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Produção Textual II

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Universidade Estácio de Sá Produção Textual II
 Professora: 
Louise Eyer Alunos: 
Adilene Alves de Andrade
Leonardo Guarany Vieira Lutiene Rangel
Maria de Fátima Bezerra Viviane Guimarães Oliveira
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Presença do Narrador 
no Texto
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O narrador é a entidade que conta uma história.
Narrar é contar um ou mais fatos que ocorreram com determinadas personagens, em local e tempo definidos. Por outras palavras, é contar uma história, que pode ser real ou imaginária. 
Quando se vai redigir uma história, a primeira decisão que deve tomar é se você vai ou não fazer parte da narrativa. Tanto é possível contar uma história que ocorreu com outras pessoas como narrar fatos acontecidos consigo. 
Organizar o texto, estabelecendo as articulações do relato.
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Atestar a veracidade dos acontecimentos.
Comentar e avaliar os fatos, do ponto de vista de uma visão de mundo.
Uma boa história deve ter um narrador bem definido e consciente. 
Distinção entre autor e narrador:
 - autor – produtor do texto
 - narrador – aquele que conta a história, que organiza o texto.
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a) Narrador personagem
b) Narrador observador
c) Narrador onisciente
 
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O narrador relata a partir de um dado ponto de vista, focaliza o que está sendo narrado de uma dada maneira.
1) Focalização parcial interna:
“Sinhá Vitória desejava possuir uma cama igual à de seu Tomás da bolandeira. Doidice. Não dizia nada para não contrariá-la, mas sabia que era doidice. Cambembes podiam ter luxo? E estavam ali de passagem. Qualquer dia o patrão os botaria fora, e eles ganhariam o mundo, sem rumo, nem teriam meio de conduzir os cacarecos. Viviam de trouxa arrumada, dormiriam bem debaixo de um pau.”
 (Graciliano Ramos. Vidas Secas.)
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2) Focalização parcial externa:
“O despertador estanhado marcava três e quarenta quando Spade acendeu de novo a luz do lustre. Deixou cair o chapéu e o sobretudo sobre o leito e dirigiu-se à cozinha, voltando ao quarto com um copo e uma garrafa alta de Bacardi. Despejou um trago, e bebeu-o de pé. Pôs a garrafa e o copo sobre a mesa, sentou-se na beirada da cama de frente para eles, e enrolou um cigarro...”
 (Dashiell Hammett. O falcão Maltês.)
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3) Focalização parcial total:
“Assim, o amor se transformava tão completamente nessas organizações, que apresentava três sentimentos bem distintos; um era uma loucura, o outro uma paixão, o último uma religião.
Loredano desejava; Álvaro amava; Peri adorava. O aventureiro daria a vida para gozar; o cavalheiro arrostaria a morte para merecer um olhar; o selvagem se mataria, se preciso fosse, só para fazer Cecília sorrir.”
 (José de Alencar. O guarani.)
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Toda vez que falamos ou escrevemos, construímos, em nosso texto, de maneira explícita ou implícita, uma imagem de nosso interlocutor ou de nosso leitor.
Num texto escrito, o narrador pode instalar explicitamente um leitor no texto.
O narrador cria também uma imagem desse leitor, quando se dirige a ele. Assim, como o narrador pode estar ausente do texto, deixando que os fatos se narrem como que por si mesmos, também esse leitor de papel pode não estar explicitado no texto.
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(...) Não é que ainda dançasse, mas sabia-lhe bem ver dançar os outros, e tinha agora a opinião de que a dança é um prazer dos olhos. Esta opinião é um dos efeitos daquele mau costume de envelhecer. Não pegues tal costume, leitora. Há outros, também ruins, nenhum pior, este é o péssimo. Deixa lá dizerem filósofos que a velhice é um estado útil pela experiência e outras vantagens. Não envelheças, amiga minha, por mais que os anos te convidem a deixar a primavera; quando muito, aceita o estio. O estio é bom, cálido, as noites são breves, é certo, mas as madrugadas não trazem neblina, e o céu aparece logo azul. Assim dançarás sempre.
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A preocupação em falar a mesma linguagem que o leitor é uma constante na publicidade.
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Dos textos abaixo, indique aquele cujo narrador é narrador-observador:
a) E uma noite, depois que acabei de rezar e que vovó Catarina apagou a vela do quarto, eu quis ler no escuro. Ergui as mãos e fui tocando a espessura negra à volta da cama. E aí a noite ficou presa entre meus dedos, silenciosamente adormecida até o alvorecer...
(Ilka Brunhilde Larito. A menina que fez a América.)
b) Havia um menino diferente dos outros meninos: tinha o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada. Os vizinhos mangavam dele e gritavam:- Ó pelado!Tanto gritaram que ele se acostumou, achou o apelido certo, deu para se assinar a carvão, nas paredes: Dr. Raimundo Pelado.
(Graciliano Ramos. A terra dos meninos pelados.)
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2) Indique o tipo de narrador dos textos a seguir: 
a) Alguns homens aparecem na porta do restaurante com suas esposas. 
b) No meio do caminho resolvi parar, sentia-me mal, provavelmente por causa do peixe que comi no almoço.
c) O menino foi abrindo o caminho com um pedaço de ferro. 
d) Quando cheguei dei de cara com minha mãe na sala.
3. Reescreva o texto abaixo, transformando o narrador-personagem em narrador-observador: Fui para casa impressionado com a história dos milagres. De noite, na cama, continuei pensando no filme, sem conseguir dormir. O que me intrigava era a espécie de milagres que o homem pedia: tudo bobagem, a bengala virar árvore, salvar o mundo, coisas assim. Comigo,seria diferente. Eu haveria de pedir ouros milagres. Como por exemplo [...]
(Fernando Sabino.O menino no espelho.)
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* Lições de Texto: Leitura e Redação – 5ª edição/2006
Francisco Platão Savioli e José Luiz Fiorin
* http://acervodeprofessor.blogspot.com.br
* http://www.colegioweb.com.br

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