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Decisão Interlocutoria, Sentença, Emendatio Libelli e Mutatio Libelli

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FACULDADES INTEGRADAS DE CARATINGA 
REDE DOCTUM 
4° PERIODO DE DIREITO 
 
 
 
FLAVIANE DE SOUZA GURGEL 
 
 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, SENTENÇA, EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO 
LIBELLI 
 
 
 
 
 
 
CARATINGA 
2021 
1 
 
 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
 
No âmbito jurídico, uma decisão interlocutória é um dos atos praticados pelo 
magistrado de um processo em que decide uma questão incidental sem a resolução 
do mérito, ou seja, sem pronunciar uma solução final à lide proposta em juízo. 
Esse ato está previsto no parágrafo 2 do artigo 162 do Código de Processo 
Civil e parágrafo 2 do artigo 203 do Novo CPC, como seguem: 
• CPC - Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973 
Institui o Código de Processo Civil. 
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. 
• 2º Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, 
resolve questão incidente. 
• Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões 
interlocutórias e despachos. 
• 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza 
decisória que não se enquadre no § 1º. 
Vale ressaltar que uma decisão interlocutória não significa o término do 
processo, diferentemente da sentença. Em alguns casos, é possível contestar a 
decisão do juiz com agravo no prazo de 15 dias. 
TIPOS DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
Há, basicamente, dois tipos de decisão interlocutória: a simples e a mista. A 
decisão interlocutória simples nada mais é que uma decisão judicial que põe fim à 
uma controvérsia entre as partes, sem encerrar o processo ou, tampouco, uma etapa 
do processo. Alguns exemplos de decisão interlocutória simples são a quebra de 
sigilo bancário ou fiscal; o recebimento de uma queixa ou denúncia, bem como o 
decreto de uma prisão preventiva. 
Já a decisão interlocutória mista se caracteriza por ser uma decisão do 
magistrado que não apenas resolve uma controvérsia, mas também encerra uma 
fase do processo, sem o julgamento de mérito. Alguns exemplos de decisão 
interlocutória mista são a pronúncia (põe fim ao juízo de formação de culpa, julgando 
admissível a acusação) e a impronúncia (encerra o processo, sem avaliar o mérito). 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10724273/par%C3%A1grafo-2-artigo-162-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10724345/artigo-162-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894890/par%C3%A1grafo-2-artigo-203-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894894/artigo-203-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1026470/lei-5869-11
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
2 
 
 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, SENTENÇA OU DESPACHO 
 
Durante o julgamento de um processo, o juiz pode tomar uma dessas três 
atitudes: despacho, decisão interlocutória ou sentença. 
Um despacho é caracterizado pelas movimentações administrativas 
pertinentes para que o processo passe pelos trâmites necessários até que alcance 
o seu objetivo, isto é, a solução do problema. Ao despacho não cabe recurso, pois 
não é uma decisão. 
Uma vez que o magistrado encerra um processo em primeira instância, com 
ou sem julgamento do mérito, ele profere uma sentença. Quando o tribunal é o 
responsável por colocar fim a um processo, ele profere um acórdão. Tanto a 
sentença quanto o acordão são decisões finais naquela instância, com ou sem o 
julgamento de mérito. 
Contudo, quando o juiz toma uma decisão que não põe fim ao processo, como 
convocar uma testemunha, ele está tomando uma decisão interlocutória, ou seja, 
uma decisão que não põe fim ao processo ou uma etapa dele. Neste caso, por ser 
uma decisão, cabe o recurso. 
SENTENÇA 
 
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XXXV, garante o Direito 
Constitucional de Ação, ao determinar que “a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário, lesão ou ameaça a direito”. Em outras palavras, todo cidadão tem o direito 
de ingressar com uma ação (desde que também exerça o direito processual de ação, 
ou seja, estar presentes as condições das ações e os pressupostos processuais), e 
em razão dela, possuir uma tutela do Estado. Vale ressaltar que a tutela por parte 
do Estado não significa dar ao Autor o que for requerido, mas sim, dar, a cada uma 
das partes, o que lhe é de direito. Essa explicação é necessária, pois, mesmo em 
face de uma sentença de improcedência, também há tutela, ainda que de menor 
intensidade, só que a favor do Réu, pois este não terá seu patrimônio invadido pelo 
Estado (não será obrigado a dar, fazer ou não fazer nada). 
O professor Nelson Nery Junior traz como solução para remediar o conceito 
legal de sentença a adoção de um critério misto, unindo dessa forma, o de finalidade 
e conteúdo: “Será sentença o ato do juiz que contiver uma das matérias do 
art. 267 ou 269 do CPC (critério do conteúdo) e que ao mesmo tempo encerrar a 
fase cognitiva (critério da finalidade), resolvendo todos os conflitos em toda sua 
extensão.” Se não houver a junção de ambos os critérios, a decisão não será 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10713365/artigo-267-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712666/artigo-269-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
3 
 
 
sentença e sim uma decisão interlocutória, cabendo, portanto, Agravo (de 
instrumento) e não Apelação. 
 
 REQUISITOS DA SENTENÇA 
 
A sentença sempre confirmará ou negará a pretensão de uma das partes 
conforme se julgue o mérito da causa, mas, por vezes, também poderá negar 
resposta à questão trazida, sem que sejam analisadas as questões fáticas e de 
direito trazidas. Isso ocorrerá, quando for extinto o processo quando ausentes ou 
defeituosos os elementos de para a admissibilidade do processo, ou seja, quando 
ausentes ou insuficientes os pressupostos processuais ou as condições da ação. 
Nestes casos, estaremos diante de uma sentença que chamamos de 
terminativa, pois terminam o processo, mas não com uma decisão definitiva, pois, 
uma vez que o mérito não foi julgado, não haverá trânsito em julgado e poderá haver 
a propositura de novo processo. Se forem preenchidos todos os pressupostos 
processuais e condições da ação, será analisado o mérito da causa e será prolatada 
uma sentença definitiva, que também possui requisitos próprios. 
Para que uma sentença seja válida e passe a produzir os efeitos nela contida, 
o legislador estabeleceu alguns requisitos formais básicos, que, se não forem 
observados pelo magistrado, acarretará na nulidade do ato. Referidos requisitos 
estão elencados no artigo 458 do Código de Processo Civil, in verbis: 
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença: 
I – O relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta 
do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do 
processo; 
II – Os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
III – o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe 
submeterem. 
 
EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO LIBELLI 
 
Aemendatio libelli e mutatio libelli são institutos do direito processual penal 
incidentes na inicial acusatória, cujo efeito implica na alteração da classificação 
delitiva, seja por erro silogístico ou na narrativa fática. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10691666/artigo-458-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
4 
 
 
A emendatio libelli trata da possibilidade de emendar/reparar/consertar a 
acusação quando a inicial acusatória contiver um erro de classificação do delito. 
Nessa senda, não há alteração dos fatos imputados, pois foram corretamente 
descritos pela acusação, mas sim alteração da classificação jurídica da conduta 
(tipificação). 
É o teor do 383 do Código de Processo Penal: 
O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, 
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de 
aplicar pena mais grave. 
Faz-se possível a alteração pelo magistrado, pois o réu não se defende da 
classificação (do artigo), mas sim dos fatos descritos na inicial acusatória. 
Logo, poderá o juiz modificar a classificação delitiva de ofício ou a 
requerimento da parte. 
Já a mutatio libelli trata da hipótese de a denúncia trazer fatos diversos da 
realidade. Ou seja, a denúncia decorre de uma narrativa fática errônea, mas na 
instrução criminal se tem conhecimento do que realmente ocorreu, ensejando 
mudança na acusação. 
Tal aditamento competirá exclusivamente ao autor da ação penal e uma vez 
mudada a acusação, deve ser concedido nova prazo para apresentação de defesa, 
pois os fatos mudaram. 
Essas são sucintas considerações acerca dos institutos da emendatio libelli e 
da mutatio libelli. 
 
 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644213/artigo-383-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
5 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
 
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/541903251/qual-a-diferenca-entre-emendatio-
libelli-e-mutatio-libelli 
https://examedaoab.jusbrasil.com.br/artigos/474348085/decisao-interlocutoria-saiba-
o-que-e-e-conheca-os-tipos 
https://thiagombraga.jusbrasil.com.br/artigos/136066772/sentenca-conceito-e-
requisitos 
 
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/541903251/qual-a-diferenca-entre-emendatio-libelli-e-mutatio-libelli
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/541903251/qual-a-diferenca-entre-emendatio-libelli-e-mutatio-libelli
https://examedaoab.jusbrasil.com.br/artigos/474348085/decisao-interlocutoria-saiba-o-que-e-e-conheca-os-tipos
https://examedaoab.jusbrasil.com.br/artigos/474348085/decisao-interlocutoria-saiba-o-que-e-e-conheca-os-tipos
https://thiagombraga.jusbrasil.com.br/artigos/136066772/sentenca-conceito-e-requisitos
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