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– 1 • Programa Mais Médicos (PMM) É um esforço do Governo Federal, com apoio de estados e municípios, para a MELHORIA DO ATENDIMENTO NO SUS. Além de levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, o programa prevê, ainda, mais investimentos PARA CONSTRUÇÃO, REFORMA E AMPLIAÇÃO DE UBS, além de novas vagas de graduação, e residência médica para qualificar a formação desses profissionais. Vale destacar que o ATENDIMENTO BÁSICO é a porta preferencial de entrada no SUS, onde 80% dos problemas de saúde são resolvidos. Assim, é um programa que visa MELHORAR o ATENDIMENTO BÁSICO ao cidadão, bem como criar condições para MANTER esse atendimento qualificado, como quando permite a humanização do atendimento (vínculos médico-paciente). Conceito Constitucional - O Programa Mais Médicos, instituído pela Medida Provisória nº 621 e sancionado na Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, pela Presidenta Dilma Rousseff, abrange ações conjuntas entre os Ministérios da Saúde e da Educação e faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa prevê a melhoria em infraestrutura e equipamentos para a saúde, a expansão do número de vagas de graduação em medicina e de especialização/residência médica, o aprimoramento da formação médica no Brasil e a chamada imediata de médicos para regiões prioritárias do SUS. Contexto de Surgimento: De 2002 a 2012, os médicos equivaliam a 63% da demanda do mercado de trabalho, além de estarem, em sua grande maioria, MAL DISTRIBUÍDOS, geralmente concentrados nos grandes centros urbanos. • Eixos Pilares do PMM ➔ Provimento Emergencial de Profissionais Principalmente nas regiões com escassez ou ausência! Atualmente, o PMM conta com 18240 vagas em 4058 municípios, cobrindo 73% das cidades brasileiras. É uma estratégia que, ao mesmo tempo que garante atenção à saúde das populações destas áreas com maior necessidade e vulnerabilidade, investe na formação e na qualificação do conjunto dos profissionais envolvidos. ➔ Educação O PMM fez uma reestruturação na FORMAÇÃO MÉDICA, que tem como objetivo sanar o problema da falta de profissionais. A meta do Governo Federal é criar 11,5 mil novas vagas de graduação e 12,4 mil vagas de residência até 2017. Destas, já foram autorizadas mais de 5 mil vagas de graduação e quase 5 mil de residência. Estratégias utilizadas: em 2010, criou o apoio ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), que financiava parcial ou totalmente o curso, além de permitir o abatimento da dívida progressivamente com a atuação nas ESF; o Programa de Valorização dos Profissionais de Atenção Básica (PROVAB) que oferecia estímulos para o trabalho na ESF, como especializações, pontuação adicional válida em residência, bolsa de estudos paga pelo governo federal – foram importantes, mas seus efeitos estavam aquém das necessidades. As medidas de incentivo, o FIES e o PROVAB, embora importantes, não tiveram volume e abrangência necessários para enfrentar o problema a contento. Para além das estratégias acima mencionadas, o Programa Mais Médicos também teve sua atuação na autorização para a criação de cursos de Medicina, públicos e privados, em função de critérios claros à necessidade social. – 2 ➔ Infraestrutura Por meio da construção de novas UBS e reforma das já existentes. Investimento de 5 bilhoes para o financiamento de 26 mil obras em quase 5 mil municípios. Das 26 mil obras, 10,5 mil estão prontas e 10 mil estão em andamento. Além disso, nesse investimento estão associadas iniciativas como a informatização das UBS com o Plano Nacional de Banda Larga e a implantação do novo Sistema de Informação da Atenção Básica, o Sisab, e a estratégia e-SUS que inclui o prontuário eletrônico para o conjunto dos profissionais de saúde. • A situação da Atenção Básica (AB) no SUS Como dito, a AB é a porta de entrada PREFERENCIAL do SUS, que deve ordenar o acesso a este com EQUIDADE e que deve estar presente em TODOS OS MUNICÍPIOS e, principalmente, PRÓXIMA DE TODAS AS COMUNIDADES, garantindo o acesso UNIVERSAL, DE QUALIDADE E EM TEMPO OPORTUNO! Segundo a PNAB, o modo de ORGANIZAÇÃO da AB a ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, que, em um período de 7 anos (antes do PMM), apresentou crescimento de cobertura de apenas 1,5%/ano. Assim, a principal dificuldade dos gestores era ATRAIR E FIXAR médicos nas equipes de ESF, principalmente nas áreas mais pobres e vulneráveis! ➔ Número de Médicos – para além desse problema da fixação de médicos em equipes ESF, havia, ainda, um crescimento maior de EMPREGOS nos setores privado e público do que da FORMAÇÃO de médicos! De 2002 a 2012, o total de médicos formados equivalia a 65% da DEMANDA DO MERCADO! Segundo o documento, muitos países suprem esse déficit com a contratação de profissionais estrangeiros. ➔ Graduação Médica – O PMM também estabeleceu medidas ESTRUTURANTES tanto quantitativas quanto qualitativas que interferissem na graduação médica – abertura de novas vagas de graduação e residência, reorientação na formação médica conforme as necessidades do SUS! Há, ainda, uma UNIVERSALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA: a cada 1 formando em medicina, há 1 vaga de residência. – 3 ➔ Chamadas Internacionais - A grande inovação do PMM se refere à estratégia de chamadas internacionais: além dos médicos brasileiros, o programa passou a contar com MÉDICOS ESTRANGEIROS DE 49 PAÍSES. Dos médicos estrangeiros que atuaram no PMM, a maioria era de cubanos, recrutados por meio de uma parceria entre o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde e, desta última, com o Ministerio de Salud Pública de Cuba. ➔ Ordem de prioridade para escolha dos médicos - Os médicos formados em instituições de educação superior BRASILEIRAS ou com DIPLOMA REVALIDADO no Brasil terão prioridade na seleção e ocupação das vagas ofertadas pelo Mais Médicos. Veja abaixo a ordem de prioridade: 1. Médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil; 2. Médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras com habilitação para exercício da medicina no país em que atuam; 3. Médicos estrangeiros com habilitação para exercício da Medicina no exterior. Após todas essas etapas, as vagas remanescentes são disponibilizadas para preenchimento por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). • Salário do PMM Em 2013, quando o programa nasceu, a bolsa federal era de R$ 10 mil por mês, mais ajuda de custo de valor variável. Os cubanos recebiam cerca de 30% da bolsa, já que a maior parte ficava com o governo de Cuba. Em 2018, o edital para selecionar médicos substitutos oferecia bolsa de R$ 11.800. Os médicos do programa recebiam uma bolsa do governo federal, mais ajuda de custo para compensar eventuais despesas de instalação e auxílio do município para alimentação ➔ Carreira - a progressão de carreira era considerada incerta. O contrato é de três anos, com possibilidade de reingresso após nova inscrição no programa. • Programa Médicos Pelo Brasil (PMB) – 4 Novidades: ➢ Reordenar as vagas oferecidas, priorizando os municípios com menor tamanho, menor densidade demográfica e maior distância de grandes centros urbanos. ➢ Também será possível garantir a permanência dos profissionais nos municípios através de contratação federal com plano de progressão na função e incorporação de profissionais com validação de diploma no Brasil. ➢ A qualificação dos profissionais será fortalecida com o curso de especialização e titulação em Medicina de Família e Comunidade e o processo seletivo será baseado em mérito, de caráter eliminatório e classificatório. Deveres dos Médicos: ➢ Cumprir as INSTRUÇÕES DOS SUPERVISORES e orientações e REGRAS DEFINIDAS PELA COORDENAÇÃOdo projeto; ➢ Atender com presteza e urbanidade o usuário do SUS; ➢ Tratar com urbanidade os demais profissionais da área da saúde e administrativos; ➢ Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; ➢ Cumprir a carga horária fixada para as atividades do Projeto; ➢ Levar ao conhecimento do supervisor e/ou coordenação estadual do Projeto dúvidas e irregularidades quanto às atividades de ensino-serviço. • Salário Médicos Pelo Brasil Será concedida aos médicos participantes não especialistas uma BOLSA-FORMAÇÃO com valor bruto mensal de R$ 12.386,50 pelo prazo improrrogável de 1 (um) ano. Será descontado mensalmente, para fins previdenciários, para os médicos participantes, enquadrados como contribuintes individuais, nos termos da legislação do Projeto, o valor correspondente à legislação previdenciária vigente. O Ministério da Saúde informou que nos dois primeiros anos do programa, os profissionais que fizeram curso de especialização receberão uma bolsa no valor de R$ 12 mil mensais, com gratificação de R$ 3 mil para locais considerados remotos e de R$ 6 mil para atuação com indígenas e localidades ribeirinhas e fluviais. Ou seja, se você ainda não possui especialização em Medicina de Família e comunidade, deverá passar por curso de formação supervisionado, com duração de DOIS ANOS. Ao fim do curso, será feita uma prova para obtenção do título de especialista em Medicina de Família e Comunidade e apresentar, como Trabalho de Conclusão de Curso, uma análise da saúde local no lugar onde estão atuando. A ideia do Ministério da Saúde é que sejam feitos planos de avaliação e ação em todos os locais em que esses profissionais atuarão Segundo o Ministério da Saúde, os médicos que farão o curso de especialização terão jornada semanal de 60 horas, das quais: ▪ 40 horas de atendimento direto à população; ▪ 20 horas de atividades teóricas; Só quem conseguir o título é que poderá ser contratado pelo programa Médicos pelo Brasil, com vínculo empregatício pelo regime da CLT e MANTENDO-SE na UBS se formação!!! Os profissionais que já atuam como médicos de família podem pular a formação e são contratados diretamente no regime CLT para SUPERVISIONAR OS MÉDICOS EM ESPECIALIZAÇÃO. – 5 A contratação via CLT será formada por 4 níveis salariais com progressão a cada 3 anos de participação no programa. Também haverá gratificações, assim, o primeiro nível salarial poderá chegar a R$ 21 mil e a R$ 31 mil, conforme a localidade de atuação. ➔ Adicional por desempenho vinculada ao alcance de indicadores de qualidade de atendimento e satisfação das pessoas atendidas - podendo variar entre 11% e 30% em relação ao salário. Além de gratificação de R$ 1 mil mensais para os médicos que acumularem o cargo de tutor.
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