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SAÚDE DA MULHER

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SAÚDE DA MULHER
SAúde da mulher no Brasil
- Mulheres em idade reprodutiva (10 a 49 anos)
- 65% da população feminina
- São as principais usuárias do SUS (doenças próprias, acompanhante, cultural – mulher busca mais a atenção a saúde que o homem) 
- Maior expectativa de vida que os homens, mas adoecem mais facilmente.
Incorporada às políticas de saúde nas primeiras décadas do séc. XX, limitada gravidez e parto. Os programas materno-infantis elaborados nas décadas de 30, 50 e 70 eram baseados no papel social de mãe e doméstica. Mulheres se organizaram e reivindicaram ações que extrapolam o momento de gestação e de parto, proporcionando melhoria das condições de saúde em todos os ciclos da vida.
PAISM – PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
Foi criado em 1984, preconizou a garantia de acesso de todas as mulheres, em qualquer ciclo de sua vida, a informações e serviços integrados de atendimento, do nível mais simples ao mais complexo, com cobertura para prevenção e atenção curativa e ações de planejamento reprodutivo. Foram incluídas ações:
· Educativas 
· Preventivas 
· Diagnóstico 
· Tratamento e recuperação
A PAISM deverá atingir as mulheres em todo o ciclo de vida. Englobando assistência a mulher em:
· Clinica ginecológica
· Pré-natal
· Parto 
· Puerpério
· Climatério
· Planejamento familiar 
· DST
· Câncer de colo de útero e mama 
PNASM - Política nacional de atenção à saúde da mulher
A PNAISM consolidou os avanços do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), de 1984, que redefiniu a agenda relativa à saúde da mulher, ampliando o leque de ações, até então focadas na assistência ao ciclo gravídico-puerperal, para incluir outros aspectos relevantes da saúde da população feminina, tais como a assistência às doenças ginecológicas prevalentes, a prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de colo uterino e de mama, a assistência ao climatério, a assistência à mulher vítima de violência doméstica e sexual, os direitos sexuais e reprodutivos e a promoção da atenção à saúde de segmentos específicos da população feminina, entre outros”.
Elaborada em 2004, a partir de diagnóstico epidemiológico da situação da saúde da mulher no Brasil e do reconhecimento da importância de se contar com diretrizes que orientassem as políticas de Saúde da Mulher. A PNAISM teve como base o Programa de Atenção Integral de Saúde da Mulher - PAISM, no contexto da redemocratização do país/ Conferência de Alma-Ata (1978) e com a participação dos movimentos sociais e de mulheres, em especial o movimento feminista.
------------OBJETIVOS DA PNAISM
· Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro.
· Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie.
· Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
------------OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PNAISM
Em seus objetivos específicos, a PNAISM aponta como prioritário desenvolver ações que garantam atenção humanizada às mulheres nas seguintes situações que envolvem sua saúde:
· Mortalidade materna, com subdivisões que abrangem: precariedade da atenção obstétrica; abortamento em condições precárias, precariedade da assistência em anticoncepção; DST/HIV/Aids;
· Violência doméstica e sexual;
· A saúde de mulheres adolescentes;
· Saúde da mulher no climatério/menopausa;
· Saúde mental e gênero;
· Doenças crônico-degenerativas e câncer ginecológico;
· Saúde das mulheres negras;
· Saúde das mulheres indígenas;
· Saúde das mulheres lésbicas;
· Saúde das mulheres residentes e trabalhadoras na área rural;
· Saúde das mulheres em situação de prisão.
câncer de mama
CONCEITOS, NOMENCLATURAS, CAUSAS, COMPLICAÇÕES, TIPOS DE TRATAMENTO E REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA.
O câncer de mama é uma doença heterogênea e complexa, que se apresenta de múltiplas formas clínicas e morfológicas, com diferenças na pré e pós-menopausa, com diferentes graus de agressividade tumoral e potencial metastástico, atingindo frequentemente mulheres após os quarenta anos de idade, embora se tenha observado um fenômeno em nível mundial, do aumento de sua incidência em faixas etárias mais jovens.
No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados de 49.400 novos casos de câncer de mama em 2011, com um risco de 49 casos a cada 100 mil mulheres, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde já existe uma concentração maior de diagnósticos da doença.
Um importante fator prognóstico do câncer de mama é o diagnóstico precoce. Quando detectado em estágio inicial, o tumor apresenta altos índices de cura, mas quando detectados tardiamente a abordagem cirúrgica acaba por ser inevitável para o tratamento da doença.
O tratamento do câncer de mama deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar, sendo realizado de forma integral e em conjunto para fornecer melhores subsídios de recuperação ao paciente. É necessário um acompanhamento, fisioterápico o mais precoce possível, não somente no pré-operatório como no pós-operatório evitando várias alterações que podem ser evitadas se tratadas precocemente.
Complicações mais comuns a pós a cirurgia por câncer de mama podem ser: 
· Dor;
· Dificuldade de movimentar o ombro, o braço, o antebraço e a mão do mesmo hemicorpo da cirurgia. 
· Alterações na sensibilidade na parte interna e superior do braço, formigamento, anestesia e dormência. 
Estas alterações podem surgir logo após a cirurgia, depois de meses ou até anos, mesmo a complicação mais comum que é o linfedema, uma vez instalada poderá evoluir para; fibra edema e linfossarcoma.
A fisioterapia desempenha um papel imprescindível na abordagem das pacientes mastectomizadas. Independentemente do tipo de cirurgia de mama, a fisioterapia precoce tem como objetivos prevenir complicações, promover adequada recuperação funcional e consequentemente, propiciar melhor qualidade de vida às mulheres submetidas à cirurgia para tratamento de câncer de mama.
O programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases do câncer da mama: pré-tratamento (diagnóstico e avaliação); durante o tratamento (quimioterapia, radioterapia, cirurgia e hormonioterapia); após o tratamento (período de seguimento); na recidiva da doença e nos cuidados paliativos.
tipos de tratamentos
· Cirurgia
· Quimioterapia
· Radioterapia
· Hormonioterapia
Tratamento cirúrgico
Mastectomia radical de halsted – Também conhecida como mastectomia radical clássica, é considerada radical e corresponde à retirada da: mama, músculos peitorais (maior e menor) e conteúdo linfático axilar, no entanto essa técnica caiu em desuso e foi substituída pela técnica de Patey ou mastectomia radical modificada, na qual o músculo peitoral maior é preservado.
Mastectomia radical modificada - Consiste na retirada da glândula mamária e na linfadenectomia axilar, com preservação de um ou de ambos os músculos peitorais. Quando ocorre apenas a preservação do músculo grande peitoral, é denominada mastectomia radical modificada Patey.
Quadrantectomia – Conhecida como cirurgia conservadora, corresponde a retirada de qualquer quadrante mamário que envolva o tumor. Na intervenção há uma ampla margem de segurança da pele e músculo peitoral maior subjacentes.
Veronesi – Foi um dos grandes destaques da mastologia, dedicou-se ao longo da vida a luta contra o câncer, e contribuiu para o conceito de quandrantectomia, que é a mais indicada para maioria dos casos de câncer de mama.
Linfadenectomia axilar -  Procedimento retira os linfonodos presentes na região axilar. Como a maior parte da drenagem linfática da mama converge para a axila, geralmente também é realizada a retirada de linfonodos axilares.
Os linfonodos são retirados no intuitode reduzir a disseminação da doença, direcionar o tratamento e conhecer melhor o prognóstico. Nos últimos anos, no entanto, tratamentos mais conservadores de preservação de linfonodos axilares têm sido utilizados. O linfonodo sentinela é o primeiro que recebe a drenagem da mama e consequentemente o primeiro a receber células metastásicas do tumor. Visto que a disseminação de metástases não é aleatória e segue o fluxo linfático, ao se identificar o primeiro linfonodo a receber a linfa da mama pode-se realizar biópsia do mesmo e, assim, avaliar se há invasão.
· Esvaziamento da cavidade axilar; 
· Retirada dos linfonodos presentes nesta região; 
· Evitar a formação de metástases; 
· Estadiamento do carcinoma de mama;
· Associada a complicações em até 70% dos casos
Cavo axilar - via de passagem que une a região torácica, membro superior e região cervical. Assegura a proteção do feixe vásculo-nervoso
Reconstrução mamária – Existe a reconstrução com retalho do músculo grande dorsal e reconstrução com retalho reto abdominal
Quimioterapia 
 Tratamento de doenças feita por meio de agentes químicos que, além de interferirem de modo positivo sobre uma doença, também causam efeitos tóxicos ao organismo de modo geral.
Radioterapia 
Método capaz de destruir células tumorais, por meio de feixe de radiações ionizantes aplicado a um volume de tecido, com objetivo de erradicar todas células tumorais, com o menor dano possível as células normais.
Hormonioterapia
 É o tipo de terapia que utiliza medicamentos para alterar a ação dos hormônios naturais, evitando que o tumor da mama cresça, se espalhe ou retorne.
	FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE MAMA	
O programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases do câncer da mama: 
· Pré-operatório (avaliação, identificar patologias pré-existentes e fatores de riscos para complicações após a cirurgia); 
· Durante o tratamento (quimioterapia, radioterapia, cirurgia e hormonioterapia); 
· Pós-cirúrgico (período de seguimento); 
· Na recidiva da doença e nos cuidados paliativos. 
pré-operatório
- Avaliação pré-operatória
- Primeiro contato com o paciente
- Perimetria dos MMSS
- ADM de MMSS e avaliação de FM
- Identificação de patologias pré-existentes
--------ORIENTAÇÕES:
- Sobre a cirurgia, dreno, forma correta de levantar da cama;
- Posicionamento correto do MS homolateral a cirurgia (membro à 30º de elevação e 45º de abdução, apoiado por um travesseiro).
- Padrão ventilatória diafragmático
- Cuidados com o MS homolateral a cirurgia (se houver esvaziamento axilar)
Ainda no pré-operatório, a notícia sobre a doença e intervenção cirúrgica, leva à paciente inconscientemente adotar posturas de tensão muscular na região do pescoço e ombros. Por isso nessa fase já é importante que o fisioterapeuta avalie a presença de alterações posturais e tensionais, avalie a força muscular dos braços e sua amplitude de movimento e oriente a paciente como será o acompanhamento no pós-operatório e as possíveis complicações.
pós-operatório 	
antes da retirada dos pontos
- Pode ser realizado exercícios de bombeamento (flexão-extensão de metacarpofalangeanas).
- Exercícios de flexão-extensão de cotovelo
- Exercícios ativos de ombro (ADM para flexão e abdução limitada a 90º)
O pós-operatório é marcado por dificuldade na movimentação do braço e do ombro e por dor. A paciente terá dificuldade de encostar a mão na nuca, vestir suas blusas, escovar os cabelos, abotoar o sutiã. Essa limitação é causada pela dor ocasionada devido à tração da pele e dos músculos da axila, do tórax e do braço e devido à manipulação cirúrgica. Poderão aparecer sensações de peso nos braços, formigamento, queimação ou dormência.
-----------Objetivos da fisioterapia no pós-operatório
- Recuperar brevemente a função do braço;
- Prevenir complicações respiratórias;
- Diminuir a dor
- Prevenir a formação de edema, seroma, cicatrizes, fibroses e aderências.
O pós-operatório imediato é o período logo após o término da cirurgia, nessa fase objetiva-se: 
· Identificar alterações neurológicas ocorridas durante o ato operatório
· Presença de sintomatologias álgicas
· Edema precoce 
O fisioterapeuta irá orientá-la a posicionar o braço na cama com o auxílio de travesseiros e já se iniciam alguns exercícios leves para o braço e exercícios respiratórios. Nessa fase os exercícios respiratórios são muito importantes, para recuperaração da função pulmonar e prevenir complicações respiratórias. Nessa fase ainda, o fisioterapeuta lhe ensinará a fazer a automassagem, que é uma drenagem linfática que você mesmo fará no seu corpo para ajudar na prevenção do inchaço no braço.
PÓS-OPERATÓRIO	
Após a retirada dos pontos
- Massoterapia em prega cutânea axilar anterior (diminuir retração no peitoral maior); 
- Automassagem de drenagem linfática;
- Mobilização escapular; 
- Alongamento passivo de peitoral maior; 
- Manobras de liberação das tromboses linfáticas superficiais;
- ADM de ombro livre; 
- Exercícios ativos de ombros e alongamento de cervical e MMSS; 
- Início dos exercícios resistidos (bastão, halter, faixas);
- Trabalho de imagem corporal (orientações quanto à postura - uso do espelho)
- KABAT para MMSS (visando maior funcionalidade)
Se não houver complicações pós-operatórias em alguns dias a paciente terá de alta hospitalar e irá para casa com os pontos e o dreno (as vezes o dreno é retirado no hospital mesmo), os cuidados e a automassagem devem continuar sendo feitos em casa. Até a retirada dos drenos e dos pontos, por volta do 15º dia após a cirurgia, é contraindicado que a paciente levante o braço acima de 90º para que a ferida operatória não abra. Após o 15º dia de operação, sem complicações pós-operatórias, serão retirados os pontos. Essa é a fase em que a paciente é encaminhada para o consultório de fisioterapia. Alguns lugares oferecem tratamento em grupo. Serão realizados exercícios de alongamento, exercícios para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática.
A reabilitação precoce pós mastectomia:
Proporciona ganhos na movimentação do braço, previne aderências, seromas e deformidades. O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para você prosseguir com o seu tratamento
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Independente da abordagem cirúrgica utilizada no seu tratamento, inúmeras complicações podem ocorrer no período pós-operatório como: infecção, necrose de pele, seroma (acúmulo de líquido debaixo da pele), aderência e deiscência cicatriciais, limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro, cordão axilar, dor, alteração sensorial, lesão de nervos motor e/ou sensitivo, fraqueza muscular e linfedema.
Lesões nervosas 
Síndrome Dolorosa Pós Mastectomia (SDPM)
A presença de dor logo após a cirurgia de câncer de mama pode ser devido a diversos fatores, como a própria incisão cirúrgica, presença do dreno, cordões fibrosos na axila, tensão muscular ou dor articular, por exemplo. Com o início precoce da fisioterapia, cicatrização da ferida e retirada do dreno, esse sintoma de dor costuma desaparecer em alguns dias. No entanto, quando a dor persiste por mais de três meses após a cirurgia, é caracterizada como SDPM.
Apesar de o nome da síndrome dolorosa citar apenas a cirurgia radical de mama (mastectomia), pode também ocorrer em mulheres submetidas a cirurgias conservadoras (quadrantectomia ou nodulectomia) com retirada de linfonodos. A cirurgia da axila, na verdade, é a principal responsável pela SDPM, sendo mais frequente no esvaziamento axilar em comparação à Biópsia do Linfonodo Sentinela, ou seja, quanto mais linfonodos retirados da axila, maior a chance de apresentar dor persistente após o procedimento cirúrgico.
Tratamento: 
· Exercícios de alongamento e fortalecimento
· Manipulação miofascial, pompagens, massoterapia
· Técnicas de dessensibilização (dor neuropática) 
· Eletroterapia e fototerapia (TENS utilizados no controle da dor e laser para cicatrização e regeneração tecidual)
Nervo torácico longo
 A lesão deste nervo pode causar a chamada síndrome doaprisionamento fascial do nervo torácico. Durante a cirurgia da axila pode ocorrer lesão desse nervo, o qual inerva o músculo serrátil anterior, que é responsável por fixar a escápula contra o tórax e rodar a escápula para cima. Quando ocorre lesão do nervo torácico longo, e consequente paralisia do músculo serrátil anterior, a escápula fica proeminente, o que é denominado escápula alada.  A rotação superior da escápula é bastante importante durante a realização dos movimentos de flexão e abdução e essa lesão prejudica o ritmo escapulo-umeral. A lesão do nervo torácico longo no pós-operatório de câncer de mama geralmente é parcial e reversível, com desaparecimento da escápula alada após alguns meses da cirurgia, apesar de cerca de 30% das pacientes permanecerem com a disfunção. Reabilitação = exercícios progressivos de amplitude de movimento e fortalecimento de manguito rotador e do músculo serrátil anterior.
Nervos peitoral lateral e medial
Ocorre paralisia do músculo peitoral maior e consequentemente atrofia da parede anterior do tórax. Causando pequena incapacidade do ombro homolateral à cirurgia
Nervo intercostobraquial 
Quando a causa é lesão nervosa, o nervo mais relacionado com a SDPM é o intercostobraquial. Nesse caso, a queixa de dor é na região da axila, medial do braço e anterior do tórax. Pontos alérgicos, queimação, dores na região de axila e tórax e na mama residual, hiperestesia na borda interna do braço. 
Nervo toracodorsal (músculo grande dorsal) 
Fraqueza do grande dorsal, afetando o movimento de adução e rotação interna de ombro.
LINFEDEMA 
Entre as alterações presentes, o linfedema é uma das complicações mais comuns após a cirurgia da mama, ocasionado geralmente pelo esvaziamento dos linfonodos axilares. O linfedema é um quadro patológico crônico e progressivo, resultante de uma anomalia ou dano para o sistema linfático, gerando déficit no equilíbrio das trocas de líquidos no interstício, desconfortos, dores, aumento do risco de infecções, diminuição da amplitude de movimento, alterações sensitivas e problemas com a imagem corporal. 
Existem três fases do linfedema: 
Fase I: apresenta-se com sulcos e é considerada reversível com a elevação dos membros. 
Fase II: À medida que o edema progride, torna-se forte, fibrótico, sem sulcos e irreversível.
Fase III: O que raramente ocorre após tratamentos contra o câncer de mama, o endurecimento cartilaginoso ocorre, com consequências papilomatosas e com a hiperqueratose da pele.
Os principais sinais e sintomas presentes são: 
· Redução da funcionalidade e aumento do diâmetro do membro acometido pelo acúmulo de líquido e proteínas no tecido subcutâneo, como consequência da diminuição da imunidade local, tornando o membro susceptível a desenvolver infecções bacterianas;
· Rigidez e diminuição da amplitude de movimento do membro acometido e distúrbios sensoriais.
· O chamado sinal de Stemmer é um sinal de diagnóstico confiável para reconhecer o linfedema. Experimente puxar uma prega da pele para cima (por exemplo, por cima de um dedo do pé). Se isso se mostrar difícil, ou mesmo impossível, estamos falando de um "sinal de Stemmer positivo". Este é um indício de linfedema.
FCD/Linfoterapia (1ª fase - descongestionante)
O objetivo é reduzir o perímetro dos membros afetados. Assim, na primeira fase de terapia de descongestionamento físico complexo (DFC) é efetuada a drenagem linfática manual de todo o corpo uma ou duas vezes por dia, para estimular o transporte de retorno do fluido para fora dos tecidos. É aplicada uma ligadura de compressão após cada sessão de tratamento. A terapia de descongestionamento é também apoiada por exercícios especiais. No início do tratamento, as condições da pele como fissuras ou pé de atleta são tratadas de modo intensivo, porque uma inflamação pode causar danos adicionais. Posteriormente também são importantes uma higiene e cuidados adequados com a pele. Apenas podem ser usados produtos de limpeza e cremes com pH neutro. 
· Linfodrenagem manual (manobras ganglionares, manobras em ondas, em bracelete, em S, e manobra dos cinco pontos).
· Enfaixamento compressivo inelástico 
· Cinesioterapia
· Cuidados com o membro.
FCD/Linfoterapia (2ª fase - manutenção)
O objetivo da fase 2 da terapia de descongestionamento físico complexo (DFC) é manter os êxitos e resultados obtidos na fase 1. A drenagem linfática manual deve ser realizada pelo menos uma vez por semana no inverno e duas vezes por semana no verão. A terapia de compressão é ainda apoiada por vestuário de compressão/mangas/partes da mão e biqueiras. As medidas de tratamento adicionais como cuidados especiais com a pele e exercícios não devem ser negligenciadas durante esta fase.
· Linfodrenagem manual 
· Automassagem linfática
· Braçadeira medicinal elástica/ contenção elástica
· Exercícios funcionais
· Cuidados com a pele e o membro.
FISIOTERAPIA COMPLEXA DESCONGESTIVA (FCD) - Ou linfoterapia)
É uma técnica utilizada no tratamento do linfedema na sua fase inicial que tem por objetivo principal, reduzir o edema causado pela insuficiência do sistema linfático; devolvendo, assim, a funcionalidade do membro ou região do corpo comprometido.
A TFC é uma tétrade composta por:
- Drenagem linfática manual; 
- Cuidados com a pele;
- Compressão (por enfaixamento ou luvas);
- Exercícios miolinfocinéticos
Estes quatro componentes devem ser realizados conjuntamente e eventualmente podem sofrer alguma modificação na sua aplicação dependendo do quadro clínico do paciente. Se realizados separadamente o resultado pode mostrar-se ineficaz.
O tratamento é dividido em duas fases, sendo que na primeira o objetivo é a redução do volume do membro, tendo a duração de 2 a 8 semanas e a segunda é a fase de manutenção e controle do linfedema.
DRENAGEM MANUAL LINFÁTICA
É utilizada com o objetivo de melhorar o fluxo linfático, remover o excesso de líquido e ativar os vasos linfáticos. Os movimentos são realizados de forma rítmica e suave e em seguida, as regiões fibrosadas são massageadas com maior pressão para tratar os tecidos mais afetados.
O que é: A Drenagem Linfática Manual é uma técnica de massagem altamente especializada, feita com pressões suaves, lentas, intermitentes e com pressão em bracelete, que seguem o trajeto do sistema linfático, aprimorando algumas de suas funções. Não é apenas aplicada na parte afetada do corpo, mas sempre em todo o corpo. 
A massagem começa no pescoço onde os grandes vasos coletores de linfa abrem para as veias situadas atrás das clavículas. Isto estimula o fluxo de linfa para os grandes vasos linfáticos, para facilitar o transporte para os vasos menores. Em seguida são tratados o torso e os membros. Para que seja eficiente, a drenagem linfática deve ser feita sobre o trajeto dos vasos linfáticos, no sentido do gânglio linfático. 
· Deve ser executada no sentido proximal-para distal
· Realizar mais tempo na região onde há maior retenção de liquido (linfedema)
· Manobras em ritmo lento, pausado e repetitivo em consequência do mecanismo do transporte da linfa cuja a frequência de contração é de 5 a 7 vezes por minuto.
· Não deve ser desagradável e jamais causar dor
· Sessões com cerca de 30 minutos no mínimo.
CUIDADOS COM A PELE
Os cuidados diários com a pele são essenciais. Medidas higiênicas e dietéticas melhoram o aspecto da pele prevenindo infecções bacterianas (as erisipelas) e micoses. Para isso deve-se lavar bem os membros com água e sabão neutro, limpar bem as dobras e pregas cutâneas, hidratar bem a região e manter o peso ideal través de uma dieta balanceada. Outros cuidados como não retirar a cutícula, não se expor ao sol, evitar banhos quentes e demorados.
ENFAIXAMENTO COMPRESSIVO
Depois inicia-se o enfaixamento compressivo. Inicialmente opta-se por fazer o enfaixamento compressivo utilizando ataduras inelásticas. O enfaixamento é específico e não pode ser feito por qualquer pessoa. Ele tem um sentido e uma técnica a ser seguida e deve ser iniciado enfaixando-se cada dedo. Geralmente o enfaixamento é trocado de 2 a 3 vezespor semana e mantido por semanas até que se note a diminuição do linfedema, só então podemos passar para a compressão elástica. 
COMPRESSÃO ELÁSTICA
Na compressão elástica, utilizam-se luvas ou meias de média ou alta compressão para manter a redução da circunferência do membro após a retirada do enfaixamento. Elas podem ser feitas sob medida ou compradas prontas. Seu fisioterapeuta irá prescrever a mais adequada.
EXERCÍCIOS MIOLINFOCINÉTICOS
A última fase são os exercícios miolinfocinéticos. Mio= músculos, linfo= sistema linfático e cinéticos = movimento, então nada mais é que a ativação do sistema linfático através de exercícios por movimento. Esses exercícios são muito importantes pois a linfa depende exclusivamente dos movimentos dos músculos esqueléticos para fazer circular o líquido parado e diminuir o inchaço.
Associado a todo esse processo podemos realizar a compressão pneumática intermitente (CPI). A CPI é um aparelho de drenagem linfática mecânica que tem uma luva ou uma bota inflável e através do enchimento e esvaziamento cíclico das câmaras de ar, realiza continuamente a drenagem linfática no paciente.
	FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO	
O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública, pois ainda acomete no Brasil um elevado número de mulheres. A maioria das mulheres que desenvolvem essa doença está em uma faixa etária quando ainda apresentam vida sexual ativa, entre 20 e 29 anos, e aumentando o risco rapidamente até atingir seu pico, entre 45 e 49 anos. 
As modalidades de tratamento utilizadas para curar ou conter essa doença podem trazer, como consequência, alterações na qualidade de vida sexual da mulher, por favorecerem o aparecimento de algumas disfunções sexuais. Atualmente, a fisioterapia vem sendo incluída na equipe interdisciplinar voltada ao tratamento das disfunções sexuais das mulheres, através do uso de diversas técnicas como eletroestimulação, biofeedback, cinesioterapia e terapias manuais.
As principais disfunções sexuais que acometem mulheres após o tratamento do câncer do colo do útero são: estenose e atrofia vaginal, dispareunia e diminuição da lubrificação, que podem vir associadas à perda de sensações clitorianas e vaginais durante a relação sexual com penetração vaginal e à perda de sensibilidade.
Os benefícios de diversas técnicas, entre elas duas que são conhecidas e aplicadas pelos fisioterapeutas: dilatadores vaginais e terapia manual, especificamente a digitopressão. Esta última, aplicada duas vezes ao dia, em um período de quatro a oito semanas, com o uso de gel lubrificante no introito vaginal, promove a diminuição da estenose, facilitando o retorno da mulher para suas atividades sexuais, melhorando assim sua autoestima e autoconfiança. Além disso, as mulheres que utilizaram os dilatadores após tratamento radioterápico intracavitário apresentaram menor incidência de estenose vaginal, quando comparadas a mulheres que utilizavam apenas a relação sexual com penetração vaginal para a prevenção da estenose.
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	CIRURGIAS GINECOLÓGICAS	
As cirurgias ginecológicas são realizadas em mulheres diagnosticadas com doenças no sistema reprodutor, sendo a melhor alternativa para casos que já estejam em estágio avançado ou devido à complexidade da doença.
O sistema reprodutor feminino é formado pelos ossos ilíaco, sacro e cóccix, que formam a pelve (a qual protege os órgãos internos). Aparte interna é composta por duas tubas uterinas as quais transportam os óvulos até o útero. Os dois ovários produzem hormônios como estrogênio e progesterona, além de produzirem óvulos para serem fecundados.
O útero é um órgão que aloja o embrião e a vagina um canal musculomembranoso que liga os sistemas reprodutor interno com o externo. Há diversas cirurgias que podem ser realizadas, sendo a histerectomia a mais comum delas.
Tipos de cirurgias ginecológicas	
Miomectomia: Consiste na retirada de miomas através desta intervenção podem ser retiradas as camadas fibrosas do útero através de incisões na parede do útero, mantendo a integridade do órgão, este procedimento pode ser realizado por laparoscopia ou histereroscopia, dependendo da localização e quantidade de miomas a serem removidos.
Histerectomia: Consiste na retirada do útero, sendo o procedimento mais frequente em mulheres, a via de acesso para a intervenção cirúrgica depende das circunstâncias clínicas de cada mulher, podendo ser feita por via abdominal, vaginal e laparoscópica.
Histerectomia total: Retirada do útero e colo do útero
Histerectomia subtotal: É feita a retirada do corpo do útero, mas se mantém o colo do órgão.
Histerectomia radical:  procedimento realizado para o tratamento do câncer do colo de útero em fase avançada. Consiste na retirada total do colo e corpo do útero e ovários, além da parte superior da vagina, trompas de falópio e dos gânglios da pelve (linfonodos).
Indicações:
· Prolapso de órgãos pélvicos
· Miomas
· Câncer de colo de útero 
· Incontinência urinária
Salpingectomia: Consiste na retirada das tubas uterinas/trompas de falópio, sendo uma das indicações dessa cirurgia gravidez ectópica (quando a gravidez se desenvolve dentro das trompas), com desenvolvimento do embrião a poderá ocorrer a ruptura da mesma, gerando risco de vida para a mulher, pode ser feita a cirurgia unilateral = retirada de apenas uma trompa/tuba ou bilateral = remoção das duas tubas.
Ooferectomia: Cirurgia em que há a retirada unilateral ou bilateral dos ovários, é indicada quando ocorre abcesso ovariano, câncer de ovário, endometriose, cistos ou tumores. Quando associada a retirada das trompas é chamada de salpingo-ooforectomia ou anexectomia.
Cistectomia ovariana: Remoção apenas do cisto, o restante do tecido ovariano permanece normal.
Linfadenectomia pélvica: retirada do tecido gorduroso e dos gânglios (linfonodos) que se encontram junto com os vasos e nervos da pelve.
Vulvectomia
É a retirada da vulva. Dividida em vulvectomia simples, que está indicada nos casos de leucoplasia muito bem comprovada clinicamente e histopatologicamente, e vulvectomia radical, uma operação muito grave feita no caso de carcinoma da vulva, e inclui a retirada de todos os tecidos da vulva até o osso e a fáscia, junto com as glândulas inguinais superficiais e profundas, e as glândulas ligadas com os vasos ilíacos externo.
Fisioterapia nas cirurgias ginecológicas
A fisioterapia começa a atuar desde a fase pré-operatória, orientando a paciente sobre o procedimento que será realizado e realizando exercícios globais. Após o procedimento cirúrgico algumas pacientes podem apresentar um tempo prologando de permanência no leito. Um dos principais fatores é a dor, levando a complicações secundárias e está imobilidade pode estar em vários órgãos e sistemas como o cardiorrespiratório, geniturinário entre outros. 
A fisioterapia no pós-operatório inicia-se imediatamente após a cirurgia, no leito para controlar a dor, posicionamento correto da paciente, promovendo mobilização precoce, estimulando a saída do leito e promovendo a deambulação o mais rápido possível.
A fisioterapia auxilia ensinando o paciente exercícios de pouco impacto e intensidade por um período de um a dois dias, atua no controle da respiração e contrações musculares. As secreções devem ser retiradas por expiração forte ao invés de tossir, o que causa dor no início do pós-operatório.
---------- Objetivos da fisioterapia
· Prevenir disfunções do assoalho pélvico (através de massagem perineal, exercícios globais e perineais e eletroterapia).
· Controle da dor
· Mobilização precoce e deambulação
· Prevenir complicações cardiorrespiratórias
· Manter força muscular de amplitude de movimento
· Prevenção de aderências cicatricais

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