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IDENTIDADE PARCELADA: JUVENTUDE PERIFÉRICA, CONSUMO E IDENTIDADE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN)
CENTRO DE EDUCAÇÃO (CE)
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO (DFPE)
COMPONENTE: FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL
Professora: ERIKA DOS REIS GUSMÃO ANDRADE
Estágio Docência: JOÃO PEDRO A. DE SOUSA
Trabalho avaliativo da unidade II
IDENTIDADE PARCELADA: JUVENTUDE PERIFÉRICA, CONSUMO E IDENTIDADE
Componentes: José Arthur Felipe Pequeno; Gabriela Milayeveli de Melo Ribeiro 
Identidade Parcelada
juventude periférica, consumo e identidade
A adolescência é um período situado entre a infância e a vida adulta. Durante esta fase, o indivíduo passa por mudanças fisiológicas e comportamentais decorrentes respectivamente das transformações que ocorrem em seu corpo, e também da intensa mudança do mundo moderno, que influencia diretamente na sua personalidade. 
Existem diversos conceitos que definem a adolescência. Segundo o ponto de vista atual, a adolescência é um fenômeno marcado pelo inato e o adquirido, ou seja, o que pertence ao ser desde o seu nascimento e o que será alcançado ao longo de suas vivências. Como exposto anteriormente, vários aspectos irão ocorrer no processo de desenvolvimento do adolescente, principalmente os fatores que irão influenciar a aparência física na autoavaliação do adolescente. 
Segundo a escritora Dinah Martins, em seu livro, Psicologia da Adolescência: normalidade e psicopatologia, a autora afirma que as características físicas que o adolescente possui influenciam a relação da imagem que ele tem de si mesmo e a percepção que ele possui sobre sua aparência, é como os outros lhe veem. Nesse sentido, percebe-se que, o fato da aparência ter um papel relevante na vida do adolescente, acaba gerando na maioria das vezes, um grande problema para o indivíduo, pois o adolescente acaba validando a aparência como algo primordial na sua vida, causando diversos distúrbios que interfere no seu comportamento mediante a sociedade.
De acordo com a análise do vídeo, “Identidade Parcelada: juventude periférica, consumo e identidade”, faz-se necessário uma correlação a respeito das temáticas trazidas por autores como, Dinah de Souza Campos, Erik H. Erikson, Ruth Benedict e Stanley Hall. Durante o vídeo, percebe-se que o desenvolvimento social na adolescência, é o fator principal da discussão e da reflexão do documentário. O primeiro autor que se pode fazer uma correlação entre o vídeo e o que foi discutido em sala de aula é a Ruth Benedict. Em suas reflexões, Benedict afirma, que “O papel principal do adolescente deve ser uma busca pela identificação significativa”. Isso sofre influência da necessidade que o indivíduo possui de se distinguir do seu âmbito familiar, ou seja, sair de uma relação incestuosa e estabelecer outras relações com grupos sociais que permitam novas oportunidades, experiências culturais e pessoais.
 Portanto, a necessidade que o adolescente possui de desvincular a imagem familiar de si mesmo, segundo o ponto de vista psicanalítico, se faz presente no pequeno documentário, com o exemplo do Denis. Um jovem de 19 anos, morador da periferia e evangélico. Em sua fala, ele explica o conflito que sofre tentando se identificar como indivíduo, flutuando em dois grupos, o religioso-familiar e o grupo que ele define como “do mundo”. Ainda em sua fala, ele afirma que veio de um “Berço evangélico”, por influência da sua família. Apesar da influência religiosa da família do Denis, possivelmente ele vivenciou outras experiências que foram além do seu âmbito familiar e religioso que, em conjunto, construíram a sua personalidade, seu caráter, estilo e comportamento, diferenciando-o dos demais. 
 Outrossim, destaca-se ainda, o conflito de identidades relatado por Denis, que leva a outra percepção discutida em aula, por exemplo, as dificuldades e frustrações que o adolescente sofrem ao tentar se identificar com um determinado grupo social, que no decorrer das vezes, o leva a um estágio de alienação propiciando a inserção em grupos sociais negativos que tem um papel mais opressor do que libertador, segregando, julgando e preconceituando aqueles que por algum motivo, não se adequam aos padrões e normas de um determinado grupo social. 
Além disso, outro fenômeno discutido no decorrer das aulas, é a Etiologia do comportamento humano. Sobre a importância do ego como um agente sintetizador da vida interior e social. Durante o pequeno documentário, fica explicito a importância de se identificar e de se assumir como sujeito de um determinado grupo, visto que na maioria das vezes, o fato do adolescente ser pertencente a um determinado grupo social, acaba tendo um papel empoderador e fortalecedor, principalmente para grupos que historicamente sofreram e ainda sofrem nos dias atuais, repressão e discriminação, por exemplo, a comunidade preta, comunidade LGBTQIA+ etc.
 Assim como, para Bernadeth, mulher preta e mãe de uma jovem de 16 anos, explica como foi importante para ela assumir sua identidade preta e a sua cultura, através das suas vestes, penteados e outras características que as foram passadas pela sua família e seu grupo social. Para Bernadeth, usar esses meios para combater o racismo e o preconceito que sofreu durante sua adolescência é uma forma de resistência. Assim, com esse exemplo, vê-se o quanto essa busca pela identificação pode ser de extrema importância e benéfica para se conquistar um bem estar próprio e uma identificação consigo e criar referências para adolescentes de futuras gerações. 
Outro fator exposto no vídeo, é sobre a adolescente Nairobe, de 18 anos e periférica. Ela relata discussões e preconceitos que sofreu no âmbito escolar pelas suas características físicas. Essas situações que geralmente o adolescente vivencia pode influenciar no seu desenvolvimento emocional, visto que a emoção é uma força construtiva que influencia a atividade humana. Logo, dependendo das experiências emocionais vivenciadas pelo adolescente, pode afetar seu comportamento significativamente de forma positiva, ou na maioria das vezes, de forma negativa.
Durante o documentário, Nairobe relata que sempre teve o apoio da sua mãe, que a ajudou no desenvolvimento da autoestima e a sua aceitação. Assim, a partir desse exemplo, enfatiza-se o fato de que no processo de desenvolvimento emocional do adolescente, necessita-se do apoio dos adultos com que convive, pois é através desse apoio que o adolescente consegue praticar a autoconfiança de si mesmo, ter atitudes maduras e lidar com situações desagradáveis. Por conseguinte, esse apoio emocional fornecido pelos adultos para com os adolescentes, facilitará suas relações interpessoais quando contemplarem a vida adulta. Por fim, esse fator é considerado a dimensão mais importante da adolescência. 
Referências
· Texto referência: CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Teorias antropológicas da Adolescência. In CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência. Petrópolis, Vozes, 2012. P. 85-91.
· Texto referência: CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Caracterização geral dos fatores determinantes do fenômeno da adolescência. In CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência. Petrópolis, Vozes, 2012. P. 31-43.
· https://www.youtube.com/watch?v=55jWab54aFI
· Texto referência: CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Teoria do Estabelecimento da Identidade: Erik H. Erikson. In CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência. Petrópolis, Vozes, 2012. P. 95-104.

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