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Tics - semana 03 SOI III

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período 
Curso: Medicina 
Tic’s – Semana 03 
 
 
 
TICs – SEMANA 01 – SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III 
 
Comando: A doença de Chagas é considerada uma doença negligenciada e endêmica em 
alguns municípios do país. Discorra sobre a doença (etiologia, transmissão e 
fisiopatologia) destacando as principais medidas de prevenção e controle. 
 
A Doença de Chagas (DC) é uma antropozoonose causada pelo 
Trypanosoma cruzi (T. cruzi), protozoário flagelado que pode causar doença aguda ou 
crônica com reativação em função de condições de imunodepressão. Sua transmissão 
é relacionada aos vetores, ao agente e aos reservatórios, além de a um conjunto de 
fatores socioeconômicos e culturais. 
Sua transmissão é relacionada aos vetores, ao agente e aos 
reservatórios, além de a um conjunto de fatores socioeconômicos e culturais. Na sua 
forma clássica, a infecção chagásica é adquirida pelo homem por meio de triatomíneos 
hematófagos (transmissão vetorial), dos quais se conhecem até hoje mais de 140 
espécies. 
Estes insetos são popularmente conhecidos como barbeiros. Na 
Doença de Chagas, têm importância os triatomíneos que vivem no ambiente 
intradomiciliar. Em inquérito triatomínico feito pelo Ministério da Saúde do Brasil, 17 
espécies estavam presentes em domicílios. Cinco foram identificadas como 
responsáveis por transmissão direta da doença a seres humanos: Triatoma infestans, 
Panstrongylus megistus, Triatoma brasiliensis, Triatoma sórdida e Triatoma 
pseudomaculata. 
A terceira via mais importante de transmissão é a vertical, a qual 
ocorre sobretudo após o terceiro mês de gestação. Esta via parece depender de fatores 
ligados ao parasita e ao hospedeiro, devendo este número estar subestimado pela não 
realização, na maioria das maternidades, de exame sistemático de placentas, fetos e 
recém-nascidos falecidos. Para que ocorra a passagem de T. cruzi da mãe ao feto, é 
necessário haver parasitemia materna (maior na fase aguda) e que o T. cruzi atravesse 
o epitélio corial e vá parasitar o estroma vilositário, atingindo a circulação fetal. 
Outras formas de transmissão parecem muito menos comuns. São 
descritos casos de transmissão acidental (laboratórios, centros cirúrgicos etc.), por 
transplante de órgãos (rins, coração, medula óssea), por via oral (ingestão de alimentos 
contaminados, leite materno), pelo coito e até, talvez, por vetores que não os 
triatomíneos. Tais mecanismos de transmissão em geral só ocorrem de modo 
esporádico e têm pouca importância epidemiológica. Exceção deve ser feita às diversas 
 
 
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Aluna: Cellina Nava de Simas Lima – 3º Período 
Curso: Medicina 
Tic’s – Semana 03 
 microepidemias de DC aguda, devidas provavelmente à transmissão oral por meio da 
contaminação de alimentos (garapa, açaí) e descritas principalmente na região 
amazônica, onde os casos têm sido diagnosticados, de modo geral, a partir do exame 
de gota grossa feito para o diagnóstico de malária. 
Se a Doença de Chagas evoluir da fase aguda para a fase crônica, 
diversos problemas cardíacos e digestivos podem ser desencadeados, como: 
insuficiência cardíaca, aumento do tamanho do esôfago (megaesôfago), aumento do 
tamanho do cólon (megacólon), cardiomiopatia e desnutrição. 
A principal droga parasiticida que dispomos é o benznidazol (nitro 
imidazólico). A dose recomendada é de 10 mg/kg/dia em crianças ou quadros agudos 
e 5 mg/kg/dia em crônicos, por 60 dias de tratamento, sendo a dose diária dividida 
em duas ou três vezes. A dose máxima diária recomendada é de 300 mg. Para adultos 
com peso acima de 60 kg, deve ser calculada a dose total esperada, estendendo-se o 
tempo de tratamento para além dos 60 dias, até completar a dose total necessária. 
A forma de tratamento e prevenção se dá através do controle de 
insetos com inseticidas e habitações com menos propensão de ter populações de 
insetos ajudam a controlar a disseminação da doença. Ainda não existe uma vacina 
disponível para a prevenção da Doença de Chagas. 
Os bancos de sangue na América Central e do Sul agora realizam 
testes em doadores para verificar a exposição ao parasita. Quando o resultado do teste 
é positivo, o sangue é descartado. E também a realização de mais propagandas sobre 
o assunto para o que as pessoas não fiquem inertes e evolua para a fase crônica da 
doença. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
• I Diretriz Latino Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia 
Chagásica. Arq Bras Cardiol 2011; 97(2 supl.3): 1-48. 
• II Consenso Brasileiro em Doença de Chagas, 2015. Epidemiol. Serv. Saúde, 7 
Brasília, 25(núm. esp.): 7-86, 2016. 
• Brasileiro-Filho G et al. Bogliolo Patologia. 8.ed. - Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2011. 
• Neves DP et al. Parasitologia Humana. 11 ed - São Paulo: Atheneu, 2004. 
• Martins MA et al. HC-FMUSP Clínica Médica Volume 7. 1 ed, Manole 2009.

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