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AAP 3 - 2ª série EM

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Prévia do material em texto

1- Leia os textos abaixo.
 Texto 1
 
Chove?... Nenhuma chuva cai...
 
Chove?... nenhuma chuva cai...
Então onde é que eu sinto um dia
Em que o ruído da chuva atrai
A minha inútil agonia?
 
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
Ó céu azul, chamar-te meu...
 
E o escuro ruído da chuva
É constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
Traçada pelo som do vento...
[...]
 
Quando é que eu serei da tua cor,
Do teu plácido e azul encanto,
Ó claro dia exterior,
Ó céu mais útil que o meu pranto?
 
PESSOA, Fernando. Chove?... Nenhuma chuva cai... In: Arquivo Pessoa. Disponível em: <http://arquivopessoa.net/textos/4543>. Acesso em: 22 abr. 2021. Fragmento.
 
 
Texto 2
 
Dialética
 
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
 
MORAES, Vinícius de. Dialética. In: Escritas.org. Disponível em: <https://www.escritas.org/pt/t/1688/dialetica>. Acesso em: 23 abr. 2021.
 
 Apesar de pertencerem a épocas distintas, o Texto 2 é semelhante ao Texto 1 porque o eu lírico
a) acredita que o azul do céu seja encantador.
b) considera a alegria um sentimento difícil de descrever.
c) deseja que sua alma seja da mesma cor que a do dia.
d) faz uma declaração para a mulher amada.
e) tem consciência de sua própria tristeza.
2- Leia o texto abaixo.
 
A moreninha
Capítulo 21 - Segundo Domingo: Brincando com Bonecas (1)
 
Raiou o belo dia, que seguiu a sete outros, passados entre sonhos, saudades de esperanças. Augusto está viajando: já não é mais aquele mancebo cheio de dúvidas e temores da semana passada, é um amante que acredita ser amado e que vai, radiante de esperanças, levar à sua bela mestra a lição de marca que lhe foi passada. [...] Um bonito rosto [...] fez olvidar todos esses episódios da vida do estudante. [...]
 
Como da primeira vez, Augusto vê o dia amanhecer-lhe no mar; e, como na passada viagem, avista sobre o rochedo o objeto branco, que vai crescendo mais e mais, à medida que seu batelão se aproxima, até que distintamente conhece nele a elegante figura de uma mulher, bela por força; mas desta vez, não como da outra, essa figura se demora sobre o rochedo, não desaparece como um sonho, é uma bonita realidade, é D. Carolina que só desce dele para ir receber o feliz estudante que acaba de desembarcar.
 
– Minha bela mestra!...
 
– Meu aprendiz!... [...]
 
MACEDO, Joaquim Manuel de. A moreninha. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/a_moreninha.pdf>. Acesso em: 26 jul. 2021. Fragmento.
 
 Entende-se desse texto que Augusto
a) era vizinho de D. Carolina.
b) gostava de acordar cedo.
c) morava de frente para o mar.
d) sentia admiração por D. Carolina.
e) trabalhava como capitão de um navio.
3- Leia o texto abaixo.
 
A florista
 
Suspensa ao braço a grávida corbelha1,
Segue a passo, tranquila... O sol faísca...
Os seus carmíneos2 lábios de mourisca3
Se abrem, sorrindo, numa flor vermelha.
 
Deita à sombra de uma árvore. Uma abelha
Zumbe em torno ao cabaz... Uma ave, arisca,
O pó do chão, pertinho dela, cisca,
Olhando-a, às vezes, trêmula, de esguelha...
 
Aos ouvidos lhe soa um rumor brando
De folhas... Pouco a pouco, um leve sono
Lhe vai as grandes pálpebras cerrando...
 
Cai-lhe de um pé o rústico tamanco...
E assim descalça, mostra, em abandono,
O vultinho de um pé macio e branco.
 
 
*Vocabulário:
1corbelha: pequena cesta de vime, madeira, ferro etc..
2carmíneo: da cor do carmim.
3mourisca: que se refere a ou é próprio dos mouro.
 
SILVA, Francisca Júlia. A florista. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/literatura/francisca-julia.htm>. Acesso em: 26 jul. 2021.
 
Esse texto é um poema, pois
a) defende um ponto de vista sobre a natureza.
b) é estruturado em versos e estrofes.
c) ensina como tratar os animais.
d) está organizado em perguntas e respostas.
e) faz um anúncio de um produto natural.
4- Leia o texto abaixo.
 
A florista
 
Suspensa ao braço a grávida corbelha1,
Segue a passo, tranquila... O sol faísca...
Os seus carmíneos2 lábios de mourisca3
Se abrem, sorrindo, numa flor vermelha.
 
Deita à sombra de uma árvore. Uma abelha
Zumbe em torno ao cabaz... Uma ave, arisca,
O pó do chão, pertinho dela, cisca,
Olhando-a, às vezes, trêmula, de esguelha...
 
Aos ouvidos lhe soa um rumor brando
De folhas... Pouco a pouco, um leve sono
Lhe vai as grandes pálpebras cerrando...
 
Cai-lhe de um pé o rústico tamanco...
E assim descalça, mostra, em abandono,
O vultinho de um pé macio e branco.
 
 
*Vocabulário:
1corbelha: pequena cesta de vime, madeira, ferro etc..
2carmíneo: da cor do carmim.
3mourisca: que se refere a ou é próprio dos mouro.
 
SILVA, Francisca Júlia. A florista. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/literatura/francisca-julia.htm>. Acesso em: 26 jul. 2021.
 
A característica do Parnasianismo que se destaca nesse texto é
a) a descrição detalhada de uma cena.
b) a oposição ao ideal romântico.
c) a referência a elementos da mitologia.
d) o foco nas discussões filosóficas.
e) o valor dado às conquistas científicas.
5- Leia o texto abaixo.
Inocência
Corta extensa e quase despovoada zona da parte sul-oriental da vastíssima Província de Mato Grosso a estrada que da Vila de Sant’Ana do Paranaíba vai ter ao sítio abandonado de Camapuã. Desde aquela povoação, assente próximo ao vértice do ângulo em que confinam os territórios de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso até ao Rio Sucuriú, afluente do majestoso Paraná, isto é, no desenvolvimento de muitas dezenas de léguas, anda-se comodamente, de habitação em habitação, mais ou menos chegadas umas às outras, rareiam, porém, depois as casas, mais e mais, caminham-se largas horas, dias inteiros sem se ver morada nem gente até ao retiro de João Pereira, guarda avançada daquelas solidões, homem chão e hospitaleiro, que acolhe com carinho o viajante desses alongados páramos, oferece-lhe momentâneo agasalho e o provê da matalotagem precisa para alcançar os campos de Miranda e Pequiri, ou da Vacaria e Nioac, no Baixo Paraguai.
Ali começa o sertão chamado bruto. [...]
A estrada que atravessa essas regiões incultas desenrola-se à maneira de alvejante faixa, aberta que é na areia, elemento dominante na composição de todo aquele solo, fertilizado aliás por um sem-número de límpidos e borbulhantes regatos, ribeirões e rios, cujos contingentes são outros tantos tributários do claro e fundo Paraná ou, na contravertente, do correntoso Paraguai.
Essa areia solta e um tanto grossa tem cor uniforme que reverbera com intensidade os raios do sol, quando nela batem de chapa. Em alguns pontos é tão fofa e movediça que os animais das tropas viageiras arquejam de cansaço, ao vencerem aquele terreno incerto, que lhes foge de sob os cascos e onde se enterram até meia canela. [...]
TAUNAY, Afonso D’Escragnole de. Inocência. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/inocencia.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2021. Fragmento.
 
O contexto social brasileiro apresentado nesse texto é
a) a ampliação da construção civil.
b) a expansão do turismo ecológico.
c) a realidade das pessoas que moram no sertão.
d) o processo de expansão das estradas ferroviárias.
e) o surgimento de um movimento de pescadores.
6- Leia os textos abaixo.
 
Texto 1
 
Úrsula
Capítulo 3
 
[...] Em uma madrugada, contudo, após uma noite de atribulada vigília, mais cedo ainda que de costume a mimosa donzela entranhou-se por acaso no mais espesso da mata [...]. Divagando por ela sem tino, vencida pelo cansaço sentou-se, ou deixou-se cair sobre as raízes de um jatobá [...]. Aí em seu tronco a natureza, melhor que um hábil artista, entalhara em derredor espaçosos degraus, como outros tantos assentos preparados para descanso dos que à sua sombra buscassem uma hora de repouso, ou de meditativocismar.
 
Úrsula sentou-se sem o menor reparo num desses degraus, e continuou nos seus pensamentos loucos, ou talvez inocentes como a sua alma; mais profundos, penosos para ela, que pela vez primeira sentia a necessidade de uma alma que compreendesse a sua, de um pensamento que se harmonizasse como o seu.
 
Mas amava ela a alguém? [...] Úrsula sentia uma vaga necessidade de ser amada, de amar mesmo; mas em quem empregar esse amor, que devia ser puro como a luz do dia [...]? Em quem? Não o sabia ainda. [...]
 
 
REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. Disponível em: <https://cadernosdomundointeiro.com.br/pdf/Ursula-2a-edicao-Cadernos-do-Mundo-Inteiro.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2021. Fragmento.
 
Texto 2
 
Onde Está O Meu Amor?
 
Onde está o meu amor?
Quem será, com quem se parece?
Deve estar por aí
Ou será que nem me conhece?
 
Onde andará o meu amor?
Seja onde for
Irá chegar. [...]
 
Onde está o meu amor?
Leve e envolto em tanto mistério
Deve saber voar
Deve ser tudo que eu espero. [...]
 
SCHIAVON, Luiz; B, Marcelo B; RICARDO, Paulo. Onde está meu amor? In: Letras. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/rpm/63714/>. Acesso em: 2 ago. 2021. Fragmento.
 
Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos têm em comum o fato de
a) compararem a transformação da natureza com o sentimento amoroso.
b) descreverem a cena em que o eu lírico pensa na pessoa amada.
c) expressarem o cansaço do eu lírico ao divagar sobre o amor.
d) mencionarem o desejo do eu lírico de encontrar um amor.
e) mostrarem a inocência do eu lírico em relação ao amor.
7- Leia o texto abaixo.
 
As asas não se concretizam
 
As asas não se concretizam
Terríveis e pequenas circunstâncias
Transformam claridades, asas, grito
Em labirinto de exígua ressonância
 
Os solilóquios1 do amor não se eternizam.
 
E no entanto, refaço minhas asas
Cada dia. E no entanto, invento amor
Como as crianças inventam alegria.
 
 
*Vocabulário:
1solilóquio: ato de alguém conversar consigo próprio.
 
HILST, Hilda. As asas não se concretizam. Disponível em: <https://careoliterario.wordpress.com/2020/06/23/as-asas-nao-se-concretizam-hilda-hilst/>. Acesso em: 16 jul. 2021.
 
Esse texto é um poema lírico, pois
a) apresenta rimas que auxiliam na musicalidade.
b) descreve as criações do eu lírico.
c) divulga um produto criado pelo eu lírico.
d) ensina a realizar um procedimento.
e) expõe opiniões a respeito de uma temática.
8- Leia o texto abaixo.
 
O cortiço
X
 
[...] Seriam quatro da madrugada. Ele conseguiu então passar pelo sono.
 
Às seis estava de pé. Defronte, a casa do Miranda resplandecia já. Içaram-se bandeiras nas janelas da frente; mudaram-se as cortinas, armaram-se florões de murta à entrada e recamaram-se de folhas de mangueira o corredor e a calçada. Dona Estela mandou soltar foguetes [...]. Uma banda de música, em frente à porta do sobrado, tocava desde essa hora. O Barão madrugara com a família; [...] com uma gravata de rendas, brilhantes no peito da camisa, chegava de vez em quando a uma das janelas, ao lado da mulher ou da filha, agradecendo para a rua; e limpava a testa com o lenço; [...] risonho, feliz, resplandecente.
 
João Romão via tudo isto com o coração moído. Certas dúvidas aborrecidas entravam-lhe agora a roer por dentro. Qual seria o melhor e o mais acertado: – ter vivido como ele vivera até ali, curtindo privações [...]; ou ter feito como o Miranda [...]?... Estaria ele, João Romão, habilitado a possuir e desfrutar tratamento igual ao do vizinho?... Dinheiro não lhe faltava para isso... Sim, de acordo! mas teria animo de gastá-lo assim, sem mais nem menos?... sacrificar uma boa porção de contos de réis, tão penosamente acumulados [...]?... Teria animo de dividir o que era seu [...]?... Teria animo de encher de finas iguarias [...] a barriga dos outros [...]?... E, caso resolvesse mudar de vida radicalmente, [...] montar um sobrado como o do Miranda e volver-se titular, estaria apto para o fazer?... Poderia dar conta do recado?... Dependeria tudo isso somente da sua vontade? [...]
 
 
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2021. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto.
 
Infere-se desse texto que Miranda
a) costurava suas próprias vestimentas.
b) era músico em uma banda.
c) realizava comemorações luxuosas.
d) sabia cozinhar diversos pratos.
e) tinha o hábito de acordar cedo.
9- A característica do Naturalismo em evidência nesse texto é
a) a ênfase na natureza animalesca da personagem.
b) a sensualidade na descrição da personagem.
c) a valorização das descobertas científicas.
d) o foco na análise psicológica da personagem.
e) o reconhecimento das forças da natureza.
10- Leia o texto abaixo.
 
A peça que não tem fim
 
Tenho sido plateia desse seu viver. Enquanto
você apresenta seu primeiro ato, escuto
detalhadamente cada fala sua, quem sabe em
alguma vírgula você me conta algo só nosso. Fico
aqui assim, escondida na ponta da primeira fileira,
esperando o segundo ato na esperança de poder,
enfim, entrar em cena.
 
KITSIS, Isabella. A peça que não tem fim. In: Tudo aquilo que contei ao vento. Disponível em: <https://ler.amazon.com.br/?asin=B0925JV6SG>. Acesso em: 22 abr. 2021. Adaptado: Reforma Ortográfica.
 
De acordo com esse texto, o eu lírico
a) admira secretamente a pessoa amada.
b) compartilha segredos com a pessoa amada.
c) costuma assistir espetáculos teatrais.
d) deseja escrever uma peça de teatro.
e) sonha em ser um ator profissional.
11- Leia os textos abaixo.
Texto 1
 
O caçador de esmeraldas
I
[...] Ah! quem te vira assim, no alvorecer da vida,
Bruta Pátria, no berço, entre as selvas dormida,
No virginal pudor das primitivas eras,
Quando, aos beijos do sol, mal compreendendo o anseio
Do mundo por nascer que trazias no seio,
Reboavas ao tropel dos índios e das feras!
Já lá fora, da ourela azul das enseadas,
Das angras verdes, onde as águas repousadas
Vêm, borbulhando, à flor dos cachopos cantar;
Das abras e da foz dos tumultuosos rios,
Tomadas de pavor, dando contra os baixios,
As pirogas dos teus fugiam pelo mar...
De longe, ao duro vento opondo as largas velas,
Bailando ao furacão, vinham as caravelas,
Entre os uivos do mar e o silêncio dos astros;
E tu, do litoral, de rojo nas areias,
Vias o Oceano arfar, vias as ondas cheias
De uma palpitação de proas e de mastros. [...]
Outras vinham, na lebre heróica da conquista!
E quando, de entre os véus das neblinas, à vista
Dos nautas fulgurava o teu verde sorriso,
Os seus olhos, ó Pátria, enchiam-se de pranto:
Era como se, erguendo a ponta do teu manto,
Vissem, à beira d’água, abrir-se o Paraíso!
BILAC, Olavo. O caçador de esmeraldas. In: A Biblioteca Virtual de Literatura. Disponível em: <https://bit.ly/2OqgYGy>. Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto.
 
Texto 2
Sob o mesmo céu
Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia, uma pessoa,
Um sonho, uma nação.
Sob o mesmo céu,
Meu coração não tem fronteiras,
Nem relógio, nem bandeira,
Só o ritmo de uma canção maior
A gente vem do tambor do índio
A gente vem de Portugal
Vem do batuque negro
A gente vem do interior, da capital,
A gente vem do fundo da floresta
Da selva urbana dos arranha-céus,
A gente vem do pampa, vem do cerrado,
Vem da megalópole, vem do pantanal,
A gente vem do trem,
Vem de galope,
De navio, de avião, motocicleta,
A gente vem a nado,
A gente vem do samba, do forró,
A gente vem do futuro conhecer nosso passado.
Brasil
Com quantos Brasis se faz o Brasil?
Com quantos Brasis se faz um país?
Chamado Brasil [...]
LENINE. Intérprete: Lenine. In: Lenine.doc, 2010, Mameluco Produções, faixa 9 Disponível em: <http://www.lenine.com.br/discografialenine/lenine-doc/#track-9-faixa>. Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento.
 
Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos apresentam em comum
a) a crítica à atividade dos bandeirantes portugueses.
b) a descrição de características típicasdo Brasil.
c) a exaltação aos instrumentos musicais indígenas.
d) a ideia da natureza como fonte de inspiração.
e) a valorização da herança cultural de Portugal.
12- Leia o texto abaixo.
 
Senhora
X
 
[...] Entretanto dissipou-se a grande comoção que percutira profundamente o organismo desse homem, desde o momento da entrada de Aurélia no salão, e lhe havia embotado os sentidos. Uma voz melodiosa penetrou-lhe n’alma, acordando ecos dali adormecidos. Pela primeira vez pôs os olhos no semblante da moça e imagine-se qual seria o seu pasmo reconhecendo Aurélia Camargo.
 
[...] Custava-lhe a convencer-se que tivesse realmente diante de si a mulher de quem se julgava eternamente separado. [...] Uma satisfação íntima o absorveu completamente, e não deixou presa às amargas preocupações que pouco antes o dominavam.
 
Também Aurélia de sua parte havia recobrado a calma, pois voltou-se sem o mínimo acanhamento para o moço e perguntou-lhe:
 
– Esteve ultimamente no Norte, Sr. Seixas?
 
– Sim, minha senhora. Cheguei a semana passada de Pernambuco. [...]
 
– O Recife é realmente tão bonito como dizem?
 
– Creio que poucas cidades do mundo lhe poderão disputar em encantos de perspectiva e beleza de situação.
 
– Nem o nosso Rio de Janeiro? perguntou Aurélia com um sorriso.
 
– O Rio de Janeiro é sem dúvida superior na majestade da natureza; o Recife, porém prima pela graça e louçania. A nossa Corte parece uma rainha altiva em seu trono de montanhas; a capital de Pernambuco será a princesa gentil que se debruça sobre as ondas dentre as moitas de seus jardins. [...]
 
 
ALENCAR, José de. Senhora. Disponível em: <http://www.cervantesvirtual.com/obra-visor/senhora--0/html/ffcd232c-82b1-11df-acc7-002185ce6064_1.html>. Acesso em: 30 jul. 2021. Fragmento.
 
O trecho desse texto que mostra que ele se passa durante o período imperial brasileiro é:
a) “Entretanto dissipou-se a grande comoção...”. (1º parágrafo)
b) “Pela primeira vez pôs os olhos no semblante da moça...”. (1º parágrafo)
c) “Uma satisfação íntima o absorveu completamente,...”. (2º parágrafo)
d) “Também Aurélia de sua parte havia recobrado a calma, pois voltou-se sem o mínimo acanhamento...”. (3º parágrafo)
e) “A nossa Corte parece uma rainha altiva em seu trono de montanhas; a capital de Pernambuco será a princesa gentil...”. (9º parágrafo)
13- Nesse texto, a característica que remete ao Romantismo é
a) a apresentação de um personagem que representa um herói.
b) a valorização do sentimento amoroso entre as personagens.
c) o pensamento egoísta das personagens.
d) o pessimismo como foco da narrativa.
e) o sentimento de nostalgia com relação ao passado.
14- Leia o texto abaixo.
 
Soneto da manhã
 
Um acordar mais que manhoso;
Uma sensação tão muito boa;
Um olhar quente e prazeroso;
Um sol de promessa que ecoa;
 
Um vento forte em açoite
Que promete um dia lindo
Seja manhã, tarde ou noite
Não importa o tempo findo…
 
Outros acontecimentos virão;
Outros sonhos e realidades
Farão parte da boa companhia.
 
E as vontades guardadas no coração,
Somente trarão intensas felicidades
Quando sentidas no gosto de cada dia.
 
VENTURA, Júlio. Soneto da manhã. In: Mergulho no tempo. Disponível em: <https://mergulhonotempo.com/soneto-da-manha/>. Acesso em: 1 fev. 2021. 
 
Uma característica da tradição clássica presente nesse texto é
a) a apreciação das descobertas científicas.
b) a colocação do homem como centro do mundo.
c) a importância dada à estrutura do poema.
d) a influência do pensamento humanista.
e) a valorização dos aspectos culturais.
15- Infere-se desse texto que o eu lírico
a) aprecia a companhia da pessoa amada.
b) percebe que o dia está muito quente.
c) recorda-se das promessas que já fez.
d) revela um sonho que teve durante a noite.
e) sente-se entusiasmado com o dia que começa.
16- Leia o texto abaixo. 
 
Após exagerar na pimenta, é melhor comer um pão do que beber água
 
A pimenta e o sal são ingredientes usados para dar sabor a diversos pratos, mas, em excesso, podem levar a certas complicações.
 
No caso da pimenta, por exemplo, o problema imediato causado pelo consumo excessivo é a queimação e o incômodo – nessa situação, muita gente tem o hábito de logo beber um copo de água para aliviar, mas essa não é a melhor solução.
 
Como explicou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui [...], a água espalha a substância irritativa e, por isso, o melhor a se fazer é comer um pão, que absorve essa substância, aliviando o desconforto. [...]
 
Apesar dos problemas que causa ao sistema digestivo, a pimenta é um alimento saudável e, por ser termogênica, acelera o metabolismo e a queima de calorias, como explicou a nutricionista Elaine Moreira. [...]
 
Outro ingrediente usado para dar sabor aos alimentos é o sal, mas, em excesso, ele também pode causar problemas de saúde. [...]
 
A nutricionista Elaine Moreira explica que, apesar de ser um ingrediente que dá sabor, o sal em excesso deve ser evitado e uma dica é substituí-lo por uma preparação chamada vinha d’alho, por exemplo. [...]
 
Até mesmo o sal light é uma opção com menos sódio e mais recomendada para quem tem hipertensão, por exemplo. A nutricionista explica que reduzir aos poucos o consumo de sal é uma maneira de educar o paladar e se acostumar com o gosto real dos alimentos, sem a necessidade de salgá-los.
 
Disponível em: <https://goo.gl/DBBphx>. Acesso em: 1 dez. 2015. Fragmento. 
 
De acordo com esse texto, beber água após ingerir muita pimenta
a) acelera o metabolismo.
b) alivia o desconforto.
c) causa queimação e incômodo.
d) espalha a substância irritativa.
17- No trecho “... que absorve essa substância,...” (3º parágrafo), a palavra destacada retoma
a) água.
b) pão.
c) pimenta.
d) sal.
Questão 18-
O humor desse texto está no fato de
a) Gui achar que fio dental serve para arrancar dentes.
b) Gui depender do amigo para abrir a porta.
c) Gui sentir dificuldades em falar uma palavra.
d) Gui utilizar um pedaço muito grande de fio dental.
19- Leia o texto abaixo. 
 
A menina do jardim
 
Em uma casinha muito simples que ficava bem no alto da montanha, morava uma senhora e seu nome era Dália.
 
Morava sozinha não se sabe bem porque, mas parecia estar sempre feliz. [...]
 
Dália já com seus cabelos da cor das nuvens, dela exalava um perfume que não tem explicação talvez fosse por conta do seu jardim.
 
Ah o seu jardim! O lugar mais lindo do mundo, sempre florido e muito aromático.
 
Como sempre fazia todas as manhãs, Dália estava cuidando de seu jardim quando ouviu alguém chamando-a.
 
– Vovó Dália!
 
Mas era um som que parecia muito distante, porém ela respondeu.
 
– Olá, quem é? Onde você está?
 
Sorrindo de si mesma, Dália diz:
 
– É estou mesmo ficando velha e cansada, como se não bastasse eu passar o tempo todo conversando com vocês agora também as estou ouvindo.
 
Imediatamente uma das plantas moveu suas folhas com muita determinação.
 
[...]. Dedicou-se a ela confessando seus segredos dando-lhe carinho e muita afeição.
 
Como em um passe de mágica a plantinha tinha se transformado em uma linda menina de semblante sereno e voz aveludada, com os olhos molhados aproximou-se dela, deitou-se em seu colo e lhe disse:
 
– Bem que a fada do jardim me disse que se eu acreditasse com amor e verdade o meu sonho se tornaria realidade. Agora sou a menina do jardim da Dália.
 
E assim ambas viveram felizes para sempre cuidando do jardim.
 
SANTOS, Eneide. Disponível em:<http://www.recantodasletras.com.br/contos-infantis/5480521>. Acesso em: 28 dez. 2015. Fragmento.
 
Essa história se desenvolve a partir do momento em que
a) a plantinha acredita na fada do jardim.
b) a plantinha se transforma em uma menina.
c) Dália escuta alguém chamando por ela no jardim.
d) Dália se mantém sempre alegre cuidando do jardim.
20- Leia o texto abaixo.
 
A árvore mais antiga do mundo
 
A mais antiga árvore conhecida do mundo está nas Montanhas Brancas da Califórnia oriental um pinheiro bristlecone que tem maisde 5.000 anos de idade. A árvore, que ainda não tem nome, foi datada no começo de 2013 e bateu um recorde de sua vizinha, um pinheiro da mesma espécie chamado “Matusalém”, que possui cerca de 4.800 anos de idade.
 
Há uma razão para as árvores da região viverem tanto, além da sorte, é claro. Árvores como “Matusalém” e sua vizinha mais velha têm uma experiência muito boa de crescimento lento sob baixas temperaturas, tornando sua madeira muito densa e resistente a insetos. Essas árvores sofrem pouco conforme envelhecem e não se deterioram com a idade, diferentemente de outras plantas.
 
Disponível em: <http://unaienses.blogspot.com.br/2015_09_01_archive.html>. Acesso em: 26 nov. 2015. Fragmento.
 
O objetivo desse texto é
a) dar uma informação.
b) defender uma opinião.
c) ensinar uma tarefa.
d) fazer uma campanha.
21- Leia o texto abaixo.
 
As aranhas têm 2, 4 ou 6 tubinhos no abdômen, chamados fiadeiras. Para fazer as teias, o líquido que sai das fiadeiras endurece, adquirindo a forma de fios, como naquela máquina que faz algodão-doce. As teias funcionam como armadilhas para os insetos dos quais as aranhas se alimentam.
 
Disponível em: <http://migre.me/rGWvq>. Acesso em: 2 out. 2015. 
 
Esse texto tem o objetivo de
a) defender uma opinião.
b) divertir o leitor.
c) ensinar uma técnica.
d) informar o leitor.
e) relatar um acontecimento.
22- Leia o texto abaixo.
 
Choram as rosas
 
Choram as rosas
Seu perfume agora
Se transforma em lágrimas
Eu me sinto tão perdido
Choram as rosas
Chora minh’alma
Como um pássaro
De asas machucadas
Nos meus sonhos
Te procuro
Chora minh’alma...
Lágrimas
Que invadem meu coração
Lágrimas
Palavras da alma
Lágrimas
A pura linguagem do amor...
Choram as rosas
Porque não quero estar aqui
Sem seu perfume
Porque já sei que te perdi
E entre outras coisas
Eu choro por ti...[...]
 
MATHEUS, Alfredo; JOQUINHA (versão). Disponível em: <http://letras.terra.com.br/bruno-e-marrone/747791/>. Acesso em: 22 abr. 2011. Fragmento.
No trecho “Seu perfume agora”, o termo destacado refere-se a
a) rosas.
b) lágrimas.
c) pássaro.
d) asas.
e) sonhos.
23- Leia o texto abaixo.
 
Wave
 
Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho
O resto é mar
É tudo que eu não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver [...]
 
Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/tom-jobim/wa bve.html#ixzz3rBtlbkj4>. Acesso em: 11 nov. 2015. Fragmento. 
 
Nesse texto, os versos “São coisas lindas/Que eu tenho pra te dar” (2º estrofe) pertencem a qual variedade linguística?
a) Científica, pois apresentam um termo técnico próprio da Ciência.
b) Informal, pois são uma forma de comunicação descontraída.
c) Internetês, porque contêm uma palavra originada no ambiente virtual.
d) Jurídica, porque apresentam uma expressão técnica do Direito.
e) Regional, pois possuem linguagem típica de determinada região do país.
24- Nesse texto, qual verso apresenta o recurso da atribuição de características humanas a seres inanimados?
a) “Os olhos já não podem ver”. (1º estrofe)
b) “Fundamental é mesmo o amor”. (1º estrofe)
c) “Vem de mansinho a brisa e me diz”. (2º estrofe)
d) “Da segunda o cais e a eternidade”. (3º estrofe)
e) “E das estrelas que esquecemos de contar”. (4º estrofe)
25-
A ironia desse texto está no trecho:
a) “Jon está assobiando.”.
b) “Lá, lá, lá!”.
c) “Agora está cantando.”
d) “Vamos dar uma corridinha?”.
e) “Agora está contando piada.”.
26- Leia o texto abaixo.
 
O inverno é uma ótima época para consumir frutas vermelhas como morangos, amoras, framboesas e cerejas. Além de serem deliciosas e gerarem ótimas combinações para doces, tortas e bolos, por exemplo, elas também têm nutrientes que fazem muito bem à saúde.
 
O consumo de frutas vermelhas está relacionado à prevenção e redução de riscos de doenças como diabetes, problemas cardiovasculares e câncer. Elas também oferecem benefícios para o cérebro, a pele, a visão e o sistema imunológico.
 
Entre os nutrientes famosos das frutas vermelhas estão os antioxidantes e as vitaminas do complexo B, que colaboram para o bom funcionamento das células do corpo e evitam o envelhecimento precoce. 
 
Outras substâncias que fazem super bem à saúde, como vitamina C, fósforo e cálcio, também podem ser encontradas nessas frutinhas. A melancia e a acerola, frutas mais tipicamente brasileiras, também são consideradas frutas vermelhas.
 
Por sua riqueza em fibras, há ainda mais benefícios provenientes da ingestão de frutas vermelhas: bom funcionamento do intestino e a melhora dos níveis do colesterol, que faz mal para o corpo. [...]
 
Finalmente, a luteína, substância presente no mirtilo e na framboesa, tem o poder de deixar sua visão tinindo!
 
Agora que todos os benefícios das frutas vermelhas foram revelados, é preciso saber qual a melhor forma de aproveitá-los no consumo. Prefira comer as frutas vermelhas ao natural, que é quando elas preservam melhor todos os seus nutrientes. [...]
 
Disponível em: <http://migre.me/rGe8b>. Acesso: 1 out. 2015. Fragmento. 
 
Nesse texto, no trecho “Além de serem deliciosas...” (1º parágrafo), o termo destacado estabelece uma relação de
a) adição.
b) comparação.
c) conclusão.
d) condição.
e) oposição.

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