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Vias Motoras

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ÁGATA BEOLCHI
Vias Motoras (ou Grandes Vias Eferentes)
As grandes vias eferentes colocam em comunicação as estruturas supra segmentares do sistema nervoso com os órgãos efetuadores. Estas podem ser divididas em 2 grupos: 
VIAS EFERENTES VISCERAIS OU DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: controla a musculatura lisa, cardíaca e as glândulas, regulando o funcionamento de vísceras e vasos.
VIAS EFERENTES SOMÁTICAS: controlam os músculos estriados esqueléticos de modo a proporcionar movimentos voluntários ou automáticos, além de modularem o tônus muscular e a postura. São elas: 
1. Trato corticoespinhal: 
É responsável por ligar o córtex cerebral aos neurônios motores da medula. Nele é dada origem aos tratos corticoespinhais anteriores, que ocupam o funículo anterior, e pertencem ao sistema anteromedial da medula; e laterais, que ocupam os funículos laterais. 
1/3 de suas fibras são originadas na área 4 de Brodmann, 1/3 na área 6 e 1/3 no córtex somatossensorial. Elas seguem o seguinte trajeto: área 4 (maioria das fibras), coroa radiada, perna posterior da cápsula interna, base do pedúnculo cerebral, base da ponte e pirâmide bulbar. Ao nível da decussação das pirâmides, uma parte das fibras continuam ventralmente pelo funículo anterior da medula, enquanto outra parte cruza ao nível da decussação das pirâmides e descem a medula pelo funículo lateral. 
As fibras do trato corticoespinhal anterior, após cruzamento na comissura branca, terminam nos neurônios motores contralaterais, responsáveis pela movimentação voluntária da musculatura axial. Já o trato corticoespinhal lateral influencia os neurônios motores de seu próprio lado, ou seja, ipsilateral. 
Apesar da função principal deste trato ser motora, cabe ressaltar que ele também atua no controle dos impulsos sensitivos por meio das fibras originadas na área somestésica do córtex. Esta porção de fibras termina no funículo posterior da medula.
1. Trato corticonuclear:
Possui a mesma funcionalidade do trato corticoespinhal, porém seus impulsos são transmitidos aos neurônios motores do tronco encefálico e não aos da medula. Assim, gera controle voluntário dos neurônios motores situados nos núcleos motores dos nervos cranianos. 
As fibras do trato corticonuclear originam-se na região cortical inferior à área 4, passam pelo joelho da cápsula interna e descem pelo tronco encefálico, associados ao trato corticoespinhal. Após o tronco encefálico, destacam-se fibras que terminam seu trajeto nos neurônios motores dos núcleos da coluna eferente somática e eferente visceral especial. 
Muitas fibras desse trato terminam em núcleos sensitivos do tronco encefálico, como os núcleos grácil, cuneiforme, sensitivos do trigêmeo e núcleo do trato solitário. Enquanto as fibras do trato corticoespinhal são fundamentalmente cruzadas, o trato corticonuclear tem grande número de fibras homolaterais. Por isso que a maioria dos músculos da cabeça estão representados no córtex motor de ambos os lados.
1. Trato rubroespinhal: 
Controla a motricidade voluntária dos músculos distais dos membros, músculos intrínsecos e extrínsecos da mão, principalmente com excitação de músculos flexores e inibição de extensores. Possui número de fibras reduzidas na espécie humana. 
A sua origem é no núcleo rubro do mesencéfalo, depois ele decussa e reúne-se ao trato corticoespinhal lateral. A principal aferência para o núcleo rubro é também a área motora primária (via cortico-rubroespinhal). Algumas fontes trazem que em casos de lesão do trato corticoespinhal, o trato rubroespinhal pode exercer papel na recuperação das mãos, no entanto, não há consenso na literatura. 
1. Trato teto espinhal: 
Sua origem é no colículo superior, onde recebe fibras da retina e do córtex visual. Situa-se no funículo anterior das porções mais altas da medula cervical e pertence ao sistema anteromedial da medula. Está envolvido em reflexos visuomotores em que o corpo se orienta a partir de estímulos visuais. 
1. Trato vestíbulo espinhal: 
São dois: medial e lateral. Sua origem é nos núcleos vestibulares do bulbo. Sua função consiste em fazer a manutenção do equilíbrio a partir de informações vindas do vestíbulo cerebelo e da porção vestibular do ouvido interno, como por exemplo ajustes posturais mesmo após um tropeço e ativação da musculatura extensora das pernas. 
1. Trato retículo espinhal: 
Liga diversas regiões da formação reticular aos neurônios motores da medula. São dois: trato retículo espinhal pontino e trato retículo espinhal bulbar. Possuem funções antagônicas. Enquanto o primeiro ajuda a aumentar os reflexos antigravitacionais da medula através da tensão muscular para manutenção da postura ereta, o segundo libera os músculos antigravitacionais do controle reflexo. Localizam-se no sistema anteromedial medular e são responsáveis por controlar movimentos automáticos e voluntários.

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