Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
– Mecanismo do Parto Sob o ponto de vista do mecanismo do parto, o feto é o móvel ou objeto, que percorre o trajeto (bacia), impulsionado por um motor (contração uterina). Componentes do mecanismo do parto: • Motor: Contrações uterinas • Objeto: feto (será empurrado pelo motor) • Trajeto: bacia e as partes moles do canal ➢ • Situação • Apresentação • Posição • Atitude ou postura • Variedade de posição • Sincitismo e Assinclitismo • Altura da apresentação 1. SITUAÇÃO: A situação consiste na relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal. Essa relação dá origem a três possibilidades de situação fetal: longitudinal, transversa e oblíqua. 2. APRESENTAÇÃO: A apresentação é definida como a região fetal que ocupa a área do estreito superior e nela se vai insinuar. Para que exista apresentação, é necessário que o volume da região fetal seja capaz de encontrar obstáculo na sua passagem pelo canal pelvígenital; portanto, não existe apresentação antes do sexto mês ou quando a pane fetal é um membro, visto que os respectivos diâmetros são muito inferiores aos da bacia Quando a situação fetal é longitudinal, há duas possibilidades de apresentação: cefálica ou pélvica, dependendo do polo fetal que ocupa a região inferior do útero. – Nas situações transversas, por sua vez, duas outras possibilidades ocorrem, nas quais se distinguem as apresentações córmicas (ou de ombro), em que o dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente, ou as apresentações dorsais superior e inferior, em que o dorso fetal se apresenta superior ou inferiormente (nestes casos, o plano coronal fetal é perpendicular ao plano coronal materno), extremamente mais raras. 3. POSIÇÃO: A posição se refere a localização do dorso do bebê para a paciente. 4. ATITUDE OU POSTURA: Atitude consiste na relação das diversas partes fetais entre si. Assim, a atitude fetal depende da disposição dos membros e da coluna vertebral. Na maioria das vezes, o feto apresenta atitude de flexão generalizada durante toda a gestação e o parto. A coluna vertebral se curva ligeiramente produzindo uma concavidade voltada para a face anterior do concepto, enquanto os membros se apresentam flexionados e anteriorizados. Assim, configura-se uma formação de aspecto oval ou ovoide, com duas extremidades representadas pelos polos cefálico e pélvico. A posição fletida é a espera e normal para passar pelo trajeto e a defletida é a que gera maior dificuldade de passagem no canal do parto. Em 95 a 96% dos casos, o parto processa-se com o feto em apresentação cefálica fletida – apresentação de vértice. De todas as apresentações, esta é a menos sujeita a perturbações do mecanismo. 5. VARIEDADE DE POSIÇÃO: – A fontanela bregmática é maior e a lambdoide é menor. No exame de toque vaginal primeiro se localiza a sutura sagital e depois faz a diferenciação das fontanelas. Quanto a variedade de posição, toma-se o ponto de referência o occipício e tem-se: A primeira letra faz referência a apresentação fetal: O (occipcio) B (bregma), N (naso), M (mento), S (sacro) e A (acrômio); a segunda letra a ao lado materno ao qual está voltado o ponto de referência feral (posição): D (direita) e E (esquerda); a terceira letra indica a variedade de posição conforme o feto esteja voltado para o ponto de referência ósseo da bacia materna: A (anterior) - eminência ileopectlnea, T (transversa) - extremidade do diâmetro transverso, P (posterior ou púbis) - sinostose sacroilíaca ou púbis, S (sacro) – materno. 6. SINCLITISMO E ASSINCLITISMO Considerando que a articulação entre a cabeça e a coluna vertebral do feto é bastante móvel, o polo cefálico assume não só movimentos de flexão anteroposterior como também movimentos de flexão lateral. Durante o processo de insinuação, um dos ossos parietais atravessará o estreito superior da pelve antes do outro, aproximando a sutura sagital de um dos ossos do eixo anteroposterior da bacia materna (púbis ou sacro). Dessa forma, quando a sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o promontório materno, diz que há assinclitismo posterior. Ao contrário, quando a sutura sagital está mais próxima ao sacro mais baixo está o parietal anterior, e o assinclitismo é chamado de anterior. Durante o trabalho de parto, existe um momento em que o parietal insinuado ultrapassa o ponto de referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. Isso traz a sutura sagital à mesma distância entre o púbis e o promontório, e a cabeça fica em sinclitismo nesse momento. Moderados graus de assinclitismo, geralmente, são normais durante o trabalho de parto vaginal. Em situação de desproporção cefalopélvica, em especial nas bacias platipeloides, o assinclitismo é acentuado, mantendo-se por todo o período de descida, o que pode impedir a rotação interna e, assim, causar o que se denomina distocia de rotação. O assinclitismo posterior é também denominado obliquidade de Litzmann, e o anterior, obliquidade de Nãegele. – 7. ALTURA DA APRESENTAÇÃO Refere-se a posição do bebê tomando como referência a espinha isquiática. • Móvel:> -3 an. • Ajustada ou fixada: -3, -2 ou -1 cm. • lnsinuada: 0 cm • Fortemente insinuada: +1, +2 ou +3 cm. • Baixa: +4 ou +5 cm (já aflorando na vulva). O trajeto, ou canal da parturição, estende-se do útero à fenda vulvar. É constituído também por formações de diversas naturezas como as partes moles do canal do parto (segmento inferior, cérvice, vagina, região vulvoperineal). O canal da parturição é sustentado por cintura óssea, também chamada de pequena pelve, pequena bacia ou escavação. – ➢ Ginecoide: bacia normal feminina, presente em 50% das mulheres; possui um estreito superior arredondado; possui prognóstico muito bom para o parto; Antropoide: semelhante a encontrada nos macacos; presente em 25% da população; estreito superior elíptico no diâmetro ântero-posterior; tem no seu prognóstico um aumento de variedades posteriores e risco de distorcia apenas no estreito superior; Androide: bacia masculina; presente em 20% da população; possui estreito superior triangular; prognóstico com distocias crescentes com a progressão da apresentação; Platipeloide: bacia achatada; presente em 5% das mulheres; estreito superior elíptico transversal; prognóstico com insinuação nos diâmetros transversos com distocia maior na insinuação amenizando posteriormente. ➢ Estreito superior: limite superior da pelve obstétrica; Estreito médio: formado pelo terço inferior do sacro, espinhas isquiáticas e borda inferior da sínfise púbica; Estreito inferior: vai da borda inferior da sínfise púbica, ramos isquiopúbicos, ligamentos sacroespinhosos e a ponta do cóccix. – ➢ Distâncias da bacia que possuem interesse. Conjugata anatômica: Do promontório à borda superior da sínfise púbica; tem cerca de 11cm. Faz parte de um plano anatômico da bacia: o estreito superior (andar que marca a entrada da bacia); Conjugata obstétrica: vai do promontório à face posterior do púbis; tem cerca de 10,5cm. É a menor: é ela quem pode trazer dificuldade no parto. Possui importância obstétrica, para o parto. Conjugata diagonalis: não é do estreito superior nem do inferior mas é um recurso clínico para avaliar os outros diâmetros; tem cerca de 12cm; Vai da borda inferior da sínfise púbica até o cóccix; Marca a saída da bacia. Conjugata exitus: é a ultima na saída da pélvis no estreito inferior, vai do cóccix subpúbico → 9,5cm; após a retropulsão do cóccix: subsacro subpúbico → 11cm; No seu transcurso através do canal parturitivo, impulsionadopela contratilidade uterina e pelos músculos da parede abdominal, o feto é compelido a executar certo número de movimentos, denominados mecanismo do parto. São movimentos puramente passivos, e procuram adaptar o feto às exiguidades e às diferenças de forma do canal. Com esses movimentos, os diâmetros fetais se reduzem e se acomodam aos pélvicos. O mecanismo do parto tem características gerais constantes, que variam em seus pormenores de acordo com o tipo de apresentação e a morfologia da pelve. Refere-se as contrações uterinas que irão empurrar o feto através do trajeto. É o fenômeno mais importante do trabalho de parto, indispensável para fazer dilatar o colo e expulsar o concepto. – No fundo do útero há presença de marcapassos. Contrações são inibidas pela progesterona. - Contrações tipo A: Desde o começo da gestação; menor intensidade; grande frequência; mais localizadas; - Contrações tipo B: após as 28 semanas; maior intensidade; contrações de treinamento ou Braxton-Hicks; 4 semanas pós parto; Triplo gradiente descendente: Contrações que começam primeiro, são mais intensas e tem maior duração no fundo do útero. Consequências: dilatação do colo com seu esvaecimento, apagamento e dilatação; e mais tarde há a progressão do bebê; São 3: insinuação, descida e desprendimento. A insinuação (ou encaixamento) é a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior. Nessas condições, e pelo geral, está o ponto mais baixo da apresentação à altura das espinhas ciáticas (plano “O” de DeLee). – Tem como tempo preliminar a redução dos diâmetros, o que, nas apresentações cefálicas, é conseguido pela flexão (apresentação de vértice), ou deflexão (apresentação de face). Na apresentação pélvica, a redução dos diâmetros é obtida aconchegando-se os membros inferiores sobre o tronco ou desdobrando-se os mesmos, para baixo ou para cima. Nas apresentações córmicas, a insinuação não ocorre com feto de tamanho normal, em decorrência da grande dimensão dos diâmetros. Por isso, o parto pela via vaginal é impossível. Mecanismos atípicos que promovem o parto transpélvico espontâneo podem ser processados somente nos fetos mortos, ou de pequenas dimensões. Para que se processe a insinuação, é necessário haver redução dos diâmetros da cabeça, o que será obtido pela orientação de diâmetros e por flexão. No início dessa fase, a cabeça fetal encontra-se acima do estreito superior da bacia, em flexão moderada, com a sutura sagital orientada no sentido do diâmetro oblíquo esquerdo ou do transverso e com a pequena fontanela (fontanela lambdoide) voltada para esquerda. A flexão da cabeça pode ser explicada por três teorias: • Teoria de Zweifel: a implantação da coluna cervical na base do crânio se faz mais para o lado occipital do que da face, criando a condição de uma alavanca de braços desiguais. A contrapressão exercida pelo contato das bordas da pelve, representando forças iguais nos dois extremos da alavanca, domina o braço mais longo, que corresponde à face, por isso esse extremo sobe e o outro desce. • Teoria de Lahs: define que as pressões laterais exercidas sobre a cabeça pelo canal do parto alcançam níveis diferentes, sendo o mais baixo o lado occipital. A ação das linhas de força em sentido oposto resulta no abaixamento do occipital. • Teoria de Sellheim: explica que mediante uma diferença de pressão atmosférica, quando um elipsoide de rotação, colocado obliquamente ao seu eixo, progride através de um tubo reto, igual ao canal do parto, o elipsoide dispõe-se de modo que seu eixo maior coincida com o eixo do tubo. Essas três teorias não se contradizem: explicam o mesmo fenômeno de maneiras diferentes. Apenas Zweifel deixa entender que as forças atuantes na flexão da cabeça resultam do contato com a reborda óssea da pelve, enquanto as outras duas teorias sugerem pressões laterais das porções altas do canal mole (segmento inferior do útero). Reduzindo os seus diâmetros, pelos movimentos apontados, a cabeça fetal transpõe o estreito superior da bacia. A insinuação ocorre por dois processos diferentes: • Insinuação estática: processada na gravidez, em mais de 50% das primigestas. Flexão por aconchego no segmento inferior e na descida, conjuntamente com o útero, por tração dos ligamentos sustentadores do órgão e pressão das paredes abdominais; – • Insinuação dinâmica: que surge no fim da dilatação cervical ou no início do período expulsivo nas multíparas. Flexão por contato com o estreito superior da bacia e descida à custa das contrações expulsivas. A insinuação estática é considerada prognóstico favorável para o parto, desde que proporcione boa proporção cefalopélvica. A recíproca, porém, não é correta. O simples fato de não se ter verificado, não autoriza concluir pela existência de desproporção cefalopélvica ou de qualquer outra razão de mau prognóstico. A descida ou progressão, também considerada segundo tempo do mecanismo de pano, é o momento definido pela passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal em geral) do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna. A definição e o estudo desse momento do parto têm meramente fins didáticos, já que sempre ocorre de forma sincrônica com o primeiro tempo, o terceiro tempo ou ambos. Por essa razão, é de suma importância ter em mente que enquanto a descida está ocorrendo, a insinuação pode não ter ocorrido ainda e a rotação interna está acontecendo concomitantemente. Como esse movimento é harmônico e complexo, acredita-se que a divisão desse tempo facilita o entendimento. Na prática clínica, usa-se o esquema de De Lee. com os planos ditos em centímetros, a partir das espinhas isquiáticas. Completando a insinuação, a cabeça migra até as proximidades do assoalho pélvico, onde começa o cotovelo do canal. Até aí mantém a mesma atitude e conserva o mesmo sentido, apenas exagerando um pouco a flexão. O ápice do ovoide cefálico atinge o assoalho pélvico, e a circunferência máxima encontra-se na altura do estreito médio da bacia. A descida, na realidade, ocorre desde o início do trabalho de parto e só termina com a expulsão total do feto. Rotação interna da cabeça: O objetivo da rotação interna é coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico com o maior diâmetro da bacia materna. Os diâmetros com maiores proporções variam, dependendo do estreito em que se encontra a cabeça fetal. Assim, o estreito superior apresenta maior dimensão no sentido transverso; no estreito médio, o sentido anteroposterior é maior ou eles têm iguais proporções; e no inferior o anteroposterior é maior. Durante a descida do feto, ocorre movimento de rotação para locar o polo cefálico sob o púbis. Descreve-se assim um movimento de espira. A linha de orientação (sutura sagital) fica orientada – na direção do maior diâmetro do estreito inferior (anteroposterior) ao terminar a descida. A rotação normalmente traz o ponto de referência fetal para a frente, junto ao púbis, o que é denominado rotação anterior (ou púbica). Quando, excepcionalmente, o feto roda para trás, diz-se que ocorreu rotação posterior (ou sacra). O grau de rotação varia conforme a variedade de posição. Nas apresentações cefálicas fletidas. o occipício é o ponto de referência que irá percorrer a distância de um arco de circunferência, necessária para sua locação no subpúbis. Dessa forma, será observada a rotação, em graus, conforme as seguintes variedades: A rotação interna é essencial para que ocorra ultimação do parto, exceto quando o feto é muito pequeno. Uma vez que a extremidade cefálica distenda e dilate, o conjunto musculoaponeurótico que compõe o diafragma pélvico sofre movimento de rotação que levará a sutura sagital a se orientar no sentido anteroposterior da saída do canal.O desprendimento cefálico ocorre com a descida final da cabeça fetal em posição occipitopúbica, até que seja possível a locação do suboccipicio no subpúbis matemo. Como o polo cefálico está em flexão, é necessário que ocorra o movimento de deflexão ou extensão da cabeça para ocorrer exteriorização do maciço frontal. – Terminado o movimento de rotação, o suboccipital coloca-se sob a arcada púbica; a sutura sagital orienta-se em sentido anteroposterior. Dada a curvatura inferior do canal do parto, o desprendimento ocorre por movimento de deflexão. A nuca do feto apoia-se na arcada púbica e a cabeça oscila em torno desse ponto, em um movimento de bisagra. Com o maior diâmetro do ovoide cefálico (occipitomentoniano) continuando orientado no sentido do eixo do canal, a passagem da cabeça através do anel vulvar deve ser feita pelos diâmetros anteroposteriores, de menores dimensões originados do suboccipital. Essa região acomoda-se, assim, à arcada inferior da sínfise, em redor da qual a cabeça vai bascular para o desprendimento. Com o movimento de deflexão, estando o suboccipital colocado sob a arcada púbica, liberta-se o diâmetro suboccipitobregmático, seguido pelo suboccipitofrontal, suboccipitonasal e, assim por diante, até o completo desprendimento. Rotação externa da cabeça: A rotação externa da cabeça fetal, também denominada movimento de restituição, leva o occipício a voltar-se para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto. A sutura sagital apresenta-se em sentido transversal ao da fenda vulvar ao fim desse tempo. Nessa ocasião, aspáduas, que se insinuaram no diâmetro oblíquo oposto ao da cabeça fetal, rodam, trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior. Esse movimento que ocorre com os ombros se deve, aparentemente, aos mesmos fatores que determinam a rotação interna da cabeça. Imediatamente após desvencilhar-se, livre agora no exterior, a cabeça sofre novo e ligeiro movimento de flexão, pelo seu próprio peso, e executa rotação de 1/4 a 1/8 de circunferência, voltando o occipital para o lado onde se encontrava na bacia. É um movimento simultâneo à rotação interna das espáduas, por ela causado, e conhecido como restituição (faz restituir o occipital à orientação primitiva). Desprendimento das espáduas: Nessa altura, tendo o feto os braços cruzados para diante do tórax, a espádua anterior transpõe a arcada púbica e aparece através do orifício vulvar, onde ainda se encontra parcialmente recoberta pelas partes moles. – Para libertar o ombro posterior, e tendo de acompanhar a curvatura do canal, o tronco sofre movimento de flexão lateral. Continuando a progredir em direção à saída, com o tronco fletido lateralmente, desprende-se a espádua posterior. O restante do feto não oferece resistência para o nascimento, embora possa obedecer ao mesmo mecanismo dos primeiros segmentos fetais. Insinuação cefálica pelos diâmetros transversos da bacia: A cabeça, antes da insinuação, é observada em posição transversa, com o parietal posterior apresentando-se sobre a região anterior da pelve (obliquidade de Litzmann). A sutura sagital permanece horizontalmente sobre a sínfise, ligeiramente por detrás dela. A insinuação ocorre por mecanismo de alavanca: flexão lateral da cabeça para o lado oposto, ficando a sutura sagital no diâmetro transverso da bacia (sinclitismo). Simultaneamente, começa a descida, e logo a apresentação do parietal posterior, no estreito superior, é substituída pela apresentação do parietal anterior, na escavação (obliquidade de Nägele). A superfície lateral do parietal posterior fica quase paralela à superfície anterior do sacro. A descida ulterior, até o plano sacrococcígeo, ocorre ao longo de uma linha dirigida para baixo e para trás, e mais ou menos paralela à superfície anterior do sacro. A cabeça permanece em posição transversa até as espinhas ciáticas ou um pouco acima, com o parietal anterior apresentado. O vértice continua a mover-se para trás, na direção do plano sacrococcígeo. Ocorre aí a flexão lateral que precede a rotação interna. O occipital roda para frente, ao longo da discreta curvatura do ramo isquiopubiano, em ângulo de 90°. A descida ulterior dá-se durante a rotação, permanecendo a cabeça fortemente fletida. Finalmente, a extensão do occipital começa debaixo das espinhas ciáticas e é seguida do movimento de expulsão. As posições transversas persistentes no estreito superior não apresentam inconvenientes, transformadas ou não em oblíquas anteriores, ao penetrarem a bacia. – REFERÊNCIAS: Zugaib Obstetrícia; REZENDE,J. Obstetrícia; Obstetrícia de Williams
Compartilhar