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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL / PRODUÇÃO FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL I Turma 3067 1° Semestre – 2018 Experimento nº 002 Estudo dos Movimentos Uniforme e Variado e suas características Alunos: Amanda Araujo Santos 2017.08.277.511 Ana Caroline dos Santos Alves 2017.03.324.447 Joseane Bazilia Pais 2017.03.482.018 Luiz Paulo dos Santos Coutinho 2017.09.019.867 2 Sumário 1 – Objetivo....................................................................................................................03 2 – Introdução Teórica ..................................................................................................03 2.1 – Movimento Retilíneo...................................................................................….......03 2.2 – Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.......................................................06 3 – Procedimento..................................................................................................…......08 4 – Resultados................................................................................................................08 5 –Discussão..................................................................................................................10 6 –Conclusão..................................................................................................................10 7 –Bibliografia.................................................................................................................11 3 1 – Objetivo Com o auxílio de um Plano Inclinado, estudar o comportamento dos movimentos de uma esfera metálica em meio viscoso e na calha de deslocamento. Estudo dos movimentos através do trilho de ar. 2 – Introdução Teórica 2.1 – Movimento Retilíneo: Trata-se do tipo mais simples de movimento. Aqui estudaremos um objeto deslocando-se ao longo de uma linha reta. Para descrever este movimento trabalharemos com as grandezas físicas velocidade e aceleração. É importante observar que estas grandezas são vetores e, portanto, possuem direção, sentido e modulo, mas que neste estudo nos interessa apenas descrever um movimento em linha reta e não necessitamos do completo tratamento matemático destes. Vamos imaginar uma partícula em movimento, um objeto qualquer que se move como uma partícula, ou seja, todas as suas partes se movem na mesma direção e com mesma velocidade. Assim podemos imaginar que o movimento de um carro em uma rodovia É semelhante ao de uma partícula, mas diferente de uma folha de papel ao vento. É importante lembrar que tudo se move em relaçao a alguma coisa. Quando dizemos que um cavalo alcança uma rapidez de 80 quilômetros por hora em uma pista de corrida, queremos dizer que tal rapidez é relativa à pista. A menos que outra coisa seja dita, sempre que nos referirmos à rapidez com que se movem as coisas em nosso ambiente, estaremos supondo-a relativa à superfície da Terra. O movimento é relativo. 2.1.1 – Primeira Lei de Newton: Todo objeto permanece em seu estado de repouso ou de rapidez uniforme em uma linha reta a menos que uma força resultante não nula seja exercida sobre ele. A palavra-chave é permanece: um objeto permanece fazendo seja o que for, a menos que uma força seja exercida sobre ele. Se ele está em repouso, ele permanece em estado de repouso. Isso é ilustrado quando uma toalha de mesa é habilidosamente puxada de súbito por baixo dos pratos sobre uma mesa, deixando tais pratos em seus estados iniciais de repouso. Esta propriedade dos objetos de resistir a alterações no movimento é chamada de inércia. Se um objeto está se movendo, ele permanece se movendo, sem fazer curva ou alterar sua rapidez. Isso é evidente nas sondas espaciais que se movem permanentemente no espaço exterior. As alterações no movimento devem ser impostas contra a tendência de um objeto em reter seu estado de movimento. Na ausência de uma força resultante, um objeto em movimento se moverá indefinidamente ao longo de uma trajetória retilínea. 2.1.2 – Posição e deslocamento: 4 Localizar um objeto significa determinar sua posição em relação a um ponto de referência, quase sempre a origem (ou ponto zero) de um eixo. O sentido positivo do eixo é o sentido em que as coordenadas que indicam a posição dos objetos aumentam de valor. Na grande maioria dos casos, esse sentido é para a direita. O sentido oposto é o sentido negativo. Por exemplo, uma partícula pode estar localizada em x = 2 m; isso significa que ela está a 2 m da origem no sentido positivo. Se estivesse localizada em x = −2 m, estaria também a 2 m da origem, mas no sentido oposto. Uma coordenada de −2 m é menor que uma coordenada de −1 m, e ambas são menores que uma coordenada de +3 m. O sinal positivo de uma coordenada não precisa ser mostrado explicitamente, mas o sinal negativo deve sempre ser mostrado. A uma mudança da posição x1 para a posição x2 é associado um deslocamento Δx, dado por: Δx = x2 – x1 Se o valor em Δx for positivo haverá um deslocamento positivo. Assim se x1 = 1 m e x2 = 4 m, Δx = 4 – 1 = 3 m prova que uma partícula esta a 3 m da origem no sentido positivo. Se a partícula se mover de x1 = 4 m e x2 = 1 m, Δx = -3 m, logo um Δx negativo resultara em deslocamento também negativo. A quantidade de metros percorridos é irrelevante; o deslocamento envolve apenas as posições inicial e final. Assim, por exemplo, se a partícula se move de x = 2 m para x = 20 m e em seguida volta para x = 2 m, o deslocamento é Δx = (2 m) − (2 m) = 0. O sinal negativo deve sempre ser mostrado, o mesmo não se faz necessário ao positivo. Quando ignoramos o sinal (e, portanto, o sentido) do deslocamento, obtemos o módulo (ou valor absoluto) do deslocamento. Assim, por exemplo, a um deslocamento Δx = −7 m corresponde um valor absoluto de 7 m. O deslocamento é um exemplo de grandeza vetorial, uma grandeza que possui um módulo e uma orientação. tudo de que necessitamos no momento é a ideia de que o deslocamento possui duas características: o módulo, que é a distância (número de metros, por exemplo) entre as posições inicial e final; a orientação, que é a direção e o sentido de uma reta que liga a posição inicial à posição final, e pode ser representada, no caso de um movimento ao longo de um único eixo, por um sinal positivo ou negativo. 2.1.3 – Velocidade Média : Antes da época de Galileu, as pessoas descreviam os objetos em movimento simplesmente como “lento” ou “rápido”. Galileu definiu rapidez como a distância percorrida por unidade de tempo. rapidez= distância tempo Um cachorro corre 10 metros em um tempo de 2 segundos, por exemplo, tem uma rapidez de 5 metros por segundo. Galileu podia medir a distância facilmente, mas, naquela época, medir curtos intervalos de tempo era algo muito difícil. Algumas vezes, ele usou sua própria pulsação, ou o pingar de gotas de um relógio d’água. Qualquer combinação de unidades de distância e de tempo é válida para medir rapidez: para veículos motorizados (ou distâncias grandes), as unidades de quilômetros por hora (km/h) são usadas frequentemente. Para distâncias mais curtas, metros por segundo (m/s) são unidades geralmente mais adequadas. 5 Agora vamos generalizar o conceito de velocidade media. Em um instante t1, uma partícula sai do ponto P1, cuja coordenada é x1 e, no instante t2, ele se encontra no ponto P2, cuja coordenada e x2. O deslocamento da partícula no intervalo de tempo entre t1 e t2 e o vetor que liga P1 a P2. O componente x do deslocamento da partícula, designado como Δ x, e simplesmente a variação da coordenada x: Δx = x2 – x1 A partícula se move somente pelo eixoOx; logo, os componentes y e z do deslocamento são iguais a zero. O componente x da velocidade média, ou velocidade x média, é o componente x do deslocamento, x, dividido pelo intervalo de tempo t durante o qual ocorre o deslocamento. Representaremos essa grandeza pelo símbolo Vmx Vmx= Δx Δt = x2− x1 t2− t1 Se durante o intervalo de tempo, a coordenada x cresce e o carro se move no sentido positivo do eixo Ox a Velocidade média é positiva. Quando a partícula se move no sentido negativo do eixo Ox durante o intervalo de tempo, sua velocidade media para esse intervalo e negativa. A figura abaixo mostra um gráfico da posição de um carro de corrida em função do tempo, ou seja, e um gráfico xt. A curva dessa figura não representa a trajetória do carro no espaço, essa trajetória é uma linha reta. Em vez da trajetória, o gráfico mostra as variações da posição do carro com o tempo. Os pontos designados por p1 e p2 correspondem aos pontos P1 e P2 da trajetória do carro. A linha reta p1 p2 é a hipotenusa de um triângulo retângulo, cujo lado vertical e Δx = x2 – x1 e cujo lado horizontal e Δ t = t2 – t1. A velocidade media do carro Vmx = Δx/Δt é a inclinação da linha reta p1 p2, ou seja, a razão entre o lado vertical Δx do triângulo retângulo e o lado horizontal Δt. A velocidade média depende apenas do deslocamento total Δx =x2 – x1, que ocorre durante o intervalo de tempo Δt = t2 – t1, e não dos detalhes ocorridos durante esse intervalo. Suponha que um caminhão ultrapasse o carro de corrida no ponto P1 da figura no mesmo instante t1 e, a seguir, diminua a velocidade para passar pelo ponto P2 no mesmo instante t2 do carro. Os dois veículos possuem o mesmo deslocamento no mesmo intervalo e, portanto, apresentam a mesma velocidade media. 6 2.1.4 – Função horaria do Movimento Uniforme: No movimento uniforme a velocidade escalar instantânea coincide com a velocidade média em qualquer que seja o intervalo de tempo. Esta é uma função de primeiro grau em t. Nesta funçao S0 e V são constantes com o tempo. V é a velocidade escalar do movimento. Se V > 0 o movimento é progressivo, V < 0 quando o movimento é retrógrado. v= X− X 0 t ⇒v.t= X− X0⇒X= X0∓vt 2.2 Movimento Retilíneo Uniformemente Variado: A a velocidade varia com a mesma taxa durante o movimento. Como exemplo, um corpo em queda livre possui uma aceleração constante quando os efeitos da resistência do ar são desprezados. O mesmo ocorre quando um corpo escorrega ao longo de um plano inclinado ou de uma superfície horizontal com atrito, ou no caso do movimento de um caca a jato sendo lançado pela catapulta de um porta-aviões. Quando a aceleração ax e constante, a aceleração media amx para qualquer intervalo de tempo e a mesma que ax. Assim, é fácil deduzir equações para a posição x e para a velocidade Vx em função do tempo. Para achar uma expressão para Vx, primeiro substituímos amx na equação: ax= v 2x − v 1x t2− t1 Considerando t1 = 0 e t2 um instante posterior qualquer t. Usamos o símbolo V0x para a velocidade no instante t = 0; a velocidade para qualquer instante t e Vx. Então, a equação fica: ax= v 2x − V 0x t− 0 ⇔V x= V 0x+ax t 7 Na equação o termo axt é o produto da variação da velocidade por unidade de tempo, ax, multiplicada pelo tempo t. Portanto, indica a variação total da velocidade desde o instante inicial t = 0 até um instante posterior t. A velocidade Vx em qualquer instante t é igual à velocidade inicial V0x (para t = 0) mais a variação da velocidade axt. 2.2.1 – Funções horarias do Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado: Neste movimento a aceleração é constante com o tempo e velocidade escalar variável de acordo com a função: Vx= V 0+ax t Também é possível conhecer como os espaços variam no decurso do tempo com a seguinte função do 2° grau em t: s= s0+V0t+ a 2 t2 → x− x0= V0t + a 2 t2 Nesta função o coeficiente de t² é a/2. Assim se a funçao for do tipo s = 3 +2t + 3t²(s em metros e te em segundos), devemos observar: 3= a 2 ⇒a= 3.2⇒a= 6m/ s² Logo, para se obter a aceleração basta multiplicar o coeficiente de t² por 2 2.2.2 – Velocidade Escalar Média no Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado: A velocidade escalar média, num intervalo de tempo é a média aritmética das velocidades escalares nos instantes que definem o intervalo. t1 →V1 t2 →V2 V t1+t2 m= V1+V2 2 2.2.3 – Equação de Torricceli: Quando é necessário relacionar velocidade escalar V em função do espaço x elevamos todos os membros de V = V0 + at: V ²= V ²0+2atV 0+a² t ² ⇒ V ²= V ²0+2a(V0 t+ a 2 t ²) Comparando com a funçao horaria: x – x0 = V0t + a/2 t², temos : V² = V²0 + 2a(x-x0). Tal que: 8 V ²= V ²0+2aΔx 3 – Procedimento: I. Elevar o Plano Inclinado a 2°; II. Liberar a esfera metálica e verificar com o auxílio do cronometro o tempo gasto para percorrer o espaço de 0 mm ate 200 mm e de 200 mm ate 400 mm; III. Repetir o experimento com uma elevação de 4° e 6°; IV. Fazer a tomada de 5 tempos para cada elevação; V. Gerar uma tabela com as medidas e seus respectivos gráficos (V x t); VI. Pesquisar para a Introdução Teórica = Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado; VII. Elevar o Plano Inclinado a 10°; VIII. Liberar a esfera metálica e verificar com o auxílio do cronometro o tempo gasto para percorrer o espaço de 100 mm, 200 mm e 300 mm; IX. Repetir o experimento com uma elevação de 20°; X. Fazer a tomada de 5 tempos para cada espaço em cada elevação, calcular o tempo médio; XI. Gerar uma tabela com as medidas e os respectivos gráficos MRU; XII. Pesquisar para a Introdução Teórica – Movimento Retilíneo Uniforme; XIII. Repetir os experimentos usando Trilho de Ar. 4 – Resultados: Movimento Retilíneo Uniformemente Variado Elevação 2° Espaço 0 mm ~ 200 mm 200 mm ~ 400 mm Tempo (s) 1,04 0,5 Velocidade Media (m/s) 0,19 0,33 Elevação 4° Tempo (s) 0,94 0,47 Velocidade Media (m/s) 0,21 0,42 Elevação 6° Tempo (s) 0,66 0,4 Velocidade Media (m/s) 0,3 0,5 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 V el o ci d ad e Tempo Vxt 9 Movimento Retilíneo Uniforme (Trilho de ar) 10° Espaço 0 mm – 100 mm 0 mm – 200 mm 0 mm – 300 mm Tempo 2,56s 5,31s 7,93s Velocidade 0,03m/s 0,03m/s 0,03m/s 20° Espaço 0 mm – 100 mm 0 mm – 200 mm 0 mm – 300 mm Tempo 1,17s 2,3s 3,5s Velocidade 0,08m/s 0,08m/s 0,08m/s Movimento Retilíneo Uniforme (Trilho de ar) Espaço 100 mm a 500 mm 100 mm a 600 mm 100 mm a 700 mm Tempo 1,84s 2,53s 3,28s Velocidade 0,21m/s 0,19m/s 0,18m/s 0 5 10 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 T e m p o Espaço Tempo x Espaço Série1 Série2 10 5 – Discussão: Com a realização da pratica, no trilho de ar observamos experimentalmente que a velocidade varia de acordo com a aceleração. A aceleração, nesse caso foi o impulso, e pela inclinação do trilho. No plano inclinado, a diferença entre os ângulos será a velocidade da esfera metálica, quanto mais inclinado maior será a velocidade da esfera metálica e menor será o seu tempo. 6 – Conclusão: Com este relatório podemos concluir que em pequenas distâncias podem obter várias informações sobre a velocidade e a aceleração, em um determinado instante. Onde aprendemos a trabalhar com o trilho de ar, que é um equipamento projetado para minimizar as forças de atrito, fazendo com que o corpo se desloque sobre um jato de ar comprimido e não entre em contato direto com a superfície do trilho. 0,17 0,18 0,19 0,2 0,21 0,22 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 V e lo c id a d e Tempo V x t Série1 11 7 – Bibliografia: JUNIOR, Francisco Ramalho; FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antonio de Toledo (Org.). Fundamentos de física1 : Mecânica . 9. ed. São Paulo: Moderna, 2007. 496 p. v. 1. TRIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene. Fisica : Para Cientistas e Engenheiros. 6. ed. [S.l.]: LTC, [19--]. 758 p. v. 1. WALKER, Jearl ; HALLIDAY, David ; RESNICK, Robert (Org.). Fundamentos de física . 9. ed. [S.l.]: GEN, 2012. 354 p. v. 1.
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