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CONCEITO DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO

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UniSALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Beatriz Silva Marcelino 
Rafaela Cristina Galvão 
Thayna Borges Muchilo Martins 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO 
ESCOLAR: VISÃO DE ALUNOS E 
PROFESSORES 
 
E.E. Prof.ª Decia Lourdes Machado dos 
Santos 
 
 
 
 
Lins – SP 
2017 
BEATRIZ SILVA MARCELINO 
RAFAELA CRISTINA GALVÃO 
THAYNA BORGES MUCHILO MARTINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR: VISÃO DE ALUNOS E 
PROFESSORES 
E.E. Prof.ª Decia Lourdes Machado dos Santos 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca 
Examinadora do Centro 
Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, curso de Psicologia, sob 
a orientação da Prof.ª Ma. Gislaine 
Lima da Silva e orientação técnica 
da Profª Ma. Jovira Maria 
Sarraceni. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lins-SP 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcelino, Beatriz Silva; Galvão, Rafaela Cristina; Martins, Thayna 
Borges Muchilo 
 Conceito de violência no âmbito escolar: visão de alunos e 
professores / Beatriz Silva Marcelino; Rafaela Cristina Galvão; Thayna 
Borges Muchilo Martins – – Lins, 2017. 
67p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Psicologia, 2017. 
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Gislaine Lima da Silva 
 
1. Violência. 2. Alunos. 3. Professores. 4. Professores I Conceito 
de violência no âmbito escolar: visão de alunos e professores. 
 
CDU 159.9 
 
M263c 
BEATRIZ SILVA MARCELINO 
RAFAELA CRISTINA GALVÃO 
THAYNA BORGES MUCHILO MARTINS 
 
 
 
 
CONCEITO DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR: VISÃO DE ALUNOS E 
PROFESSORES 
E.E. Prof.ª Decia Lourdes Machado dos Santos 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, para obtenção do título de Graduação em Psicologia. Aprovada em: 
 / / 
 
Banca Examinadora: 
 
Prof. Orientadora: Prof.ª Me. Gislaine Lima da Silva 
 
Titulação: Mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem 
UNESP/Bauru. 
 
Assinatura:_________________________________ 
 
1º Prof(a): ______________________________________________________ 
Titulação: ______________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Assinatura:_________________________________ 
 
2º Prof(a): ______________________________________________________ 
Titulação: ______________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Assinatura:________________________________ 
 
Beatriz Silva Marcelino 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ter me dado saúde e 
força para superar as dificuldades. A minha orientadora Gislaine pelo apoio e 
suporte em seu pouco tempo que lhe coube, pelos seus incentivos e 
correções. Aos meus pais e minha irmã, pelo amor, paciência, incentivo e 
apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até essa etapa de minha 
vida. Meus agradecimentos para minha amiga Rafaela, que sempre esteve ao 
meu lado esses 5 anos. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte 
da minha formação, o meu muito obrigada. 
Rafaela Cristina Galvão 
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em 
minha vida, por ter me dado força, capacidade e determinação, sempre mе 
guiando ao longo desta caminhada, а minha família, em especial a minha mãe 
Solange Aparecida Corci, que nunca me deixou desistir dos meus objetivos 
nos piores momentos e que sempre esteve ao meu lado me apoiando em tudo, 
aos meus avôs que já faleceram, mas sempre acreditaram em mim, ao meu 
amigo Fabio Leoncio de Souza que me ajudou nesta jornada, me ajudando 
nas minhas maiores dificuldades. Agradeço imensamente aos meus 
professores que tive oportunidade de conhecer durante o curso, que sempre 
me ajudaram com os melhores conselhos. Acima de tudo dedico este trabalho 
a minha filha Sofia que com ela ao meu lado enfrentei muitos obstáculos 
sempre pensando no melhor para ela e também a minha amiga Beatriz Silva 
Marcelino que juntas enfrentamos muitos obstáculos sempre uma ajudando a 
outra. 
Thayna Borges Muchilo Martins 
Dedico primeiramente a Deus por ter me dado saúde e inteligência para 
superar todas as dificuldades e conseguir chegar onde hoje estou. Dedico 
ao meu esposo Murilo Helderson Martins Silva, ao meu Pai e a minha avó, 
Silvio Cesar Muchilo e Maria Aparecida de Oliveira Muchilo pelo apoio e por 
não medirem esforços para que eu pudesse chegar até aqui. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Gostaríamos de agradecer primeiramente a Deus, por ter nos capacitado 
e nos dado forças necessárias no decorrer do curso. Agradecemos aos 
nossos familiares que ao longo destes anos nos incentivaram e por várias 
vezes nos acalmaram nos momentos de dificuldades. Agradecemos também, 
aos funcionários e professores do UniSalesiano Lins que nos proporcionaram о 
conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da 
educação no processo de nossa formação profissional em Psicologia, qυе se 
dedicaram а nós, nãо somente por terem nos ensinado, mаs por terem nos feito 
aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça аоs professores dedicados аоs quais 
sem nominar terão os nossos eternos agradecimentos. Em especialmente 
agradecemos nossa orientadora Profª.Me. Gislaine Lima da Silva que com 
muita dedicação contribuiu em nossa formação profissional e pessoal, e aos 
colegas de curso pelo companheirismo e amizade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este estudo aborda a visão de violência entre alunos e professores no contexto 
escolar, fazendo uma breve analise sobre as violências praticadas e sofridas entre 
alunos e professores na escola E.E. Profª. Decia Lourdes Machado dos Santos. O 
presente estudo tem como objetivo compreender a abordagem histórica de violência; 
estabelecer suas distinções, comportamento e visão de alunos e professores, 
explicar a manifestação das hostilidades praticadas e sofridas na escola e recursos 
para ajudar sua minimização no âmbito escolar. A metodologia utilizada foi à 
abordagem quantitativa. Utilizou-se como instrumento um questionário aplicado ao 
corpo docente e discente da E.E. Profª. Decia Lourdes Machado dos Santos e foi 
realizada observação durante o período das aulas. Os resultados obtidos na análise 
da pesquisa e observação mostraram que a violência verbal é a mais relevante entre 
os outros tipos de violências. Considera-se, portanto, que a instituição não está 
preparada para o afrontamento de conflitos diários. As ações realizadas na escola 
para enfrentamento da violência são mínimas, isoladas e pouco efetivas, visto que as 
mesmas de nada adiantam, se tornam insignificantes e acabam desencadeando a 
crise na autoridade docente e consequentemente grandes prejuízos às relações 
sociais no âmbito escolar e ao processo de ensino- aprendizagem. Torna-se 
necessário mais atitude, habilidade, orientação, práticas de conduta, mudanças de 
hábitos comportamentais e procedimentos adequados para a prevenção de atos de 
agressividade, estupidez e consequente violência que ocorrem na escola, para assim 
melhorar o relacionamento entre alunos, pais, professores, funcionários e equipe 
gestora e minimizar os conflitos gerados constantemente no ambiente escolar, uma 
vez que os mesmos causam danos físicos e emocionais nem sempre visíveis. 
 
 
Palavras-chave: Violência. Escola. Alunos. Professores. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This study approaches the vision of violence between students and teachers in the 
school context, making a brief analysis about the violence practiced and suffered 
between students and teachers in the school E.E. Prof. Lourdes Machado dos Santos 
said. The presentstudy aims to understand the historical approach to violence; establish 
their distinctions, behavior and vision of students and teachers, explain the manifestation 
of hostilities practiced and suffered in school and resources to help their minimization in 
school. The methodology used was the quantitative approach. A questionnaire applied 
to the faculty and student of the E.E. Prof. Lourdes Machado dos Santos spoke and 
observation was made during the class period. The results obtained in the analysis of 
the research and observation showed that verbal violence is the most relevant among 
other types of violence. It is therefore considered that the institution is not prepared to 
face daily conflicts. The actions carried out in the school to confront violence are minimal, 
isolated and ineffective, since they are of no use, become insignificant and end up 
unleashing the crisis in the teaching authority and consequently great damage to social 
relations in school and the process of teaching-learning. More attitude, ability, 
orientation, behavioral practices, behavioral habits changes and appropriate procedures 
are necessary to prevent acts of aggression, stupidity and consequent violence occurring 
in the school, in order to improve the relationship between students, parents, teachers , 
staff and management team and minimize the conflicts that are constantly generated in 
the school environment, since they cause physical and emotional damages that are not 
always visible. 
. 
 
Keywords: Violence. School. Students. Teachers. 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Informações Pesquisadas na Escola. ............................................ 38 
Quadro 2 – Tipos de violência que o aluno já praticou no âmbito escolar ........ 38 
Quadro 3 - Quais tipos de violência você já sofreu no âmbito escolar .............. 39 
Quadro 4 - Quais tipos de violência você já praticou no âmbito escolar. .......... 40 
Quadro 5 - Quais tipos de violência você já sofreu no âmbito escolar .............. 41 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Tipos de violência já praticadas. ............................................... .......42 
Figura 2 – Tipos de violência já sofridas no âmbito escolar. ............................. 44 
Figura 3 – Tipos de violência praticados no ambiente escolar. ......................... 45 
Figura 4 – Tipos de violência sofridos na escola. ............................................. 47 
 
LISTA DE TABELAS 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO
 .............................................................................................................................. 
14 
 
 
CAPÍTULO I - CONCEITO DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR: 
VISÃO DE ALUNOS E PROFESSORES
 ................................................................................................................. 
17 
1. ABORDAGEM HISTÓRICA DA VIOLÊNCIA
 17 
2. CONCEITO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR
 19 
 
 
CAPÍTULO II - HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA NO AMBIENTE 
ESCOLAR: VIOLÊNCIA ENTRE ALUNOS E PROFESSORES
 ................................................................................................................. 
21 
1. A HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA ESCOLAR NO BRASIL
 23 
2. VIOLÊNCIA ENTRE ALUNOS E PROFESSORES: A MUDANÇA 
DE COMPORTAMENTO DE ALUNOS E PROFESSORES NA ESCOLA 
AO PASSAR DO TEMPO
 25 
 
 
CAPÍTULO III - CONCEITO DE VIOLENCIA NA INSTITUIÇÃO DE 
ENSINO.26 
1. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE PESQUISA: O 
HISTÓRICO DAS VIOLÊNCIAS PRATICADAS NA INSTITUIÇÃO
 28 
2. OS TIPOS DE VIOLÊNCIA
 31 
3. OS FATORES QUE LEVAM ALUNOS E PROFESSORES A 
COMETER A VIOLÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR
 33 
 
 
CAPITULO IV - PESQUISA DE CAMPO
 ..................................................................................................................... 
36 
1. METODOLOGIA
 36 
2. DESENVOLVIMENTO.
 37 
 Questionário Alunos
 38 
Quadro 2 – Tipos de violência que o aluno já praticou no âmbito 
escolar
 ..................................................................................................................... 
38 
 Questionário professores
 38 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
 41 
 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
 ..................................................................................................................... 
48 
CONCLUSÃO
 ..................................................................................................................... 
49 
REFERENCIAS
 ..................................................................................................................... 
50 
 
12 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Violência é uma realidade histórica que está presente em nossa 
sociedade desde os tempos antigos. A palavra violência vem do latim 
“violentia”, que dentre seus significados está o ato de impetuosidade, porém, 
sua origem na verdade é do termo “violação”, ou seja, alguma ação que vá de 
forma contraria a alguma regra da nossa sociedade. A violência está por toda 
parte, e todos estão vulneráveis e sujeitos a praticar ou sofrer algum tipo de 
hostilidade. O aumento de violência na sociedade está cada vez maior e, isso 
nos mostra que pode estar relacionada à vários outros motivos. No âmbito 
escolar, presenciamos atos de agressividade que não envolve somente 
alunos e professores, mas todo o quadro administrativo que constituem o 
órgão educacional e que vem causando muita angústia e medo pelas formas 
como tal fenômeno acontece e, por pessoas cada vez mais jovens estarem 
sendo envolvidas, seja como vítimas ou agressores. Nessa perspectiva, a 
escola deixa de ser um espaço seguro, que visa atitudes de respeito, amizade, 
harmonia, socialização e integração para ser “palco” de diversas situações de 
violências nas suas mais variadas formas, desde simbólica e verbal à física. 
A questão em si é descobrir quais são esses motivos ocasionais que 
levam essas pessoas a praticarem a violência no ambiente escolar. 
Segundo Morrone (2016), qualquer tipo de discriminação, ameaça ou 
xingamento, muitas vezes tratados como brincadeiras pelas pessoas, podem 
desencadear algum ato de violência. Esse é o tipo de acontecimento que torna 
o ambiente escolar mais hostil. 
O aumento de violência na sociedade é um fato que precisa ser tratado 
e reflete em microssistemas como na escola. Esse modo de se relacionar com 
as pessoas acaba contaminando até mesmo professores que, se descobrem 
perplexos e não sabem lidar com essas situações no cotidiano do ambiente 
escolar. A violência verbal é a mais comum, mas não é a única forma utilizada. 
Muitas vezes os estudantes chegam às vias de fato, agredindo fisicamente 
colegas e profissionais da instituição. Pretende-se compreender que motivos 
interferem na busca de formas violentas de relacionamentos interpessoais. 
Segundo o autor Morrone (2016), as violências verbal e física atingiram 
13 
 
cerca de 42% dos alunos principalmente da rede pública, segundo pesquisa 
realizada pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. 
Observa-se que as características culturais dos alunos e o contexto 
onde a escola está inserida, ou seja, o bairro onde se localiza, pode ter uma 
influência significativa no interior escolar. 
Para o autor Abramovay et al. (1999) a desigualdade social é um dos 
fatores determinantes para o aumento da violência, pois, os jovens de menor 
renda sentem-se menosprezados ao verem outros em melhor situação. Isso 
acaba criando certo rancor que acaba evoluindo para atos mais violentos: 
 
“A partir desse ... de estar numa posição secundária na 
sociedade e de possuir menos possibilidades de 
trabalho, estudo e consumo, porque além de serem 
pobres se sentem maltratados, vistos como diferentes e 
inferiores. Por essa razão, as percepções que têm 
sobre os jovens endinheirados são muito violentas e 
repletas de ódio..." Abramovay et al. (1999, p.38). 
 
 
Observa-se que o aumento de famílias desestruturadas, jogos de vídeo 
game com grande excesso de violência e problemas do cotidiano também são 
grandes motivos ocasionaisque levam esses alunos e professores a 
cometerem a violência no ambiente escolar. De acordo com uma reportagem 
no site O GLOBO, pesquisa realizada pela Associação Americana de 
Psicologia diz que existe uma relação um tanto significativa na relação de 
jogos de videogame violentos com o comportamento agressivo de crianças e 
adolescente 
 
“A pesquisa demonstra uma relação consistente entre o uso 
de jogos de videogame violentos e o aumento de 
comportamentos agressivos e de cognição agressiva, e uma 
diminuição de comportamentos sociáveis, empatia e 
sensibilidade a agressões", afirma o estudo, que ressalta 
ainda que nenhuma influência sozinha levou alguém a se 
tornar mais violento, mas sim "uma acumulação de fatores de 
risco". (O Globo, 2016) 
 
Este trabalho é justificado pelo fato de que durante o curso de formação 
em Psicologia, realizaram-se visitas em escolas públicas e observou-se que 
atos de agressividade, hostilidade, vandalismo e bulling está cada vez mais 
14 
 
frequente no ambiente escolar. Presenciaram-se cenas em que alunos e 
professores se agrediam verbalmente perante outros alunos e companheiros 
de serviço. Considerando essas experiências surgiu a questão do conceito 
sobre violência na visão de alunos e professores, buscando-se focar quais os 
motivos que levam os mesmos a se envolverem em situações críticas no 
ambiente escolar. 
O trabalho apresentado se encaixa no método de pesquisa descritiva e 
quantitativa, que visa investigar as causas ocasionadas pela violência na 
escola. 
Durante o procedimento de pesquisa serão dadas explicações sobre os 
diversos tipos de violência que ocorrem no ambiente escolar e, também, serão 
utilizados questionários direcionados para os dois públicos-alvo, corpo 
discente e docente que atuam em conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
CAPÍTULO I 
 
CONCEITO DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR: VISÃO DE 
ALUNOS E PROFESSORES 
 
1. ABORDAGEM HISTÓRICA DA VIOLÊNCIA 
 
 
A violência é algo que sempre esteve presente na sociedade em 
diversas formas. Na bíblia sagrada (2002), tem-se o primeiro relato de 
violência, o primeiro homicídio, “E falou Caim com seu irmão Abel; e sucedeu 
que estando eles no campo, se levantou Caim contra seu irmão Abel e o 
matou”. (Gn 4:8). Ainda se utilizando os tempos mais antigos, temos também 
o exemplo da morte de Jesus, que foi um ato extremamente cruel e violento. 
Na idade Média, temos como exemplo as Cruzadas, batalha entre 
católicos e mulçumanos que durante dois séculos deixaram milhares de 
mortos; a escravidão de negros e índios no Brasil; o holocausto na Alemanha 
e as duas grandes guerras mundiais são esses alguns exemplos de como a 
violência estão inseridos na biografia da humanidade e de como essas ações 
violentas modelaram o mundo contemporâneo. (Santos, 2011, p.11). 
Autores como Diaz Aguado (1996b), sugerem que se diferenciem ainda 
dois subtipos de violência ou agressão, a violência reativa e a violência 
instrumental. A violência reativa é desencadeada pelas condições que 
antecedem, isto é, surge como uma explosão emocional, um nível de tensão 
e crispação elevados que ultrapassam a capacidade de a pessoa enfrentar o 
evento social de outra forma. A violência instrumental é desencadeada pela 
perspectiva dos resultados que o indivíduo espera obter, isto é, utiliza-se para 
se conseguir um determinado resultado. Os indivíduos que utilizam este tipo 
violência tendem a justifica-la dando-lhe uma aparência legítima. É ainda 
possível identificar indivíduos que utilizam mais a violência reativa, outros que 
recorrem mais a violência proativa e ainda alguns em que as duas estão 
presentes. Esta diferenciação pode conduzir-nos a formas diferenciadas de 
intervenção. 
Como o autor Diaz Aguado (2002) mostra que a ideia de que violência 
gera violência é amplamente confirmada, pois, na medida em que conviver 
16 
 
com violência aumenta mais o risco de vir a exercer ou de converter numa 
vítima, especialmente quando a exposição se produz em momentos de 
especial vulnerabilidade como a infância e a adolescência. 
Cada sociedade, dentro de épocas especificas, apresenta formas 
particulares. Por exemplo, há uma configuração peculiar da violência social, 
econômica, política e institucional no Brasil, na China, na Holanda. Da mesma 
forma, a violência social, política e econômica da época colonial não é a 
mesma que se vivencia hoje, num mundo que passa por grandes 
transformações (MINAYO, s.d, p.3 2017). 
O homem quando busca conseguir algum objetivo em particular, apela 
muitas vezes para a violência, às vezes mesmo sem perceber acaba 
praticando algum ato de violência contra seu oponente. 
O autor Fonseca (2000), fala que a expressão ‘delinquência juvenil’ tem 
geralmente uma conotação jurídica e, designa aos atos cometidos por um 
indivíduo abaixo da idade de responsabilidade criminal, isto é, que infringe as 
leis estabelecidas. Esta designação embora seja relacionada com a conduta 
antissocial, porque a primeira pressupõe em geral esta última pode dela 
diferenciar-se, na medida em que sob a designação de conduta antissocial se 
incluem os comportamentos que desrespeitam os outros e, violam as normas 
de uma determinada comunidade sem necessariamente infringirem as leis 
vigentes, manifestando-se de forma diferente, tratando-se de crianças, 
adolescentes e adultos. 
Weiner (1995) considera que do ponto de vista da sua gravidade, os 
atos delinquentes podem ser graves, constituir pequenos delitos ou 
desrespeitar apenas ao estatuto dos jovens por serem menores (por exemplo: 
fugir de casa). 
 
 
2. CONCEITO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 
 
A escola é um local onde parte do desenvolvimento intelectual 
acontece. É onde se desenvolve habilidades, se aprende a conviver com 
outras pessoas, formam-se amizades e desenvolvem lições que não se 
limitam as matérias específica, mas sim lições para a vida do indivíduo em 
17 
 
formação. 
Sendo um local tão importante para o desenvolvimento, é imperioso 
lembrarmos que é um ambiente que enfrenta grandes desafios e um desses 
desafios é a violência escolar. 
 Pequenas infrações geralmente não são notadas, mas podem 
desencadear, muitas vezes em uma ação de violenta. Odália (2004) defende 
a ideia de que muitas vezes “deixamos passar” muitas atitudes que não 
consideramos atos de violência e assim temos a impressão que faz parte da 
rotina. Encaramos como algo “natural” e deixamos “pra lá”. 
 A violência escolar tanto pode ocorrer dentro da escola como no 
caminho casa-escola ou escola-casa. Considera-se também violência escolar 
nos passeios promovidos pelas instituições que levam os estudantes juntos a 
diversos locais com a ocorrência de quaisquer tipos de descumprimento às 
regras, são caracterizadas também como violência escolar conforme nos 
orienta Carina ( FURLONG; MORISSON, 2000, p. não paginado) 
Existe também a possibilidade dela ocorrer no local onde reside o 
estudante quando origina-se de fatos ou melhor conflitos mal resolvidos em 
situação escolar. Como se não bastasse, é possível também que a violência 
se dê por meio eletrônico como por exemplo: palavras ofensivas por 
mensagens de texto em aplicativos de celular das redes sociais. 
Fontes como a Organização Mundial da Saúde, classificam vários tipos 
de violência: a violência física, a violência psicológica, sexual e a negligência. 
Outros autores, como Abramovay (2002) segrega os tipos de violência em 
duas categorias: violência verbal e não verbal. Lopes Neto & Saavedra (2003) 
distinguem a violência em violência direta e indireta e emocional. 
 De fato, existem classificações que podemos conceber ao fenômeno 
da violência, mas é de fundamental importância termos em mente que um ato 
violento pode ter como alvo tanto as pessoas como o patrimônio público ou 
privado. Sabemos que o fenômeno da violência não é fato inédito em nossa 
sociedade (CHARLOT, 2002)e que ao longo da história cultural esta esteve 
presente e é, portanto, um problema complexo que merece nossa seriedade 
ao pensar ou mesmo planejar ações interventivas. Temos em mente que a 
violência está estreitamente vinculada a fatores culturais, econômicos e 
sociais (Colombier, 1989), para então estarmos conscientes do dever de toda 
18 
 
a sociedade deve envolver-se para ao menos minimizar os atos agerssivos 
com ações preventivas. A plena convicção que a escola é palco a ações 
preventivas contra a violência não apenas escolar, mas social de uma nação 
visto que nela estão inseridas as pessoas que irão compor o futuro. É de suma 
importância entender que a comunidade escolar deve receber todo o apoio, 
visto que através da educação temos o poder de mudar uma nação, esta 
mesma nação deve acreditar e apoiar a educação de seus jovens e crianças, 
transformando o futuro com as nossas atitudes presentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
CAPÍTULO II 
 
 
HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR: VIOLÊNCIA ENTRE 
ALUNOS E PROFESSORES 
 
 
1. A VIOLÊNCIA ESCOLAR 
 
 
Qualquer atitude ou ação que causa algum prejuízo físico ou moral à 
uma pessoa ou ser vivo, é chamado de violência. Esse fato tem se tornado 
um dos maiores problemas na sociedade. A violência nem sempre é um ato 
intencional, um acidente, morte ou trauma psicológico, podemos procurar 
indícios de violência sem um propósito de agressão. 
A escola é considerada como uma instituição privilegiada para a 
formação de crianças, jovens e adolescentes. No âmbito escolar a violência 
tem se tornado mais presente nos últimos anos, devido a vários fatores que 
veremos ainda nesse capítulo. De fato, podemos constatar que houve uma 
inversão de valores dentro das escolas. Antigamente era considerado normal, 
métodos hostis de alguns professores, castigo físico, humilhações verbais, 
etc. Logo, segundo Norma Mendes: 
 
A sociedade romana, conforme qualquer outra 
sociedade antiga ou moderna, tinha uma forma 
especifica de conceber e buscar uma justificativa moral 
e ideológica para o uso da violência e da crueldade. 
Devemos nos preocupar em analisar e interpretar o uso 
da violência de acordo com o contexto histórico-cultural 
e não julgar. (Mendes, 2009, p.47). 
 
Hoje, os professores não podem exercer nenhum tipo de castigo aos 
alunos sob pena de sofrerem sanções disciplinares. 
Podemos citar como manifestações que causam alguns tipos de 
conflitos nas escolas: as discriminações, sejam elas racismo, homofobia, 
desigualdade sociais e econômicas, etc. 
Miriam Abramovay (2002), afirma “a sociedade brasileira, vem-se 
deparando com um aumento das violências nas escolas, sendo diversos os 
20 
 
episódios envolvendo agressões verbais, físicas e simbólicas aos autores da 
comunidade escolar”. 
A escola é um espaço onde se encontram crianças, adolescentes e 
jovens de diferentes grupos e níveis sociais, assim indivíduos com diferentes 
crenças e identidade, convivem e se relacionam cotidianamente. 
São inúmeras as causas de violência escolar, dentre elas podemos 
destacar a família, pois, é neste núcleo que a criança adquire os modelos de 
conduta que exteriorizam. A violência doméstica, o alcoolismo, as drogas, o 
desemprego, etc, são as principais causas que deterioram o ambiente familiar, 
geralmente crianças que passam por essa problemática são mais vulneráveis 
e não possuem meios de defesa. 
Levando em conta esses fatores podemos afirmar a importância do 
educador em desenvolver esse tema em sala de aula desde as series iniciais, 
é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em nossas 
vidas. Nas relações do dia a dia devem traduzir respeito ao próximo, através 
de atitudes que levam à amizade, a harmonia e integração das pessoas, 
visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico. 
Diante dos atritos que vem envolvendo a sociedade, faz-se necessário 
o desenvolvimento de uma pesquisa quantitativa e qualificativa confiável, para 
que á partir delas seja possível à formação de uma política eficaz. Um passo 
fundamental para iniciar uma melhoria da segurança pública. Com criação de 
programas de conscientização popular, a sociedade civil organizada atuante 
é capaz de reduzir a criminalidade, minimizar hostilidades, exaltar valores e 
transformar a sociedade. 
Assim, tendo como meta escolas sem violência, é de indiscutível 
importância identificar medidas para que essas se apresentem como espaços 
seguros para todos os envolvidos. 
Enfim, é a mobilização da população e sua conscientização que irá 
garantir que toda instrumentação oferecida e fornecida pelo Estado possa 
surtir efeito. Remetendo-se aos profissionais da educação, salienta-se que, ao 
atuarem em ambiente de insegurança, se tornam menos capazes de 
desenvolver o seu potencial, gerando danos para a saúde física e emocional 
tanto deles próprios como para os alunos, prejudicando a transmissão e a 
assimilação dos conteúdos. 
21 
 
 
 
2. A HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA ESCOLAR NO BRASIL 
 
 
A escola se constitui em um espaço de socialização, é promotor da 
aquisição de valores e construção de caráter dos indivíduos que determinarão 
o perfil das gerações futuras, e, consequentemente, o rumo da sociedade. 
Neste espaço está a função social da escola que abrange toda uma série de 
elementos que são o reflexo da cultura em que estão inseridas. Segundo 
RAMOS e col. (2007) A ação educativa tem por finalidade a humanização do 
homem através da identificação dos elementos culturais acumulados 
historicamente. A escola cabe selecionar e identificar dentre esses elementos, 
os necessários e indispensáveis a serem transmitidos e, consequentemente, 
assimilados. 
O processo educativo busca adaptar os seres humanos para que não 
só se tornem aptos a desfrutar a qualidade de vida em sociedade, mas 
também serem transmissores de cultura. A educação tem como objetivo o 
desenvolvimento intelectual, social e físico do homem, conferindo-lhe a 
capacidade necessária para a maximização das suas competências, a fim de 
que este interaja de forma útil e positiva no meio em que vive em sua cultura. 
O uso da prática do castigo, utilizada em meados da década de 70, está 
associada a indisciplina, não apenas nas escolas, como também nas famílias, 
muitas vezes naturalizada por todos aqueles que se encontram envolvidos no 
processo educacional/formativo. Professores e alunos de todas as épocas, 
possivelmente, guardaram nas lembranças episódios relacionados aos 
castigos recebidos nas escolas. 
 
O fenômeno da violência no cenário escolar é mais 
antigo do que se pensa. Prova disso é o fato de ele ser 
tema de estudo nos Estados Unidos desde a década de 
1950. Porém, com o passar do tempo, ele foi ganhando 
traços mais graves e transformando-se em um 
problema social realmente preocupante. Hoje, 
relaciona-se com o uso de drogas, o movimento de 
formação de gangues – eventualmente ligadas ao 
narcotráfico – e com a facilidade de portar armas, 
inclusive as de fogo. Tudo isso tendo como pano de 
fundo o fato de que as escolas perderam o vínculo com 
22 
 
a comunidade e acabaram incorporadas à violência 
cotidiana do espaço urbano. Enfim, 
deixaram de ser um lugar seguro para os jovens 
estudantes. (Abramovay, 1999). 
 
Um dos instrumentos de punição mais utilizado no mundo foi à 
palmatória, cujo emprego no Brasil se deu por volta do século XVI a partir dos 
jesuítas como forma de disciplinar os indígenas resistentes à aculturação. A 
prática do uso da palmatória foi perpetuada pela escravidão africana, sendo 
que os senhores a utilizavam como um dos castigos aplicados aos negros 
desobedientes. Não é possível precisar em que momento à palmatória migrou 
para a escola. Observou-se que ao longo do século XIX, em várias províncias, 
as legislações se preocuparam em proibir e/ou disciplinar o seu uso 
determinandoo número máximo de palmadas, para cada tipo de transgressão 
ou mau comportamento. 
 
Os primeiros estudos brasileiros datam da 
década de 1970, quando pedagogos e pesquisadores 
procuravam explicações para o crescimento das taxas 
de violência e crime. Na década de 1980, enfatizavam-
se ações contra o patrimônio, como as depredações e 
as pichações. Já na maior parte da década de 1990, o 
foco passa a ser as agressões interpessoais, 
principalmente entre alunos. Nos últimos anos do 
século XX e nos primeiros do século XXI a preocupação 
com a violência nas escolas aumentou e tornou-se 
questionável a idéia de que as origens do fenômeno 
não estão apenas do lado de fora da instituição – ainda 
que se dê ênfase, em especial, ao problema do 
narcotráfico, à exclusão social e às ações de gangues. 
(Abramovay, 1999). 
 
Nos dias atuais a violência é um fenômeno conhecido de forma geral, 
sendo presente no ambiente familiar, nas ruas, nas indústrias, nos bares, no 
ambiente escolar, entre tantos outros, está presente nos meios de 
comunicação: noticiários e reportagens na televisão, nos jornais, rádios, 
internet, entre outros. De acordo com Costa (2011, p. 15) “nas escolas a 
violência é manifestada das mais diversas formas, tornando-se objeto da 
atenção de toda a sociedade, principalmente de estudiosos e pesquisadores”. 
Para Souza (2008, p. 119) “observa-se, dentro das escolas, crianças e 
adolescentes cometendo infrações que se caracterizam por agressões 
verbais, físicas, pichações, bullyings, e furtos, sem nenhuma causa aparente 
23 
 
que justifique tais ações ou comportamentos”. 
A violência nas escolas pode ser influenciada por alguns aspectos 
como a região geográfica onde a escola está inserida, principalmente no que 
se refere à proximidade a favelas em que o tráfico de drogas está presente. 
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a fase da adolescência, 
em que os mesmos tornam-se mais violentos e com comportamentos 
diferenciados. A violência nas escolas remetia-se no passado a grandes 
centros, mas atualmente a violência escolar está presente em qualquer âmbito 
escolar, seja ele pequeno ou grande porte e em qualquer cidade ou região do 
Brasil. 
 
3. VIOLÊNCIA ENTRE ALUNOS E PROFESSORES: A MUDANÇA DE 
COMPORTAMENTO DE ALUNOS E PROFESSORES NA ESCOLA AO 
PASSAR DO TEMPO 
 
A violência vem sendo um assunto muito discutido na sociedade, ela 
está presente no nosso cotidiano. Pode-se ver que a violência está situada 
nos empregos, na sociedade, em redes sociais, em casas de família e em 
escolas. Quando se trata de violência no ambiente escolar, geralmente é 
generalizada a violência entre os alunos, mas, não podemos esquecer que os 
professores ao passar do tempo também se tornaram tanto vítimas como 
agressores. Esse tema nos últimos anos vem sendo bastante pesquisado e 
discutido nos noticiários da televisão, muitas são as reportagens que tratam 
violência dentro do ambiente escolar, seja entre alunos, alunos e professores 
e no entorno da escola. 
A educação escolar sofreu drásticas mudanças ao passar dos tempos 
e, muito se sabe que a relação de educação no passado seguia regras 
severas do que comparadas com os tempos de hoje. Com isso, notam-se 
mudanças drásticas em vários sentidos. 
 
Houve uma época em que o professor era tão 
valorizado que representava status ter essa profissão. 
Aulas nos cursos ginasial e colegial costumavam ser 
ministradas até por médicos e engenheiros, e 
compensava financeiramente. Os alunos eram 
habituados a se colocarem de pé quando o mestre 
24 
 
entrava na sala. O respeito aos mais velhos era regra 
de educação[...] (Faustino, E. M. B.; Rodrigues, E. C. 
2013). 
 
A citação acima nos mostra uma realidade totalmente diferente da 
década passada aos tempos de hoje. Havia muito respeito entre alunos 
e professores, os pais faziam parte da escola e eram encarregados de 
ensinar respeito aos seus filhos. No tempo atual, a profissão de professor 
decaiu drasticamente, sendo assim um cargo desvalorizado e muito 
cobrado pela sociedade. Os alunos não têm mais respeito com os 
professores e muito menos entre colegas de escola. Atualmente a 
relação professor-aluno é preocupante, ao pensarmos que a educação 
estruturada é indispensável para o indivíduo. Mas a decorrência de 
confrontos entre educador e estudante acaba abalando essa estrutura, 
assim, resultando em professores insatisfeitos e alunos com precários 
conhecimentos sobre todas as áreas do conhecimento. As escolas são 
tratadas pelos pais como um deposito de crianças e adolescentes sem 
educação, no qual os gestores da escola têm a obrigação de ensinar 
valores e respeitos que deveriam ser aprendidos dentro de casa. 
 
Segundo uma enquete realizada pela Organização 
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE), 12,5% dos professores entrevistados no Brasil 
disseram ser vítimas de agressões verbais ou de 
intimidação de alunos pelo menos uma vez por 
semana. Essa pesquisa também demonstrou que 
apenas um entre cada dez professores, acreditam que 
a profissão seja valorizada na sociedade, porém, isso 
coloca o Brasil entre os últimos na lista desse quesito. 
(Fernandes, 2014) 
 
Os professores se desdobram para atender às expectativas da 
sociedade, porém em alguns casos, desanimam ao notar a falta de 
reconhecimento do seu papel. A partir daí, começa-se a criar uma intolerância 
quanto às ações de alguns alunos, onde, nasce então a “faísca” causadora de 
conflitos entre as partes. 
25 
 
CAPÍTULO III 
 
 
CONCEITO DE VIOLENCIA NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO 
 
 
 
1. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE PESQUISA: O HISTÓRICO 
DAS VIOLÊNCIAS PRATICADAS NA INSTITUIÇÃO 
 
E.E. Professora Decia Lourdes Machado dos Santos. A instituição foi 
criada pelo Decreto nº 23.274 de 15/02/1985 e no ano de 2015 e passou a fazer 
parte do Programa de Ensino Integral (PEI) a Escola Estadual de Ensino 
Fundamental se localiza na Rua Flosculo Franco do Amaral, nº 260 – Monsenhor 
Pasetto, município de Lins/SP. Na escola são matriculadas aproximadamente 
229 (duzentos e vinte e nove) alunos, no Ensino Fundamental ciclo II, sendo 
Educação de Jovens de Ensino Fundamental Integral, contendo 7 (sete) salas 
de aula. A instituição possui o quadro de 22 (vinte e dois) funcionários. 
 A escola funciona de segunda-feira a sexta-feira em dois períodos, 
de manhã das 7:00 ás 12:20 horas, a tarde das 13:00 ás 16:30 horas e tem 
como objetivo oferecer uma educação de qualidade e garantir melhores 
condições de ensino para a formação de crianças e adolescentes. 
 Sua infra-estrutura subdividisse em 01 (um) pavimento, sendo 
térreo. A capacidade física total por sala é de 35 (trinta e cinco) alunos nos 
módulos finais do ensino fundamental. As salas de aula são arejadas e no há 
super lotação. 
A escola possui 01 (uma) sala de professores, 01 (uma) secretaria, 01 
(uma) sala de diretor, 01 (uma) sala de vice-diretor, 01 (uma) sala de 
coordenação, 01 (uma) sala de informática, 01 (um) laboratório de ciências, 01 
(uma) quadra de esporte coberta, 01 (uma) cozinha, refeitório, 01 (uma) sala de 
leitura, 02 (dois) banheiro dentro do prédio, sendo um feminino e um masculino, 
01 (um) almoxarifado, 01 (uma) Despensa, área verde, 01 (uma) lavanderia. 
O corpo docente é formado por aproximadamente 12 (doze) professores 
habilitados e qualificados. Existe 01 (um) uma Diretor, 01 (um) Vice-Diretor, 02 
(dois) Coordenadores Pedagógicos. 
26 
 
 escola atende alunos a partir dos 11 (onze) anos de idade, 
aproximadamente. O nível sócio-econômico dos alunos é relativamente variado. 
A estrutura da Escola é muito boa, as salas de aula são bastante amplas 
e confortáveis, com boa iluminação e ventilação. Possui ainda mobiliário 
adequado, armários dentro da sala de aula, mesa para a professora, mesas e 
cadeiras de tamanho apropriado para os alunos. 
Para (D’Aurea-Tardeli; Paula, 2009) “A escola, enquanto instituiçãosocial é um espaço onde as diferenças se encontram e, portanto, local 
permanente de potenciais conflitos. É na escola que as diferentes formas de 
educação e valores familiares, culturas, etnias, religiões etc. se encontram. 
A escola localiza-se em um bairro de classe média na cidade de Lins 
Foram realizadas entrevistas com alguns funcionários sobre o histórico 
de violência praticado na instituição. Relatos dizem que a escola recebe uma 
grande porcentagem de alunos que possuem alguma dificuldade intelectual 
ou com comportamentos agressivos. Realizaram-se observações durante o 
horário de aula, no qual nota-se que os alunos não têm respeito uns pelos 
outros, passam gritando nos corredores, agridem verbalmente os colegas e 
também se ouve os chamados dos professores e funcionários solicitando 
obediência, disciplina e respeito. 
 
Identificar com maior precisão o que se diz quando se 
fala de violência na escola é fundamental para 
identificar e discutir as causas, assim como para 
elaborar estratégias específicas de enfrentamento 
adequadas a cada problema. Além disso, contribuir 
para o reconhecimento de formas que sequer são 
reconhecidas como violentas pode ajudar a ampliar e 
requalificar o debate. A este respeito, pesquisas têm 
mostrado que, na maioria das vezes, por detrás das 
violências que chegam a ocupar as páginas de jornais, 
há um histórico de atos violentos que, por não terem 
sido reconhecidos e tratados ao longo do tempo, 
eclodiram de forma intensa e com potencial de dano 
muito mais intensificado. (D’Aurea-Tardeli; Paula, 
2009) 
 
Quando algum aluno comete algum ato de violência na instituição, ele 
é conduzido para a sala da diretoria, recebem advertências verbais e escritas 
, comunicam os pais ou responsáveis, relatando o fato acontecido e então é 
dispensado somente acompanhado pelo seu responsável. 
27 
 
 É necessário identificar os fatores que geram esse 
comportamento na escola, os tipos de violência que os alunos sofrem em suas 
casas para assim poder compreender o reflexo dessa agressividade na 
escola. Notou-se que alguns alunos desta instituição, são bem agressivos 
tanto fisicamente como verbalmente. É visível o desrespeito dos mesmos 
tanto com os colegas, quanto com os professores e toda esta situação acaba 
gerando desinteresse, falta de aprendizado, até mesmo de quem gostaria de 
aprender. 
Observou-se que através dos relatos de colegas e professores, os 
alunos mais agressivos são os mais carentes de afeto, amor e carinho. 
Fatores estes que refletem em seus comportamentos inadequados. Entretanto 
a dedicação e comprometimento dos professores e demais funcionários da 
instituição, dão suporte para promover a inclusão destes alunos, que em 
alguns casos, não possuem estrutura fundamental para o seu bom 
desenvolvimento dentro de suas casas. 
 
Ouvimos tanto dos professores quanto da sociedade 
em geral que o vandalismo contra a escola e a 
agressão a professores se devem a certa fragilidade 
dos dirigentes, que em tudo concordam com os jovens 
estudantes, à imagem das famílias. Há de se pensar 
ainda sobre a falta de limites dos adolescentes se 
apresenta como a causa principal da indisciplina (Bock; 
Furtado & Teixeira, 2002) 
 
Alunos com dificuldade de afeto se tornam melhores quando são 
ouvidos e entendidos, visto que em muitos casos, o aluno revela sua rebeldia 
em atos violentos, simplesmente para chamar a atenção das pessoas ao seu 
entorno. 
Foi observado que os professores estão perdendo muito mais tempo, 
com a indisciplina, chamando a atenção dos próprios alunos, do que 
executando com competência suas habilidades, que deveria ser o principal 
motivo de estarem lá. Importante citar que, alguns professores estão dando 
aula naquela instituição por amor aos alunos, pois existem algumas situações 
do cotidiano que são quase impossíveis de serem superadas. 
Para Tonchis (2012), a escola é o primeiro ambiente social que a 
criança experimenta, antes disso, ou seja, na socialização primária se 
28 
 
restringe a família, igrejas, vizinhos, enfim, um circuito bastante restrito. É na 
escola, aonde ele vai, realmente, experimentar um ambiente social – lá ele vai 
aprender a conviver com as diferenças e constituir um ser para si. Esse ser é 
para a sociedade. 
 
2. OS TIPOS DE VIOLÊNCIA 
 
 
Realizou-se uma pesquisa de campo envolvendo nove tipos de 
violência que são cometidas normalmente nas instituições de ensino público. 
Os novos tipos de violências classificados foram: Violência verbal, violência 
psicológica, violência moral, violência institucional, violência patrimonial, 
armamento, bullying, ato preconceituoso e uso de drogas. 
Violência verbal: Marques (2017) Tipo de violência que ocorre 
verbalmente, com um comportamento agressivo, que é caracterizado por 
palavras danosas que tem a intenção de ridicularizar, humilhar, manipular e 
ameaçar. Este tipo de agressão afeta significativamente a vítima, causando 
danos psicológicos brutais e irreparáveis. A violência verbal anda lado a lado 
com a violência psicológica, já que a segunda é uma consequência da 
primeira. Uma das grandes dificuldades em identificar a violência verbal, já 
que esta é uma violência por vezes sorrateira. 
Violência psicológica: Na lei 11.340/2006 diz que a violência 
psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional 
e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e 
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, 
chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou 
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação; 
Violência moral: Na lei 11.340/2006 (BRASIL, 2006) diz que a violência 
moral é entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação 
ou injúria; 
Violência patrimonial: Na lei 11.340/2006 (BRASIL, 2006) diz que 
29 
 
violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure 
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos 
de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos 
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
Violência física: Na lei 11.340/2006 (BRASIL, 2006) diz que a violência 
física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde 
corporal; 
Bullying: Pires (2013) O Bullying é qualquer ato, palavra e 
comportamentos que são prejudiciais, intencionais e repetitivos que causa 
danos em um indivíduo. Dentro destes atos estão: ofensas à integridade física, 
moral, humilhação, difusão de boatos, exposição ao ridículo, agressões físicas 
e psicológicas que levam a vítima a manter o sofrimento em silêncio. O 
Bullying é a violência mais praticada nas escolas tanto em públicas como 
também nos particulares. É pouca a consciência de sua existência ou mesmo 
da gravidade das consequências desses atos, provocam traumas, doenças 
psicossomáticas, transtornos mentais e psicopatologias, sendo assim 
podendo gerar delinquência e o abuso de drogas. 
Ato preconceituoso: De acordo com Mendes (2009) a palavra 
preconceito é formada pelo prefixo latino “pré” (anterioridade, antecedência) 
mais o substantivo “conceito” (opinião, reputação, julgamento, avaliação). O 
preconceito é, portanto, o conceito formado antes de se ter os conhecimentos 
necessários; é a opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação. 
Preconceito, ou seja, conceito de algo que não conhecemos ainda, conceito 
que fazemos de imediato. É assim que tudo começa se não conheço e faço 
meus próprios conceitos posso fazê-los bom ou ruim isso pode variar de 
acordo com os estereótipos que possuo em minha bagagem cultural, pois 
nenhum ser humano nasce preconceituoso. O preconceitoé aprendido 
quando ainda estamos passando pelo processo de socialização no seio da 
família, e nas entidades sociais tais como a igreja e a escola. 
 
 
3. OS FATORES QUE LEVAM ALUNOS E PROFESSORES A 
COMETER A VIOLÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR 
 
O aumento da criminalidade nas grandes cidades, nos anos 1990, 
30 
 
existiu um aumento da violência dentro das salas de aula. Atualmente, essa 
violência se torna bastante comum através da popularização de vídeos nas 
mídias sociais. Muitos acham estes vídeos divertidos. Portanto a violência nas 
escolas é um assunto preocupante e deve ser tratado com seriedade. 
A violência escolar ocorre entre os próprios alunos ou até mesmo entre 
alunos e professores. Professores sofrem constantemente ameaças e danos 
a seus pertences, principalmente bens materiais como os carros. 
 
Segundo Nicolilelo (2009), no Brasil, os professores 
gastam 17% do tempo em sala de aula tentando manter 
a disciplina dos alunos, mesmo índice da Malásia. No 
mundo, a média é de 13%. Em países como Bulgária, 
Estônia, Lituânia e Polônia, o percentual não passa de 
10%. O resultado é que o trabalho dos professores fica 
prejudicado pelo mau comportamento dos alunos. 
(Ferreira, S. R., 2017) 
 
Existem ainda relatos de arrombamentos e prejuízos ao patrimônio da 
escola são fatores que atrapalham, evidentemente, o rendimento das aulas e 
fator que influencia, fundamentalmente, os aprendizados dos alunos. 
Geralmente, essas atitudes são praticadas por alunos com problemas 
em casa. E, consumada pela desigualdade social presente em nossa 
sociedade. A desigualdade social é um dos grandes fatores que influenciam o 
jovem a cometer ações violentas. A situação de carência absoluta de 
condições básicas de sobrevivência tende a embrutecer os indivíduos, assim, 
a pobreza seria geradora de personalidades destrutivas. “A partir desse ... de 
estar numa posição secundária na sociedade e de possuir menos 
possibilidades de trabalho, estudo e consumo, porque além de serem pobres 
se sentem maltratados, vistos como diferentes e inferiores. Por essa razão, as 
percepções que têm sobre os jovens endinheirados são muito violentas e 
repletas de ódio..." Abramovay et al. (1999) é uma forma de castigar à 
sociedade que não lhe dá oportunidades. Não descartando a Influência 
familiar, os problemas pessoais e a necessidade de atenção. Estes são outros 
fatores motivadores à violência no ambiente escolar. 
Existem alunos que buscam, por outro lado, por status e pelo 
reconhecimento dentro do colégio, o que leva a prática de algumas dessas 
atitudes. "o motivo pelo qual os jovens...aderem às gangues é a busca de 
31 
 
respostas para suas necessidades humanas básicas, como o sentimento de 
pertencimento, uma maior identidade, auto-estima e proteção, e a gangue 
parece ser uma solução para os seus problemas a curto prazo" Abramovay et 
al. (1999), A família do jovem educando, de maneira direta, é responsável pela 
orientação dos mesmos e pela prevenção de tais ações dentro da unidade de 
ensino, uma vez que a violência escolar é um problema que dever ser 
solucionado, pois interfere no avanço de uma educação de qualidade no país. 
Como solução, as escolas devem integrar os pais ou os responsáveis ao 
ambiente escolar, alertando-os sobre a violência que ocorre e, também, 
informá-los sobre a real situação de seus filhos. Além disso, devem ser criadas 
punições para os alunos que pratiquem os atos violentos, como a execução 
de tarefas dentro do colégio. Segundo Tiba: - 
 
Quando falha o grande controlador, que é a família, 
representada na figura dos pais, os abusos começam a 
acontecer. E, quando um abuso é bem-sucedido, ele se 
estende para social, na delinquência, na compulsão 
pelas drogas. Quando a família deixa o filho fazer 
sempre suas vontades, este com certeza criará 
problemas futuros., essa forma de educar os filhos, 
baseado no amor incondicional sem estabelecer as 
devidas restrições, dizendo com firmeza não e sim na 
hora certa, com explicações moderadas e objetivas 
estão levando as crianças a se tornarem jovens 
automaticamente dependentes, sem autocontrole e 
inseguros, incapazes de solucionar problemas que 
surgem na dinâmica de sua própria vida, sem 
perspectiva de uma vida futura progressiva, sem 
realizações enriquecedoras e positivas. TIBA (1996) 
 
 
 
CAPITULO IV 
PESQUISA DE CAMPO 
1. METODOLOGIA 
 
 
Com o objetivo de conhecer, verificar e investigar características da 
violência no ambiente escolar, este trabalho se encaixa no método de 
pesquisa descritiva e quantitativa. Trata-se de uma análise de fatos sobre 
determinado assunto no qual não se tem muito conhecimento, sendo assim 
32 
 
permitindo a realização de investigações sobre os fatos abordados. A 
pesquisa teve como objetivo colher dados obtidos durante a aplicação de um 
questionário para alunos e professores na instituição foi onde foram realizados 
os estudos, sendo assim buscando os mais variáveis tipos de violências que 
ocorre no âmbito escolar que poderão contribuir para a elaboração do trabalho 
e também a ajudar a identificar as causas dessas violências nas escolas. 
 
‘A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e 
correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis), sem 
manipulá-los; estuda fatos e fenômenos do mundo 
físico e, especialmente, do mundo humano, sem a 
interferência do pesquisador. A pesquisa descritiva 
procura, pois, descobrir, com precisão possível, a 
frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação 
e sua conexão com outros, sua natureza e suas 
características. Busca conhecer as diversas situações 
e relações que ocorrem na vida social, política e 
econômica e demais aspectos do comportamento 
humano, tanto do indivíduo tomado isoladamente como 
de grupos e comunidades mais complexas (Rampazzo; 
Lino, 2005, p.53). 
 
Neste contexto, através dos questionários estruturados descrevemos 
algumas violências que ocorrem no dia a dia dos alunos e professores, 
buscando identificar os causadores dessa violência tendo como apoio teórico 
alguns autores de abordagem cognitiva comportamental. 
 
 
Farrington (2000, p. 56) faz a distinção entre preditores 
comportamentais e preditores explicativos de violência 
no adulto, o início precoce da conduta anti-social seria 
um exemplo de um preditor comportamental e o tipo de 
educação parental um exemplo de um preditor 
explicativo. O autor salienta ainda que o primeiro é 
importante para identificar os sujeitos em risco e o 
segundo é importante para compreender as causas da 
conduta e os processos que a ela conduzem e/ou que 
a podem prevenir. 
 
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no dia 6 de novembro de 
2017 sob parecer CAAE: 69146317.2.0000.5379. 
 
 
33 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
Para a realização da pesquisa de campo foram desenvolvidos e 
executados 02 (dois) tipos de questionários, 01(um) para alunos e outro para 
professores, com questões de assinalar e descritivas. Para a realização de 
pesquisa com os alunos, o diretor da instituição recomendou-se que por 
escolha da escola, cinco alunos de cada série, da 6ª a 9ª série, com idades 
entre 11 (onze)e 15 (quinze)anos de ambos os sexos. A pesquisa foi realizada 
com 35 (trinta e cinco) alunos utilizando-se da sala de informática dividida em 
dois grupos, primeiro a 6ª e a 7ª série e, em seguida a 8ª e 9ª série. Cada 
grupo teve aproximadamente 30 (trinta) minutos para responder o 
questionário com 10 (dez) questões sobre os diversos tipos de violência que 
foram praticados no âmbito escolar e 11(onze) questões sobre qual tipo de 
violência que já sofreu no âmbito escolar. 
Foram utilizados termos de assentimento, consentimento e carta de 
informação de pesquisa para alunos e professores. Entregou-se com uma 
semana de antecedência para que os alunos participantes da pesquisa 
solicitassem aos pais ou responsável autorização para participar da pesquisa 
de campo eos professores para terem ciência da pesquisar no qual iriam 
participar. 
 
 
 
 
Quadro 1 – Informações Pesquisadas na Escola 
 
Informações Pesquisadas Respostas 
Sexo Feminino 
Masculino 
 
 
Idade 
11 anos 
12 anos 
13 anos 
14 anos 
15 anos 
 
Séries 
6ª série 
7ª série 
8ª série 
9ª série 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
34 
 
 Questionário - Alunos 
 
Quadro 2 – Tipos de violência que o aluno já praticou no âmbito escolar 
 
Questões Respostas 
Já praticou violência patrimonial com algum colega de 
escola ou professor? 
Sim 
Não 
Já praticou violência institucional em sua escola? Sim 
Não 
Já praticou violência psicológica com algum colega ou 
professor? 
Sim 
Não 
Já praticou violência verbal com algum colega de escola ou 
professor? 
Sim 
Não 
Já praticou algum tipo de preconceito com colega de escola 
ou professor? 
Sim 
Não 
Já praticou Bullyng com algum colega de escola? Sim 
Não 
Já trouxe algum tipo de armamento para escola? Sim 
Não 
Já fez o uso de alguma droga ilícitas na escola? Sim 
Não 
Já praticou violência moral com algum colega de escola ou 
professor? 
Sim 
Não 
 
Como você se sentiu ao praticar alguma violência no 
âmbito escolar? 
Raiva 
Tristeza 
Legal 
Nunca 
pratiquei 
Não sei 
responder 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
Quadro 3 - Quais tipos de violência você já sofreu no âmbito escolar 
(continuação) 
 
Questões Respostas 
 
Já teve objeto pessoal furtado na escola? 
Sim 
Não 
Já foi agredido fisicamente por algum colega ou professor 
na escola? 
Sim 
Não 
Já foi agredido verbalmente por algum colega ou professor 
na escola? 
Sim 
Não 
Já foi agredido psicologicamente algum colega ou 
professor na escola? 
Sim 
Não 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
35 
 
 
 
 
 
 
 
Questões Respostas 
Já foi agredido psicologicamente algum colega ou 
professor na escola? 
Sim 
Não 
Já foi alvo de preconceito por algum colega ou 
professor na escola? 
Sim 
Não 
Já sofreu Bullyng por algum colega ou professor na 
escola? 
Sim 
Não 
Já lhe ofereceram algum tipo de droga ilícitas na 
escola? 
Sim 
Não 
Já foi agredido moralmente por algum colega ou 
professor na escola? 
Sim 
Não 
 
Como você se sentiu ao sofrer essa violência? 
Triste 
Nunca sofreu 
Não sei responder 
 
Comunicou seus pais ou responsáveis pela violência 
sofrida? O que foi feito? 
Sim 
Não 
Nunca sofreu 
Não sei responder 
 
O que você faria para prevenir a violência na escola? 
Tomaria uma atitude 
Não faria nada 
Ignora 
Não sabe responder 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
Para a realização de pesquisa com os professores, foi submetido o 
mesmo processo que os alunos, em uma sala separada depois do horário de 
aula. A pesquisa foi realizada com 12 (doze) professores com a faixa de idade 
entre 25 (vinte e cinco) a 40 (quarenta) anos de ambos os sexos. Os 
professores tiveram aproximadamente 01 (uma) hora para responder o 
questionário com seis questões sobre quais tipos de violência que você já 
praticou no ambiente escolar no qual trabalha e 11 (onze) questões sobre 
quais as violências que você já sofreu no ambiente escolar no qual trabalha. 
 
 
 
 
36 
 
 Questionário - professores 
 
Quadro 4 - Quais tipos de violência você já praticou no âmbito escolar 
 
Questões Levantadas Respostas 
 
Já praticou violência psicológica com algum aluno? 
Sim 
Não 
 
Já praticou violência verbal com algum aluno? 
Sim 
Não 
 
Já praticou algum tipo de preconceito com algum aluno? 
Sim 
Não 
 
Já praticou Bullyng com algum aluno? 
Sim 
Não 
 
Já praticou violência moral com algum aluno? 
Sim 
Não 
 
 
Como você se sentiu ao praticar alguma violência no 
âmbito escolar com um aluno? 
Ajuda-los 
Sentiu-se mal 
Não praticou 
Não soube 
responder 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
Quadro 5 - Quais tipos de violência você já sofreu no âmbito escolar 
(continua) 
 
Questões Levantadas Respostas 
Já teve objeto pessoal furtado na escola? Sim 
Não 
Já foi agredido fisicamente por algum colega ou professor 
na escola? 
Sim 
Não 
Já foi agredido verbalmente por algum colega ou 
professor na escola? 
Sim 
Não 
Já foi agredido psicologicamente algum colega ou 
professor na escola? 
Sim 
Não 
Já foi alvo de preconceito por algum colega ou professor 
na escola? 
Sim 
Não 
Já sofreu Bullying por algum aluno? Sim 
Não 
Já foi agredido moralmente por algum aluno? Sim 
Não 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
37 
 
 
 
Questões Levantadas Respostas 
 
Como você se sentiu ao sofrer essa violência? 
Impotente 
Triste 
Não sofri 
 
Comunicou os pais ou responsáveis do aluno pela 
violência sofrida? O que a escola fez a respeito disso? 
Não tomou 
providencias 
Tomou providencias 
Não soube 
responder 
Você acha que as frequências de violências nas escolas 
aumentaram ou diminuíram? 
Aumentaram 
Diminuiram 
Na sua opinião como educador, o que você acha que 
deveria ser feito para prevenir essas violências que são 
cada vez mais frequentes no ambiente escolar? 
Mediação adequada 
Não soube reponder 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Através deste trabalho podemos notar as mais variadas formas de 
violência praticadas e recebidas no ambiente escolar entre alunos e 
professores. Nos gráficos abaixo mostram os resultados das pesquisas que 
foram realizadas na instituição de ensino fundamental de período integral. 
No estudo mostra-se que a violência mais cometida entre os alunos é 
a violência verbal com a porcentagem de 43%, que é caracterizada por 
xingamentos, palavras de baixo calão que podem machucar tanto quanto uma 
agressão física, como o tipo de violência que mais se expressa na escola. 
Alves; Campos; Sebastião (2003, p.46) relatam que muitos alunos usam de 
agressões físicas e verbais para expressarem seus descontentamentos 
escolares, especificamente os autores salientam que “As ações violentas 
resultam da frustação dos alunos e traduzem-se em atos violentos por estes 
não serem capazes de lidar com o insucesso e sentirem-se agredidos durante 
o seu percurso escolar”. 
Em segundo, temos o bullying com 34%, que é uma violência bastante 
praticada na instituição, o bullying envolve ofensas à integridade física, moral, 
humilhação, difusão de boatos, exposição ao ridículo, agressões físicas e 
psicológicas que levam a vítima a manter o sofrimento em silêncio. Dessa 
38 
 
forma, as desavenças entre alunos se manifestam, inicialmente, 
ataques verbais proferidos pelos mesmos que quase sempre culminam com 
brigas, sendo elas a situação limite entre os bate-bocas e discussões. 
 
Figura 1 – Tipos de violência já praticadas 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
 
No segundo gráfico mostra-se que a violência mais causada no 
ambiente escolar e a violência física com 63%, no qual o aluno manifesta-se 
sua raiva pelo o indivíduo que lhe causou algo prejudicial, sendo assim 
tomando como única maneira de resolver o problema através da violência 
física. Alguns autores como (Coie & Dodge, 1998, Diaz-Aguado, 1996b apud 
MARTINS, 2005) sugerem a diferença de dois subtipos de violência ou 
agressão: a violência reativa ou expressiva e a violência instrumental ou 
proativa. A violência reativa é desencadeada pelas condições que a 
antecedem, isto é, surge como uma explosão emocional, um nível de tensão 
e crispação elevados que ultrapassam a capacidade da pessoa para enfrentar 
1) Violência Patrimonial 2) Violência Institucional 3) Violência Psicologica 
4) Violência Verbal 5) Ato Preconceituoso 6) Bullying 
7) Armamento na escola 8) Violência Moral 
26% 
43% 
34% 
23% 
6% 0% 
17% 
6% 
26% 
Quais tipos de violência você já praticou no 
âmbito escolar? 
39 
 
o evento social de outra forma; enquanto que a violência instrumental ou 
proativa é desencadeada pela perspectiva dos resultados que o indivíduo 
espera obter, isto é, utiliza-separa se conseguir um determinado resultado. 
Os indivíduos que utilizam este tipo de violência tendem a justificá-la, dando-
lhe uma aparência legítima. É ainda possível identificar indivíduos que utilizam 
mais a violência reativa, outros que recorrem mais à violência proativa e ainda 
alguns em que estão os dois presentes[...] 
Em segundo o bullying com 60% e em terceiro mostra a porcentagem 
de 57% de furto que objetos pessoais. 
 
Figura 2 – Tipos de violência já sofridas no âmbito escolar 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
No terceiro gráfico mostra os resultados de pesquisa realizado com os 
professores. A violência verbal com 25% é a mais comum entre alunos e 
5) Já foi alfo de preconceito 6) Já sofreu Bullying 
7) Já ofereceram drogas 8) Já foi agredido moralmente 
2) Já foi agredido fisicamente 
4) Já foi agredido psicologicamente 
1) Objeto pessoal furtado 
3) Já foi agredido verbalmente 
40% 
26% 
54% 
63% 
60% 
57% 
26% 
11% 
Quais tipos de violência você já sofreu no âmbito 
escolar? 
40 
 
professores, resultando em alunos mais indisciplinados e professores cada 
vez mais insatisfeito com o seu trabalho. Souza (2008) rebate os resultados 
obtidos em um estudo realizado com o universo de 47 (quarenta e sete) 
professores de escolas (públicas e particulares) revelaram que a violência de 
professor para aluno foi comentada por uma minoria deles, apenas 20,7% dos 
professores da escola pública e 11,1% dos professores da escola particular. 
Outra pesquisa descreveu que os professores relacionam, primeiramente, os 
episódios de violência envolvendo os alunos, sejam como vítimas ou 
agressores, enquanto que os professores e outras autoridades escolares, 
dificilmente, são identificadas como agentes da violência. As ações 
repressivas e comentários reprovadores estão relacionados à violência de 
professor para aluno, entretanto os educadores não percebem essas ações 
como violência, isto é, não se veem como protagonistas, e alegam fazer uso 
dessas práticas como medidas educativas e disciplinadoras contra a violência. 
Os docentes também não se incluem no exercício da violência simbólica. 
 Em segundo temos a violência moral com 17%, que dificulta o 
relacionamento entre aluno e professor, sendo assim dificultando a 
aprendizagem, e em terceiro a violência psicológica que é a conduta que lhe 
cause danos emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e 
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas 
ações. Nota-se que o nível de alunos com baixa auto-estima e grande, e esse 
fator ocorre tanto na escola entre aluno e professores, como também no 
ambiente familiar. 
 
Figura 3 – Tipos de violência praticados no ambiente escolar 
 
41 
 
 
 Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
 
Observa-se que no quarto gráfico que mais uma vez a violência verbal 
é a que mais ocorre no ambiente escolar com 83% gerando conflito no 
ambiente de ensino. Em seguida temos o furto de objetos pessoais com 75% 
e a violência psicológica com 43%, sendo assim mostra-se alguns dos motivos 
que fazem os educadores perderem a compostura perante o aluno e também 
gerando problemas de saúde fazendo com que sejam afastados do cargo ou 
até mesmo desistindo da profissão. Estudos realizados por Reinhold. (1984) 
diz que “Quando o professor sente-se desautorizado, desrespeitado ou 
impotente diante da indisciplina ou da atitude rebelde do aluno, sua reação 
transforma-se nos ATOS de Violência Psicológica, detectados nos dados 
deste es tudo, possibilitando respostas verbais e/ou corporais de ambas as 
partes; a pessoa do professor (a) fragilizada, impotente, fica impedida de 
exercer sua função profissional de educar. É como se a pessoa possibilitasse 
uma auto-violência- psicológica contra a sua identidade de professor(a), 
expressa nos sentimentos de desqualificação, “estresse”, desilusão, baixo 
auto-estima” esses foram os sentimentos descritos durante os estudos 
realizado pelo autor. Em base desse estudo observa-se os sentimentos que 
são gerados nos professores que sofrem com a violência verbal no dia-a-dia 
no ambiente escolar. 
 
Quais os tipos de violência que você já 
praticou no ambiente escolar no qual 
trabalha?
1) Violência Psicológica 2) Violência Verbal 3) Ato Preconceituoso
4)Bullyng 5) Violência Moral
42 
 
Figura 4 – Tipos de violência sofridos na escola 
 
Fonte: Elaborada pelos Autores, 2017 
 
 
Portanto, com base nos estudos e análise de pesquisa realizada dos 
dados obtidos através da observação e do questionário, constatou-se que os 
alunos e professores da instituição de ensino fundamental, têm plena e total 
consciência das violências enfrentadas diariamente no ambiente escolar. 
1) Já teve objeto pessoal furtado 2) Já foi agredido fisicamente 
3) Já foi agredido verbalmente 4) Já foi agredido psicologicamente 
5) Já foi alvo de preconceito 6) Já sofreu Bullying 
7) Já foi agredido moralmente 
83% 
17% 
17% 
 
42% 
75% 25% 
25% 
Quais os tipos de violencia que você já sofreu na 
escola? 
43 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 
 
A proposta de intervenção deste trabalho e o recolhimento de dados 
para estudo de pesquisa das mais variáveis formas de violência que ocorrem 
no âmbito escolar entre alunos e professores, buscando contribuir na reflexão 
e na prevenção, trazendo alternativas mais saudáveis para o relacionamento 
interpessoal. Esclarecer os tipos de violências que mais ocorrem através de 
análise de dados de pesquisa e observação realizada na escola. 
Existem inúmeras causas de violência, tanto na parte externa da escola 
que envolve a família dos alunos e na parte interna que engloba toda a escola. 
A violência é algo que aparece diariamente nas mídias, mostrando que cada 
vez mais o índice vem crescendo ao passar do tempo. São inúmeros os 
fatores que podem levar alunos e professores a cometerem algum tipo de 
violência, desde a desigualdade social até problemas de saúde. 
É preciso mais influência dos familiares e dos professores para ajudar 
na minimização da violência, buscar mais diálogo entre os docentes, trabalhos 
que envolvem toda a escola, buscar ouvir opiniões de melhorias que possam 
ser desenvolvidas na instituição e assim trabalhando todos juntos para acabar 
com a prática de violência na escola. Também fazer trabalho efetivo de 
conscientização, com palestras, rodas de conversa, confecção de cartazes 
sobre a temática. Envolver os alunos e familiares para diminuir essas relações 
agressivas na escola. 
44 
 
CONCLUSÃO 
 
A violência no ambiente escolar não é um assunto discutido e estudado 
somente nos tempos atuais. No Brasil, o assunto vem sendo estudado desde 
a década de 80. Observa-se que a mídia mostra o crescimento da violência a 
cada dia que passa. Um dos fatores enfrentados além da violência na escola, 
é também a falta de participação e estruturação da família, que vem delegando 
o papel de educação para a escola. Temos também a ausência de interesse 
por partes dos alunos, a deficiência de material didático, desinteresse dos 
professores, poucos incentivos para as atividades a serem desenvolvidas, 
falta de valorização e reconhecimento, que contribuem negativamente na 
prevenção e/ou minimização da violência no âmbito escolar. 
É preciso maior estímulo dos órgãos governamentais, atitudes 
influenciáveis aos familiares e aos professores para ajudar na minimização da 
violência, buscar mais diálogos entre os docentes, atividades que envolvem 
toda a escola, família e comunidade, captar opiniões e melhorias que 
possam ser desenvolvidas e efetivamente executadas na instituição e assim 
todos juntos e engajados trabalhar para combater a prática de violência na 
escola. Também desenvolver um trabalho efetivo com palestras, vídeos, rodas 
de conversa, confecção de cartazes e a prática boca a boca espalhando de 
forma verbal as informações sobre a temática, enfim envolvertoda a 
comunidade escolar para diminuir essas relações agressivas na escola. 
Conclui-se que a violência verbal é a mais utilizada entre alunos e 
professores, gerando sérios conflitos e desavenças, até chegar na violência 
mais crítica que é a violência física. Os adolescentes vêem a força física como 
a melhor forma de resolver rixas entre grupos de alunos ou até mesmo com 
os professores, atitudes extremamente nocivas e prejudiciais para o 
crescimento e desenvolvimento pessoal, familiar, profissional, social e na 
formação de cidadãos dignos, honestos, trabalhadores e responsáveis pelos 
seus atos. 
 
 
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