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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
INSTITUTO DE GEOGRAFIA, HISTÓRIA E DOCUMENTAÇÃO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
Maynara Benevides Martins
 
RELATÓRIO 1 
(A conquista da América: A questão do outro)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIABÁ-MT 2021 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE GEOGRAFIA, HISTÓRIA E DOCUMENTAÇÃO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA 
 
 
 
 
Maynara Benevides Martins
 
 
RELATÓRIO 1
 (A conquista da América: A questão do outro)
	Relatório 	apresentado 	na 	disciplina 
“América: debates e tendências historiográfica”, ministrada pelo Prof. Dr. Bruno Pinheiro Rodrigues, para obtenção de notas parciais.
 
 
CUIABÁ-MT 2021 
 
 Obra analisada é “A conquista da américa: A questão do outro, escrita em 1983 pelo então renomeado intelectual Tzvetan Todorov, um búlgaro nascido em 1939 em Sofia na Bulgária, se formou na universidade de Sofia, porém se consolidou quando imigrou para a França em 1939, Todorov foi filosofo, linguista e Crítico literário, é autor de diversas obras que hoje são importantes dentro do campo das ciências humanas.	
Quando lemos pela primeira vez esta obra, ficamos maravilhados de como uma narrativa que tanto foi explorada por outros historiadores, ganhar uma nova forma de ser analisada e pensada. Uma coisa deve ser destacada, este livro não é escrito com a visão de um Historiador, mas de um moralista, como ele mesmo deixa claro no texto “em segundo lugar, meu interesse principal e mais o de um moralista do que o de um historiador, O presente me importa mais do que o passado.” (P.07), então podemos ficar cientes de que o fato aqui apresentado não tem como objetivo narrar sobre a descoberta, mas sim sobre a visão dos que participaram possuíam naquele momento. 
A ideia principal passada pelo autor é sobre a Alteridade, “Quero falar da descoberta que o eu faço do outro” (P.07) e nada melhor do que narrar um dos fatos históricos mais surpreendentes “A Descoberta da américa”, a descoberta dos outros homens e de outro continente na qual despertou um sentimento radical de estranheza. Sobre a escolha desse tema o autor escreve “Entre os vários relatos que temos a disposição, escolhi um: o da descoberta e conquista da América.” (p.08).
Antes de começar a explicar sobre os quatros capítulos que compõe esta obra e o que cada uma retrata sobre este grande acontecimento que acarretou em um dos massacres mais cruéis e o maior genocídio da história, gostaria de esclarecer alguns pontos sobre minha visão e crítica sobre o texto. Como uma acadêmica de história estou acostumada a analisar as fontes e compara-las para que possamos compreender sobre sua veracidade, entretanto o que o autor deixa claro é que ele não se preocupa com as fontes se são verdadeiras ou se são a penas mitos, e para sustentar seus argumentos ele desconsidera qualquer método historiográfico, “Não tenho outro meio de responder à pergunta de como se comportar em relação a outrem a não ser contando uma história exemplar, uma história tão verdadeira quanto possível”. (p.07), mesmo sabendo que ele é um linguista e também moralista como escrevi nos parágrafos a cima isso me deixa com um pequeno desconforto, mas vamos aos fatos o discurso moralista para Todorov é o bastante.
Voltando para a obra, o autor ele faz um recorte temporal para narrar essa história, que seria os Cem anos que se segue a primeira viagem de colombo (Século XIV) nas regiões do Caribe e Mexico, sua unidade de ação é a “Percepção que os espanhóis tem com os índios”. Sua metodologia é analisar um dossiê documental produzidos pelos conquistadores e/ou pelos missionários espanhóis, como cartas e diários, fazendo comentários sobre esses documentos e dialogando com os escritores.
No primeiro capitulo Todorov apresenta sua pesquisa e também sobre seu intuito de falar sobre o que o Eu faz com o outro, o encontro de duas sociedades distintas e seu contato propriamente dito que desencadeou diversas consequências e também marcou a transição do medieval para modernidade. No capitulo nos é Apresentado Cristóvão Colombo um explorador/Aventureiro espanhol que se aventurou pelas águas do atlântico e que tinha alguns motivos para tal ato, o autor vai catalogar esses motivos através do diário escrito pelo próprio Colombo na qual relata não a penas a motivação, mas também o contato com os ameríndios. Colombo possuía a mentalidade medieval como os homens do seu tempo, entretanto a partir dele surge uma nova era, a era da modernidade.
Analisando a abra vemos que os Europeus possuíam conhecimento que existiam outros lugares fora da Europa, como a existência da África da índia e da asia pelo fato de que possuíam relatos de aventureiros como Marco Polo e outros, porém a respeito da existência de um quarto continente principalmente além das águas do oceano Atlântico. passava longe de suas imaginações, pois existia diversos mitos e lendas de animais monstruosos e de ondas perigosas que impediam que se aventurassem além do “fim do mundo” (península Ibérica).
	As motivações apontadas pelo autor através das cartas escritas por colombo mostram que o que motivou ele a fazer essa expedição não girava entorno da busca do ouro, era bem claro que o ouro era sim importante e era através dele que ele motivava seus companheiros de navegação bem como os que financiavam A corte espanhola. Entretanto se lermos mais profundamente, fica bem claro que a motivação vai bem mais além do que uma simples recompensa material. Colombo além de um grande explorador, era muito religioso e pode se dizer muito curioso, era um grande admirador dos escritos de marco polo e se inspirou através dele para iniciar uma grande busca, não pela américa pois ele não possuíam conhecimento desse continente, mas pelo grande Kan na qual escreveu marco polo ser um grande líder da China e que queria ser ensinado sobre o cristianismo.
A religião para Colombo estava acima de qualquer coisa, quando analisamos seus diários vemos isso muito presente, o desejo que ele tinha de expansão do cristianismo e de evangelizar “A expansão do cristianismo e muito mais importante para Colombo do que o ouro, e ele se explicou sobre isso, principalmente numa carta destinada ao papa. Sua próxima viagem será “para a gloria da Santíssima Trindade e da santa religião crista”, e para isso ele “espera a vitória do Eterno Deus, como ela sempre me foi dada no passado”; o que ele faz e “grandioso e exaltante para a gloria e o crescimento da santa fé crista” (P.11), e ele continua “Espero em Nosso Senhor poder propagar seu santo nome e seu Evangelho no universo” (“Carta ao Papa Alexandre VI”, fevereiro de 1502) (P.12).
No segundo subtítulo “Colombo hermeneuta”, Todorov vai revelar as três esferas que vão dividem o mundo de Colombo que seria: a natural, a divina e a humana. Porém o autor vai dizer que elas não podem ser analisadas em um mesmo âmbito. Quando se fala da esfera natural Todorov, relata como era a relação de Colombo que era tão fascinado pela natureza e como isso o ajudou em suas navegações. Na esfera Humana, o autor vai destacar a relação entre o explorador com as nomeações, colombo era ótimo para catalogar suas descobertas e ele fazia isso de acordo com a qualidade das coisas. No âmbito divino Todorov expressa que colombo era baseado em Crenças religiosas, e ele vai interpretar todos os cenários de uma forma mítica, e todas as descobertas que ele o fazia atribuía a uma vontade divina.
No último subtítulo do primeiro capitulo “Colombo e os índios” Vemos o primeiro contato entre este Europeu e os indígenas e o primeiro choque entre esses dois povos, ainda através dos relatos o autor vai destacar os sentimentos de Colombo sobre os indígenas que acabara de descobrir.
O mais incrível é a bipolaridade de colombo ao descrever os indígenas, ora elogia, ora menospreza, é claro seu interesse pela natureza e como o autor diz que na visão de colombo os nativos americanos só eram interessantes para ele na medida em que participavam da paisagem recém descoberta por ele, não tinha um sentimento verdadeiro de os conhecer muito menosde entender a língua deles, pois para ele as palavras proferidas pelos indígenas não passavam de imagem ignorando completamente a interpretação.
Percebe-se que esse encontro não passou de algo preconceituoso e etnocêntrico, pois ao ver de colombo um europeu com mentalidade medieval, Pessoas Nuas não tinha, Cultura, costumes ou se que religião, em seu relato ele estava um pouco decepcionado pois seu intuito era encontra a china onde o grande Kan se encontrava, e ao se deparar com pessoas nuas e “Selvagens” não lhe agradou.
Esse episodio da descoberta da América é um grande marco principalmente a alteridade humana bem exposta neste cenário, na qual é afirmando no comportamento de colombo.
Já desprovidos de língua, os índios se veem sem lei ou religião; e, se possuem cultura material, esta não atrai a atenção de Colombo, não mais do que, anteriormente, sua cultura espiritual: “Traziam pelotas de algodão fiado, papagaios, lanças, e outras coisinhas que seria tedioso enumerar” (13.10,1492): o importante, claro, e a presença dos papagaios. Sua atitude em relação a esta outra cultura e, na melhor das hipóteses, a de um colecionador de curiosidades, e nunca vem acompanhada de uma tentativa de compreender: observando, pela primeira vez, construções em alvenaria (durante a quarta viagem, na costa de Honduras), contenta-se em ordenar que se que bredelas um pedaço, para guardar como lembrança. (P.34)
A dificuldade na interpretação e de entender o outro, teria aumentado a visão egocêntrica dos Europeus exploradores, fazendo com que eles enxergassem aqueles indígenas com	 as suas próprias visões de mundo (europeu), e é a partir disso a alteridade se estabeleceu. O autor destaca que gradativamente, colombo passará do assimilacionismo, que implica uma desigualdade de princípio, a ideologia escravagista e portanto, á afirmação da inferioridade dos índios (p. 44), colombo e seus companheiros se colocavam em um patamar de superioridade e assim fazendo uma desigualdade hierarquizada.
Entrando no segundo capitulo do livro “Conquistar” O objetivo central que o autor vai destacar é a guerra entre os espanhóis e astecas, “O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, e de um tipo muito particular: e uma guerra, ou melhor, como se dizia então, a Conquista”. (P.49)
Um dos personagens principais apresentados nessa unidade é o Conquistador espanhol Hernan Cortés, afiado com suas diversas estratégias para dominar e submeter os povos astecas ao domínio espanhol, algo que fica claro ao ler os relatos descritos pelo autor, a “Conquista” foi algo brutal e devastador. O autor busca entender como a conquista foi realizada e por que ela foi palco de um dos maiores genocídios da história.
A expedição de Cortez, em 1519, e a terceira que chega a costa mexicana; e composta de algumas centenas de homens. Cortez e enviado pelo governador de Cuba; mas após a partida dos navios este último muda de ideia e tenta revocar Cortez. Este desembarca em Vera Cruz e declara estar sob a autoridade direta do rei de Espanha. (P.50)
En tretanto, o autor ressa lva que a mais 
devastadora arma utilizada não foram os arcabuzes, os canhões ou os ca valos, m as o 
controle da “comunicação”.
Antes de tudo devemos analisar o início, as etapas da conquista do México são bem conhecidas, o encontro de Cortes com os indígenas, as primeiras impressões e suas cartas aos reis da Espanha relatando sobre este encontro, os “acordos” feitos entre ele e Montezuma o grande líder dos astecas e a destruição e conquista.
Ao saber da existência do império asteca, inicia uma lenta progressão em direção ao interior, tentando conseguir a adesão das populações cujas terras atravessa, com promessas ou com guerra. A batalha mais difícil e travada contra os tiaxcaltecas que, a partir de então, seriam seus melhores aliados (P.50)
Os indígenas foram os maiores realizadores da conquista, não poderia apenas 500 homens de Cortés realizar tal ato sozinhos, embora possuíssem armamentos “melhores que as dos nativos”, o autor vai ressaltar que cortés conquistou aliados dentro dos próprios povos que pretendia derrubar. E que não foram as armas, canhoes ou até mesmo os cavalos que foram os maiores responsáveis, mas sim o controle das comunicações.
A resposta do autor para o por que o grande líder Montezuma ter aceitado essa tomada sem ter lutado, o autor vai mostrar em algumas cartas de Cortés ao rei da Espanha onde ele da alguns adjetivos ao líder, o chamando de covarde. Sobre Montezuma O autor cita: 
Uma primei razão e o comportamento ambíguo, hesitante, do próprio Montezuma, que não opõe a Cortez quase nenhuma resistência (o que está relacionado, portanto, a primeira fase da conquista, até a morte dele); este comportamento talvez tenha, além dos motivos culturais aos quais voltarei, razoes mais pessoais: em vários aspectos difere do com portamento de outros dirigentes astecas. (P.51)
E continua citando outros cronistas do período:
Em certas cronicas, Montezuma e descrito como um homem melancólico e resignado; afirma-se também que e corroído pela má consciência, expiando em sua pessoa um episódio pouco glorioso da história asteca mais remota: os astecas se comprazem em se apresentar como sucessores legítimos dos toltecas, a dinastia anterior, quando, na verdade, são usurpadores, recém-chegados. (P. 51)
Quando analisamos a falta de comunicação, vemos o quão confuso estava Montezuma, ele não acreditava que estava em meio a uma guerra literalmente, acreditava que tudo aquilo se resolveria e por esse motivo ele não se impôs sobre a liderança e investida de Cortés.
Como eu já havia dito em alguns parágrafos a cima, Cortés não conseguiria vencer sem ajuda dos ameríndios, e ele como um estrategista utilizou a inimizade que existia dentro dos povos para poder se aliar com alguns, é neste momento que nos é a presentado a uma mulher, pode se dizer a mulher mais importante para a Conquista.
A segunda personagem essencial dessa conquista de informação é uma mulher, que os índios chamam de Malintzin, e os espanhóis de dona Marina, e não se sabe qual dos dois nomes e uma deformação do outro; a forma que o nome assume mais frequentemente e “la Malinche”. (P.90)
Certamente Cortés não conseguiria nada sem ajuda dessa mulher que fora lhe dada de presente, para ele, ela era alguém indispensável, sendo ela uma escrava, entretanto muito bem dotada era fluente em 4 idiomas e apreendeu em 1 ano a língua espanhola, ela ficou responsável pela comunicação e interpretação entre os espanhóis e os Mexicas, o autor dar-se a entender que ela possuía algum sentimento de rancor de seu povo e por esse fato se aliou aos conquistadores, “e. Pode-se supor que ela guardasse rancor em relação a seu povo de origem, ou em relação a uns de seus representantes; o fato e que escolhe decididamente o campo dos conquistadores”(p.91).
No capitulo 3 e 4 “Amar” e “Conhecer”. o autor levantará algumas questões sobre o por que dessa destruição para com aquele povo que nos escritos dos espanhóis eram sociedades tão superiores as das cidades espanholas, mesmo tendo essa compreensão, isso não os impediu de destruir as sociedades mexicanas, sobre isso o autor vai responder:
Quando Cortez compara o desempenho deles ao dos espanhóis, mesmo que seja para atribuir-lhes, generosamente, o primeiro lugar, não abandona seu ponto de vista egocêntrico, e não procura fazê-lo: não e verdade que o imperador dos espanhóis e o maior, que o Deus dos cristãos e o mais forte? Não e de estranhar que Cortez, que assim pensa, seja espanhol e cristão. (P.114)
O que pode ser retirado como resposta para tudo isso é que a constante busca por poder e bens materiais como pedras preciosas e ouro falaram mais alto, Cortés tonou os indígenas meros instrumentos, “Quando Cortez deve dar sua opinião acerca da escravidão dos índios (ele o faz num relatório endereçado a Carlos V), encara o problema de um único ponto de vista: o da rentabilidade do negócio; nunca se leva em conta o que os índios poderiam querer (não sendosujeitos, não tem querer). “Não há dúvida que os indígenas devem obedecer às ordens reais de Vossa Majestade, qualquer que seja sua natureza”. (p.115)
Os espanhóis se achavam superiores aos indígenas, e por esse motivo os tratavam como inferiores, embora por muitas vezes escrevessem em suas cartas algo bom dos indígenas, eles não falavam diretamente a eles. Voltando ao assunto da conquista, isso não aconteceu da noite para o dia, e nem muito menos os espanhóis mataram cerca de 70 milhões de habitantes em uma única batalha, sobre isso o autor escreve:
Mas, poderiam dizer que não faz sentido procurar responsabilidades e nem mesmo falar em genocídio, em vez de catástrofe natural. Os espanhóis não empreenderam um extermínio direto desses milhões de índios, e não podiam tê-lo feito. (P.116)
Ele enumera 3 fatores que acarretou a diminuição da população:
1.Por assassinato direto, durante as guerras ou fora de las: número elevado, mas relativamente pequeno; responsabilidade direta. 2. Devido a maus tratos: número mais elevado; responsabilidade (ligeiramente) menos direta. 3. Por doenças pelo “choque microbiano”: a maior par te da população; responsabilidade difusa e indireta. (P.117)
Então vemos que os maus tratos e também pelas doenças foram os que mais mataram os indígenas.
	No subtítulo do capitulo 3 “Igualdade ou desigualdade” Todorov volta a dizer sobre a superioridade que os espanhóis possuíam para com o outro (indígenas), o autor cita um escrito de Las casas na qual ele vai denunciar que os indígenas eram tratados menos que os animais “Las Casas e outros defensores da igualdade acusaram tão frequentemente seus de terem tomado os índios por animais, que se pode suspeitar de que houve exagero.” (P.127).
Para finalizar a leitura deste livro, foi muito interessante, nos fez olhar de uma forma diferente a Conquista da América, em uma visão não muito tradicional, embora o autor não tenha se preocupado em saber se as fontes utilizadas eram de alguma forma verdadeiras. Deu para entender sobre a questão principal que é a alteridade e etnocentrismo realizadas pelos espanhóis .

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