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Unidade 2 -MTC Técnicas de estudo: resumo, resenha, fichamento, esquema e mapa conceitual e Uso de bases digitais de dados Resumo: -Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o resumo deve apresentar concisamente os pontos relevantes de um texto. Neste sentido, o resumo ressalta as partes lógicas da obra escolhida. Destacando o conteúdo central; -O autor do resumo não pode transcrever partes da obra original, ele deverá, a partir da compreensão do texto, escrever com suas palavras o que o autor pretendia transmitir ao leitor; -Na construção do resumo, devemos nos deter à ideia central e não expor opiniões; -Como dica, procurem responder a pergunta: De que se trata esse texto? Em seguida sublinhar as partes do parágrafo que considere importante, desta maneira ficará mais fácil identificar os pontos principais, e por último redigir com suas próprias palavras o que o autor quis passar com suas ideias; -A estrutura básica do resumo, seguindo a ABNT é: 1. Referência: autores, título, editora, localidade e ano; 2. Palavras-chaves: no máximo cinco palavras representativas do trabalho (utilizado em resumos de trabalhos científicos); 3. Introdução: informa a natureza do trabalho e referências teóricas de apoio; 4. Objetivos: indica os objetivos visados; 5. Metodologia: mostra os procedimentos e métodos utilizados em resumos de trabalhos científicos; 6. Resultados e conclusão: mostra os resultados e conclusões alcançadas pelo autor. -Já a estrutura básica de um resumo como documento pessoal (técnica de estudo) é: 1. O título do texto; 2. A referência da obra; 3. Resumo contendo o assunto do texto, o objetivo central, as articulações das ideias e a conclusão do autor do texto. -É importante destacarmos que a ABNT classifica o resumo em três tipos: o Indicativo, o Informativo e o Crítico; -Segundo Medeiros (2014, p. 137-138): -“O resumo Indicativo indica apenas os pontos principais do documento; não apresenta dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto […]”; -“O resumo Informativo é também conhecido como analítico. Pode dispensar a leitura do texto original. Deve salientar objetivo do texto, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. Evitem-se comentários pessoais e juízo de valor […]”; -“O resumo Crítico, também denominado recensão ou resenha é redigido por especialistas e compreende análise crítica de um texto. […]”. Resenha: -A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 6028) caracteriza a resenha como um resumo crítico; -Desta forma, a resenha é o trabalho acadêmico que mais se aproxima de um trabalho científico, na medida em que possibilita a crítica diante de uma obra. Para elaborar uma resenha devemos conhecer o assunto para poder criticar (a favor ou contra); -Além do resumo da obra, o autor deve apontar críticas em relação ao assunto abordado; -Para Andrade (1995, p. 65), “[…] a resenha é um tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente, permite comentários e opiniões, inclui julgamento de valor, comparações com outras obras da mesma área e avaliação da relevância com a relação às outras do mesmo gênero”. -A estrutura da resenha conforme Lakatos e Marconi (1985) apud Andrade (1995, p. 66): -A estrutura básica do uma resenha é: 1. Referência: autores, título, editora, localidade e ano; 2. Credenciais do autor: informações gerais do autor; 3. Resumo da obra; 4. Avaliação da obra. Fichamento: -O Fichamento é um documento pessoal (técnica de estudo) bastante utilizado para selecionar o material necessário à construção de trabalhos científicos, pois nele podemos guardar informações de bases bibliográficas para possíveis utilizações em trabalhos acadêmicos e científicos; -O fichamento, também, possui a função de memorizar aquilo que estudamos e queremos reter. É registrado o que consideramos relevante no texto, como a referência da obra, as principais ideias do autor, o referencial teórico utilizado no texto, entre outros pontos; -Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o fichamento de resumo ou conteúdo e o fichamento de citações ou transcrição. -> Fichamento bibliográfico: -Guardamos a referência da obra; -Além disso, podemos fazer apontamentos em relação ao texto, como a abordagem da obra, os procedimentos feitos, os problemas e as conclusões alcançadas; -Na medida em que o pesquisador vai estudando as bases teóricas, para criar seu acervo bibliográfico, deverá organizá-lo. Isso poderá ser feito através da ficha bibliográfica. -> Fichamento de resumo: -Além da referência da obra, podemos expor resumidamente as ideias do autor, elaboradas com as nossas próprias palavras. Esse resumo pode ser da obra completa ou de partes dela. -> Fichamento de citação ou transcrição: -Registramos as passagens da obra através das transcrições das partes mais relevantes, reproduzindo fielmente as palavras do autor; -O estudante cria através deste tipo de fichamento um acervo de citações que poderão ser utilizadas em trabalhos posteriormente, sem que para isso seja necessário ter em mãos a obra original, pois já estão destacadas as partes que serão utilizadas. -A estrutura básica do fichamento de citações ou transcrição: 1. Cabeçalho; 2. Referências da obra; 3. Citações. *Mas, para elaborarmos o fichamento de transcrição, precisamos seguir certas regras, como: 1. Seguir a estrutura do texto original (Introdução, desenvolvimento e conclusão); 2. O trecho retirado da obra deve aparecer entre aspas e ao final da página de onde foi retirado; 3. Nas supressões de palavras ou partes de um parágrafo, devemos colocar colchetes e três pontos indicando esse corte “[…]”. 4. Quando pulamos um ou mais parágrafos, indicamos através de uma linha tracejada: “............................................................. ..................................................” Esquema: -Esquema é uma técnica de estudo muito utilizada para rápidas revisões; -No esquema encontramos as palavras-chaves, sem desenvolvimento de frases e fiéis às principais ideias e expressões do texto, ou seja, o esquema pode ser considerado o esqueleto da obra; -Não existe uma regra específica para o esquema, geralmente encontramos em forma de diagramas, números e pontuações; -Antes de iniciar um esquema, leia o texto todo (ininterruptamente) e em seguida por parágrafos, subtítulo ou capítulos, depois anote as palavras-chaves, os conceitos que você julga mais importantes. Dessa forma, irá lembrar-se do texto ao observar as palavras selecionadas. *obs.: Lembrando que antes de iniciar suas escritas, devemos identificar o texto com a referência da obra original, como estamos falando de técnicas de estudo que poderão ser utilizadas em trabalhos científicos e acadêmicos, a identificação facilitará na busca pela obra original. Mapa conceitual: -São diagramas que indicam relações entre conceitos incluídos numa estrutura hierárquica de proposições. Evidencia a compreensão do processo de aprendizagem do aluno, entendendo que este se manifesta pela organização dos conceitos e a qualidade de suas relações; -Essas técnicas estão inseridas no cotidiano acadêmico, servindo como suporte para a atividade de pesquisa e/ou podendo ser solicitadas como trabalhos acadêmicos. A partir da definição de um tema de pesquisa, o aluno deverá realizar leituras e estudos específicos, de modo a construir um quadro conceitual para a realização de seus trabalhos, e consecução das demais etapas da pesquisa. Uso de bases digitais de dados: -Ao realizar pesquisa por fontes na Internet, cabe ao pesquisador atentar para a confiabilidade das informações colhidas. Deste modo, para evitar a coleta de informações inseguras e minimizar problemas, deve-se buscar informações em locais seguros. -Mattar (2008, p. 178) alerta que “estar ‘publicado’ na Internet não é garantia da qualidade da fonte — a confiabilidade das fontes de informação não é característicada Internet; ao contrário, como é muito mais fácil e barato publicar na Web do que em papel, há muito mais material de baixa qualidade na Internet”; -Não se trata de evitar os portais de busca, mas saber de onde extrair informações que servirão de base, complementarão e subsidiarão a realização de trabalhos de natureza científica e acadêmica; -De acordo com Mattar (2008, p. 175): Estamos provavelmente vivenciando um período de transição na forma de comunicação científica, de um sistema tradicional, fundado na impressão, para um sistema de publicação eletrônico […]. Nesse sentido, boa parte da informação bibliográfica que o pesquisador utilizará durante seu trabalho pode ser encontrada em formato digital. Faz-se necessário, deste modo, saber avaliar as formas de acesso e as fontes de informações disponíveis na internet.; -Mattar (2008) pontua alguns critérios que ajudam na hora de selecionar materiais divulgados online, são eles: -> Em se tratando de material publicado na Internet, é necessário observar: -Quem é o responsável pela publicação? -Que instituição a publicou? Qual a reputação da instituição? -Quais as credenciais do autor? Ele está habilitado a falar sobre o assunto em questão? -Qual a data da publicação? Ela é recente? Serve à discussão de um tema atual? -Quais as referências? Há indicações de fontes na página de onde se extraiu as informações? -> Informações que exigem cuidado e devem ser evitadas: -Conteúdos divulgados em websites de propaganda; -Informações obtidas em homepages, blogs e outros, sem o nome do autor, nem de responsável pela página, são consideradas sem valor algum. -Cabe atentar para o fato de que não se deve confiar automaticamente em informações disponíveis na Internet. Ao contrário, deve-se acrescentar mais rigor e critério no uso e seleção de tais informações, uma vez que a facilidade com que se publica online faz com que atores típicos da publicação impressa – editor, editora, revisor, tradutor, dentre outros – sejam desnecessários, tornando mais fluida e flexível a divulgação de conteúdo; -Desta forma, a responsabilidade em filtrar as informações caberá a quem irá “consumi-las” (MATTAR, 2008).
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