino, de aprendizagem e de avaliação 
ajustadas aos conteúdos e às necessidades, bem como às práticas 
metodológicas utilizadas pelos professores; 
o A efetiva utilização de materiais didáticos e de recursos tecnológicos, 
previamente selecionados e organizados, com plena adequação às 
diferentes situações de ensino e de aprendizagem dos alunos e a suas 
necessidades individuais; 
o As abordagens multidisciplinares, por meio de metodologia de projeto 
e/ou de temáticas transversais significativas para os alunos; 
o A divulgação e o intercâmbio de práticas docentes bem sucedidas, em 
especial as que façam uso de recursos tecnológicos e pedagógicos 
disponibilizados na escola; 
o A análise de índices e indicadores externos de avaliação de sistema e 
desempenho da escola, para tomada de decisões em relação à proposta 
pedagógica e a projetos desenvolvidos no âmbito escolar; 
o A análise de indicadores internos de frequência e de aprendizagem dos 
alunos, tanto da avaliação em processo externo, quanto das avaliações 
realizadas pelos respectivos docentes, de forma a promover ajustes 
contínuos das ações de apoio necessárias à aprendizagem; 
o A obtenção de bons resultados e o progressivo êxito do processo de ensino 
e aprendizagem na unidade escolar. 
Adaptado – (drhu. edunet. sp. gov.br/2006.) 
 
 
 
 
23 
 
O DOCENTE E SUA IDENTIDADE PROFISSIONAL 
Docentes são profissionais que colaboram ativamente na transformação da escola, tanto 
em termos de gestão, currículos, organização e projetos educacionais, quanto em relação 
às formas de trabalho pedagógico. O sucesso da gestão educacional não seria concretizado 
sem considerar seus docentes como autores diretos nos processos educativos. 
O perfil geral do educador pode ser definido como: 
 Formação geral humanista/crítica, comprometida com a construção e ampliação 
de uma sociedade mais justa, posicionada contra as desigualdades sociais e a 
qualquer forma de opressão, de modo a garantir a todos as mesmas oportunidades 
de desenvolvimento de suas potencialidades. 
 Exige, também, formação específica referenciada nas diversas áreas de 
conhecimento e no seu papel político em contribuir na apropriação e 
transformação da cultura. 
 Pressupõe uma formação que habilite o educador a interpretar e fazer conexões 
com vivências de cunho ambiental, econômico, político, social, cultural e 
educacional; 
 Dialogar sobre vivências e a realizar ações que 
promovam a qualidade da escola, em especial, 
que propiciem ensino e aprendizagem 
relevantes para uma formação integral, que 
prepare o aluno para a atuação ética, sustentável 
e transformadora na vida pessoal, social, 
política e no mundo do trabalho. 
 Exercício profissional que implica em ação-
reflexão-ação, ou seja, exige uma atitude 
reflexiva, fundada na realidade educacional e na 
pesquisa, para a constituição de uma prática pedagógica emancipatória, 
Figura 4: Ação – reflexão – ação 
 
Fonte: https://pixabay.com 
Acesso em: 27 out. 2017. 
 
 
 
 
24 
 
referenciada e pertinente à formação do aluno, à pratica educativa, ao meio em 
que atua e à finalidade da educação. 
Em síntese, implica conhecimento dos elementos sócio-históricos, políticos e culturais 
que interferem na construção da escola que temos e desenvolvimento de processos 
políticos e educativos direcionados à construção da escola que queremos: centrada no 
ensino contextualizado; na transversalidade dos conteúdos escolares referenciados no 
conhecimento da realidade, do projeto de educação nacional, do sistema educativo, da 
escola como instituição, das diferentes tendências pedagógicas, de ensino e de 
aprendizagem, de desenvolvimento humano, em seus aspectos físicos, cognitivos, 
afetivos e socioculturais. 
Nessa perspectiva, espera-se que o educador se expresse por meio de práticas que 
atendam às demandas da sociedade brasileira, do sistema de ensino e do diálogoentre 
educadores nos diferentes níveis do sistema (entre educador e aluno no âmbito da escola 
e entre educador e comunidade). 
A construção desse profissional exige providências do sistema de ensino e atitude do 
educador para assegurar o direito e o dever em relação à formação continuada em serviço 
centrada na análise, reflexão e efetivação de ações que respondam às demandas 
educacionais direcionadas à luta pela educação como direito de todos. 
Pressupõe o desenvolvimento de competências e habilidades que expressem a 
compreensão do educador a respeito da relação entre a escola e a sociedade em geral, a 
comunidade local, a sua função social e os espaços de atuação nos diferentes níveis do 
sistema de ensino, federal, estadual, escola e sala de aula. 
Adaptado – (drhu. edunet. sp. gov.br/2006.) 
Pesquisas apontam para um interesse crescente nas definições de habilidades e 
competências, no sentido de possibilitar a formação continuada e consequentemente a 
capacidade técnica e profissional dando à escola possibilidades de espaços de estudo, 
pesquisa, articulação dos processos pedagógicos e educativos, transformação das 
condições pedagógicas de ensino e intervenção. 
 
 
25 
 
Almeida (2000) aponta para a necessidade de formação em serviço colocando a escola 
como centro de interação e trabalho coletivo a serviço da comunidade escolar. 
A formação continuada deve estar centrada na escola [...]. É o lugar 
onde os saberes e as experiências são trocadas, validadas, 
apropriadas e rejeitadas [...]. É no cruzamento dos projetos 
individuais com o coletivo, nas negociações ali implicadas que a 
vida na escola se faz e que, quanto mais os projetos individuais 
estejam contemplados no coletivo, maior a possibilidade de sucesso 
destes (ALMEIDA, 2000, p. 86). 
As ações de formação inicial e continuada devem garantir condições para que os 
professores possam desenvolver continuamente as seguintes competências: 
 Pautar-se por princípios da ética democrática: dignidade humana, justiça, respeito 
mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade, atuando como 
profissionais e como cidadãos; 
 Utilizar conhecimentos sobre a realidade econômica, cultural, política e social 
brasileira para compreender o contexto e as relações em que está inserida a prática 
educativa; 
 Orientar suas escolhas e decisões metodológicas e didáticas por princípios éticos 
e por pressupostos epistemológicos coerentes; 
 Gerir a classe, a organização do trabalho, estabelecendo uma relação de 
autoridade e confiança com os alunos; 
 Analisar situações e relações interpessoais nas quais estejam envolvidos com o 
distanciamento profissional necessário à sua compreensão; 
 Intervir nas situações educativas com sensibilidade, acolhimento e afirmação 
responsável de sua autoridade; 
 Investigar o contexto educativo na sua complexidade e analisar a prática 
profissional, tomando-a continuamente como objeto de reflexão para 
 
 
 
26 
 
compreender e gerenciar o efeito das ações propostas, avaliar seus resultados e 
sistematizar conclusões de forma a aprimorá-la; 
 Promover uma prática educativa que leve em conta as características dos alunos e 
da comunidade, os temas e necessidades do mundo social e os princípios, 
prioridades e objetivos do projeto educativo e curricular; 
 Analisar o percurso de aprendizagem formal e informal dos alunos, identificando 
características cognitivas, afetivas e físicas, traços de personalidade, processos de 
desenvolvimento, formas de acessar e processar conhecimentos, possibilidades e 
obstáculos; 
 Estabelecer metas que promovam a aprendizagem e potencializem o 
desenvolvimento de todos os alunos, considerando e respeitando suas 
características pessoais, bem como diferenças decorrentes de situação 
socioeconômica, inserção cultural, origem étnica, gênero e religião, atuando 
contra qualquer tipo de discriminação ou exclusão; 
 Atuar de modo adequado às características específicas dos alunos, considerando 
as necessidades de cuidados, as formas peculiares de aprender, desenvolver-se e 
interagir socialmente em diferentes etapas da vida; 
 Criar, planejar, realizar, gerir e avaliar situações didáticas eficazes para a 
aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos, utilizando o conhecimento 
das áreas a serem ensinadas, das temáticas sociais transversais ao currículo 
escolar, bem como as respectivas didáticas; 
 Utilizar diferentes e flexíveis modos de organização do tempo, do espaço e de 
agrupamento dos alunos para favorecer e enriquecer seu processo de 
desenvolvimento e aprendizagem; 
 Manejar diferentes estratégias de comunicação dos conteúdos, sabendo eleger as 
mais adequadas, considerando a diversidade dos alunos, os objetivos das 
atividades propostas e as características dos próprios conteúdos; 
 
 
27 
 
 Analisar diferentes materiais e recursos para utilização didática, diversificando as 
possíveis atividades e potencializando seu uso em diferentes situações; 
 Utilizar estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem e, a partir de seus 
resultados, formular propostas de intervenção pedagógica, considerando o 
desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos; 
 Participar coletiva e cooperativamente da elaboração, gestão, desenvolvimento e 
avaliação do projeto educativo e curricular da escola, atuando em diferentes 
contextos da prática profissional além da sala de aula; 
 Estabelecer relações de parceria e colaboração com os pais dos alunos, de modo 
a promover sua participação na comunidade escolar e uma comunicação fluente 
entre eles e a escola; 
 Desenvolver-se profissionalmente e ampliar seu horizonte cultural, adotando uma 
atitude de disponibilidade para a atualização, flexibilidade para mudanças, gosto 
pela leitura e empenho na escrita profissional; 
 Elaborar e desenvolver projetos pessoais de estudo e trabalho, empenhando-se em 
compartilhar a prática e produzir coletivamente; 
 Participar de associações da categoria, estabelecendo intercâmbio com outros 
profissionais em eventos de natureza sindical, científica e cultural; 
 Utilizar o conhecimento sobre a legislação que rege sua atividade profissional. 
A importância da formação profissional implica na qualidade do trabalho pedagógico 
desenvolvido na escola. É no trabalho coletivo que centralizamos a responsabilidade de 
estabelecer conexões entre teorias e práticas pedagógicas, tomadas de decisões corretas e 
producentes para a implantação de políticas educacionais, a fim de promover cada vez 
mais a aproximação da comunidade externa, criar estratégias didático-metodológicas para 
um ensino de qualidade e uma aprendizagem significativa para os alunos. 
 
 
 
28 
 
É também através do trabalho coletivo e qualificação de seus membros que poderemos 
tornar o projeto político-pedagógico da escola um instrumento eficiente de construção e 
ação coletiva. 
Estudos indicam o reconhecimento de que a qualidade da educação se concretiza a partir 
da competência técnica de seus profissionais em oferecer aos alunos e à comunidade em 
geral experiências educacionais significativas, capazes de promover o conhecimento, o 
desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para o enfrentamento dos 
desafios propostos em um mundo globalizado e universalmente diversificado. 
Para melhor entendermos os Processos Educativos existentes no âmbito da Gestão 
Escolar, estudaremos aqui 4 pilares fundamentais que buscam compreender como esses 
processos estão integrados na rotina escolar. 
Na Unidade 1 – Processos Educativos: Financeiros e Administrativos, discutimos e 
caracterizamos os principais processos que envolvem procedimentos financeiros e 
administrativos presentes no dia a dia da escola, apresentamos as responsabilidades e 
funções do gestor escolar frente às questões financeiras e administrativas. 
Na Unidade 2 – Processos Educativos: PolíticasPúblicas e Legislação Escolar, 
apresentamos e discutimos a função e competência dos órgãos normativos das políticas 
educacionais, formas e meios de aplicação da legislação escolar e sua importância no 
desenvolvimento de ações no âmbito escolar. 
Na Unidade 3 – Processos Educativos: Culturais e Artísticos, refletimos sobre a 
importância dos processos culturais e artísticos presentes na escola e seu papel na 
construção da identidade escolar, do clima institucional e do desenvolvimento do 
processo ensino-aprendizagem. 
Na Unidade 4 - Processos Educativos: Pedagógicos e Tecnológicos, apresentamos as 
principais formas de gestão pedagógica existentes na escola, funções e objetivos que 
contribuem para o sucesso da aprendizagem, bem como a aplicação e eficiência dos 
recursos tecnológicos na formação docente e desenvolvimento dos alunos. 
 
 
29 
 
Unidade1 
Unidade1 .Gestão de Processos Educativos: 
Financeiros e Administrativos 
 
Gestão Escolar ou Administração Escolar são conceitos fundamentais aplicados no 
âmbito escolar com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos educativos e a 
qualidade de ensino. 
Segundo Lück (2009), Gestão Escolar relaciona-se a uma atuação que foca em promover 
a organização, mobilização e articulação das condições essenciais para garantir o avanço 
do processo socioeducacional das instituições de ensino e possibilitar que elas promovam 
o aprendizado dos estudantes de forma efetiva. 
Portanto a Gestão Escolar aborda situações concretas da rotina escolar denominadas 
como Processos Educativos, que buscam garantir que a escola tenha as condições 
necessárias para o cumprimento de seu papel fundamental, ou seja, o de oferecer ensino 
de qualidade formando cidadãos competentes e com habilidades indispensáveis para a 
vida pessoal e profissional. 
Os principais objetivos dos Processos Educacionais consistem em orientar para resultados 
significativos de desempenho escolar e indicadores educacionais, através de análise, 
reflexões e motivação da equipe escolar em alcançar os objetivos propostos, sempre com 
ênfase na qualidade do currículo e na efetiva participação da comunidade escolar para 
atingir a excelência no ensino. 
A partir dos estudos da Introdução, identificamos a importância fundamental de uma 
equipe gestora integrada, dotada de funções específicas e que ao mesmo tempo disponha 
de competências e habilidades para que possa coletivamente gerir programas e 
 
 
 
30 
 
desenvolver ações que contribuam para a qualidade de ensino e o pleno desenvolvimento 
dos alunos em todos os aspectos: sociais, intelectuais e cognitivos. 
Sabemos também da importância da equipe gestora na formação dos professores como 
foco de atenção e pesquisa, tendo em vista sua relevância para a qualidade dos processos 
educativos. 
Nessa Unidade discutiremos os processos educativos sob os aspectos Administrativos e 
Financeiros da escola, processos esses que 
contemplam os desafios da Gestão Escolar em 
promover na prática cotidiana a efetivação de 
um projeto pedagógico inovador que atenda ao 
interesse coletivo, assim como se adaptar às 
mudanças no mundo do trabalho e da educação, 
tornando a escola mais real e atuante. 
 
 
1.1 Processos Financeiros 
 
Os processos financeiros na gestão escolar referem-se àqueles que são desenvolvidos no 
sentido de permitir um funcionamento eficaz e eficiente na organização. 
O que é administração? 
O dicionário Aurélio define administração como “um conjunto de princípios, normas e 
funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade 
e eficiência, para se obter determinado resultado”. 
Pensar a administração nos remete aos princípios da administração em geral. No entanto, 
pensar em administração escolar significa o desenvolvimento de princípios e 
procedimentos referentes à ação de planejar o trabalho da escola, racionalizando os 
Figura 1.1: Pensar e refletir. 
 
Fonte: https://pixabay.com 
Acesso em: 27 out. 2017. 
 
 
 
31 
 
recursos materiais, financeiros, intelectuais; coordenar e controlar os processos 
administrativos para um fim comum. 
Lück (2005) ao discutir as competências do Gestor Escolar na área administrativa aponta 
a necessidade de: 
 Visão de conjunto e de futuro sobre o trabalho educacional e o papel da escola na 
comunidade; 
 Conhecimento de política e da legislação educacional; 
 Habilidade de planejamento e compreensão do seu papel na orientação do trabalho 
conjunto; 
 Habilidade de manejo e controle do orçamento; 
 Habilidade de organização do trabalho educacional; 
 Habilidade de acompanhamento e monitoramento de programas, projetos e ações; 
 Habilidade de tomar decisões eficazmente; 
 Habilidade de resolver problemas criativamente e de emprego de grande 
variedade de técnicas. 
O Gestor escolar necessita compreender que o desenvolvimento eficiente dos processos 
da escola é fundamental para o pleno desenvolvimento do trabalho pedagógico, 
oferecendo suporte para realização das ações e dos objetivos educacionais propostos. 
Gestão da Escola Pública trata-se de uma maneira de organizar o 
funcionamento da escola pública quanto aos aspectos políticos, 
administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e 
pedagógicos, com a finalidade de dar transparência às suas ações e 
atos e possibilitar à comunidade escolar e local a aquisição de 
conhecimentos, saberes, ideias e sonhos num processo de aprender, 
inventar, criar, dialogar, construir, transformar e ensinar (ABÁDIA, 
2005). 
Os processos financeiros fazem parte da rotina e da organização escolar; elencamos aqui 
 
 
 
32 
 
algumas competências do Gestor Escolar: 
 Aplicação de recursos físicos, materiais e financeiros da escola para melhor 
efetivação dos processos educacionais. 
 Organização, atualização de documentação, escrituração, registros. 
 Coordenação e aplicação dos recursos financeiros e materiais de acordo com 
normas legais, garantindo transparência e participação coletiva em seu uso e 
aplicação. 
 Planejamento e utilização dos recursos e equipamentos disponíveis na escola, para 
a realização do trabalho pedagógico. 
 Cumprimento da Legislação escolar emanadas pelos órgãos Federais, Estaduais e 
Municipais. 
 Manutenção dos bens patrimoniais da escola; bom uso do patrimônio escolar, 
espaços, equipamentos e materiais. 
 Integração da gestão de patrimônio à gestão pedagógica da escola. 
 Identificação de soluções para as dificuldades de gestão de materiais e do 
patrimônio e seleção das prioridades de ação. 
 Criação de estratégias de mobilização e gerenciamento público com controle 
social do material e do patrimônio da escola. 
 Conhecimento e identificação dos dispositivos legais e procedimentos 
reguladores da gestão de patrimônio na administração pública. 
 Construção de vínculos entre a gestão do material e do patrimônio e a gestão 
pedagógica da escola. 
 
 
33 
 
A gestão financeira da escola tem papel 
fundamental no processo de democratização 
da educação e da gestão, tendo como princípio: 
a descentralização administrativa; a 
desconcentração da aplicação de recursos e 
desenvolvimento da autonomia da escola, o 
que favorece a resolução de muitos de seus 
problemas de consumo, manutenção e reparos, 
pelo repasse de recursos oriundos das 
diferentes esferas administrativas (Federal 
Estadual e Municipal). 
Os recursos destinados às escolas através de seus sistemas de ensino são disponibilizados 
em proporção ao número de alunos matriculados, a fim de que possam realizar despesas 
diversas. Portanto, é responsabilidade do Gestor acompanhar os recursos orçamentários 
e financeiros destinados à escola, em consonância com os princípios de autonomia, ética 
e racionalidade administrativa, exercitando as etapas de planejamento, execução e 
controle, sempre vinculados ao Projeto Pedagógico da escola,elaborando planos de 
aplicação, instrumentos de supervisão e meios de prestação de contas à comunidade. 
São princípios do Processo de Administração Pública de acordo com o Art. 37, da 
Constituição Federal (1988): 
Figura 1.2: Art. 15. Os sistemas de ensino 
assegurarão às unidades escolares 
públicas de educação básica que os 
integram progressivos graus de autonomia 
pedagógica e administrativa e de gestão 
financeira, observadas as normas gerais de 
direito financeiro público. (Lei nº 
9.394/1996). 
 
Fonte: https://pixabay.com Acesso em: 
27 out. 2017. 
 
Figura 1.3: Art. 37. A administração pública e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, 1988). 
 
Fonte: Sabatino, 2017. 
 
https://pixabay.com/
 
 
 
34 
 
Ao nos referirmos à escola pública, sabemos que esta tem por função o atendimento ao 
cidadão em seu direito fundamental de acesso à educação de qualidade; vimos também 
que a escola é uma organização que dispõe de um conjunto de normas e leis para a 
manutenção de sua estrutura administrativa, financeira e pedagógica. Nesse sentido 
entendemos que a escola integra o sistema de administração pública da educação (Federal, 
Estadual e Municipal). 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) em seu Art. 15 
garante a autonomia pedagógica, administrativa e da gestão financeira atendendo sempre 
aos princípios da administração pública. 
É fundamental ao Gestor estar atento às regras e à estrutura da administração pública, que 
retrata o conjunto de órgãos e serviços constituídos para execução das políticas 
educacionais, sendo a escola pública considerada também uma Unidade Administrativa. 
O domínio e o desenvolvimento dos processos administrativos presentes na escola estão 
diretamente relacionados à qualificação de seu gestor em atender as necessidades 
financeiras e pedagógicas, tendo como resultado desse trabalho o sucesso do aluno 
quantificado por instrumentos de avaliação e análise tanto internas como externas – IDEB 
(índice de Desenvolvimento da Educação Básica). 
1.1.1 Autonomia da gestão 
financeira na escola 
O diagrama ao lado (Figura 1.4) 
demonstra hierarquicamente a 
vinculação da Escola ao Sistema da 
Administração Pública da Educação: 
São duas as formas de aplicação de 
recursos públicos: a centralizada e a 
descentralizada. 
 
Figura 1.4:Hierarquia da vinculação da Escola 
ao Sistema da Administração Pública da 
Educação. 
 
Fonte: Sabatino, 2017. 
 
 
 
35 
 
Você aprendeu que a gestão financeira da escola 
envolve etapas fundamentais para o seu bom 
gerenciamento como: planejamento, execução e 
prestação de contas. 
Vamos agora entender como esses recursos chegam 
até a escola. 
A Constituição Federal (1988) prevê em seu Art. 
212 que a União deve aplicar anualmente 18% de 
seus recursos; os Estados, Distrito Federal e 
Municípios, no mínimo 25% da receita e impostos 
na manutenção no desenvolvimento do ensino. 
E como são distribuídos esses recursos? 
Para garantir a distribuição dentro de cada estado e 
município, foi criado a partir da Constituição 
Figura 1.5: Formas de aplicação dos recursos públicos. 
 
 
Fonte: Sabatino, 2017. 
 
APLICAÇÃO CENTRALIZADA
Realizada por instância administrativa (Secretaria da Educação)
Maior parte dos recursos financeiros
- Estrutura física
- Mobiliários escolares (carteiras, mesas, etc.)
- Pagamento de servidores.
APLICAÇÃO DESCENTRALIZADA
Realizada pela Escola
- Através de Unidade Executora – (UEx) – APM (Associação de Pais e Mestres e Colegiados)
- Aquisição de materiais (material de consumo e equipamentos de uso pedagógico e 
administrativo)
- Contratação de serviços de manutenção e reparos
Figura 1.6: Art. 212. A União 
aplicará, anualmente, nunca menos 
de dezoito, e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, vinte e 
cinco por cento, no mínimo, da 
receita resultante de impostos, 
compreendida e proveniente de 
transferências, na manutenção e no 
desenvolvimento do ensino. 
 
Fonte: Sabatino, 2017. 
 
 
 
 
36 
 
Federal o FUNDEB (Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação) através 
da Lei 11.494/2007. Possui vigência de 14 anos (a 
partir de 2007 até 2020); tem como alcance a 
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e Ensino 
Médio, e destinação dos recursos: 60% para 
remuneração de professores e profissionais do 
magistério e 40% para manutenção e 
desenvolvimento do ensino básico. 
O FUNDEB como uma política pública de 
financiamento da educação tem como função: 
 Promover a equalização na distribuição dos 
recursos; 
 Reduzir as desigualdades; 
 Contribuir para a universalização da 
educação; 
 Valorizar os profissionais da educação. 
 
O gestor é quem assume a 
responsabilidade pelos recursos 
financeiros destinados à escola, de 
acordo com o número de seus alunos 
e as fontes de recursos disponíveis. 
 
 
Figura 1.7: A gestão de sistema 
implica o ordenamento normativo e 
jurídico e a vinculação de 
instituições sociais por meio de 
diretrizes comuns. “A 
democratização dos sistemas de 
ensino e da escola implica 
aprendizado e vivência do exercício 
de participação e de tomadas de 
decisão. Trata-se de um processo a 
ser construído coletivamente, que 
considera a especificidade e a 
possibilidade histórica e cultural de 
cada sistema de ensino: municipal, 
distrital, estadual ou federal de cada 
escola.” 
 
Fonte:(BRASIL. Ministério da 
Educação. Secretaria de Educação 
Básica. Programa Nacional de 
Fortalecimento dos Conselhos 
Escolares. Gestão da educação 
escolar. Brasília: UnB, CEAD, 
2004, vol. 5. p. 25). 
O que vem ocorrendo na prática educacional 
brasileira (...) é o deslocamento do processo 
decisório, do centro do sistema, para os níveis 
executivos mais próximos aos seus usuários, ou 
seja, a descentralização do governo federal para as 
instâncias subnacionais, onde a União deixa de 
executar diretamente programas educacionais e 
estabelece e reforça suas relações com os Estados 
e os municípios, chegando até ao âmbito da 
unidade escolar. Da mesma forma, os sistemas 
estaduais vêm adotando política similar, ou seja, 
transferem recursos e responsabilidades com a 
oferta de serviços educacionais, tanto para o 
município, quanto diretamente para a escola 
(LÜCK, 1999, p. 13). 
 
 
37 
 
Essa gestão é compartilhada com os colegiados presentes na escola (Caixa Escolar, 
Conselho Escolar, Associação de Pais e Professores), que se constituem em uma 
personalidade jurídica própria, sem fins lucrativos, formada por pais, professores, alunos 
e funcionários da escola. 
Para que a avaliação e o monitoramento dos recursos financeiros da escola obtenham 
sucesso, Lück (2009) aponta algumas questões que devem ser observadas pelo Gestor 
escolar: 
 Quais são as fontes e o montante de recursos de que a escola dispõe? 
 Como é decidido o seu gasto? – por quem e tendo por base o quê? 
 É feito um orçamento de gastos possíveis da escola no seu Plano de 
Desenvolvimento? 
 Esse orçamento é definido com base numa perspectiva reativa ou proativa, isto é, 
depende do que é dado pelo governo, ou também leva em consideração a 
possibilidade e o esforço de levantar novos recursos, a partir de iniciativas da 
escola e da unidade executora? 
 A decisão da distribuição de recursos leva em conta a definição de prioridades 
educacionais, isto é, sua contribuição para a melhoria da qualidade do ensino? 
 Os gastos são corretamente calculados e de acordo com as prioridades? 
 As compras realizadas pela escola são feitas de modo a atender as disposições 
legais orientadoras de compras pelo serviço público? 
 Os registros e documentações financeiras da escola são mantidos organizados e 
atualizados? 
 Que situações podem assegurar ouso mais satisfatório dos recursos? 
 
 
 
 
38 
 
O gerenciamento dos recursos financeiros 
numa perspectiva democrática de educação 
torna-se fundamental no sentido de 
legitimar, dar transparência e estabelecer 
prioridades, considerando que os 
programas de descentralização 
fundamentam-se na obrigatoriedade da 
participação da comunidade escolar bem 
como seus colegiados. 
Portanto, compete ao Gestor conhecer a 
legislação nacional, a estadual e as normatizações do sistema ou rede de ensino a que 
pertença. 
Os temas aqui tratados não esgotam o assunto, mas são fundamentais para uma gestão 
administrativa eficaz, compartilhada e atendendo aos princípios básicos de 
democratização do ensino. 
 
1.2 Processos Administrativos 
 
É através dos processos administrativos que a escola garante a efetivação das ações 
pedagógicas e organização da escola. As obrigações administrativas formais estão 
presentes na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB), quanto à organização, administração e ao 
desenvolvimento da estrutura tanto administrativa como financeira e pedagógica da 
Unidade Escolar. 
Dentre os processos administrativos que compõem a rotina escolar, podemos definir 
como fundamentais: constituição dos conselhos escolares; atualização e emissão de 
Figura 1.8: Gerenciamento de recursos 
tem de ser pensado e visar ao bom 
desempenho do uso dos recursos públicos. 
 
Fonte: https://pixabay.com Acesso em: 27 
out. 2017. 
 
 
 
39 
 
documentação; escrituração escolar; construção, aprovação e acompanhamento do PPP 
(Projeto Político Pedagógico) da escola. 
As atividades previstas e desenvolvidas nos processos administrativos tornam-se 
indispensáveis no apoio ao trabalho docente, visando melhores condições físicas e 
materiais na execução das ações pedagógicas. 
Através de um trabalho coletivo, os processos administrativos presentes na rotina 
organizacional são considerados importantes meios na busca dos fins propostos no 
Projeto Político Pedagógico da escola. 
Segundo Libâneo (2008), as rotinas no campo da gestão administrativa representam 
meios “adequados e suficientes para assegurar aos alunos, aos serviços administrativos e 
pedagógicos e aos professores todas as condições para desenvolvimento do trabalho e 
garantir qualidade de ensino”. 
De acordo com os princípios da Gestão democrática participativa, existe uma relação 
orgânica entre a direção e a participação do pessoal da escola, com ênfase na busca de 
objetivos comuns assumidos por todos, caracterizando-se como decisões tomadas 
coletivas e discutidas publicamente, em que cada membro da equipe assume sua 
responsabilidade em diferentes funções e saberes. 
Libâneo (2008) nos apresenta outras características do modelo de Gestão democrática 
participativa: 
 Definição explícita de objetos sócio-políticos e pedagógicos da escola, pela 
equipe escolar; 
 Articulação entre a atividade de direção e a iniciativa e participação das pessoas 
da escola e das que se relacionam com ela; 
 Qualificação e competência profissional; 
 Busca de objetividade no trato das questões da organização e gestão, mediante 
coleta de informações reais; 
 
 
 
40 
 
 Acompanhamento e avaliação sistemáticos com finalidade pedagógica: 
diagnóstico, acompanhamento dos trabalhos, reorientação dos rumos e ações, 
tomada de decisões. 
Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados. Toda instituição possui uma 
estrutura de organização interna, prevista no Regimento Escolar ou em legislação 
específica Estadual ou Municipal, que define as inter-relações entre os vários setores e 
funções. 
A seguir, apresentamos a estrutura básica com todas as unidades e funções típicas 
existentes na organização de uma escola. 
Discutiremos a seguir algumas ações e escriturações importantes que compõem as rotinas 
administrativas na escola. 
 
Figura 1.9: Organograma Básico de Escolas 
 
Fonte: Libâneo, 2008. 
 
 
 
41 
 
1.2.1 Regimento escolar 
O Regimento Escolar é um documento legal, que expressa um conjunto de normas e 
regras e regula as atividades desenvolvidas por cada segmento da comunidade escolar. O 
Regimento tem como proposta registrar a organização curricular, administrativa e 
pedagógica da unidade de ensino. 
Constam no Regimento escolar: 
 Os Planos de Estudos; 
 Os Planos de Trabalho do Professor; 
 O Plano Integrado da Escola (PIE); 
 A Proposta Político-Pedagógica(PPP); 
 O Regime de Matrícula; 
 A Metodologia de Ensino; 
 O Calendário Escolar; 
 A Metodologia de Avaliação. 
1.2.2 Censo escolar 
O Censo Escolar, definido em Portaria Ministerial nº 286 de 07 de julho/2007, consiste 
em um levantamento de informações estatístico-educacionais de âmbito nacional que 
abrange a Educação Básica, em todos os níveis – Educação Infantil, Ensino Fundamental 
e Ensino Médio – e modalidades de ensino como: Educação Especial e Educação de 
Jovens e Adultos presentes no SISTEMA EDUCACENSO. 
Os dados apurados anualmente pelo Censo Escolar servem de base para a determinação 
dos coeficientes que serão parâmetros para a distribuição dos recursos do Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da 
Figura 1.10: Regimento Escolar 
 
Fonte: https://pixabay.com Acesso em: 
27 out. 2017. 
 
 
 
 
42 
 
Educação – FUNDEB, Livro Didático; Alimentação Escolar; Recurso Financeiro Direto 
para Escola; Transporte Escolar; e outros programas e projetos das Secretarias Estaduais 
e Municipais de Educação (Fonte: MEC, 2009). 
1.2.3 Fluxo Escolar 
Fluxo escolar está diretamente relacionado a acesso, permanência e conclusão do 
processo de escolarização. Refere-se à movimentação dos estudantes, da qual extraímos 
as taxas de aprovação, reprovação, transferência e abandono escolar. 
A análise desses dados possibilita acompanhar 
quais as séries ou anos em que as taxas são mais 
altas e ainda o nível de congestionamento do 
sistema educacional resultante de ingressos 
tardios, reprovações, evasões e reingresso dos 
estudantes no sistema. 
A partir desses dados a escola deverá 
desenvolver estratégias que fomentem a 
melhoria do processo de ensino-aprendizagem e 
que garantam a entrada, a permanência e o 
sucesso escolar dos estudantes. Os dados do fluxo escolar incidem também sobre os 
indicadores externos da escola. 
1.2.4 Calendário escolar 
O Calendário Escolar é elaborado anualmente, pela equipe 
pedagógica da escola e referendado pelo Conselho de 
Escola, com a finalidade de fixar o início e o término do 
ano letivo, assim como recesso, férias, feriados e 
comemorações cívicas, de acordo com as eventualidades. 
O Ano Letivo e o Calendário Escolar devem ser 
organizados de acordo com a legislação vigente, com a 
Figura 1.11:Fluxo escolar 
 
Fonte: https://pixabay.com Acesso 
em: 27 out. 2017. 
 
Figura 1.12:Calendário 
escolar 
 
Fonte: 
https://pixabay.com 
Acesso em: 27 out. 2017. 
 
 
 
43 
 
garantia de 200 dias letivos conforme consta na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional). 
1.2.5 Documentação Escolar e Arquivamento 
É um conjunto de documentos que comprovam os dados e fatos relativos à vida escolar 
do aluno e da Unidade escolar. 
O arquivo é composto por dossiês dos alunos, professores e demais funcionários, além de 
outros documentos como: 
 Controle de frequência de funcionários; 
 Livro de registro de diplomas e certificados; 
 Atas de Resultados Finais; 
 Livro de Termo de Visita; 
 Livro de Atas de Incineração de Documentos; 
 Diários de Classe; 
 Ficha de matrícula; 
 Ficha Individual; 
 Boletim Escolar; 
 Histórico Escolar; 
 Certificados. 
1.2.6 Gestão de Pessoas 
A Gestão de Pessoas apresenta-se fundamental nos processos administrativos, pois o 
relacionamento com alunos, professores, funcionários e comunidadesempre será um 
desafio ao Gestor Escolar. 
Tem como papel fundamental motivar a equipe, criar um ambiente no qual todos se 
sintam estimulados, por meio de um clima de confiança e solidariedade. 
 
 
 
44 
 
Cabe ao Gestor escolar: 
 Envolver os docentes com o ensino, com a proposta pedagógica da escola e com 
resultados; 
 Distribuir as tarefas entre os setores e pessoas; 
 Investir em ferramentas que facilitem o trabalho da equipe; 
 Possibilitar formação continuada e aprimoramento da formação docente; 
 Acompanhar os funcionários e orientá-los em suas funções; 
 Reconhecer os pontos fortes e o potencial da equipe; 
 Estabelecer clima de cooperação, entrosamento e respeito entre todos os 
segmentos da escola; 
O gestor educacional deve pautar seu trabalho de desenvolvimento humano na motivação 
no compartilhamento de responsabilidades, na 
formação profissional e no desenvolvimento de 
habilidades para uma comunicação eficiente. 
A gestão de pessoas nos espaços escolares é um dos 
processos administrativos de grande importância. A 
escola, como instituição tradicional por natureza, é 
dotada de uma hierarquia administrativa, na qual 
prevalece o gerenciamento de regras, que devem ser 
compartilhadas com toda a equipe escolar. 
Para tanto, o Gestor escolar necessita desenvolver um modelo de gestão que considere as 
pessoas como seu principal diferencial, transformando-as em agentes efetivos e 
multiplicadores de ações positivas e integradoras. 
Figura 1.13: 
Desenvolvimento humano
 
Fonte: https://pixabay.com 
Acesso em: 27 out. 2017. 
 
 
 
45 
 
A gestão de pessoas deve possibilitar a formação de uma rede de compartilhamentos 
propiciando ambientes saudáveis, promovendo dessa forma satisfação pessoal e 
profissional, considerando-se que os recursos mais importantes de uma organização são 
as pessoas, e que cada ser humano possui aptidões, atitudes, valores, motivações e 
comportamentos próprios. 
Nas relações administrativas encontramos um 
elemento em comum: o “individuo”, que se influencia 
por diversos fatores, como motivação, comunicação, 
criatividade e trabalho em equipe. 
Chiavenato apresenta o conceito de Gestão de Pessoas como sendo: 
contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como 
a cultura que existe em cada organização, da estrutura 
organizacional adotada, das características do contexto ambiental, 
do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos 
internos e de uma infinidade de outras variáveis importantes 
(CHIAVENATO, 2004, p. 6). 
O gestor escolar deverá desenvolver e conhecer e princípios de Gestão de Pessoas, no 
sentido de possibilitar que os relacionamentos interpessoais atendam aos objetivos da 
escola, além de conhecer princípios como motivação, trabalho em equipe e comunicação 
interpessoal, que são aspectos fundamentais na formação do Gestor escolar. 
1.2.7 Motivação 
Fatores internos e externos influenciam na maneira como a pessoa 
desempenha suas ações e como vê o mundo. O desenvolvimento de 
sua capacidade pode depender dos fatores que estão presentes no seu 
processo motivacional. Pois a motivação é reflexo de diversos 
fatores que afetam os estímulos do comportamento; acontece por 
meio de incentivos; quando realizada com intensidade, torna-se 
gratificante e prazeroso. Porém, quando há falta de estímulos o 
indivíduo pode sentir-se desmotivado (BZUNECK, 2004). 
A motivação é fator de satisfação em todos os envolvidos no processo educacional. Pode 
ser desencadeada por fatores externos, relacionados ao ambiente, ou por fatores internos, 
próprios dos indivíduos. 
“Na era do conhecimento, o 
sucesso sorri para os que 
sabem administrar seus pontos 
fortes e fracos”. 
Peter Drucker 
 
 
 
46 
 
Portanto, o grau de motivação/satisfação das pessoas tem influência significativa em seu 
desempenho e nos resultado das suas tarefas, podendo ser explicado pelo ciclo 
motivacional de Chiavenato (2007). 
O Gestor escolar é aquele que tem o papel de motivador de uma equipe escolar, 
“orientando-os na realização de suas necessidades pessoais de desenvolvimento e a 
sentirem satisfação em seu trabalho e em participar de uma organização de aprendizagem 
dinâmica, viva, organizada, atuante e competente” (LÜCK, 2009, p.85). 
É sua responsabilidade, portanto, orientar e estimular o processo de motivação da equipe 
para, com isso, promover: 
 Uma boa organização do trabalho; 
 Concentração na aprendizagem e melhoria contínua; 
 Prevenção contra as condições de dispersão e desconcentração em relação aos 
objetivos educacionais; 
Figura 1.14: Etapas do ciclo motivacional com a satisfação de uma necessidade. 
 
Fonte: Chiavenato, 2007, p.297. 
 
 
 
47 
 
 Ambiente ordeiro e focado em objetivos; 
 Limpeza, segurança, tranquilidade; 
 Relações interpessoais dinâmicas bi e multilaterais; 
 Bom humor, entusiasmo, espírito de servir; 
 Participação e envolvimento, dentre outros aspectos. 
(LÜCK, 2009, p.85) 
Propiciar a motivação em um ambiente de trabalho possibilita um processo de 
comunicação e bom nível de relacionamento interpessoal, estimulando assim ações mais 
eficientes e objetivas para o desenvolvimento de metas e objetivos propostos pela equipe 
escolar. 
1.2.8 Trabalho em equipe 
O trabalho em equipe é fundamental para os processos da gestão escolar, assim como 
para as tomadas de decisões; as ações compartilhadas são princípios da Gestão 
democrática, em que todos os segmentos têm responsabilidades pelo êxito nos resultados. 
Lück (2009) afirma que “[...] a educação é um processo complexo e contínuo que 
demanda esforço conjunto de inúmeras pessoas, de diversos segmentos e perspectivas de 
atuação”. 
Ter clareza sobre responsabilidades e objetivos é um trabalho construído em conjunto. 
Na formação de equipe alguns aspectos devem ser considerados, segundo Chiavenato 
(2007): 
1. Modelagem do trabalho, ou seja, determinar a atividade dos indivíduos que 
compõem sua equipe e a distribuição do trabalho entre eles; 
2. Preparação ou treinamento e capacitação dos membros da equipe; 
 
 
 
48 
 
3. Condução, que é um aspecto fundamental a ser considerado, pois trata da 
liderança dessa equipe, a qual determina as suas metas e os seus objetivos, assim 
como acompanha os processos e determina como ela alcançará o que foi 
determinado; 
4. Motivação e recompensas visando manter o entusiasmo em uma equipe de 
trabalho. 
 
Portanto, para se pensar em trabalho em equipe não podemos desconsiderar as 
individualidades e características pessoais de cada membro. Teixeira et al. (2010) 
apresenta um modelo, no qual considera importante: 
1. Utilizar, de forma construtiva, as diferenças de habilidades e competências 
existentes; 
2. Levar em consideração as tarefas determinadas para grupo, já que algumas 
podem ser mais complexas que outras; 
3. Perceber que o comportamento do grupo é fundamental para o entendimento de 
como cada um contribui para o grupo como um todo (informação, conflitos, etc.); 
4. Influências da organização que estão relacionadas com a estrutura e com o 
relacionamento interpessoal. 
 
O trabalho em equipe é, pois, fundamental na gestão escolar, uma vez que deve envolver 
todos com responsabilidades compartilhadas nos processos de tomada de decisões, o que 
vai garantir uma participação consciente com responsabilidade e eficiência. 
 
 
49 
 
 
1.2.9 Comunicação interpessoal 
As relações interpessoais dizem respeito às relações humanas que ocorrem no processo 
de interação interpessoal (interação entre duas ou mais pessoas) e intrapessoal (a 
comunicação que estabelecemos conosco mesmos). 
No contexto escolar, as relações interpessoais são percebidas em todas as ações 
desenvolvidas na escola, sejam elas intra ou extraescolares. 
A escola é considerada como um espaço multicultural, no qual as 
diferenças, os problemas,as diversidades de conhecimento, as 
regras e valores fazem um emaranhado envolvendo uma gama de 
pessoas cujas características são diferenciadas, e as relações 
interpessoais são imprescindíveis para a convivência e o sucesso 
escolar (LÜCK, 2009, p.89). 
Figura 1.15: Modelo para o estudo do grupo de trabalho. 
 
 
Fonte: Adaptado de Teixeira et al., 2010, p. 289. 
 
 
 
 
50 
 
É na escola o lócus onde se perpetuam as relações de diversos personagens gestores, 
professores, alunos, funcionários e família. 
O gestor, grande articulador da escola deve esforçar-se por criar 
canais adequados de comunicação e interação e garantir o alcance 
dos objetivos da escola, mantendo um bom clima entre as pessoas 
que fazem parte da comunidade escolar e local (MARCELOS, 
2009,p.02). 
Uma boa comunicação garante que: 
 Os professores estejam alinhados com a proposta da instituição; 
 Os setores saibam quais são suas prioridades; 
 Os colaboradores entendam que suas tarefas influenciam na realização do todo; 
 Os alunos se mantenham engajados e focados no aprendizado; 
 Os pais entendam a importância do seu papel no processo de ensino. 
A boa comunicação no ambiente escolar permite: 
 Manter os responsáveis informados sobre as atividades da instituição; 
 Manter os responsáveis informados sobre as atividades e tarefas dos filhos; 
 Informar aos responsáveis se os alunos estão realizando as tarefas propostas pelos 
professores; 
 Informar aos responsáveis sobre notas, frequência e ocorrências disciplinares dos 
alunos; 
 Manter o aluno informado sobre o calendário de provas e atividades da instituição; 
 Manter o aluno informado sobre eventos e comunicados da instituição. 
O papel do gestor frente aos processos administrativos e financeiros possibilitará uma 
gestão transparente, eficiente, atendendo aos princípios democráticos da educação. Sua 
 
 
51 
 
função é de extrema importância para o desenvolvimento da escola, para as orientações 
dos caminhos e rumos traçados a partir do projeto pedagógico da escola. 
O compromisso com a formação e o conhecimento possibilitará uma atuação eficiente 
buscando soluções conjuntas para resolução de problemas e tomada de decisões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 Síntese da Unidade 
 
Nessa Unidade discutimos um conjunto de conhecimentos, que lhe permitiram: 
acompanhar a gestão administrativa e dos recursos financeiros destinados à escola, com 
segurança e de acordo com os princípios de autonomia, ética, eficiência e racionalidade 
administrativa; compreender a gestão financeira como uma das competências da escola, 
conhecendo as etapas de planejamento, execução e controle dos recursos financeiros e de 
sua vinculação ao projeto pedagógico; entender a importância das práticas de gestão 
financeira da escola aos princípios básicos da administração pública, conhecendo as 
diferentes fontes de financiamento da educação básica. 
Dica de Leitura 
 Programas federais para a gestão da educação básica: continuidade e 
mudanças 
Janete Maria Lins de Azevedo, Socióloga e Doutora em Ciências Sociais pela 
UNICAMP 
(RBPAE - v. 25, n. 2, p. 211-231, mai/ago 2009) 
 Educação e Gestão Descentralizada: Conselho Diretor, Caixa Escolar, 
Projeto Político-Pedagógico 
Antônio Cabral Neto; e, Maria Doninha de Almeida - Doutores em Educação 
pela Universidade de São Paulo (USP)(Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, p. 
35-46, fev/jun 2000) 
 A educação, a política e a administração: reflexões sobre a prática do 
diretor de escola 
Professor Vitor Henrique Paro, titular na PUC/SP, pesquisador sênior na 
Fundação Carlos Chagas, Coordenador do Gepae (Educação e Pesquisa, 
São Paulo, v. 36, n. 3, p. 763-778, set/dez 2010) 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/gestao_democratica/kit5/programas_federais_para_gestao_da_educacao_basica.pdf
http://www.educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/gestao_democratica/kit5/programas_federais_para_gestao_da_educacao_basica.pdf
http://www.educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/gestao_democratica/kit5/reflexoes_sobre_a_pratica_do_diretor_de_escola.pdf
http://www.educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/gestao_democratica/kit5/reflexoes_sobre_a_pratica_do_diretor_de_escola.pdf
 
 
 
52 
 
Quanto aos processos administrativos, apresentamos situações concretas que o gestor 
enfrenta nas suas atividades cotidianas, como: identificar os fatores que favorecem e 
dificultam o processo de interação dos membros da escola; conhecer quais instrumentos 
de comunicação que o gestor deve utilizar no processo de integração coletiva; caracterizar 
a equipe escolar segundo os níveis de atuação da equipe gestora e da equipe escolar no 
desenvolvimento do trabalho educativo. 
 
1.4 Para saber mais 
 
 
Livros 
 Planejamento, Gestão e Legislação Escolar 
Orientações para acompanhamento das ações do Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. 
Sites 
 /https://www.youtube.com/watch?v=-TG1rfDVq_A 
Vitor Henrique Paro - Gestão Escolar Democrática 
 https://www.youtube.com/watch?v=4Ig7q29BBPA&t=73s 
Gestão de Processos Educativos. O Desafio da Gestão Escolar 
 
1.6 Atividades 
 
1) Leia a afirmativa, e desenvolva um texto dissertativo justificando-a. 
 “A avaliação de um planejamento participativo envolve o acompanhamento de seu 
desenvolvimento e a mediação de situações de conflito, visando-se objetivos 
propostos.” 
 
 
53 
 
 
Responda as questões. 
2) Segundo Paro (2014), a administração escolar tem adotado mecanismos 
gerenciais da administração capitalista que, em larga medida, são contrários aos 
objetivos educacionais da escola. Sobre o papel do diretor como administrador 
escolar, na análise de Paro, é CORRETO afirmar que: 
a. A posição de autoridade que o diretor ocupa na instituição escolar dificulta 
grandemente a percepção de que as condições concretas em que se dá a 
educação escolar e as múltiplas determinações sociais, econômicas e 
políticas que a condicionam o tornam impotente para resolver a maioria 
dos problemas fundamentais da escola. 
b. A função do diretor deve ser sempre dominantemente administrativa, de 
maneira a gerenciar recursos financeiros de maneira efetiva, focando-se 
especialmente nas formalidades burocráticas advindas dos órgãos 
educacionais superiores. 
c. O diretor deve gerenciar a escola a partir dos preceitos da administração 
capitalista que têm se mostrado compatíveis com uma proposta de 
articulação da escola com os interesses da classe trabalhadora. 
d. Uma administração democrática caracteriza-se pela participação dos 
diversos setores da escola e da comunidade que votam nas decisões 
propostas pelo diretor, pois este profissional deve ser considerado o mais 
habilitado para decidir sobre as questões importantes da escola. 
 
3) A participação ativa na gestão escolar é considerada uma das funções básicas do 
professor. Para tanto é imprescindível que ele: 
 
 
 
54 
 
a. Concentre sua atuação na gestão da sala de aula, pois a gestão 
administrativa é de decisão exclusiva do diretor da escola. 
b. Saiba trabalhar em equipe e tenha espírito colaborativo com outros 
profissionais, tendo atitudes de solidariedade e responsabilidade frente a 
todas as demandas da escola. 
c. Domine e conheça a estrutura organizacional e as normas regimentais, 
tenha pleno conhecimento sobre a escrituração escolar. 
d. Tome o lugar do diretor sempre que este precisar se ausentar da escola, 
dando sua contribuição na gestão participativa. 
4) No contexto de uma escola imbuída dos princípios da gestão democrática e 
participativa, para desenvolver e fortalecer o trabalho coletivo é preciso que o 
gestor: 
a. Reafirme sua necessidade de centralização das ações na escola e defina as 
responsabilidades de todos e de cada um: professores, equipe técnica e o 
próprio sistema de ensino. 
b. Conte com a iniciativa e a disposição

Outros materiais