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Livros e a faixa etária Faça a escolha certa! Dos livros. Para te dar uma ajudinha nessa tarefa, Confira! De 0 a 5 meses: escolha livros pequenos cartonados, de pano ou de plástico porque são mais fáceis de manusear e não irão descascar caso a criança os ponha na boca, além da fácil higienização. É importante apontar as figuras que estão no livro e dizer em voz alta o nome daquilo para o qual o bebê está olhando. Pode Representar com gestos ou voz a figura que estiver indicando e imite os sons que o bebê fizer, observando a sua reação, desta forma aumentará a interação entre você e o bebê. De 6 meses a 1 ano: Nessa etapa, livros com diversas texturas, figuras coloridas, ilustrações de animais e objetos que chamem a atenção. Também podem ser usados para a ampliação do vocabulário e de escuta. Livros com figuras ilustrativas de bebês também chamam atenção, nesse caso, é importante que você nomeie cada parte do rosto do bebê nariz, boca, olhos, testa, queixo.. apontando a parte correspondente no rosto do pequeno leitor. Ao fazermos isto auxiliamos a criança a ampliar o vocabulário e a compreender que ilustrações representam coisas verdadeiras, outra ação interessante é ajudar o bebê a virar a página, pois com isso você proporciona a interação dele com o livro. Livros: Selva do barulho, Hora de brincar sapinhos, Amiguinhos do mar... De 1 a 3 anos: Textos rimados (poesias, parlendas e letras de canções folclóricas) e ricos em repetições fazem sucesso nesta etapa. As Fábulas em versos também são ótimas alternativas para diversos momentos. Aposte ainda em livros com varias ilustrações, de modo a possibilitar as práticas da nomeação, descrição, de cenas e objetos e construção de enredos a partir das imagens, d forma narrativa. Livros: coco no trono, formas, sempre em meu coração, Historias do barulho: o bebe leão... De 3 a 6 anos: Os livros com histórias mais longas e menos imagens são bem vindos nesta etapa, de modo especial os contos de fadas e fábulas. Dê vez a obras de escritores clássicos e consagrados da literatura infantil, sempre direcionando a criança para textos de qualidade. É nesta fase também que a criança passa a ter um vocabulário mais maior, sendo assim peça a colaboração dela para dar continuidade a história. Livros: Pedro Vira Porco-Espinho,O Gênio Preguiçoso, Leo e a Baleia, os três porquinhos... De 6 a 8 anos: Os livros com imagens, ilustrações ainda são bem vindos nesta etapa, porém com característica de histórias mais longas, com cenário próprio e personagens definidos, sobre caráter, aqui será colocado para a criança, quem é do bem e quem é do mal. Livros que tenha situações de conflito, de problema e de resolução, para que assim a criança comece a entender seus questionamentos internos. Livros: o domador de monstros, o monstro das cores, o menino que tinha medo de errar, quem soltou o pum... De 8 a 10 anos: Os livros com histórias com estrutura onde exista, começo, meio e fim, cujo enredo apresente uma situação de problema a ser resolvida e aborde temas que valorizem o convívio social, como amizade, respeito às diferenças, cooperação, entre outros. Livros: Almanaque Ruth Rocha, Bisa Bia Bisa Bel , A fada que tinha ideias... Pra você vou contar De 10 a 12 anos: As histórias já podem ser mais densas, longas e com uma linguagem mais elaborada. São oferecidos diferentes gêneros textuais, para a literatura dessa faixa etária, temos: contos, crônicas, novelas de aventuras ou sentimentais, mitos, lendas, ficção científica, policial e documentários. Livros: Harry Potter e a Pedra Filosofal, História das Invenções, Livros da coleção Vaga-Lume, Os 12 trabalhos de Hércules... A faixa etária é muito importante, mas o mais importante é atentar- se aos gostos da criança(s). Pra você vou contar Contar ou ler? O contador de histórias recria a história, conservando a essência do texto, vai improvisando, acrescentando, são narrativas carregadas de emoção e repletas de elementos significativos, como gestos, ritmo, entonação, expressão facial, silêncios. O leitor de histórias, empresta sua voz ao texto, sua leitura faz com que ele mantenha a estrutura linguística da narrativa, Ler uma história é uma forma de apresentar a obra conforme sua originalidade. Ele é o mediador da leitura. A contação de histórias não está limitado ao público infantil. Há um universo imenso de possibilidades Te conhecer como contador de histórias não se preocupar com você Acreditar no seu imaginário Existem vários materiais que o contador tem que ter, porém, existe um que fará diferença na sua trajetória como contador de história. O imaginário - Não existe criar imaginário demais, existe criar imaginário de menos. A interpretação é a soma de duas Habilidades: O contador de história esta dentro de você - verdade dentro de te - mecanismo interno Como me preparar? 1-Estudar a história: Faça anotações, estabelecendo a sequência de suas ações. 2-Assimile a história: ( momento de ¨decorar¨) Esse é o momento em que você irá processar a história, onde você irá fazer associações a sua vida, suas experiências pessoais, desta forma você irá ter um jeito todo seu de contar a historia. Pra você vou contarPARA COMEÇAR “Vocês não imaginam o que vou contar hoje...” “Lembrei de uma história, sabem qual é?...”; Ou ainda usar os chavões: “Era uma vez...”, “Muito tempo atrás...”, “Numa terra distante...”, “Numa época que não é esta....”. Ou ainda através da música. Aumente o volume da sua voz Bata palma Use frases que chame atenção: NOSSA! NÃO ACREDITO! ISSO ACONTECEU! Mova-se Se você conhece seu público, entende os seus sentimentos, modula sua voz para falar, transmite sua verdade, seu público manterá a atenção em você. 1. 2. 3. 4. Prender a atenção do público AUTOACEITAÇÃO RECONHEÇA SEUS VALORES PRÁTIQUE DIÁLOGO FAÇA CONTATO VISUAL DIGA SIM SORRIA E CONTINUE CORAGEM É AÇÃO TIMIDEZ Pra você vou contar Importante: • Conheça e goste da história • Conheça particularidades do público (idade, gostos) • ensaie muito • Use um gravador para estabelecer as vozes • Filme suas expressões • Mantenha o texto com você para dar mais segurança • Se der o famoso “branco”, não se desespere. Repita a última parte até que se lembre, ou improvise até que aquele trecho volte à memória. Livros anti-racismo Omo-Oba: Histórias de Princesas (Kiusam de Oliveira, 2009) O Mundo No Black Power de Tayo (Kiusam de Oliveira, 2013) Histórias de viver e contar de Luciano Costa gostosuras e bobices de Fanny Abramovich O que é literatura infantil Cardemotori A literatura infantil na escola Regina Zilberman Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa Paulo Freire - A importância do ato de ler • Bucala - A pequena princesa do quilombo do Cabula (Davi Nunes, 2015) O livro traz a história a história de uma linda princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha. Ela possui poderes que protegem o quilombo. Um livro que reconta 6 mitos africanos, muito divulgados nas comunidades de tradição ketu, pouco conhecidos pelo público em geral. Os mitos apresentados têm o objetivo de fortalecer a personalidade de meninas de todos os tempos. A narrativa aborda o preconceito de uma forma leve, contando a história de Tayó, uma menina negra, que tem orgulho do cabelo crespo com penteado black power. A autora apresenta uma personagem cheia de autoestima, capaz de enfrentar as agressões dos colegas de classe, que dizem que seu cabelo é 'ruim'. Autores que falam da contação de histórias: Pra você vou contar Livros anti-racismo Tudo Bem Ser Diferente (Todd Par, 2009) Amoras (Emiccida, 2018) • Meu Crespo é de Rainha (Bell Hooks, 2018) O livro celebra a beleza e a diversidade dos cabelos crespos e cacheados, exaltando penteados e texturas afro. livro trabalha com as diferenças de cada um de maneira divertida, simples e completa, alcançado o universo infantil e abordando diversos assuntos: Adoção, separação de pais, deficiências físicas e preconceitosraciais, entre outros. O livro é inspirado na música “Amoras”, onde Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. A importância da contação de histórias no desenvolvimento: Transmissão cultural A oralidade é uma ferramenta muito antiga de transmissão da cultura, dos conhecimentos e das experiências entre as gerações, mantendo vivo os costumes, tradições. Associação de vivências Quando ouvem histórias, os pequenos fazem associações daquilo que é narrado às suas próprias vivências. Esse processo colabora para que eles busquem e encontrem recursos para lidar com diversas situações, conflitos e emoções. A contação de histórias também resgatar as memórias afetivas. Incentivo à leitura Desde cedo ouvir histórias incentiva as crianças a ter o gosto pelos livros, porém nunca é tarde para dar inicio a essa prática. Esses são momentos valiosos no processo formativo dos indivíduos, já que amplia o vocabulário, colabora no desenvolvimento de habilidades sócio emocionais e estimula a curiosidade, a imaginação e a criatividade. Apropriação de diferentes linguagens A contação de histórias permite o contato direto com várias linguagens e formas de contar um mesmo acontecimento. Quando articulado, o corpo, a voz e os recursos cênicos possibilitam que o imaginário seja ampliado, bem como os sentidos, ajudando na interpretação textual. Lembrando que ler é uma prática interativa, isto é, requer a participação ativa das crianças na construção da narrativa. Estímulo à expressão Ouvir histórias não é um ato tão receptivo quanto se imagina, é ao contrário, nós reagimos a elas de diversas formas. E isto provoca diferentes reações, expressões e observações do mundo, sendo assim é importante que a contação seja um espaço de troca, de compartilhamento e principalmente de afeto. Os educadores estimulam a participação dos alunos por meio de uma leitura interpretativa ou levando temas condizentes com as vivências dos alunos. @pravocevoucontar Pra você vou contar
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