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responsabilidade civil e penal Excludentes de Responsabilidade (causas que exclemi a responsabilidade de reparar o dano) culpa exclusiva da vitima ● Se a vítima não houvesse realizado determinada conduta, o fato ocorreria. O suposto autor é instrumento (a vítima adotou uma conduta que o levou aquilo) ● Não há nexo causal . . Exemplo: sujeito, embriagado, atravessa rodovia ● Não é como a culpa concorrente (nela ambos são culpados) Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. FATO DE TERCEIRO ● Não há nexo de causalidade (a conduta é de um terceiro) Ex: Não há de atribuir-se responsabilidade civil ao condutor de veículo que, atingido por outro, desgovernado, vem a colidir com coisa alheia, provocando dano.. Nesse caso o prejuízo do dono da coisa danificada não guarda relação de causalidade com qualquer atitude do condutor, cujo veículo restou como mero instrumento da ação culposa de terceiro” ● Um paralelo com o caso fortuito: Se o ato do terceiro era imprevisível e inevitável, afasta-se a responsabilidade. Ex: Caso do ciclista atropelado por um ônibus que, batera em um buraco e caíra na frente do veículo, assédio sexual no metrô/ônibus CASO FORTUITO e FORÇA MAIOR ● Acontecimento que escapa a toda diligência, estranho à vontade do devedor da obrigação. ● o fato é imprevisível e inevitável. ● Distinção desnecessária e polêmica ● Catástrofe natural ou situações ligadas ao homem (guerras, greves, roubos etc.) ● Não há nexo de causalidade Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujo efeito não era possível evitar ou impedir. Ex: Enchente ocorrida em virtude de fortes chuvas que causara danos. Ausência de responsabilidade da locadora pelo evento da natureza que causou danos à Locatária – Imóvel entregue em perfeitas condições. Danos sofridos que não configuram responsabilidade civil ● Fortuito interno (este não exclui o dever de reparar o dano – está dentro da prestação do serviço) Fato interno à atividade do devedor Comum em relação de consumo Incide na elaboração de produto ou execução de serviço Ex: estouro do pneu do ônibus (transporte de pessoas), quebra da barra de direção, mal súbito do motorista não exclui a responsabilidade. Ex: Acidente de trânsito – Transporte terrestre: Contrato de transporte de pessoas – Responsabilidade objetiva do transportador, se constitui de fortuito interno e, por isso, não é causa apta a afastar a responsabilidade de indenizar LEGÍTIMA DEFESA Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem erro na legítima defesa ● Erro na legítima defesa implica responsabilização Ex: atirar em um terceiro (Tício), tentando se defender (de Mévio) Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. Art. 930. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. A mesma ação competirá contra aqueleem defesa de quem se causou o Legítima defesa putativa (ele acredita estar em uma situação de legítima defesa, mas posteriormente verifica-se que não estava) também gera indenização, em relação ao suposto agressor ou a terceiro. Ex: Danos morais. Autor atingido por tiro após ser confundido com assaltante por funcionários de estabelecimento Alegada legítima defesa putativa que não afasta a obrigação de reparar o dano. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO e ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; ● Inclui-se o estrito cumprimento de um dever legal Ex: policial que arromba residência cumprindo ordem legal (estrito cumprimento do dever legal) Ex: protesto regular de um título de crédito. Inscrição em cadastro de inadimplente (exercício regular de um direito) ESTADO DE NECESSIDADE Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Ex: Caio põe fogo em sua casa. Tício, seu vizinho, para impedir que o fogo atinja sua residência, derruba a cerca de Caio. Não é obrigado a repará-lo. Exceção: Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. Art. 930. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. CLÁUSULA DE NÃO INDENIZAR ● Convenção que as partes excluem o dever de indenizar, em caso de inadimplemento (Pablo Stolze) ● Só cabe na responsabilidade contratual ● Só se admite entre partes “iguais” (jurídica e economicamente): condôminos ● Proibida no CDC (código de defesa do consumidor) Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores Ex: Furto de veículo em estacionamento de instituição de ensino superior. Cláusula contratual que isenta a ré de qualquer responsabilidade por furtos e roubos ocorridos em suas dependências que se afigura abusiva Dever de indenizar Recurso desprovido. Invalidade. Imposição unilateral por parte da apelante.
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