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1 Em 800 a.C., foi criado, na Grécia, a Lei de Rodes, onde se repartiam os prejuízos das embarcações. Foram instituídas também, diversas formas de associação, desde as religiosas e políticas, até as comerciais. Foram os gregos que criaram as primeiras sociedades de socorro mútuo, que continuaram existindo durante o Império Romano sob o nome de Collegia. Era sem fins lucrativos e reunia indivíduos pertencentes às classes mais humildes com o propósito de cobrir as despesas funerárias que permitissem uma sepultura honrosa de seus associados. (GARCIA, 2016) Com o fim do Império Romano e o início da Idade Média, as atividades de proteção mútua mudaram um pouco o seu foco e deixaram de ser uma forma familiar ou de pequenos grupos. Passaram a surgir então instituições de proteção, que nada mais eram que agremiações e associações econômicas, reunindo pessoas de mesma categoria de atividades ou de profissão. Segundo Azevedo (2008, p. 90), no século X, existia uma modalidade muito comum de financiar as viagens e expedições de navio. A garantia do pagamento do empréstimo era o próprio navio e toda a carga transportada. Caso houvesse algum sinistro, cessava a obrigatoriedade do pagamento do empréstimo. Se o navio chegasse ao porto de destino, o empréstimo era pago, acrescido de altíssimos “juros náuticos”. Essa prática, utilizando-se da usura, foi condenada, em 1234, pelo Papa Gregório IX. Para burlar a proibição “divina”, o emprestador passava a ser “comprador do navio”. Caso o navio chegasse ao porto de destino, quem o vendeu desfazia do acordo e devolvia o dinheiro com um juro a título de indenização. A partir daí, a corrente técnica sugere a origem do seguro. (GARCIA, 2016) A corrente técnica defende que a primeira manifestação do seguro, deu-se no século XIV, com a instituição do Seguro Marítimo. Os pioneiros desse tipo de proteção foram os italianos e os espanhóis. (GARCIA, 2016) 2 A navegação naquela época era uma aventura, devido à fragilidade dos navios e à pirataria. As expedições navais eram financiadas pelos reinos, que exigiam em troca, um seguro contra a perda financeira que aquela expedição poderia proporcionar. O primeiro contrato de seguro foi um seguro marítimo, descoberto em 1347, em Gênova, na Itália. (GARCIA, 2016) No século XVII, em Nápoles (Itália), surgiram as primeiras sociedades de socorros mútuos, embriões dos seguros de vida. O seguro só se estabeleceu da forma como é conhecido atualmente, na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, quando foram criadas as primeiras sociedades de seguro. A mais famosa delas é a Lloyd, fundada em 1687, dedicada aos seguros marítimos. É a mais tradicional companhia de seguros do mundo e se encontra em atividade até hoje. (SOUZA, 2007) Em 1728, também na Inglaterra, é criada a primeira seguradora no ramo de incêndio, 62 anos após o grande incêndio de Londres, onde foram destruídas 18 mil casas e deixando 20 mil pessoas desabrigadas. Em 1782, registra-se a emissão de 3 mil apólices de seguro de vida, pela sociedade inglesa Equitable Society, criada em 1762. A partir dessa data, surgiram as primeiras companhias seguradoras do ramo Vida. (GARCIA, 2016) Os seguros sobre responsabilidade civil ganham força, em 1804, após a promulgação do Código Civil, por Napoleão Bonaparte, onde cita, em seu artigo 1383; “cada um é responsável pelos danos que causa, não apenas por sua ação, mas também por sua imprudência ou sua negligência”. (SOUZA, 2007)
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