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MOnografia auditoria

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 INTRODUÇÃO
Partindo-se do pressuposto de que Auditoria é uma análise detalhada, organizada e independente das atividades desenvolvidas em determinado setor ou empresa, cujo objetivo é verificar se estão de acordo com as normas técnicas e estabelecidas previamente, se foram executadas com eficiência e se estão apropriado á realização dos objetivos.
E com a evolução e a competitividade dos mercados, cada vez maior, as empresas buscam novas tecnologias de gestão que permitam à administração atingir seus objetivos e vislumbrar perspectivas para o crescimento e modernização da organização.
Neste contexto, a Contabilidade, que é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, e tem por objetivo estudar o sistema da riqueza administrativa a fim de observar se ela atinge os fins propostos; é definida como sendo uma ciência que se utiliza de determinadas técnicas, dentre elas, a Auditoria, para estudar e controlar o patrimônio das entidades, observando seus aspectos quantitativos e qualitativos, bem como as variações sofridas em determinados períodos, com o objetivo de fornecer informações necessárias para a avaliação do patrimônio e dos resultados produzidos por sua gestão.
Para comprovar o importante instrumento de evidenciação da informação contábil e subsidiar o processo de tomada de decisão, através da Auditoria; o presente trabalho tem por finalidade realizar a auditoria de folha de pagamento em uma empresa optante pelo lucro presumido.
 Para tanto, foi utilizado de obras bibliográficas e de meios eletrônicos, para fundamentar e desenvolver toda a teoria que abrange esta técnica autônoma dentre as técnicas da Ciência Contábil, como veremos a seguir.
1.1 Tema e Problema
	
	Diante do exposto o presente estudo, teve como tema: Auditoria na Folha de pagamento de uma empresa optante pelo lucro presumido.Para Marconi e Lakatos (2001, p.21) esclarecem que:
É o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria. 
 
“A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa.” (Marconi e Lakatos, 2001, p.103).
Diante do tema acima citado, formula-se o seguinte problema: Quais seriam os métodos que o auditor utilizaria para averiguar se os responsáveis pelo departamento pessoal executam de forma correta a apuração e os descontos em folha de pagamento em uma empresa optante pelo lucro presumido? 
1.2 Objetivos
	
	De forma geral ou específica os objetivos de um trabalho de pesquisa resumiram nos passos que se deve seguir para conseguir responder o problema proposto.
	O objetivo é demonstrar os principais aspectos á que o auditor deve atentar diante da análise da folha de pagamento, bem como os papéis de trabalho, e os respectivos impostos incidentes de uma empresa optante pela tributação no lucro presumido. 
	Averiguar os impostos incidentes, bem como analisar o calculo utilizado para fins de recolhimento, efetuar auditoria e analisar todo o processo utilizado para confecção de folha de pagamento da empresa em estudo.
	Segundo Dmitruk (2004), o objetivo é linha de chegada da pesquisa, pelo qual demonstra o que o trabalho visa atingir, mas é possível ter seu objetivo atingido se todas as fases da pesquisa forem vencidas
1.3 Justificativa
	Portanto, a auditoria estabeleceu como meta, fazer com que a empresa cumprisse com as obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra multas e autuações fiscais, resguardando créditos de terceiros contra possíveis fraudes e estragos do patrimônio, evitando sua destruição física e econômica, permitindo a cobertura financeira, facilitando o controle de bens, direitos e obrigações que constituem o patrimônio da empresa. Pôde comprovar através de diversos autores a cooperação para a diminuição de ineficiência, inadvertência, incapacidade e improbidade de empregados e administradores.
	 Como no departamento pessoal ocorrem rotinas importantes em que o auditor pode se dê ter como estudo e verificação, por exemplo, controle da jornada de trabalho, controle de pagamento e benefícios, assim como a própria elaboração da folha de pagamento. 
	Diante de tamanha importância é que se Julgou necessária à realização de uma monografia sobre o tema, pois pôde capacitar o profissional de contabilidade a detectar e prevenir a ocorrência de fraudes, erros e desvios. 	Situações como estas que não detectadas a tempo podem comprometer o patrimônio da empresa, seus proprietários e sócios e o nome da entidade caso a mesma sofra alguma autuação fiscal ou trabalhista.
	Com base nos fatos expostos justifica-se a importância do tema a ser estudada, como forma de permanente auxílio aos nossos gestores
2 ORIGENS DA CONTABILIDADE
A contabilidade parte do inicio da civilização, não se sabe ao certo qual a data de sua verdadeira origem, mas acredita-se que tenha surgido em razão da necessidade que os homens primitivos tiveram de controlar suas riquezas, uma vez, que os rebanhos cresciam, se tornavam dispersos, e imensos, dentre outras riquezas, tinham os metais preciosos e outros bens que mereciam o devido controle. Conforme Marion (2005, p.30)
Costuma-se dizer que a contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem. Se abrirmos a Bíblia em seu primeiro Livro, Gênesis, entre outras passagens que sugerem a Contabilidade, observamos uma “competição” no crescimento da riqueza (rebanho de ovelhas) entre Jacó e seu sogro Labão (±4.000a.C).Se a riqueza de Jacó crescia mais do que a de Labão, para conhecer esse fato era necessário um controle quantitativo, por mais rudimentar que fosse.
As primeiras notificações e estudos que se tem registro sobre como seriam as formas de controle, perceberam que os homens só memorizavam e guardavam para si as informações, mas com a extensão expressiva de suas riquezas viu-se na incumbência de aperfeiçoar a sua forma de controlar e registrar essas informações, pois como as informações eram somente memorizadas, qualquer coisa que acontecesse a quem as possui-se, iria interromper todo o processo existente.
De acordo com registros existiam várias maneiras de controle , sendo a descrição a maneira mais utilizada nesse período para controlar os bens. Era registrado em uma lista em forma de inventário e qualificado conforme sua natureza: metais, rebanhos de animais, quantidade de escravos, entre outros.
Os homens primários desenhavam o tipo, ou a fisionomia do animal, o qual desejava que fosse controlado e escreviam o numero da quantidade de cabeças existentes daquela espécie. “Antes que o homem soubesse escrever e antes que soubesse calcular, criou ele a mais primitiva forma de inscrição, que foi a artística, da qual se valeu para, também, evidenciar seus feitos e o que havia conseguido para seu uso”. (SÁ, 2002, p.2). Algumas marcações encontradas eram muito precisas, pois demonstravam características dos animais controlados dando exatidão aos controles.
Na antiguidade em escavações na cidade de Ur na Caldéia detectaram vestígios de registros contábeis de contas referentes à mão de obra e materiais, demonstrando que, os registros não eram feitos somente de bens, mas também de outros dados, percebendo que a contabilidade já era uma ferramenta, desde os primórdios da humanidade, os métodos contábeis de controle do patrimônio sempre foram de estimada importância.
Os gregos basearam os seus registros de custos e receitas no modelo egípcio para apurar o saldo das contas. E este modelo foi aprimorado por eles e aplicado a outras atividades como na administração publica, privada e bancária. Segundo Silva (2007, p. 06):
O conjunto de esforços e aprimoramento fez a ciência contábil evoluir na época clássica de “logos” (lógica e ciência), conforme (Apud. Masi 1971), sendo depois considerada uma “rationandi scientia” (ciência racional) no estudo de suas contas, nas aplicaçõesde orientação aos empreendimentos de capital público e privado; no auxilio governamental e privado nas trapezas de acordo com D.áuria (1959) - tal como eram chamados os bancos na Grécia antiga - e nas famílias que também escrituravam e praticavam os registros contábeis.
 Com isso demonstra a preocupação do homem da antigüidade com a riqueza, da mesma forma que se encontra o homem do dia atual. Desde o inicio, o homem buscou métodos e técnicas que visavam à melhoria no modo de contabilizar, na medida em que as atividades se tornavam mais complexas. De acordo Marion (2005, p.26):
A contabilidade surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio que desejavam mensurar, acompanhar a variação e controlar suas riquezas. Daí, poder-se afirmar que a Contabilidade surgiu em função de um usuário específico, o homem proprietário de patrimônio, que, de posse das informações contábeis, passa a conhecer melhor sua “saúde” econômico- financeira, tendo dados para propiciar tomada de decisões mais adequadas.
 
Como podemos observar, o surgimento da contabilidade deu-se através da necessidade prática dos gestores ou proprietários de seus negócios, ou de empresas, em controlar, avaliar, estabelecer preços e estudar a evolução do seu patrimônio uma necessidade vertente e que cresce a cada ano que passa. 
Podemos conceituar a contabilidade como uma ciência social, assim como a economia ou administração, que estuda, interpreta e registra os fenômenos, tanto em seu aspecto quantitativo, quanto em seu aspecto qualitativo, que afetam o patrimônio de uma organização. Para Franco (1997, p.21)
A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômicas decorrente da gestão da riqueza patrimonial. 
Com a diversidade, atualizações constantes e a grande competividade moderna,a contabilidade exerce um papel fundamental na administração de qualquer negócio, uma vez que oferece um banco de dados com informações preciosas para que os gestores possam tomar decisões estratégicas para o futuro da empresa.
Neste sentido, pode-se afirmar que ela mensura, condensa e atesta a veracidade de dados e números que interferem na organização, sendo uma forma de indicador de todos os pontos relevantes que influenciam na atividade das entidades, ou uma ferramenta para os gestores e administradores, pois trazem as informações necessárias para tomadas de decisão, bem como aos proprietários do patrimônio e demais pessoas que estejam envolvidas neste processo.
2.1 Áreas que o Profissional de Contabilidade pode Atuar
	O profissional devidamente habilitado e formado em ciências contábeis, pode atuar em inúmeras áreas no mercado de trabalho, pericia, auditoria, ensino, contador autônomo, e muitas outras, mas devido à grande extensão, destacaremos somente as seguintes:
2.1.1 Contador 
É o individuo, formado bacharel em ciências contábeis, habilitado profissionalmente perante o Conselho Regional de Contabilidade, podendo exercer funções na área contábil, tributária, fiscal, bem como, realizar concursos públicos para exercer a profissão de contador como também em outras áreas de seu conhecimento em todos os âmbitos sendo eles na esfera, Federal, Estadual e Municipal.
Pode também a qualquer tempo, desde que tenha o conhecimento exigido para o exercício em abrir sua própria empresa, que neste caso será o escritório de contabilidade, executar perícia contábil, ensinar, efetuar auditoria, ser analista Financeiro e atuar em outras atividades que não foram mencionadas acima.
Como o contador, devidamente regulamentado pode atuar em várias áreas, temos também em contabilidade ramificações da mesma, onde, iremos destacar abaixo somente três tipos, devido a gama de áreas. 
2.1.1.1 Contabilidade Financeira 
É a analise detalhada do patrimônio e de suas variações pelos efeitos das atividades produzidas pela empresa. Tendo como principal finalidade prover informações financeiras e econômicas, e auxiliar os proprietários e administradores nas tomadas de decisões, facilitando também para futuros investidores, fornecedores, acionistas, bancos, agências reguladoras governamentais, onde baseados pelos relatórios emitidos pela contabilidade financeira, possam analisar toda a estrutura da empresa, suas alterações em períodos diferentes, como apurar e verificar dados divergentes se houver desconfiança de quaisquer, parte. 
A contabilidade Financeira, de acordo com a área ou a atividade em que é aplicada, recebe várias denominações: Contabilidade Agrícola (aplicada ás empresas agrícolas); Contabilidade Bancária (aplicada aos bancos); Contabilidade Comercial (aplicada às empresas comerciais); Contabilidade Hospitalar (aplicada aos hospitais); Contabilidade Industrial (aplicada às indústrias); e mais: Contabilidade Imobiliária, Contabilidade Pastoril, Contabilidade Pública, Contabilidade de Seguros e outras. (MARION, 2005, p.27)
		Apesar de, as empresas não a utilizarem da forma que deveriam fazer, pois diversas vezes não possuem o profissional apto a realizar este tipo de contabilidade, ela é indispensável para todas as empresas, não apenas pela obrigatoriedade do fisco, mas para o controle dos bens, direitos e obrigações da entidade.
2.1.1.2 Contabilidade de Custos 
Foi originada da contabilidade geral, devido à precisão do gestor de adquirir um controle maior sobre os custos dos produtos que a empresa produz, comercializa ou desenvolve o serviço. De acordo com Leone (2000, p. 19):
 
“A contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, sendo eles o auxílio das funções de determinação de desempenho, planejamento, controle e das operações de tomada de decisões”.
Contabilidade rural é um instrumento para controlar o patrimônio das empresas rurais.De acordo com o autor Crepaldi (2005, p. 86) 
“Contabilidade é o instrumento da função administrativa que tem como finalidade: 
- controlar o patrimônio das entidades rurais;
- apurar os resultados das entidades rurais;
- prestar informações sobre o patrimônio e sobre o resultado das entidades rurais aos diversos usuários das informações contábeis.
A Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitadas.E na análise de Leone (2000, p. 27) : “A contabilidade de custos é parte integrante da Contabilidade, esta considerada como ciência”.
A Contabilidade de Custos coleta classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos. Segundo Crepaldi ( 2006, p. 87) em sua obra, a contabilidade : “ ...é um método universal utilizado para registrar todas as transações de uma empresa rural que possam ser expressos em termos monetários.”
Os dados coletados podem ser monetários e físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidades produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre muitos outros. Neste ponto, reside uma das grandes potencialidades da Contabilidade de Custos: a combinação de dados monetários e físicos resulta em indicadores gerenciais.
Outra particularidade da Contabilidade de Custos é que ela trabalha dados operacionais de vários tipos: os dados podem ser históricos, estimados (futuros), padronizados e produzidos. Uma das fortes vantagens da Contabilidade de Custos. Ela devera fornecer diversas informações de custos diferentes para atender as necessidades gerenciais. Os estudiosos classificaram as necessidades especiais em três grupos: 
1-Informações que serve para a determinação da rentabilidade edo desempenho das diversas atividades da entidade;
2-Informações que auxiliam a gerência a planejar, controlar e administrar o desenvolvimento das operações;
3-Informações para a tomada de decisões;
A contabilidade também possui várias funções e dentre elas , existem as particularidades na área administrativas em sua grande obra o autor Crepaldi (2006, p. 87) defini: 
Dentro da ciência chamada contabilidade está embutida conceitos administrativos que interessam a quem usa esta ciência.
Controle. È o acompanhamento das atividades da organização. Por meio dele, o administrador observa se o comportamento da organização está de acordo com os planos traçados.
Planejamento. É o conjunto de linhas de ação e a maneira de executá-las para o alcance dos objetivos.
Os objetivos da Contabilidade de Custos serão fixados de acordo com as necessidades apresentadas pelos diversos níveis gerenciais. Embora o contador de custos não estabeleça previamente quais são os objetivos de sua entidade, a grande maioria dos estudiosos do assunto os estabelece, uma classificação de objetivos em três grandes grupos já citados anteriormente.
1-O Objetivo da determinação da rentabilidade, esta num sentido amplo, que considera o desempenho da entidade e seus componentes em todos os sentidos;
2-O Objetivo do controle dos custos das operações de cada atividade no sentido de minimizá-los, procura pela redução de custos deve passar obrigatoriamente pela analise das causas das variações ocorridas. Tais causas sempre são decorrência das disfunções operacionais. O objetivo final é descobrir esses erros avaliá-los economicamente e propor medidas;
3-O objetivo de fornecer informações, normalmente não recorrentes, aos diversos níveis gerenciais que as solicitam para atender a suas funções de planejamento e de tomada de decisões.Leone (2000, p. 22) explica que: 
Para as finalidades de Contabilidade de Custos, os sistemas são o conjunto coordenado de órgãos, pessoas, procedimentos, e critérios de avaliação e de apropriação, conceitos, princípios, objetivos, fluxos e relatórios, que vai coletar os dados de diversas fontes e transformá-los em informações. 
São muitos os objetos da Contabilidade de Custos. Não há uma quantidade determinada. Os objetos formam o campo de atuação da Contabilidade de Custos. Os objetos mais conhecidos são os seguintes: a entidade, como todos seus componentes organizacionais (administrativos e operacionais), os produtos e bens que fabrica para si própria e para venda e os serviços, faturáveis ou não, que realiza. Entretanto, existem muitos outros, de mesma significação. Entre eles podemos citar estoques, as campanhas, as promoções, os estudos e as atividades especiais, os segmentos de distribuição, as atividades e as operações desde os menores até as maiores, os planos e alternativas operacionais.		
2.1.1.3 Contabilidade Gerencial
A Contabilidade Gerencial é dentre todos os outros tipos abordados a única que é totalmente realizada de modo interligado com os gerentes e gestores, pois seu objetivo sempre é o de informar de forma mais detalhada e minuciosa possível tudo que se passa na empresa, emitindo relatórios, análises, índices, entre outros dados que auxilie os diretores nas tomadas de decisões e no planejamento de curto e longo prazo da organização, pois esta ferramenta pode e deve ser utilizada para que seja feito um planejamento de ações e projetos dentro da entidade. Para Santos (et al., 2006, p.9) Contabilidade Gerencial é:
O processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações tempestivas (passadas, presentes e/ou futuras) relevantes e úteis, para auxiliar os gestores das organizações no processo decisório das operações diárias e do planejamento de operações futuras. 
Baseando-se em todos os dados e ferramentas fornecidas á administração, esta, a utiliza em favor do gerenciamento da entidade. E distingui-se das contabilidades já mencionadas, devido não se unir aos princípios tradicionais admitidos pelos contadores, ela visa em seu máximo desdobramento o gerenciamento da empresa em seu todo, para isso se adaptando aos métodos e aos modelos já existentes dentro da empresa, para gerar as informações de forma segura e satisfatória.
Mas, todavia, mesmo se adaptando não deixa de ser necessária e ter padrões, pois existem inúmeros relatórios e demonstrações que surgem da contabilidade gerencial e que são exigidos pelo fisco, podemos destacar a DFC – Demonstração de fluxo de caixa, a análise das demonstrações contábeis, entre outras. 
Devendo de qualquer forma ressaltar que é de extrema importância que o contador exerça a sua atividade com zelo, honestidade, dedicação, diligência, sigilo, responsabilidade, competência e especialmente com a Ética profissional.
2.1.2 Auditor
	
	O auditor é um especialista que examina os documentos necessários para emissão de um parecer sobre todos os dados coletados e analisados, os pareceres emitidos por eles são quatro, com ressalva, sem ressalta, adverso e com abstenção de opinião, onde são demonstrados todos os procedimentos utilizados e todas as informações relevantes para o contratante dos serviços, a auditoria é um processo minucioso, onde visa, comprovar a veracidade das evidências informadas pelos diversos setores onde existe de certa forma a manipulação de dados, contábeis ou não. 
	O objetivo deste processo é de certificar se as tarefas desenvolvidas em determinada instituição ou departamento estão de conformidade com o planejamento previamente delimitado, e se foram executadas e alcançadas com eficiência e precisão. Dentre os tipos de auditor podemos defini-los como externo ou interno. Attie (1998, p.27)
A origem do termo auditor em português, muito embora perfeitamente representado pela origem latina (aquele que ouve, o ouvinte), na realidade provém da palavra inglesa to audit(examinar, ajustar, corrigir, certificar).Segundo se tem notícias, a atividade de auditoria é originaria da Inglaterra que, como dominadora dos mares e do comércio em épocas passadas, teria iniciado a disseminação de investimentos em diversos locais e países e, por conseqüência, o exame dos investimentos em diversos locais e países e, por conseqüência, o exame dos investimentos mantidos naqueles locais.
O auditor Externo é um profissional autônomo, porém nada o impede de ter vínculo empregatício com alguma empresa de auditoria o seu grau de autonomia é bem maior em relação ao auditor interno. Já quanto a sua área de atuação dentro da organização tem como tarefa principal a auditoria contábil, onde o foco principal é a apresentação do parecer sobre as demonstrações contábeis.
Podendo atuar em outras áreas de operação desde que tenha competência e conhecimentos suficientes para desenvolver a atividades como: auditoria em recursos humanos, auditoria financeira, auditoria jurídica e entre outras que não foram citadas, o auditor externo se destaca por ser o melhor método existente de auditoria, pois devido ao fato de não ter nenhum tipo de vinculo com a instituição auditada, seu trabalho não poderá ser influenciado em nenhuma circunstancia pelos superiores, gestores ou qualquer outra pessoa relacionada á empresa.Segundo Almeida (2009, p.28):
Auditor interno é um empregado da organização originada da profissão de auditor externo, mas, no entanto não deve estar subordinado a pessoa cujo trabalho investiga, e em nenhuma conjectura deverá realizar tarefas que venha um dia vistoriar, para que não venha haver imparcialidade em seus relatórios.
 Esse cargo a cada dia tem sido visto de forma diferente, modificando essa visão de ser apenas contratados para fiscalizar e averiguar os métodos da empresa, mas também para ajudar nas tomadas de decisões dos administradores, apresentando os avanços para indicar quais são os mais ajustados e produtivos para os departamentos, não é muito interessante devido ao fato de ser influenciável sua analise, pois como se trata de um funcionário da empresa, portanto está subordinadoaos interesses da mesma. 
2.1.3 Perito Contábil
É o profissional graduado em Ciências Contábeis e plenamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Conforme Fonseca Apud Alberto (2000, p.38): "A partir do século XVII, criou-se definitivamente a figura do perito como auxiliar da justiça, e ao perito extrajudicial, permitindo assim a especialidade do trabalho judicial."
Este profissional pode exercer essa atividade tanto como Perito contador, quanto Perito assistente, sabendo que o perito contador é nomeado pelo juiz para elaborar e assinar os laudos técnicos, onde esclarece dados obscuros da matéria pericial solucionando assim o litigio, já o assistente ele é contratado pelas partes para elaboração do parecer contábil emitindo com clareza, objetividade e praticidade sobre o conteúdo do laudo. As duas formas de perícia acima descritas, normalmente são utilizadas em processos judiciais, recálculos, e parecer, devendo para isso o contador não fugir do código de ética que rege que, o contador somente poderá e deverá emitir sua consonância com fatos de que tenha total conhecimento técnico e literário.
2.1.4 Consultor Contábil
Consultor contábil é um profissional experiente da área de contabilidade, técnico ou bacharel, que dá resposta aos quesitos convenientes a diligência, aquele que realiza a conferência dos lançamentos contábeis e auxilia todos os departamentos da empresa, ajuda o funcionário na correção dos registros incorretos e orienta a operar de forma correta para um melhor funcionamento quanto ao controle do patrimônio, arquivamento de documentação, softwares e demais necessidades. Conforme parecer de Marion (2005, p.28):
A consultoria, em franco desenvolvimento em nosso país, não se restringe especificamente á parte contábil e financeira, mas também houve um grande avanço da profissão- a consultoria fiscal (Imposto de Renda, IPI, ICMS e outros), a consultoria na área de informática e exportação.
O consultor necessita possuir um nível de conhecimento avançado em diversas atividades, tanto técnico como bibliográfico, deve entender de leis, normas e diretrizes da atividade para esclarecer as interrogações que possam aparecer ou solucionar problemas, devido ao seu amplo conhecimento, muitas vezes até de causa, que ainda venham a surgir na empresa. 
2.1.5 Professor de Contabilidade
Professor é aquele que se dedica na área de educação e ensino, ministrando aulas de matérias distintas, desde a educação infantil até ao nível superior, e ainda outros cursos técnicos, profissionalizantes, pós-graduações, especializações ou em cursos extracurriculares.
O profissional de contabilidade capacitado para atuar na área de ensino está escasso no mercado, sendo um dos motivos que vem ocasionando essa escassez é o crescimento sem moderação de instituições que vem oferecendo o curso de ciências contábeis, fazendo com que o numero de professores sem preparação cresça nas salas de aula, ocasionando desta forma um crescimento de profissionais desqualificados no mercado de trabalho. Para Strassburg (2003, p.96): “São aqueles que não têm uma experiência anterior com o magistério e, sim, na maioria das vezes, no dia-a-dia das empresas. No caso da Contabilidade, geralmente possuem a graduação ou, no máximo, especialização”.
No curso de ciências contábeis, a maior parte dos professores são selecionados entre os profissionais de sucesso, em seu ramo de atuação que, em sua maioria, não tem nenhum preparo para o exercício do professorado, não tendo idéia do que é requisitado para formação de alunos.	Trazendo assim prejuízos aos acadêmicos da área, devido à didática precária de ensino utilizada pelo profissional, transmitindo somente os conhecimentos, mas deixando despercebido o maior objetivo que é do aluno aprender. 
Após todos os relatos acima passaremos a falar em específico da área de nosso interesse, devido ao fato de tanto a contabilidade como a auditoria, terem áreas distintas e de grande relevância, estaremos tratando a fundo da auditoria em folha de pagamento especificamente.
3 CONCEITOS DE AUDITORIA
Podemos conceituar auditoria como sendo um processo que analisa os registros financeiros e contábeis, muitas vezes sucedido por contadores, cujo objetivo é de descobrir falhas, desvio e proporcionar informações confiáveis para ajudar os administradores nas tomadas de decisões e trazer segurança aos investidores que tem interesse em investir nessas empresas.
O controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenadas dos negócios da empresa. (ALMEIDA, 2009, p.63)
Definida como uma técnica, a auditoria tem como finalidade determinar a medida de adequação e a verdade dos registros e das demonstrações contábeis, examinando documentos, livros e registros com o objetivo de demonstrar a adequada situação da empresa de acordo com os princípios fundamentais e normas de contabilidade aplicadas de formas uniformes. Consiste na verificação de elementos contábeis para determinar a exatidão e fidelidade dos relatórios e demonstrações contábeis. Pelo nível de conhecimento exigido pela auditoria, ela se torna a profissão específica do auditor. De acordo Attie (1998, p.57).
A auditoria, como especialização da contabilidade, possui técnicas e procedimentos próprios para a consecução de suas atividades.Por sua formação universitária, o auditor dispõe de conhecimentos contábeis que o habilitam a exercer trabalhos que envolvam a contabilidade, desde a coleta de informação da empresa em sua totalidade, como na sistemática de implantação de rotinas e de controles internos e todos os aspectos que ocasionam eventos e mutações na posição patrimonial da empresa.
	
Conforme citado acima, a auditoria é sem dúvida, uma importante ferramenta de confrontação da atual situação em que a empresa se encontra, tendo como prática, o exame dos lançamentos contábeis, tentando encontrar eventuais erros ou falsificações praticadas pelos funcionários, sendo estes voluntários ou involuntários. Tem seu campo de atuação em toda a companhia, podendo ser simples ou complexa, superficial ou aprofundada, isto é, de acordo com a necessidade de cada caso ou empresa.
A auditoria é voltada para testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado, cujo objetivo é de expressar um parecer sobre determinado dado. São os registros contábeis que controla as contas da empresa, porém a confiabilidade dos dados registrados acontece através da auditoria, que além da análise precípua dos lançamentos contábeis, analisará os atos e fatos contábeis à luz das normas técnicas e da legislação em vigor.
A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionados com o controle do patrimônio, objetivando, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes. Os exames são efetuados de acordo com as normas de auditoria usualmente aceitas e incluem os procedimentos que os auditores julgarem necessários, em cada circunstância, para obter elementos de convicção, com o objetivo de comprovar se os registros contábeis foram executados de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e outras situações nelas demonstradas. (FRANCO E MARRA, 2009, p.28).
Ela se diferencia da Contabilidade, embora necessite dos registros contábeis para confirmar a veracidade das informações cedidas pela empresa, mas o auditor não se limita somente o que está registrado nos livros pois seu análise deve ser totalmente extensiva em todos os sentidos, devido à omissão dos registros serem uma prova que existem falhas nas demonstrações contábeis.Sá (2002, p. 214) afirma que ”A conduta técnica do auditor gera a sua forma de proceder, para que o trabalho executado tenha eficácia e eficiência, ou seja, alcance seus objetivos racionalmente”.
Diante das definições de vários autores pode-se, conceituar auditoria como sendo uma técnica contábil, com detalhe próprio, cuja finalidade é a emissão de um parecer sustentado em vistorias realizadas nas demonstrações contábeis e controles internos da empresa examinada, visando a determinar a veracidade dos registros e demonstrações.Segundo Basso (1991, p.23):
... A Auditoria preocupa-se com a verificação de elementos contábeis e em determinar a exatidão e a felicidade das demonstrações e relatórios contábeis... Provavelmente o mais importante elemento de qualquer auditoria é o auditor, a pessoa que verifica os elementos contábeis e relata o resultado de seu trabalho. Muito pode ser descoberto acerca do que é auditoria, investigando a atitude, o treinamento e os procedimentos do auditor...
 
A auditoria é um processo utilizado para conferir à veracidade das informações e lançamentos contábeis da instituição baseado nos princípios contábeis e em seguida emitido o parecer do auditor. Evidente que deve ser preparado com aptidão, zelo e todo o conhecimento de causa sobre o que está se falando, pois muitas vezes o parecer pode emitir informações sobre fraudes dentro da empresa, sendo isto em qualquer circunstancia um assunto sério e muito delicado.
A equipe de auditoria elabora programas onde são definidos os objetivos e os roteiros de procedimentos detalhados a serem seguidos que tem por finalidade orientá-los; o trabalho de auditagem inicia através do plano de auditoria onde averigua de forma rigorosa, avalia, identifica e realiza os registros das informações durante a execução do trabalho.
Um programa de auditoria para ser bem projetado e com eficácia é necessário ter experiência, competência e critério sobre todos os fatos que vierem a surgir, e que venham de qualquer forma influenciar na forma de trabalho, evidenciada no programa. Os processos aplicados para aquisição de provas, e os quais o auditor consisti para emitir seu parecer, são evidentes, e se forem aplicados corretamente são eficientes para localizar as faltas de exatidão nos documentos examinados.
3.1 Origens da Auditoria
A prática da auditoria surgiu aproximadamente no século XV na Itália, país precursor da contabilidade. O reconhecimento oficial da prática da auditoria ocorreu em Veneza, onde foi constituído em 1581 o primeiro Colégio de Contadores.Conforme retrata Boynton (et al.2002, p.34):
Auditoria começa em época tão remota quanto à contabilidade. Sempre que o avanço da civilização tinha implicado que a propriedade de um homem fosse confiada, em maior ou menor extensão, a outra, a desejabilidade da necessidade de verificação da fidelidade do último, tornou-se clara.
Assim, então, como parte da evolução do sistema capitalista, surgiu à auditoria. E com o crescimento do mercado e a provocação da concorrência, as organizações aumentaram o espaço físico, renovaram na área tecnológica, aplicaram recursos no desenvolvimento tecnológico e enfim melhoraram os controles e operações internas em todas as áreas.
Para realizar todas essas alterações as empresas tiveram que atrair recursos junto a terceiros, principalmente por meio de empréstimos bancários em longo prazo, abriram seu capital social para futuros acionistas já que era quase impossível adquirir certo volume de recursos por intermédio dos procedimentos e técnicas, como a lucratividade da empresa, ou por meio do patrimônio dos seus proprietários. 
Os meios utilizados na época, nas organizações, e para que se tornassem lucrativas as empresas necessitavam de investimentos grandes e volumosos, mas para isso, deveriam estar em conformidade com a contabilidade, suas normas e procedimentos, desta forma, auditando tem-se as correções necessárias e os ajustes definitivos.
Devido à importância dos novos investidores em certificar-se da real situação financeira da empresa, as demonstrações contábeis passaram a ter um significado grande para os futuros aplicadores de recursos, uma vez, que somente iriam investir em empresas que fornecessem retorno, nem que a, longo prazo, mas deveriam fornecer retorno, ou seja, lucro, pois a, visão e previsão para o investimento se baseava nisto.Segundo Almeida (1996, p.21):
 Os futuros investidores passaram a exigir profissional independente da empresa e de grande competência para analisar as informações registradas nas demonstrações contábeis trazendo assim uma segurança maior nos dados apresentados, com isso surgiu a figura do auditor externo ou auditor independente.
 Para avaliar a segurança, a liquidez e a rentabilidade de seu futuro investimento, o investidor precisava conhecer a posição patrimonial e financeira da empresa, assim como, a capacidade de gerar lucros e como estava sendo efetuada a administração financeira dos recursos na empresa. A melhor forma de o investidor obter essas informações era  por meio das demonstrações contábeis da empresa, que passaram a ter importância muito grande para os futuros aplicadores de recursos. 
  Como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente, devido ao fato de muitas vezes, não possuírem o conhecimento necessário para tal evento. Desta forma, surge o profissional habilitado e gabaritado para exercer a atividade e repassar todas as informações, encontradas a quem houvesse necessidade.
3.2 Evolução da Auditoria 
A Auditoria é uma das atividades que tem fortemente se destacado e se desenvolvido no mundo nos dias atuais, decorrente da abrangência e desenvolvimento das empresas e a crescente dificuldade na gestão solitária dos negócios. 
A grandeza econômica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais desenvolvida, determinou a evolução da auditoria, como conseqüência do crescimento das empresas, do aumento de sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular nos grandes empreendimentos (Crepaldi, 2007, p. 105).
Em razão da propagação acelerada do mercado empresarial e a necessidade de mudança quanto às inovações tecnológicas, mercadológicas e metodológicas da gestão empresarial, o nicho cresceu e se estruturou rapidamente, iniciou a evolução no Brasil a partir da década de 60, ocasionada pela concorrência entre as empresas, resultante da economia globalizada, que se fazia presente naquela época.Segundo Attie (1998, p. 27), o surgimento da auditoria se fixa na:
(...) necessidade de confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto à realidade econômica-financeira espelhada no patrimônio das empresas investidas e, principalmente, em virtude do aparecimento de grandes empresas multigeograficamente distribuídas e simultâneo ao desenvolvimento econômico que propiciou participação acionária na formação do capital de muitas empresas.
Pelo fato da auditoria ser uma ramificação da Contabilidade, permiti uma verificação entre as duas atividades. Certifica-se que com a evolução instituída da observação científica e sistêmica dos registros, livros, inspeções, aquisição de informações, estão sujeitos as normas apropriadas de atuação para investigar a veracidade das exigências fiscais, dos princípios e das normas contábeis se estão aplicadas de forma uniforme e se correspondem as normas expedidas.
Com isso exibi que a função de auditoria passa por um processo de reavaliação, comprovando que não é somente um meio capaz de revelar erros, falhas ou até revelar fraudes na organização, mas sim tem a capacidade de sugerir medidas e soluções preventivas, para que sejam diagnosticados problemas e que venha haver sustentação na administração, pois após o diagnostico de toda a situação econômica e financeira da empresa, se os administradores, diretoresou responsáveis, não fizerem uso das informações, de nada adiantará o trabalho executado, mas se utilizarem poderá melhorar a atuação dos empregados e facilitar o trabalho dos auditores seja internos ou externos, influenciando, desta forma, positivamente no andamento da empresa.
3.2.1 Órgãos Relacionados com os Auditores:
As principais entidades relacionadas normas e procedimentos da auditoria são:
a) IBRACON – É uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos. Seus principais objetivos são:
- Fixar princípios de contabilidade;
-Estabelecer normas e procedimentos contábeis relacionados com auditoria e perícias contábeis.
b) CVM (Comissão de valores mobiliários), que também estabelece normas de contabilidade a serem seguidas. Dentre elas, destacamos:
- Avaliação de investimentos pelo método de equivalência patrimonial;
- Consolidação de demonstrações financeiras;
- Reavaliação de ativos
 - A CVM, a exemplo do IBRACON, também emite normas de contabilidade, como:
- Empréstimos compulsórios a eletrobrás;
- Contabilização das variações contábeis;
- Estoques;
- Investimentos;
- Receitas – despesas – resultados;
- Consolidação;
- Contrato de construção, fabricação ou serviços;
- Contingências;
- Imobilizado;
- Ativo diferido;
- Imposto de Renda;
- Reavaliação dos ativos.
	 c) CFC e CRC, que são respectivamente, o Conselho Federal de Contabilidade e Conselho Regional de Contabilidade. Suas finalidades são controlar registros e a fiscalização de exercício de profissão de contabilista.
d) OIO – Instituto de auditores internos do Brasil, que tem como objetivo principal promover o desenvolvimento da auditoria interna mediante intercâmbio de idéias, reuniões, conferências, congressos, publicações de livros e revistas, bem como difundir a importância destes serviços frente às teorias contábeis.
3.2.2 Normas de Auditoria
	
 As normas de auditoria representam as condições necessárias que devem ser observadas pelos auditores no exercício de suas funções, as quais são classificadas da seguinte forma: quanto à pessoa do auditor, este deve ser legalmente habilitado perante o Conselho Regional de Contabilidade. Deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização da auditoria, devendo ser independente em todos os assuntos relacionados ao trabalho; quanto à execução do trabalho este deve ser adequadamente planejado. 
O auditor deve estudar e avaliar o sistema contábil e o controle interno da empresa sendo que para que possa determinar a confiança que neles pode depositar, o auditor deve estender e aprofundar os procedimentos de auditoria até obter fundamentos necessários para emitir o parecer; quanto ao parecer de auditoria este deve esclarecer se os trabalhos foram executados de acordo com as normas de auditoria e se as demonstrações foram preparadas de acordo com os princípios contábeis. Se os princípios contábeis foram aplicados ao exercício examinado, o parecer deve expressar a opinião do auditor.
 São diretrizes fundamentais que, orientam e, estabelecem modelo de conduta ética e moral. Destaca Attie (1998, p.56).
Como acontece em todas as profissões, na auditoria também foram estabelecidos determinados padrões técnicos que objetivam qualificação na condução dos trabalhos de auditoria e garantir atuação consistente tecnicamente suficiente do auditor e de seu parecer, assegurando, a todos aqueles que dependem de sua opinião, a observação de uma série de requisitos considerados indispensáveis para o trabalho concretizado.
 Elas diferenciam dos procedimentos de auditoria, pelo fato de relacionar com as ações a serem exercitadas, já as normas e impõe as medidas de capacidade da execução destas ações e dos objetivos a serem obtidos através dos procedimentos.
 A resolução de n.º 820 do Conselho Federal de Contabilidade no ano de 1997 publicou as normas de auditoria, apreciando a realização dos trabalhos e o parecer de auditoria.
As normas envolvem instruções e procedimentos a serem assistidas pelo auditor quando na execução do trabalho. Bem como proporcionar a aplicação sistemática e metodológica de suas ações. 
Evidentemente, as normas atuais refletem um entendimento mais a amplo com avanços referentes a vários aspectos atualmente de maior abrangência, e que mesmo anteriormente não normatizados, já eram observados pelos auditores. (ATTIE, 1998, p.55). 
Para os auditores sendo eles internos ou externos as normas de auditoria representam os requisitos necessários a serem observados para o desenvolvimento do serviço, pois independe do tipo de auditoria que está sendo executada, todas as normas e procedimentos devem ser cumpridos e executados da mesma forma.
3.2.3 Normas Relativas á Pessoa do Auditor
 
 Auditor no exercício da atividade deverá em primeiro lugar ser habilitado perante o conselho regional de contabilidade, executar o serviço com zelo, cautela, possuir profundos conhecimentos técnicos, experiência e competência, ser imparcial durante o seu trabalho, e principalmente efetuar o serviço com qualidade apoiando-se sempre em fatos e evidências que venham comprovar a veracidade dos documentos examinados.
3.2.4 Normas Relativas á Execução do Trabalho
Deverão ser adequadamente planejado todos os trabalhos, mediante o programa de auditoria existente desde a contratação do serviço a ser executado, ou do planejamento feito pelo auditor interno, e quando realizado por assistentes os trabalhos sempre deverão ser inspecionados pelo responsável, pois somente ele possui todo o conhecimento e a experiência necessários ao desenvolvimento, o auditor antes de executar qualquer tarefa deverá estudar e avaliar o sistema contábil e controle interno da instituição, sendo este de suma importância a auditoria, e os procedimentos deve ser pesquisado até obtenção de elementos que comprova a veracidade dos fatos para desta forma, obter todos os dados necessários e importantes para a emissão do parecer do auditor.
3.2.5 Normas Relativas ao Parecer
	
	Após todo o processo de análise, conferencias e verificações da auditoria são emitidas o parecer no qual deve estar em conformidade com as normas.
· O parecer deve esclarecer: 1) se o exame foi efetuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas; 2) se as demonstrações contábeis examinadas foram preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos; 3) se os referidos princípios foram aplicados, no exercício examinado, com uniformidade em relação ao exercício anterior.
· Salvo declaração em contrário, entende-se que o auditor considera satisfatórios os elementos contidos nas demonstrações contábeis examinadas e nas exposições informativas constantes das notas que as acompanham.
· O parecer deve expressar a opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Quando não se puder expressar opinião sem ressalvas sobre todos os elementos contidos nas demonstrações contábeis e notas informativas, devem ser declaradas as razões que motivaram esse fato. Em todos os casos, o parecer deve conter indicação precisa da natureza do exame e do grau de responsabilidade assumida pelo auditor.
Desta forma, é através desse documento que a diretoria da empresa auditada passa a ter conhecimento do trabalho realizado e de alguns detalhes profundamente como sua consistência, veracidade, qualidade e a contribuição da auditoria para a empresa em questão. É o momento que o auditor tem de demonstrar suas opiniões, constatar, e fazer recomendações.
As formas de auditoria são divididas de acordo com a extensão do trabalho, a profundidade dos exames, e a natureza, e ainda relacionada com os fins a que se destina e as relações do auditor com a entidade auditada. 
3.3 Procedimentos
Os procedimentos de auditoria são métodos utilizados pelos auditores para alcançar a autenticidade no qual, baseia a sua opinião sendo estes divididos em fases e testes que devem ser de observância e substantivos.Procedimentos de Auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as Demonstrações Contábeis auditadas, e abrangem testes de observância e testes substantivos”. (Resolução CFC n.º 700/91) (CFC, 1991 p.58)
O principal objetivo do teste de observância é avaliar e verificar se os procedimentos de controle interno determinados pela diretoria estão sendo seguido, tanto pelos administradores como por todo o corporativo da empresa, e se estas são seguros e asseguram o pleno funcionamento da empresa. De acordo Santi (1988, p.88):
Testes de observância constituem-se no “conjunto de procedimentos de auditoria destinados a confirmar se as funções críticas de controle interno, das quais o auditor dependerá nas fases subseqüentes da auditoria, estão sendo efetivamente executadas”.
Os testes de observância são aplicados em todos os setores, mas comumente a averiguação é mais rígida nos setores que precisam de um controle maior, ou demanda mais dinheiro, mais tempo ou, devido à proporção de alteração nos saldos das demonstrações contábeis serem bem maior. 
Por isso, o auditor certifica-se quais as áreas da organização que mostram maior risco e que exigem um controle mais considerável para então executar os testes. Para Andrade (1988, p. 13) “Explica que os testes de observância são amostras retiradas de uma população, com a finalidade de determinar, até que ponto os procedimentos, ao serem implantados, observam as especificações do sistema”. De acordo Crepaldi (2009, p. 308) 
Os testes substantivos são aqueles empregados pelo auditor, com a finalidade de obter provas suficientes e convincentes sobre as transações, saldo e divulgações nas demonstrações financeiras, que lhe proporcionem fundamentação razoável para a emissão do relatório.
A principal finalidade dos testes substantivos é evidenciar quanto à habilidade, exatidão e legitimidade das informações produzidas pelo sistema de contabilidade da empresa, subdividem em duas partes: Testes de transações e saldos e Procedimentos de revisão analítica, onde os testes de transações e saldos são verificados frente aos fornecedores, bancos e outros que possuam movimentação com a empresa, e a revisão analítica são feita com embasamento em documentos analisados.
3.4 Classificações da Auditoria
Auditoria é uma analise detalhada e criteriosa onde o auditor interno ou externo efetua a conferência da exatidão dos documentos para emitir com veracidade e competência o seu relatório ou parecer.
3.4.1 Auditoria Externa
Os auditores externos se baseiam na emissão de relatórios e pareceres, e não são subordinados às ordens da direção das entidades, de forma a atuar de maneira imparcial em todo o processo.
Auditoria externa é aquela em que o serviço é praticado por contadores que atuam por conta própria, credenciados pelos órgãos específicos ( Conselho Regional de Contabilidade – CRC, Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Banco Central- BACEN, entre outros).Por não possuírem vínculo empregatício, subordinação e qualquer outra ligação de interesse pessoal ou comercial , além do trabalho específico de auditoria, acabam sendo reconhecidos pelo mercado como auditores com independência( e por isto o termo auditores independentes) para expressar uma opinião imparcial sobre a adequação ou não, das demonstrações contábeis e demais procedimentos dos controles internos( FRANCO e MARRA,2001,p.118).
Essa auditoria é realizada por um profissional completamente independente da empresa auditada, onde desta forma, seu trabalho não poderá sofrer influencia em nenhum momento. O principal da auditoria externa ou interna é exprimir uma opinião sobre as demonstrações financeiras no parecer.Franco e Marra (2001, p.218) também define auditoria externa: “É aquela realizada por profissional liberal, auditor independente, sem vínculo de emprego com a entidade auditada e que poderá ser contratado pela auditoria permanente ou eventual”. 
Sá (2002) descreve que: Surgiram novos rumos às técnicas contábeis e principalmente às de auditoria, visando atentar às necessidades produzidas com o surgimento de grandes empresas. As demonstrações contábeis passaram a ter um significado grande para os futuros investidores de recursos, como medida de segurança contra a capacidade de manipulação de informações. 
Portanto a auditoria externa, pela relevância, confiabilidade e independência pelo qual os auditores podem prestar seus serviços, podendo explicar de forma minuciosa os seus pareceres, os acionista, financiadores, fornecedores e analista tem em uma visão diferenciada e mais segura, quantos as informações disponibilizadas da escrituração e das demonstrações contábeis, a fim de confirmar sua adequação. 
Convém ressaltar que uma empresa, não poderá ser auditada por mais de três anos pela mesma empresa, pelo fato de que o grande conhecimento adquirido depois de várias auditorias podendo atrapalhar o bom desempenho da auditoria, e se o auditor for influenciado pela empresa, seus sócios acionistas ou empregados, poderá deixar o processo e não o terminar, pois o trabalho de auditoria é embasado pelo código de ética do contador, e deixa muito claro quanto a este tipo de influencias. A auditoria externa, dessa maneira, aprimora vantagens quantas as informações fornecidas e dá credibilidade à contabilidade, valorizando seus objetivos.
3.4.2 Auditoria Interna
O papel fundamental da auditoria interna na empresa é subsidiar ao diretor um plano de ação com dados e informações tecnicamente elaborados para auxiliar a empresa a conquistar seus objetivos, referente ás atividades para cujo acompanhamento este não tem condição de efetuar.
Franco e Marra (2001, p.118) define auditoria interna: “É aquela exercida por funcionário da própria empresa, em caráter permanente”. Ou seja, aquela em que o serviço é praticado por contadores empregados das sociedades, associações e fundações, que os contratam para tal.
A Auditoria Interna é um trabalho de avaliação independente e de assistência da administração, voltada exclusivamente para o exame e avaliação de adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas, em relação às atribuições e aos planos, às metas, aos objetivos e as políticas definidas para as mesmas. (ALMEIDA, 1996 a, p. 25.)
	
 O objetivo desse método de auditoria é acompanhar de forma minuciosa os negócios das organizações, fiscalizarem os setores, normalmente é imposta pelos administradores, para que sejam identificados possíveis erros nos controles internos que possam vir a ocasionar prejuízos irrecuperáveis fiscais e tributários, sendo executada por um funcionário da empresa, pode estar direcionada aos interesses da empresa para que consiga recursos financeiros com qualidade e precisão das informações prestadas.
   Sua principal função é trazer tranqüilidade aos setores e traçar um plano de ação dentro da empresa, visando diminuir erros e constatar possíveis falhas, relacionadas, de modo intenso, com o curso de cada cargo, área, departamento, setor e operação.
A auditoria interna é aquela exercida por funcionário da própria empresa, em caráter permanente. Apesar de seu vinculo á empresa, o auditor interno deve exercer sua função com absoluta independência profissional, preenchendo todas as condições necessárias ao auditor externo, mas também exigindo da empresa cumprimento daquelas que lhe cabem. Ele deve exercer sua função com total obediência às normas de auditoria e o vínculo de emprego não lhe deve tirar a independência profissional, pois sua subordinação à administração da empresa deve ser apenas sob o aspecto funcional. (FRANCO E MARRA, 2009, p 219)
O auditor interno mesmo tendo um vínculo empregatício, ele necessita de autonomia e confiança para examinar e avaliar os registros, planos e políticas da empresa, de forma que os colaboradores venham contribuir fornecendo assim a documentação necessária para auditar com eficiênciae eficácia, e para que o trabalho realizado surta os efeitos desejados pela administração.
3.5 Execução dos Trabalhos de Auditoria
3.5.1 Controle Interno
O controle interno representa, em uma organização, o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas, com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
3.5.2 Objetivos do Controle Interno
Uma das grandes vantagens da empresa possuir um controle interno muito bom e bem elaborado, é que, as tarefas e execuções das atividades serão feitas sempre da mesma forma, e as rotinas trarão facilidade de aprendizagem, diminuição de erros e objetivos claros e concretos ao iniciante na empresa.
Os objetivos do controle interno são:
- Obtenção de informação adequada;
- Estimulação do respeito e da obediência às políticas da administração;
- Proteção dos ativos;
- Promoção da eficiência e eficácia operacional.
- Informações sempre geradas e fornecidas sob um padrão.
- Homogenização de dados, informações e relatórios.
3.5.3 Avaliação do Controle Interno
Essa avaliação é realizada mediante a aplicação de questionários que auxiliam na avaliação global do processo em estudo revelando o nível de controle interno. 
 Passos para avaliação do controle interno:
- levantar o sistema de controle interno;
- verificar se o sistema levantado é o que está sendo seguido na prática;
- avaliar a possibilidade de o sistema revelar de imediato erro e irregularidades;
- determinar tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.
As informações sobre o sistema de controle interno são obtidas da seguinte forma: 
- leitura dos manuais internos de organização e procedimentos;
- conversa com funcionários da empresa;
-inspeção física desde o início da operação (compra, venda, pagamentos, etc) até o registro no razão geral. 
Usualmente, as empresas de auditoria preparam questionários padrões de controle interno para serem preenchidos pelos auditores. Esses questionários funcionam como um guia, no sentido de evitar que o auditor omita a avaliação de uma parte importante das operações da empresa, e que não obtenha a informação necessária. 
3.5.4 Amplitude dos Testes
Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente, possam levar os leitores das demonstrações contábeis a terem uma interpretação errônea sobre elas. Portanto, o valor desses erros teria de ser significativo em relação às demonstrações contábeis, para isso utiliza-se a relevância da informação gerada. 
Em segundo lugar, normalmente, a empresa já tem um conjunto de procedimentos internos com o objetivo de evitar a ocorrência de erros. 
O risco da ocorrência de um erro, em uma empresa com um bom sistema de controle interno, é muito menor que em uma empresa com um sistema de controle interno ruim. O auditor externo utiliza o sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria. Quando o controle interno é bom, o auditor externo faz um menor volume de testes; caso contrário, o auditor externo faz um maior volume de testes. 
Caso a organização possua um excelente controle interno (nota máxima), mesmo assim, o auditor externo tem de fazer o volume mínimo de testes devido o sistema de controle interno ter suas limitações (conluio, incompetência e negligência). 
3.6 Programas de Auditoria
O programa de auditoria tem a função de especificar o trabalho a ser executado na empresa que contrata os trabalhos do auditor. Assim, não se desperdiçaria tempo em assuntos não contratados ou aleatórios, atendendo somente a uma situação específica. O programa de auditoria serve como plano de trabalho em relação ao plano específico a ser auditado, servindo, também, como registro do trabalho executado durante a auditoria. 
O programa de auditoria deixa especificado como será executado o trabalho de auditoria, além de delimitar a abrangência do mesmo. Diante do exposto, o programa de auditoria vem a ser o primeiro passo para início dos trabalhos, sendo definido neste programa o que será realizado durante o processo de auditoria.
3.7 Papéis de Trabalho
Os papéis de trabalho servem de base para sustentação da opinião formulada pelo auditor acerca do trabalho executado e constituem um testemunho documentado de forma sucinta e clara, evidenciando, assim, se o auditor cumpriu a rigor os princípios contábeis e de auditoria. Os papéis de trabalho devem ser elaborados tendo em vista o exame da conta a ser auditada, segundo as suas circunstâncias, não existindo um padrão de papel de trabalho, pois a auditoria pode ter cunho trabalhista, de clientes, bancária ou outras, e para cada auditoria, se for exclusivamente de um setor será necessário a criação de papéis de trabalho específicos. Porém, devem ser idealizados de forma ágil e flexível. 
Os papéis de trabalhos são utilizados para transcrever dados, anotações, análises de contas efetuadas, demonstrar, cálculos, relatar situações ocorridas, levantamentos e observações registradas no decorrer das tarefas de auditoria. 
3.7.1 Tipos de Papéis de Trabalho
Os tipos de papéis podem ser: 
- Lançamentos de ajuste e/ou reclassificação;
- Ponto para recomendação;
- Memorando;
- Balancete de trabalho;
- Análise;
- Conciliação;
- Programas de Auditoria.
3.8 Relatórios de Auditoria
 O relatório de auditoria relata as verificações executadas pelo auditor na empresa auditada, dando a este a possibilidade de informar aos interessados qual o trabalho que realizou, o alcance abrangido pelo seu trabalho, a forma com que realizou, os fatos relevantes observados, bem como a conclusão encontrada pelo profissional após os trabalhos. 
Considera-se o relatório de auditoria como sendo o objetivo principal do auditor dentro da empresa auditada, ou seja, relatar se os demonstrativos da empresa são a verdadeira situação econômica e financeira da empresa naquele dado momento. Porém, o empresário aguarda algo a mais que um parecer. Deseja que o auditor lhe forneça informações para melhorar a condução da empresa, redução de custos e melhoramentos contábeis e administrativos. Portanto, o auditor deve olhar a empresa como um empresário dando sugestões sobre controle de ativos e, principalmente, sugestões para aumentar os lucros, sempre enfatizando os fatos mais importantes ocorridos na empresa e as grandes falhas existentes e proeminentes de soluções. 
3.9 Parecer
Sendo este considerado o produto final do trabalho do auditor. O Principal objetivo de uma auditoria é o de expressar opinião sobre a veracidade das demonstrações financeiras, uma vez que essas representam a posição patrimonial e financeira da empresa auditada, suas relevâncias, suas características e suas possíveis brechas e falhas frente aos fatos que modificam e ampliam o lucro.
O Parecer é um instrumento por meio do qual, o auditor, expressa sua opinião sobre as demonstrações financeiras, patrimoniais e administrativas, de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas relativas ao parecer, pois , mesmo ao emitir e expressar a sua análise fundamentada a pessoa do auditor poderá ainda estar com resquícios de expressar veemente sua opinião, e para isto, temos dentro de pareceres que o auditor pode emitir quatro espécies para se resguardar de algumas atitudes ou situações que podem ser criadas dentro da empresa auditada. Sendo eles: Parecer sem ressalva; Parecer com ressalva; Parecer adverso; Parecer com abstenção de opinião.
 3.9.1Parecer sem Ressalva
O mais comum e mais utilizado dentro de auditorias, já que se acredita que a finalidade de uma auditoria seja a emissão do mesmo, este modelo, basicamente indica que: O auditor deve estar ciente de que as demonstrações financeiras da empresa representam adequadamente a posição patrimonial e financeira que foram analisadas e verificadas, estando o resultado das operações de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, aplicados em bases uniformes, e sem nenhuns vestígios de irregularidades, fraudesou outros meios ilícitos de transformação de valores e de informações, portanto, condiz com o que foi encontrado.
 3.9.2 Parecer com Ressalva
O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva, modificado no parágrafo de opinião, com a utilização das expressões “exceto por”, “exceto quanto” ou “com exceção de”, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da ressalva. Não é aceitável nenhuma outra expressão na redação desse tipo de parecer. No caso de limitação na extensão do trabalho, o parágrafo referente à extensão também deverá ser modificado, refletindo tal limitação, o que indica que algumas das informações não condizem com o que deveria ter sido feito, ou informado, mas que a correção adequada e em caráter de urgência sanariam o problema com excelência.
3.9.3 Parecer Adverso
É emitido o parecer adverso quando o auditor constata que as informações levantadas resultantes do seu trabalho indicam que as demonstrações financeiras comprometem substancialmente a posição patrimonial e financeira da empresa, a ponto de não ser suficiente a simples ressalva no parecer. 
3.9.4 Parecer com Negativa de Opinião
O Parecer com a abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis, pelo fato de não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la, ou pelo fato de não ter documentos, válidos e idôneos para suas expressões de parecer, sendo este o modelo em que a auditoria não utiliza com freqüência, pois , com este tipo de parecer à empresa poderia sofrer sérios problemas com os entes federativos .
3.10 Tipos de Auditoria	
 Existem inúmeros tipos de ramificações na auditoria interna, exemplo: auditoria de sistemas, auditoria trabalhista, auditoria tributária, auditoria da qualidade, auditoria jurídica, auditoria contábil e outras. Dentre essas iremos abordar sobre auditoria trabalhista.
3.10.1 Auditoria Trabalhista
O principal objetivo da auditoria trabalhista é verificar se as rotinas e procedimentos do setor de RH estão de acordo com as exigências da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, prevenindo assim autuações e infrações futuras.
O auditor geralmente analisa os seguintes documentos: O livro de registro de empregados, Controle de ponto, Folha de pagamento analítica onde fará a conferência dos rendimentos e descontos como Adicional Noturno, Insalubridade, Periculosidade, Horas Extras, DSR, INSS, Contribuição Sindical, Vale Transporte, Moradia e outros. As Rescisões contratuais, Férias, Décimo Terceiro Salário, os benefícios do INSS como Salário Família e Salário Maternidade também são examinados pelo profissional responsável pela auditoria e outros documentos que não foram descriminados acima. 
Os administradores podem nomear o funcionário responsável pelo RH para executar a auditoria interna, objetivando identificar e regularizar as pendências, antes de uma fiscalização do Ministério do Trabalho, INSS, e até mesmo antecipando-se a uma auditoria externa, desta forma minimizando os erros, ou até mesmo já os anulando antes de uma possível conferencia pelo auditor externo. O roteiro e os relatórios facilitam o trabalho. 
Para o auditor obter sucesso no seu trabalho necessita possuir um conhecimento sobre a atividade principal da empresa e as rotinas dos departamentos que irá auditar para que consiga elaborar um planejamento e procedimentos adequados para alcançar os objetivos fixados. 
Um dos pontos principais que a auditoria de departamento pessoal analisa é com relação aos gastos com remuneração seja de empregados, trabalhadores avulsos ou serviços de terceiros realizados por autônomo devido a incidência da contribuição previdenciária patronal, que acredita-se que seja uma das grandes vilãs para as empresas de Lucro Presumido e Lucro Real .Segundo a Lei n° art. 11 da Lei no 8.212, de 1991 art.11:
Alíquota de 20% relativa á contribuição previdenciária patronal sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e adiantamentos decorrentes de ajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador do serviço, nos termos da lei ou do contrato, ou ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. 
20% vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
Geralmente os funcionários responsáveis pelo departamento pessoal, têm dificuldade em compreender a legislação previdenciária, quando não acompanhados de profissional que entenda da legislação trabalhista e previdenciária, dos cálculos e observância das obrigações dessas legislações, pois apesar de complexa pode trazer inúmeros problemas para a empresa, se a mesma for mau interpretada, faz com que o risco imanente para a afirmação de avaliação ou alocação possa ser alto, pois devem ter um conhecimento muito amplo e significativo os profissionais que atuam neste ramo de assessoria. 
Essa situação ocorre se na organização as práticas e o controle interno forem ineficientes, quando experimentado pelo auditor mediante a inspeção de documentos e relatórios ou até mesmo em ajustes de alguma tarefa. De acordo com o resultado dos testes, sua relevância, observação e análise é que o auditor estipula a quantidade necessária de procedimentos de revisão analítica que deva ser feito, por serem métodos bem eficientes para constatar fraude, o controle interno, é um grande aliado na diminuição de possíveis erros antes que os mesmos venham a acontecer dentro da empresa ou de determinado setor.
3.10.2 Folha de Pagamento
A folha de pagamento é um documento obrigatório para todas as empresas conforme relata a lei de n° 8.212/91, art.32, inciso I, da Legislação Previdenciária e lei de n° 5.452/43 da Consolidação da Legislação do Trabalho, ela não tem exigência quanto à forma de elaboração pode ser tanto manual como eletrônica. Nela devem constar mensalmente os proventos e descontos dos trabalhadores e o prazo limite de pagamento estipulado por lei é de no máximo; o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido
A confecção da folha de pagamento, além de um procedimento de caráter trabalhista, decorre de obrigatoriedade prevista no art.47 do ROCSS- Regulamento da Organização e Custeio da Seguridade Social. (Brondi e Bermúdez, 2004, p.169)
A folha analítica é utilizada pelo setor contábil para contabilizar os rendimentos e os descontos efetuados da remuneração dos empregados. Por isso é de extrema importância que seja descriminada de forma clara e precisa. Segundo Brondi e Bermúdez (2004, p.169):
Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos.
A folha é um documento de grande valor para as empresas por isso depende de um cuidado e atenção maior na sua fase de elaboração para que tudo que seja incluído possa ser de forma mais diligente possível, por ser um dos primeiros documentos solicitados pelos fiscais, caso haja uma eventual fiscalização por parte do Ministério do Trabalho ou da Previdência Social. Ela relata todos os créditos e débitos referentes ao pagamento dos funcionários. Vejamos inicialmente, os principais créditos e débitos existentes na folha de pagamento das empresas.
 	
3.10.3 Salário
	
Conforme Sussekind (2004) O salário é uma das ferramentas aplicada pela justiça distributiva para realizar a justiça aquele que vive em sociedade, sendo o principal meio de sobrevivência do ser humano.
Salário é a parte fixa efetivamente paga ao empregado, proporcionado pelo empregador ao empregado pelo serviço prestado. Para Basile (2010, p.114) “Salário representaa contraprestação em dinheiro ou utilidade, oferecida diretamente pelo empregador ao empregado, em função do contrato de trabalho, para satisfazer suas necessidades vitais básicas e de sua família”. É o valor do salário pelo qual o empregado se compromete, pela assinatura do contrato de trabalho, a exercer suas funções dentro dos horários determinados.De acordo a Carta Magna, no seu art.7°, relaciona as seguintes normas referentes ao salário:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e ás de sua família, com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e á complexidade do trabalho; 
VI - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que recebem remuneração variável;
Ele pode ser divido em: fixo variável e misto. O fixo é o valor invariável pactuado entre as partes para remuneração mensal do empregado baseado na CLT. Variável é o firmado de acordo com a produção do profissional capacitado, podendo ser por peça, comissão, tarefa e outros. E o misto é um salário constituído por parte fixa e variável.
Dispõe o art.457 da CLT que integram o salário: a parte fixa, as comissões, as percentagens (adicionais), as gratificações, os abonos e o valor total das diárias quando excedentes a 50% do salário, embora a doutrina identifique também em outras verbas a mesma natureza salarial. (Basile, 2010, p.114) 
O Salário pode ser mensal, quinzenal, semanal, diário e por hora denominada como salário por unidade de tempo, por unidade de obra e por tarefa. O mais utilizado no mercado de trabalho é o salário fixado por mês fixado normalmente para funções administrativas e por hora, produção e comissão sobre vendas ou serviços, são estabelecidos geralmente para empregados que exercem funções operacionais. 
Conforme Martins (2004) A fixação do salário por unidade de tempo é estabelecido de acordo com a quantidade de tempo que necessita para a realização do serviço ou da obra e não especificamente pela realização do de serviço. Deste modo pode ser fixado o salário em hora, por dia, por semana, por quinzena ou por mês.
O salário por unidade de obra tem como foco principal o resultado obtido e não o tempo gasto para execução, pode ser comparada com a empreitada, sabendo que nada impede que o empregador firmar um contrato com o empregado recebendo dessa forma. 
Baseado na CLT. A alínea g do art.483 permite o pagamento da remuneração por peça, porem não permite o empregador diminuir o trabalho do funcionário ao ponto de reduzir a importância do salário.
Já o pagamento do ordenado por tarefa é a mistura de salário por unidade de tempo e obra. O trabalhador deve executar durante o horário de funcionamento da empresa, porém quando o empregado concluir o trabalho que lhe é encarregado de fazer pode se retirar da empresa, mesmo antes do final do expediente, já que tem quantidade de tarefas a cumprir no término considera que acabaram suas tarefas pertinentes há aquele dia.
3.10.4 Adicional de Insalubridade
Conforme o dicionário do Aurélio a palavra insalubre significa “prejudicial à saúde”, no âmbito laboral traduz presença de agentes prejudiciais ao organismo do trabalhador no recinto onde as atividades são desenvolvidas, mais do que os limites autorizados pelas normas técnicas. De acordo o artigo 189 da CLT:
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Este adicional deverá ser pago a todo o empregado que estiver desempenhando suas funções em condições que esteja exposto a agentes nocivos à saúde, de acordo com o artigo 192 da CLT.
O Ministério do trabalho considera agentes nocivos à saúde na norma regulamentadora (NR-15) o ruído contínuo ou intermitente, ruído de impacto, calor, Radiações ionizantes, trabalhos sob condições hiperbáricas, radiações não ionizantes, vibrações e outros
Não Basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo inistério do Trabalho (OJ 4, I, SBDI-1 do TST).
As atividades insalubres são aquelas descritas na Norma Regulamentadora n.º 15, aprovada pela Portaria n.º 3.214/78. Importante destacar que não é função do encarregado pelo departamento pessoal , determinar quais locais de trabalho, há ou não agentes insalubres. “O empregado que exerce o trabalho em condições que ofereçam riscos a saúde percebe um adicional de salário de 10, 20 ou 40%, conforme a classificação da insalubridade nos graus mínimo, médio e máximo, respectivamente” (CLT, art.192). Este trabalho é de exclusividade do profissional voltado à área de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho, que deve fazer uma análise e verificar mediante a atividade da empresa qual o seu grau de insalubridade.	
3.10.5 Adicional de Periculosidade
Conceitua no artigo 193 da CLT a periculosidade como inflamáveis e explosivos da seguinte forma:
Art.193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
§ 1.º O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2.º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que por ventura lhe seja devido
	
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego de na norma regulamentadora de numero nº 16 as atividades perigosas e inflamáveis são: no armazenamento de explosivos, no transporte de explosivos, na operação de escova dos cartuchos de explosivos, na operação de carregamento de explosivos, na detonação, na verificação de denotações falhadas, na queima e destruição de explosivos deteriorados, nas operações de manuseio de explosivos, na produção, transporte, processamento e armazenamento de gás liquefeito, no transporte e armazenagem de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos e de vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados, nos postos de reabastecimento de aeronaves e outras não especificadas.
Este adicional é de direito dos empregados que trabalha expondo as suas vidas em risco exercendo atividades em condições perigosas ou em contato com produtos inflamáveis ou explosivos.
A Diferença do adicional de periculosidade para o de insalubridade é que não existe classificação entre graus, mínimo, médio ou máximo. O adicional de periculosidade é correspondente a 30% (trinta por cento) sobre o salário contratual do trabalhador, consoante o artigo 193 e §§ da CLT.
3.10.6 Adicional Noturno
O Adicional Noturno é concedido ao empregado urbano e rural que trabalha no período noturno, período esses que variam para o trabalhador urbano entre 22 e 5 horas e para o rural ente 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte. Conforme Martins (2004, p.264):
O pagamento do adicional noturno depende de uma condição, que é o trabalho à noite. Se o trabalho deixa de ser prestado no período noturno, perde o trabalhador o direito ao adicional, que não se incorpora ao seu contrato de trabalho. Esclarece o Em. 265 do TST que a transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
O trabalhador urbano que realiza suas tarefas no período noturno deve ser remunerado com um percentual de acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna, exceto condições

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