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Responsabilidade Civil e Penal - Aula 8

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responsabilidade civil e penal 
Excludentes de Responsabilidade (causas que exclemi a responsabilidade de reparar o dano)
culpa exclusiva da vitima
● Se a vítima não houvesse realizado determinada conduta, o fato ocorreria. O suposto autor é instrumento (a vítima adotou uma conduta que o levou aquilo)
● Não há nexo causal . . Exemplo: sujeito, embriagado, atravessa rodovia 
● Não é como a culpa concorrente (nela ambos são culpados) 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. 
FATO DE TERCEIRO
● Não há nexo de causalidade (a conduta é de um terceiro)
Ex: Não há de atribuir-se responsabilidade civil ao condutor de veículo que, atingido por outro, desgovernado, vem a colidir com coisa alheia, provocando dano.. Nesse caso o prejuízo do dono da coisa danificada não guarda relação de causalidade com qualquer atitude do condutor, cujo veículo restou como mero instrumento da ação culposa de terceiro” 
● Um paralelo com o caso fortuito: Se o ato do terceiro era imprevisível e inevitável, afasta-se a responsabilidade.
Ex: Caso do ciclista atropelado por um ônibus que, batera em um buraco e caíra na frente do veículo, assédio sexual no metrô/ônibus
CASO FORTUITO e FORÇA MAIOR
● Acontecimento que escapa a toda diligência, estranho à vontade do devedor da obrigação.
● o fato é imprevisível e inevitável.
● Distinção desnecessária e polêmica
● Catástrofe natural ou situações ligadas ao homem (guerras, greves, roubos etc.)
● Não há nexo de causalidade
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujo efeito não era possível evitar ou impedir.
Ex: Enchente ocorrida em virtude de fortes chuvas que causara danos. Ausência de responsabilidade da locadora pelo evento da natureza que causou danos à Locatária – Imóvel entregue em perfeitas condições. Danos sofridos que não configuram responsabilidade civil
● Fortuito interno (este não exclui o dever de reparar o dano – está dentro da prestação do serviço) Fato interno à atividade do devedor Comum em relação de consumo Incide na elaboração de produto ou execução de serviço Ex: estouro do pneu do ônibus (transporte de pessoas), quebra da barra de direção, mal súbito do motorista
 não exclui a responsabilidade. Ex: Acidente de trânsito – Transporte terrestre: Contrato de transporte de pessoas – Responsabilidade objetiva do transportador, se constitui de fortuito interno e, por isso, não é causa apta a afastar a responsabilidade de indenizar
LEGÍTIMA DEFESA
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem
erro na legítima defesa ● Erro na legítima defesa implica responsabilização Ex: atirar em um terceiro (Tício), tentando se defender (de Mévio)
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. A mesma ação competirá contra aqueleem defesa de quem se causou o 
Legítima defesa putativa (ele acredita estar em uma situação de legítima defesa, mas posteriormente verifica-se que não estava) também gera indenização, em relação ao suposto agressor ou a terceiro.
Ex: Danos morais. Autor atingido por tiro após ser confundido com assaltante por funcionários de estabelecimento Alegada legítima defesa putativa que não afasta a obrigação de reparar o dano. 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO e ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
● Inclui-se o estrito cumprimento de um dever legal
Ex: policial que arromba residência cumprindo ordem legal (estrito cumprimento do dever legal)
Ex: protesto regular de um título de crédito. Inscrição em cadastro de inadimplente (exercício regular de um direito)
ESTADO DE NECESSIDADE
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Ex: Caio põe fogo em sua casa. Tício, seu vizinho, para impedir que o fogo atinja sua residência, derruba a cerca de Caio. Não é obrigado a repará-lo.
Exceção:
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. 
CLÁUSULA DE NÃO INDENIZAR
● Convenção que as partes excluem o dever de indenizar, em caso de inadimplemento (Pablo Stolze)
● Só cabe na responsabilidade contratual
● Só se admite entre partes “iguais” (jurídica e economicamente): condôminos
● Proibida no CDC (código de defesa do consumidor)
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores 
Ex: Furto de veículo em estacionamento de instituição de ensino superior. Cláusula contratual que isenta a ré de qualquer responsabilidade por furtos e roubos ocorridos em suas dependências que se afigura abusiva Dever de indenizar Recurso desprovido. Invalidade. Imposição unilateral por parte da apelante.

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