Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Arianne Thandara de Sousa Durães Medicina - 3º período Módulo II - Percepção, Consciência e Emoção NEUROLOGIA I NEUROLOGIA I - ASSOCIAÇÕES COM CASOS CLÍNICOS 02 LESÃO EM TRONCO ENCEFÁLICO O caso clínico expõe a história de T.D.J que procurou o neurologista após a lesão expansiva na ponte e relata quadro de diplopia, dificuldade de deambulação e alteração da mímica facial. Por meio da anamnese e exame físico, foram identificados os seguintes sinais e sintomas: HIPOESTESIA TÉRMICA E DOLOROSA HEMIFACIAL ESQUERDA E HEMICORPO DIREITO, justificados por uma lesão no nervo trigêmeo (sinal homolateral à lesão) e no trato espinotalâmico lateral (sinal contralateral à lesão devido ao cruzamento na comissura branca da medula), respectivamente; apresentou, também, LAGOFTALMIA, INCAPACIDADE DE PISCAR, FECHAR O OLHO À ESQUERDA E DESVIO DA COMISSURA LABIAL PARA A DIREITA, justificados por uma lesão no nervo facial, levando a uma paralisia facial periférica (em que os sinais são homolaterais à lesão e o desvio labial é contralateral), além de ESTRABISMO CONVERGENTE À ESQUERDA E DIPLOPIA HORIZONTAL, explicados pela lesão do nervo abducente (responsável por inervar o músculo reto lateral), com isso, há um desbalanceamento do reto medial (inervado pelo nervo oculomotor), que vai “puxar” o olhar para o centro, causando o estrabismo (sinal homolateral à lesão), e, consequentemente, um olhar não conjugado, devido a isso, a formação da imagem em cada olho ocorrerá em regiões diferentes na retina, explicando a diplopia. Por fim, apresentou, ainda, HEMIPARESIA PROPORCIONADA À DIREITA E REFLEXO CUTÂNEO PLANTAR EM EXTENSÃO, devido a uma lesão no trato corticoespinhal (sinal contralateral à lesão, pois o trato realiza o cruzamento na decussação das pirâmides bulbares, abaixo da ponte) e o reflexo, sinal de Babinski, tem associação com a síndrome do neurônio motor superior INCOORDENAÇÃO MOTORA À ESQUERDA justificada por uma lesão no pedúnculo cerebelar médio (sinal homolateral); e DIFICULDADE DE DEAMBULAÇÃO, está justificada pela lesão no nervo vestibulococlear (na parte vestibular do nervo, responsável pela manutenção do equilíbrio). Dessa forma, fica evidente que se trata de uma lesão no lado esquerdo da ponte, pois os sinais e sintomas são referentes aos nervos e vias lá presentes. LESÃO NO MESENCÉFALO O paciente do caso apresenta uma lesão no mesencéfalo do lado esquerdo, o que resultou nas prováveis síndromes de Weber e Benedikt. Arianne Thandara de Sousa Durães Medicina - 3º período A lesão no oculomotor levou a ptose palpebral, devido a paralisia do músculo levantador da pálpebra, o que impossibilita a abertura voluntária da pálpebra e o estrabismo divergente a esquerda, esse desvio do bulbo ocular em direção lateral, ocorre por ação do músculo reto lateral não contrabalançada pelo medial, sinais homolateral à lesão o que leva a diplopia. Hemiparesia direita proporcionada completa, sinal contralateral, ocorre devido a lesão do trato corticoespinhal responsável pela motricidade voluntária. Com o desvio da comissura labial para esquerda, homolateral à lesão, ocorre por paralisia facial central por lesão supranuclear. Movimentos incoordenados (tremores) nas extremidades do hemicorpo direito, sinais contralaterais, por lesão do núcleo rubro. Anestesia térmica, tátil e dolorosa no hemicorpo direito, inclusive na face, lesão dos lemniscos medial (tátil), espinhal ( térmica e dolorosa), face ( trigeminal), sinais contralateral a lesão. Abolição do reflexo fotomotor direto e preservação do consensual ( estímulo à esquerda), a abolição do fotomotor direto ocorreu por lesão do oculomotor esquerdo, e ocorreu o consensual por preservação do oculomotor que inerva o olho direito. VPPB E SISTEMA VESTIBULAR A paciente A.B.N que sentia uma sensação de que tudo estava rodando, ou seja vertigem objetiva, suava frio, tinha taquicardia,com náuseas e às vezes vomitava. Possui uma lesão no sistema vestibular periférico, o que possivelmente caracteriza uma VPPB - Vertigem Posicional Paroxística Benigna - que ocorre por deslocamento de cristais otocônios, que ficam no sáculo e utrículo, e que seu deslocamento estimula as células ciliada no canal semicircular, criando a ilusão de movimento, o que desencadeia a vertigem e o nistagmo porque o movimento dos olhos não acompanha o movimento da cabeça de maneira compatível. A paciente está hesitante ao levantar da cadeira porque qualquer movimento pode levar ao deslocamento dos cristais otocônios e levar aos sintomas. A prova calórica, faz a estimulação dos cristais ao estimular o movimento da endolinfa o que provocaria o nistagmo, a água fria provoca o nistagmo na direção do lado não tratado. O paciente H.T.M, possui lesão no sistema vestibular central ( Cerebelo), em que o álcool possui efeito tóxico sobre as células de purkinje, o que leva a atrofia no verme rostral, com apresentação dos sintomas de ataxia cerebelar com disartria, postura estática de base ampla, marcha vacilante por perda da capacidade de usar as informações vestibulares. Desequilíbrio para manter-se sentado ou na postura ereta, com ataxia axial, por lesão das células de purkinje do vestibulocerebelar. Nistagmo, lesão do espino cerebelo porque projeções inibitórias das células de Purkinje para os núcleos vestibulares mediais que controlam os movimentos oculares e coordenam o Arianne Thandara de Sousa Durães Medicina - 3º período movimento a cabaça e dos olhos, através do fascículo longitudinal medial estão comprometidas, e hipotonia discreta porque os núcleos centrais em especial o denteado e interposto que mantém mesmo na ausência de movimento, certo nível de atividade espontânea, que age sobre os neurônios motores das vias laterais ( trato corticoespinhal e rubro espinhal) é faz a manutenção do tônus estão lesados. Tais sintomas caracteriza uma possível síndrome do espinocerebelo. Movimentos eumétricos dos MMSS, confirmando o diagnóstico topográfico de atrofia do vérmis, ao contrário do que se apresentaria em lesões dos hemisférios cerebelares, já que nestes, os movimentos encontrariam disimétricos.
Compartilhar