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PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

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PCMSO 
Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional – NR 32 
 
Documento Base 
 
 
Periodicidade Anual 
Emissão: 07/12/2018 
Validade: 06/12/2019 
 
 
 
 
UNINEO - MG LTDA 
Unidade: Matriz 
HISTÓRICO DE EMISSÃO, ALTERAÇÃO E REVISÃO 
 
 
HISTÓRICO DO PROGRAMA 
Revisão Descrição das Alterações Data 
00 Emissão Documento Base 07/12/2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 4 
2 - MÉDICO COORDENADOR 8 
2.1 - MÉDICOS EXAMINADORES 8 
3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O PCMSO 9 
3.1 - INTRODUÇÃO 9 
3.2 - OBJETIVO, BENEFÍCIOS E METAS 9 
3.3 - RESPONSABILIDADES 10 
3.3.1 - É RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR 
 NR 32 - CONSIDERAÇÕES 
10 
3.3.2 – DESENVOLVIMENTO DO PCMSO / 
 COMPETE AO MÉDICO EXAMINADOR / COORDENADOR 
11 
3.4 - PRIMEIROS SOCORROS 16 
3.5 - VACINAÇÃO 16 
3.5.1- DIFTERIA E TÉTANO 18 
3.5.2 - HEPATITE B 18 
3.6 - PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NOS CASOS DE EXPOSIÇÃO 
AOS MATERIAIS BIOLÓGICOS 
21 
3.6.1 - CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO 21 
3.6.2 - QUIMIOPROFILAXIA 21 
3.6.3 - QUIMIOPROFILAXIA PARA O HBV 22 
3.6.4 - FLUXO DE ACIDENTE PERFURO CORTANTE OU MATERIAL 
BIOLÓGICO 
23 
3.7 – CONSIDERAÇÕES SOBRE EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO 23 
3.8 - ACOMPANHAMENTO À ACIDENTES DO TRABALHO 26 
3.9 – AÇÕES DE SAÚDE 35 
3.10 – ERGONOMIA, PPR - CONSIDERAÇÕES 35 
3.11 – MODELO DE RELATÓRIO ANUAL 37 
3.12 - VALIDADE DO PCMSO 38 
3.13 – RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PCMSO 
– MÉDICO COORDENADOR 
38 
3.14 – RESPONSÁVEL PELA EMPRESA 39 
4 – PLANILHAS DE SETOR / FUNÇÃO / EXAMES E RISCOS 39 
5 – ACOMPANHAMENTO DE ATESTADOS E EPIDEMIOLOGIA 
 
 1 - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 
 
Empresa: 
Unineo - MG Ltda 
Unidade: 
Matriz 
Endereço: 
 
Rua Pouso Alegre 
Nr. 2111 
Bairro: Horto 
Complemento: 5 Andar 
Cidade: Belo Horizonte 
UF: MG 
CEP: 31015.030 
Telefones: (31)32414843 () 
E-Mail: sesmt@neocenter.com.br 
Contato: Bruno Campos 
CNPJ: 00.722.837/0001-44 
Inscrição Estadual: 
Ramo de Atividade: Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e 
unidades para atendimento a urgências 
CNAE: 8610-1/01 
Grau de Risco: 3 
Nº Empregados: 50 
Nº Empregados Homens: 8 
Nº Empregados Mulheres: 42 
Observações: - Este documento de PCMSO tem como base as informações 
contidas do PPRA datado de 07/12/2018 elaborado pelo 
Engenheiro de Segurança do Trabalho Sr. Eduardo Camargos 
Sampaio CREA MG 11.515/D. 
 
 
Memorial descritivo 
 
Localização / Características do local / Atividades 
 
A Unineo é uma empresa de prestação de serviços de Atendimento Médico Hospitalar localizado 
no “Hospital Santa Fé”, localizado na Rua Pouso Alegre, 2111 – Horto – Belo Horizonte / MG, ocupando 
para tal o 5º andar do mesmo. 
As atividades são realizadas em CTI (Centro de Tratamento Intensivo) com 10 leitos pediátricos / 
Neonatal, tendo em média 13 (treze) colaboradores por plantão. 
Ambientes construídos em paredes de alvenaria pintada, pé direito de 2,66 metros, piso em 
paviflex, iluminação natural e artificial, ventilação natural e artificial por meio de ar condicionado, 
cobertura em laje pintada. 
 
Locais de Trabalho / Atividades das unidades assistenciais: 
 
a) CTI 
 Finalidade: Prestar assistência ao paciente criticamente doente 
 Procedimentos de Trabalho: Administração de Medicação, gerenciamento de monitorização 
do paciente, Higienização do paciente Recém Nascido e/ou pediátrico, Administração de dieta 
por via oral, checagem de prescrição médica, alta/transferência de paciente, sistematização 
da Assistência de Enfermagem, solicitação e recebimento de dietas ao SND, Cuidados de 
Enfermagem com fototerapia, manuseio de paciente em diálise peritoneal, montagem do 
sistema de drenagem de tórax, gerenciamento de acesso venoso central, cuidados com a 
pele do RN e controle térmico, cuidados com a ferida operatória, verificação do peso e dados 
antromoétricos, instalação de sonda Enteral, anotações de enfermagem, verificação de dados 
vitais e balanço hídrico, venopunção, glicemia capilar e testes de controle de qualidade. 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos 
 
b) Farmácia 
 Finalidade: receber, armazenar e dispensar medicações para uso dos pacientes da unidade 
 Procedimentos de Trabalho: Solicitação, recebimento, armazenamento reposição e devolução 
de produtos, reposição de kits de urgência, dispensação de materiais e equipamentos 
individuais e de uso coletivo, fluxo de nutrição enteral e parenteral, controle de medicamentos 
descritos na portaria 344/98, transferência interna e empréstimo de produtos, lançamentos de 
produto na conta hospitalar, pesquisa de medicamentos e correlatos interditados e/ou 
suspensos pela ANVISA, rastreabilidade de produtos interditados, suspensos ou com 
suspeita de causa Não conformidade, arquivamento de documentação do paciente, controle 
de validade de vencimentos de medicamentos, etiquetagem de medicamentos, 
gerenciamento de relatos de tecno-farmaco vigilância, avaliações farmacêuticas de 
prescrições terapêuticas, atualizações de tabelas de materiais e medicamentos no sistema de 
gestão, monitorização de uso de medicamentos e promoção da assistência farmacêutica, 
auditoria farmacêutica de processos assistenciais e validação das fitas de glicossúria. 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
c) SAC 
 Finalidade: Realizar atendimento aos pais e responsáveis, corpo clínico e de colaboradores; 
realizar procedimentos administrativos como internação, autorização, prorrogação e alta junto 
aos convênios, além de atendimento telefônico 
 Procedimentos de Trabalho: Acompanhamento de solicitação de vaga, admissão e alta do 
paciente, informação e acompanhamento do horário de visitas, óbito, serviços auxiliares de 
diagnóstico e tratamento (SADTS e Terceiros), solução de pendências de convênios, 
lançamento de pesquisa de satisfação de cliente externo, montagem e solicitação de 
prontuários, solicitação de exames e procedimentos, atendimento a equipe multidisciplinar e 
disponibilização de impressos, controle de diárias e inclusão de pacientes na central de leitos. 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
d) DML 
 Finalidade: realizar a guarda de materiais de limpeza da unidade 
 Procedimentos de Trabalho: 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
e) Expurgo 
 Finalidade: realizar a limpeza de materiais da Enfermagem e Fisioterapia 
 Procedimentos de Trabalho: proceder com a limpeza de materiais da enfermagem e 
fisioterapia; separar, enviar e receber materiais que precisam passar por procedimento de 
esterilização no prestador de serviço externo. 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
f) Material 
 Finalidade: realizar guarda e controle de materiais e equipamentos da Assistência; 
 Procedimentos de Trabalho: Testes do desfibrilador, Laringoscópio, Controle dos lacres do 
material de emergência, Solicitação de nutrição enteral e parenteral, controle de insumos do 
setor, limpeza e desinfecção de equipamentos da assistência. 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
g) Copa: 
 Finalidade: Alimentação do colaborador 
 Procedimentos de Trabalho: Não se aplica 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
h) Sala dos Médicos: 
 Finalidade: Discussão de casos clínicos dos pacientes 
 Procedimentos de Trabalho: Não se aplica 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimentode riscos. 
 
i) Sala da Coordenação de Enfermagem: 
 Finalidade: Desenvolvimento de atividades administrativas como planejamento e 
dimensionamento de escalas de colaboradores, férias, folgas, avaliação de indicadores e 
condutas da Enfermagem e Higienização, definição de planos de cuidados do paciente e da 
unidade. 
 Procedimentos de Trabalho: Não se aplica 
 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
j) Sala de Equipamentos: 
 Finalidade: Realizar a guarda de equipamentos da unidade assistencial como respiradores, 
monitores, camas, berços, suportes de soro, fototerapias, entre outros. 
 Procedimentos de Trabalho: Não se aplica 
 Possibilidade de exposição: Estão contemplados nas planilhas de reconhecimento de riscos. 
 
DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
 
 
Coord. de 
Fisioterapia
Fisioterapeuta
Coord. de 
Farmácia
Farmaceutico Aux. de Farmácia
Diretoria 
Técnica
Gerente 
Comercial de 
Relacionamento / 
SAC
Assistente 
Técnico de 
Atendimento
Técnido de RX
Corpo Clinico / 
Médico
Técnico Enfermagem 
Assit. 
Gerente de RH
Tec. Seg. 
Trabalho
Auxiliar de 
Enfermagem
Coord. de 
Enfermagem
Enfermeiro(a)
Tec. Enfermagem / 
material 
Aux. Serviços Gerais 
 
8 
 
2 - MÉDICO COORDENADOR 
 
Nome: Carlos Eduardo Pereira Capuruço 
NIT.: 170.37356.34-2 
CRM.: CRMMG-20252 - RQE-10.901 
Empresa: Presmet Medicina e Segurança do Trabalho Ltda. 
C.N.P.J.: 23.843.196/0001-81 
Reg. Cons. Regional 
Medicina: 
C.R.M. Nº 790-0 
Reg. Secret. Saúde 
Estado Minas Gerais: 
AM-193 
 
Locais para atendimento: 
Endereço 1: Av. Amazonas, 2904 - Lj 215 - Bairro Prado - Belo Horizonte – MG 
CEP: 30411-186 Telefone: (31) 3371.6061 
Endereço 2: CEASA - Rodovia BR 040 - Bairro Guanabara – Área especial 032 – 
Rua 9A - Contagem – MG - CEP: 32.145-900 
Telefone: (31) 3394-3812 
 
2.1 - MÉDICOS EXAMINADORES 
Dr. Bernardo Madeira Diniz Alves CRMMG 69.683 
Dr. Carlos Eduardo Pereira Capuruço CRMMG-20.252 
Dr. Daniel Couto Zeferino CRMMG - 69.677 
Dr. Mario Marco Valério Magalhaes CRMMG - 11.739 
Dr. Sidney Costa CRMMG - 12.039 
Dra. Andrea Belvino Povoa CRMMG - 45.871 
Dra. Brunna Nathale Guimarães Vieira CRMMG 71419 
Dra. Isabella Pelegrine Miguel Rodrigues CRMMG - 70966 
Dra. Maria Fernanda Motta Vieira CRMMG - 60.482 
Dra. Maria Rita Alves de Carvalho Alves CRMMG - 35.109 
Dra. Paullini Silva Moreira CRM-MG 76.381 
 
 
9 
 
3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O PCMSO 
3.1 - INTRODUÇÃO 
 
 O processo de globalização da economia vivido pelo mundo nos últimos anos, tem como 
reflexo direto nas empresas a busca da qualidade total, a excelência dos produtos e serviços, 
objetivando a melhoria contínua, fazendo com que as empresas se adeqüem às necessidades dos 
clientes, colocando à disposição uma gama de produtos e serviços. 
 
Hoje está claro que a única forma de triunfar na era da hiper- competitividade é se preparar 
ao máximo, criar modelos de negócios rentáveis e, mais importante, diferenciar-se da 
concorrência. Em suma, adaptar a gestão da organização ao cenário disputado e cada vez mais 
complexo do mundo dos negócios. 
 
Novos conceitos refletem as mudanças que estão ocorrendo e, principalmente, irão ocorrer 
na gestão das empresas na busca por mais competitividade. Alguns deles se referem a nova 
ordem econômica, em que a regra é o corte de custos, aliado com maior produtividade, qualidade 
e a máxima cautela na decisão dos investimentos; outros, a uma alteração mais profunda e 
gradativa na cultura empresarial, com uma valorização sem precedentes das pessoas e dos 
processos internos. 
 
O Brasil passou a integrar este novo contexto mundial após a abertura de suas fronteiras 
ao mercado, tendo como impacto imediato a obrigatoriedade de modernização de seu parque 
industrial, sucateado durante os anos de protecionismo econômico dos governos passados. 
 
Repentinamente, o país se viu inundado de produtos estrangeiros com qualidade 
infinitamente superior aos nacionais e a preços mais baixos. Esse fato também se verificou quanto 
aos prestadores de serviços. 
 
Com a estabilização econômica, a partir de 1995, o Brasil tornou-se um país viável aos 
olhos das empresas estrangeiras, que passaram a aplicar e investir vultuosos capitais 
principalmente na implantação de novas fábricas. Um fator relevante neste contexto diz respeito 
às exigências dessas empresas, notadamente no que se refere à qualidade do produto e serviço 
dos seus fornecedores, a preocupação com o meio ambiente, a saúde, a segurança e a 
qualidade de vida dos trabalhadores, próprios ou terceiros. 
 
É dentro deste paradigma e da nova mentalidade empresarial, que se enquadra o 
Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional - PCMSO, regulamentado pelo 
Ministério do Trabalho, através da Portaria 24, de 29 de dezembro de 1994. A Norma 
Regulamentar nº 7 constante neste programa representa um avanço na promoção da saúde e 
prevenção das doenças profissionais e estende a todas empresas, independentemente do seu 
grau de risco e número de funcionários, a obrigatoriedade de zelar pela saúde de seus 
colaboradores. 
 
3.2 - OBJETIVO, DIRETRIZES E METAS 
 
O PCMSO tem como objetivo a preservação da saúde dos empregados, em função dos 
riscos existentes no ambiente de trabalho e das doenças profissionais e ocupacionais. 
 
A implantação de um PCMSO bem elaborado, tem como principal resultado a redução da 
incidência de doenças profissionais e ocupacionais, permitindo ainda a detecção precoce e, 
portanto, ainda em fase reversível, de qualquer comprometimento à saúde decorrente da 
 
10 
 
exposição ocupacional, permitindo ao empregador, orientado pelo profissional médico, tomar 
medidas preventivas que revertam o processo, preservando a saúde do trabalhador. 
 
Importante também considerar que além do aspecto legal, procura-se, com a implantação 
deste programa, exercer uma medicina preventiva e não apenas curativa. 
 
O PCMSO dará ao médico o conhecimento dos processos produtivos, identificando os 
riscos aos quais o trabalhador está exposto, possibilitando o controle e monitoramento da sua 
saúde, através de exames clínicos e complementares (laboratoriais e testes específicos), 
reduzindo custos e direcionando os recursos de maneira criteriosa. 
 
O conhecimento dos riscos ambientais permite que se tome medidas corretivas, visando 
sua eliminação e/ou sua neutralização, criando um ambiente menos agressivo ao ser humano. 
Portanto, a sua execução terá como consequência: 
 
 Redução dos índices de absenteísmo; 
 Redução dos índices de AT's ( acidentes de trabalho ); 
 Elevação da produtividade; 
 Maior satisfação no trabalho; 
 Valorização do trabalhador; 
 Maior comprometimento com a Empresa; 
 Maior motivação; 
 Redução dos custos com despesas médicas; 
 Redução dos custos de produção; 
 Redução das perdas; 
 Maior lucratividade; 
 Menor número de reclamações trabalhistas e indenizatórias; 
 Redução/eliminação das possíveis causas cíveis e criminais contra o empregador. 
 
O PCMSO não está sujeito a ser homologado ou registrado na Delegacia Regional do 
Trabalho - DRT ou em qualquer órgão vinculado ao Ministério do Trabalho. 
 
Enfim, a empresa deverá planejar e implementar o seu PCMSO com base no risco que a 
atividade desenvolvida possa provocar à saúde dos seus empregados. A prevenção deve 
observar a relação saúde e trabalho. 
 
O PCMSO deve ser visto como um fator de agregação de valores ao produto e 
principalmente como um investimento com retorno financeiro certo. 
 
3.3 - RESPONSABILIDADES 
3.3.1 - É RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR 
 
 Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua 
efetiva eficácia. 
 
 Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO. 
 
 Indicar o Médico Coordenador responsável pelo programa (PCMSO). Em caso da empresa 
estar desobrigada de manter Médico do Trabalho como empregado,de acordo com a NR-
4, deverá indicar Médico do Trabalho, contratado, para coordenar o PCMSO, nas 
 
11 
 
condições estabelecidas no ítem 7.3.1.1 da NR 7 – “Ficam desobrigadas de indicar médico 
coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4, com até 25 
(vinte e cinco) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4, 
com até 10 (dez) empregados.” 
 
Considerações sobre a NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de 
Saúde 
 
A norma relativa ao trabalho em serviços de saúde, Norma Regulamentadora – NR 32, 
aprovada pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 485 em 11 de novembro de 2005, 
... “ tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de 
proteção à segurança e a saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles 
que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral” , ...” entendendo-se por 
serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da 
população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde 
em qualquer nível de complexidade”. 
 
3.3.2 – DESENVOLVIMENTO DO PCMSO 
COMPETE AO MÉDICO EXAMINADOR / COORDENADOR 
 
 Realizar exames médicos previstos na NR-7 tais como: 
 
 Exame Médico Admissional: realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades. A 
avaliação clínica compreende anamnese ocupacional exame físico e mental e exames 
complementares se necessário. 
 
 Exame Médico Periódico: periodicamente, a cada ano ou a intervalos menores, a critério 
do médico examinador / coordenador, para os trabalhadores expostos a riscos ou 
situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença 
ocupacional. Os trabalhadores menores de 18 anos e maiores de 45 anos, serão avaliados 
anualmente, exceto nos casos em que houver risco de exposição a agentes insalubres, 
quando a periodicidade será indicada pelo médico coordenador / examinador. Para os 
trabalhadores não expostos a riscos ou situação de trabalho que implique no 
desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, a avaliação periódica será 
anual quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade e a cada dois anos para 
aqueles entre 18 anos e 45 anos de idade. A avaliação clínica compreende anamnese 
ocupacional exame físico e mental e exames complementares se necessário. 
 
 Exame Médico de Retorno ao Trabalho: deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro 
dia de retorno ao trabalho, nos empregados que permanecerem mais de 30 (trinta) dias 
afastados por motivo de doença ou acidentes de natureza ocupacional ou não e licença 
maternidade. A avaliação clínica compreende anamnese ocupacional exame físico e 
mental e exames complementares se necessário. 
 
 Exame Médico de Mudança de Função: deverá ser realizado em todo empregado que for 
transferido de função ou setor e que implique na exposição de risco diferente daquele em 
que estava exposto antes da mudança. Este exame deverá ser realizado obrigatoriamente 
antes de assumir a nova função. A avaliação clínica compreende anamnese ocupacional 
exame físico e mental e exames complementares se necessário. 
 
Para avaliação da aptidão será adotado o seguinte critério: 
 
12 
 
1- Grade de exames prevista no demissional da função atual (+) mais a grade de exames prevista 
no admissional da nova função, (-) excluído os procedimentos já realizados no admissional ou 
último periódico da função atual; 
2- Diferença (≠) entre os exames da grade demissional da função atual (-) deduzido os exames da 
grade da função nova; 
3- Resultado (=), se contiver algum exame a ser realizado, será acrescido (+) da grade de exames 
prevista no PCMSO, ressalvada a condição de exame válido. 
 
Representação matemática: 
 
{ [ (DEM A + ADM B) - ADM A] + [ (DEM A-DEM B) ] } + Grade de PCMSO de “Mudança de 
Função” 
 
Exames em duplicidade poderão ser utilizados para a admissão na nova função e outros exames 
poderão ser pedidos a critério médico. 
 
É necessário que a grade de exames “periódico” da função atual seja avaliada antes da 
realização da “Mudança de Função”. 
 
 Exame Médico Demissional: deverá ser realizado no desligamento do funcionário e 
obrigatoriamente até a data da homologação, desde que o último exame médico 
ocupacional tenha sido realizado há mais de: 
- 135 (cento e trinta e cinco) dias para Empresas de grau de risco 1 (um) e 2 (dois); 
- 90 (noventa) dias para Empresas de grau de risco 3(três) e 4(quatro). 
Em ambos os casos, estes prazos poderão ser alterados em decorrência de negociação coletiva. 
 
A avaliação clínica compreende anamnese ocupacional exame físico e mental e exames 
complementares se necessário. 
 
 Emitir o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) em 2 (duas) vias, sendo que a primeira via 
ficará arquivada no local de trabalho do empregado à disposição da fiscalização. A 
segunda via será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira 
via. 
 
 Manter prontuário médico de cada empregado onde constarão dados do exame clínico e 
resultados dos exames complementares, bem como as conclusões e as medidas 
aplicadas. Tais registros serão mantidos por, no mínimo, 20 (vinte) anos. 
 
 Emitir relatório anual discriminando o número e natureza dos exames realizados por setor 
da empresa, estatísticas dos exames anormais, bem como o planejamento para o próximo 
ano. O relatório deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando houver, sendo sua 
cópia anexada no livro de atas daquela comissão. 
 
 Constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, ou exposição 
excessiva ao risco, o trabalhador deverá ser afastado do local de trabalho ou do risco, até 
que esteja normalizado o indicador biológico de exposição, se for o caso, e que as 
medidas de controle ambiental tenham sido adotadas. 
OPERAÇÕES ACESSÓRIAS 
 
 Emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT. 
 
 Indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco ou do 
trabalho. 
 
 
13 
 
 Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento do nexo técnico, 
avaliação de incapacidade e definição de conduta previdenciária em relação ao trabalho. 
 
 Orientar ao empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no 
ambiente de trabalho. 
 
 Orientar ao empregador quanto a importância em submeter as funcionárias a exame de 
detecção de gravidez, quando do exame demissional. 
 
RESPONSABILIDADES DA EMPRESA JUNTO AOS SEUS FUNCIONÁRIOS 
DO SERVIÇO DE MEDICINA DO TRABALHO E DA ÁREA DE RECUROS HUMANOS QUANTO 
A IMPLEMENTAÇÃO DOS ITENS 7.2.2, 7.2.3 e 7.4 DA NR 7 
 
Atendimento a NR 7.2.2 
Diretrizes Ações 
7.2.2 – O PCMSO deverá considerar as 
questões incidentes sobre o indivíduo e a 
coletividade de trabalhadores, privilegiando o 
instrumental clínico epidemiológico na 
abordagem da relação entre sua saúde e o 
trabalho. 
• Diagnóstico Epidemiológico da saúde da 
coletividade dos trabalhadores da empresa. 
• Exames Clínicos e Complementares para 
estratificação do Perfil Epidemiológico da 
Qualidade de Vida dos Trabalhadores. 
7.2.3 O PCMSO devera ter caráter de 
prevenção, rastreamento e diagnostico precoce 
dos agravos a saúde relacionados ao trabalho, 
inclusive de natureza subclinica, alem da 
constatação da existência de casos de doenças 
profissionais ou danos irreversíveis a saude 
dos trabalhadores. 
• Exames Complementares relacionados aos 
riscos ocupacionais específicos e inerentes as 
doenças relacionadas as faixas etárias e sexo 
do efetivo dos trabalhadores. 
• Acompanhamento e monitoramento do 
absenteísmo por doença ocupacional da 
população efetiva dos trabalhadores. 
7.2.4 O PCMSO devera ser planejado e 
implantado com base nos riscos a saude dos 
trabalhadores, especialmente os identificados 
nas avaliações previstas nas demais NR. 
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais e outros programasem 
conformidade com normas. 
Exames Clínicos Ocupacionais. 
 
 
Atendimento a NR 7.2.3 – Programa de Educação à Saúde 
Nível de atuação: Primário -Ênfase: Prevenção à saúde. 
População Alvo Todos os empregados da empresa 
Objetivo Conscientizar sobre as medidas preventivas de saúde, erradicação de 
hábitos nocivos à saúde, tais como tabagismo, alcoolismo, etc. 
Execução Informações e orientações individuais, durante os exames de Medicina 
Ocupacional ou consultas médicas, através de informativos periódicos e 
folhetos educativos, palestras sobre doenças e hábitos nocivos à saúde, 
fornecendo orientações de prevenção e/ou tratamento, atendendo o 
cronograma da empresa. 
Meta Promover campanhas anuais, fornecer informações e orientações aos 
empregados durante o decorrer do ano. 
Atendimento a NR 7.2.3 – Controle Médico dos Portadores de Doenças Crônicas 
Nível de atuação: Secundário -Ênfase: Prevenção à saúde. 
População Alvo Empregados portadores de doenças, tais como hipertensão arterial, 
diabetes Mellitus, hiperuricemia, etc. identificados nos exames 
periódicos de medicina ocupacional ou exames médicos por 
marcação espontânea. 
 
14 
 
Objetivo Identificação de portadores de doenças, controle das doenças, orientação 
de medida de ordem preventiva, modificação de hábitos nocivos à saúde. 
Execução - Encaminhamento para consultas médicas periódicas de acordo com a 
necessidade de cada caso. 
- Acompanhamento através de exames ocupacionais e de relatórios 
solicitados aos médicos assistentes. 
Meta Controle de 100% dos empregados portadores de doenças crônicas. 
Atendimento a NR 7.2.3 – Controle Médico dos Portadores de Doença Profissional 
Nível de atuação: Terciaria -Ênfase: Reabilitação. 
População Alvo Empregados portadores de doenças profissionais. 
Objetivo - Monitorização da doença pré existnte de origem ou não coupacional e 
seu agravamento; 
- Fazer o acompanhamento do empregado acometido orientando-o sobre 
a evolução e medidas preventivas; 
- Manter o empregado em suas atividades laborais, providenciando a 
mudança de função ou seu afastamento do trabalho, conforme indicação 
de cada caso. 
Execução - Detecção através dos exames médico ocupacional e durante as 
consultas de marcações espontâneas; 
- Realização de exames clínicos e complementares necessários; 
- Solicitação de interconsulta com especialista; 
- Comunicar ao empregado sobre seu problema e orientá-lo sobre a 
evolução e medidas previstas; 
- Emitir CAT quando estabelecido o nexo ocupacional; 
- Afastamento do empregado da atividade laborativa conforme indicação 
de cada caso, com encaminhamento para reabilitação profissional. 
Meta Controle de 100% dos empregados portadores de doenças ocupacionais. 
 
Quando dos resultados de todos os exames clínicos e complementares será emitido o 
ASO (Atestado de Saúde Ocupacional), que conterá o nome completo do trabalhador, o número 
de registro de sua identidade e sua função, os riscos ocupacionais específicos existentes, 
procedimentos médicos a que foi submetido, os exames complementares realizados e suas 
respectivas datas de realização, identificação do médico coordenador, identificação e assinatura 
do médico examinador, bem como a assinatura do trabalhador e definição da aptidão ou inaptidão 
do profissional. 
 
Tais resultados têm caráter prevencionista e de rastreabilidade das doenças em âmbito 
ocupacional e clínico e são registradas em prontuário individual observado os seguintes itens: 
sexo, idade, antecedentes ocupacionais, antecedentes familiares, história pregressa, hábitos 
pessoais como: etilismo, tabagismo, atividades físicas, e demais dados epidemiológicos como 
peso, altura, Índice de Massa Corpórea – IMC, entre outros dados coletados no ato da consulta 
clinica padrão. 
 
Estes dados são analisados individualmente e coletivamente visando o direcionamento das 
ações coletivas de conscientização, humanização e o trabalho integrado de toda população 
exposta, ficando sob responsabilidade da empresa a definição de políticas de saúde de caráter 
mais preventivo. 
 
Do ponto de vista ocupacional, estes dados viabilizam a tomada de decisão, no âmbito 
coletivo, das proteções aos riscos ocupacionais inerentes a cada atividade. E quando estas não 
têm aplicabilidade coletiva, é adotada a utilização de equipamentos de proteção individual – EPI, 
 
15 
 
com a manutenção dos indicadores biológicos nas periodicidades legais, ou em periodicidade 
inferior, a critério do médico coordenador, constituindo-se assim em medidas de caráter preventivo 
de fundo ocupacional. 
Com a adoção dos procedimentos acima descritos os casos caracterizados como doença 
pré ou pós adquirida, definidas em propedêutica, são encaminhados para tratamento especifico, 
através de especialistas, objetivando a reabilitação do profissional. Quando necessário, é 
procedida a mudança de função, visando a eliminação imediata da exposição ao agente causador 
e, se preciso o afastamento do profissional de suas atividades até o restabelecimento e 
reabilitação, a que nível for. 
 
O ASO será sempre emitido em 2 (duas) vias, devendo a 2ª via ser entregue ao 
trabalhador, mediante recibo na primeira via. 
 
A cada período de 12 meses e sempre antes da reunião da CIPA, será elaborado o 
Relatório Anual do PCMSO, baseado nos resultados de todos os exames realizados e nos dados 
referentes aos acidentes de trabalho ocorridos no período, tal relatório deve conter: 
 perfil dos trabalhadores (função/setor/sexo/idade); 
 doenças e acidentes decorrentes do trabalho por função/setor e/ou grupo homogêneo de 
exposição, com e sem afastamento; 
 número e percentual de trabalhadores com doença ocupacional, por setor e diagnósticos; 
 número e percentual de trabalhadores normais e com doenças não ocupacionais; 
 número e percentual de trabalhadores com suspeita de doença ocupacional; 
 número de CAT’s emitidas por setor; 
 estudo do absenteísmo por doença e acidente, ocupacional ou não, por setor, numa 
análise epidemiológica do que acontece na empresa; 
 atividades de educação dos trabalhadores realizadas no período. 
 
Importante considerar que, para a realização do Relatório Anual, algumas informações 
deverão ser repassadas à contratada pelo RH da contratante, principalmente aquelas 
relacionadas a acidentes do trabalho, acompanhamento de doenças não ocupacionais, CAT’s 
emitidas, dentre outras. 
 
O processo de controle de dados clínicos e epidemiológicos se dá através da análise dos 
resultados de exames complementares e exame físico, em função dos riscos ocupacionais. Não 
existindo correlação com atividade ocupacional o ASO é emitido. Estas alterações são tabuladas e 
registradas em prontuário médico, quando, secundariamente, o colaborador é encaminhado ao 
especialista para controle. Nos casos que não necessitam de acompanhamento, os pacientes são 
orientados e monitorizados no exame médico periódico. Quando da elaboração do Relatório 
Anual, as alterações são revistas e, caso haja agravamento, o colaborador será novamente 
avaliado e, se necessário, afastado da atividade. 
 
Com relação às doenças ocupacionais, os exames contemplados pelo PCMSO visam 
detectar sinais e/ou sintomas precoces de sua ocorrência. Além disso, programas paralelos como 
o Programa de Conservação Auditiva (PCA) e o Programa de Proteção Respiratória (PPR) 
promovem melhorias nos diversos ambientes de trabalho, contribuindo não só para minimizar a 
ocorrência das doenças ocupacionais, como também dos acidentes de trabalho. 
 
 
 
16 
 
3.4- PRIMEIROS SOCORROS 
 
 A empresa deverá estar equipada com material necessário à prestação de primeiros 
socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida. O material deverá ser 
guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada. 
 
Como sugestão, a caixa de primeiros socorros deverá conter materiais do tipo: 
esparadrapo, faixa crepom de tamanhos variados, gaze esterilizada,soro fisiológico, tampão 
ocular, pomada anti-séptica, luvas de procedimento, tesoura adequada para procedimentos (de 
bom corte). Medicamentos poderão fazer parte da caixa de primeiros socorros, mas deverão ser 
liberados apenas por profissional habilitado para tal. 
 
Uma lista com os principais telefones de emergência, tais como: bombeiros, resgate, 
polícias militar, civil e federal, bem como do corpo gerencial da Empresa, deverá fazer parte da 
caixa. 
 
OBS: Cabe a empresa, designar um responsável dentro do seu corpo técnico que ficará 
responsável pelos primeiros socorros. 
 
3.5 – VACINAÇÃO 
 
A vacinação do adulto já é um fato corriqueiro em saúde pública e faz parte dos programas 
nacionais de imunização. A vacinação em saúde ocupacional é importante pois garante ao 
trabalhador adequar-se a política do Ministério de Saúde do Brasil e Secretaria de Saúde Estadual 
e/ou Municipal, a partir do momento em que a empresa ou organização possibilita o seu 
trabalhador o acesso a estas campanhas de vacinação. 
 
Do ponto de vista ocupacional, a definição da necessidade de imunização depende da 
identificação do agente biológico no ambiente/posto/processo de trabalho e do risco de aquisição 
da infecção decorrente. Esta potencial exposição deve ser reduzida ao máximo e, quando 
possível, eliminada, com o auxílio dos seguintes recursos: 
 
 Barreiras mecânicas coletivas formadas por equipamentos de proteção coletiva ( EPC), 
como quartos de isolamento com pressão negativa e filtros; telas nas janelas e mosquiteiros; 
guichês envidraçados; sinalização de segurança.Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, 
lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes 
resistentes à perfuração e com tampa. 
 
Os coletores específicos para descarte de material perfurocortante não devem ser 
preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre 
próximos do local onde é realizado o procedimento. 
 
Barreiras mecânicas individuais formadas pelos equipamentos de proteção individual ( 
EPI), como máscaras cirúrgicas,óculos,vestimenta de trabalho protegendo braços e pernas e 
luvas de procedimento. 
 
O prontuário médico e a carteira de vacinação são os documentos básicos para a 
adequada gestão do controle de vacinação. Esta deverá ser apresentada quando do processo 
administrativo ocupacional para comprovar a situação sorológica. 
 
 
17 
 
O trabalhador não poderá ser penalizado em se recusar a ser vacinado, porém deve ser 
considerada a possibilidade de estar inapto para exercer suas atividades caso represente risco 
para terceiros. Deverá ler o termo de recusa,abaixo,datar e assinar, sendo anexado esse 
documento no prontuário médico individual. 
 
 
“TERMO DE RECUSA” 
 
Eu, (nome do trabalhador, identidade, função, setor), após ter sido informado das 
vantagens e dos possíveis eventos adversos da vacina recomendada ( especificar qual a vacina) 
declaro expressamente que não aceito esta vacinação.Declaro também que estou ciente das 
desvantagens, riscos e consequências da minha recusa. 
Nome: 
Identidade: 
Data: 
 
fonte: Medicina do Trabalho- Guia de Imunização SBIM/ANAMT, 2016/2017. 
Recomendações da SBIM – Sociedade Brasileira de Imunizações - 2015/2016 
 
 
 
PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE 
 
Vacinas indicadas Esquemas e recomendações 
Tríplice viral 
(sarampo,caxumba 
e rubéola) 
É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido 02 doses da 
vacina tríplice viral acima de 01 ano de idade e com intervalo mínimo de 
01 mês entre elas 
Hepatites A e B Hepatite A: 02 doses, no esquema 0 e 6 meses 
Hepatite B: 03 doses, no esquema 0,1 e 6 meses 
Tríplice bacteriana 
acelular do tipo 
adulto ( dTpa ou 
dTpa-VIP) 
. com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com 
dTpa ( ou dTpa-VIP ou dT) a cada 10 anos 
. com esquema de vacinação básico para tétano incompleto:01 dose de 
dTpa ( ou dTpa-VIP ou dT) a qualquer momento e completar a vacinação 
básica com 01 ou 02 doses de dT de forma a totalizar 03 doses de vacina 
contendo o componente tetânico 
Varicela ( catapora) 02 doses, mo esquema 0 e 1 mês 
Influenza ( gripe) Dose única anual, de preferência a 4V em relação à 3V 
Meningocócicas 
conjugadas (C ou 
ACWY) 
01 dose 
Meningocócica B 02 doses, no esquema 0 e 1 mês 
 
fonte: Medicina do Trabalho- Guia de Imunização SBIM/ANAMT, 2016/2017. 
 
OBS: Considera-se profissionais da área de saúde, médicos, enfermeiros,técnicos e 
auxiliares de enfermagem, patologistas e técnicos de patologia,dentistas, 
fonoaudiólogos,fisioterapeutas, pessoal de apoio, de manutenção e limpeza de ambientes 
hospitalares, maqueiros, motoristas de ambulância, técnicos de RX e outros profissionais lotados 
ou que frequentam assiduamente os serviços de saúde, tais como representantes da indústria 
farmacêutica e outros. 
 
 
18 
 
A NR 32 determina a implantação de imunização ativa contra tétano, difteria e hepatite B, 
em todos os trabalhadores com risco potencial a agentes biológicos. 
 
3.5.1- DIFTERIA E TÉTANO 
 
A imunização contra a difteria e tétano é feita juntamente com a coqueluche pois embora 
sejam doenças com características distintas a sua profilaxia será discutida em conjunto devido a 
utilização habitual de vacinas combinadas ( dT,Dtpa). 
Vacinas disponíveis: 
. dT ( dupla bacteriana do tipo adulto ), protegendo contra difteria e tétano; 
. dTpa ( tríplice bacteriana acelular do tipo adulto ), protege contra difteria, tétano e 
coqueluche; 
. dTpa-VIP ( tríplice bacteriana acelular do tipo adulto combinada com pólio inativa), 
protege contra difteria, tétano,coqueluche e poliomielite. 
 
3.5.2 - HEPATITE B 
 
A imunização contra hepatite B é feita em 03 doses no esquema de 0 -1 - 6 meses, sendo 
obrigatório a realização de sorologia 30 a 60 dias após a vacinação , de modo a ter certeza da 
soroconversão. 
3.6: Fluxograma para a avaliação da carteira vacinal no processo admissional 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
Carteira at 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Documentos não serão ac 
 Avaliaç 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 atualizada 
 
 
 
 
Carteira de 
vacina atualizada 
não sim 
Documento não aceito e 
orientado a atualizar as vacinas 
obrigatórias 
Encaminhado para 
avaliação 
ocupacional 
fim Carteira vacinal 
atualizada 
Retorna com carteira 
vacinal atualizada 
Candidato apresenta carteira de vacina no RH junto com os 
outros documentos no processo seletivo 
não 
Processo suspenso e 
encaminhado para 
vacinação 
sim 
Continua 
processo 
admissional 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vacina contra hepatite B : 03 doses 
0 – 1 – 6 meses 
30 dias após o término do esquema 
Doso anti – HBs Ag 
 
menor que 10 maior que 10 
 
imune repito o esquema 
fim 2ª série 
30 dias depois 
 
doso anti HBsAg 
menor que 10 
maior que 10 
não tem resposta vacinal ou 
tem infecção crônica vírus B. 
 
 
imune 
 
fim fim 
 
21 
 
3.6 - PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NOS CASOS DE EXPOSIÇÃO 
AOS MATERIAIS BIOLÓGICOS 
 
3.6.1 - CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO 
 
Recomenda-se como primeira conduta, após a exposição a material biológico, os cuidados 
imediatos com a área atingida. Essas medidas incluema lavagem exaustiva do local exposto com 
água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou cutâneas. Apesar de não haver nenhum 
estudo que demonstre o benefício adicional ao uso do sabão neutro nesses casos, a utilização de 
soluções anti-sépticas degermantes é uma opção. Não há nenhum estudo que justifique a 
realização de expressão do local exposto como forma de facilitar o sangramento espontâneo. Nas 
exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou com solução salina 
fisiológica.Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de 
soluções irritantes como éter, hipoclorito ou glutaraldeído são contra-indicados. 
 
3.6.2 - QUIMIOPROFILAXIA 
 
A quimioprofilaxia pós-exposição ao HIV é complexa, por englobar tanto a falta de dados 
mais precisos sobre o risco relativo de diferentes tipos de exposição (p.ex. risco de lesões 
superficiais x profundas, agulhas com lúmen x agulhas de sutura, exposição a sangue x outro 
material biológico), quanto o risco de toxicidade dos medicamentos anti-retrovirais. 
 
O profissional de saúde acidentado deverá ser informado que o conhecimento sobre a 
eficácia da PEP é limitado, somente a zidovudina (AZT) demonstrou benefício em estudos 
humanos, não há evidência de efeito benéfico adicional com a utilização da combinação de anti-
retrovirais,mas a sua recomendação baseia-se na possibilidade de maior potência anti-retroviral e 
cobertura contra vírus resistentes. A eficácia da profilaxia não é de 100%. 
 
Existem casos documentados de transmissão mesmo com uso adequado da profilaxia e 
pacientes-fonte sabidamente infectados pelo HIV com carga viral indetectável.O conhecimento 
sobre a ocorrência de toxicidade de anti-retrovirais em pessoas não infectadas pelo HIV ainda é 
limitado; os efeitos adversos são mais conhecidos para o AZT comparando-se aos outros 
inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN), e é direito do profissional se 
recusar a realizar a quimioprofilaxia ou outros procedimentos necessários pós-exposição (como 
p.ex. coleta de exames sorológicos e laboratoriais). Nestes casos, porém, deverá assinar um 
documento (p ex: prontuário) onde esteja claramente explicitado que todas as informações foram 
fornecidas no seu atendimento sobre os riscos da exposição e os riscos e benefícios da conduta 
indicada. 
 
A indicação ou não de PEP requer a avaliação do risco da exposição, o que inclui a 
definição do tipo de material biológico envolvido, a gravidade e o tipo da exposição, a identificação 
ou não do paciente-fonte e de sua condição sorológica anti-HIV, as condições clínicas, 
imunológicas e laboratoriais do paciente-fonte identificado como infectado pelo HIV/aids. 
 
Os critérios de gravidade na avaliação do risco do acidente são dependentes do volume de 
sangue e da quantidade de vírus presente. Os acidentes mais graves são aqueles que envolvem 
maior volume de sangue, cujos marcadores são: lesões profundas provocadas por material 
perfurocortante, presença de sangue visível no instrumento, acidentes com agulhas previamente 
 
22 
 
utilizadas na veia ou artéria do paciente-fonte e acidentes com agulhas de grosso calibre, maior 
inóculo viral representado por pacientes-fonte com infecção pelo HIV/aids em estágios avançados 
da doença ou com infecção aguda pelo HIV, situações que apresentam viremias elevadas. 
 
A quimioprofilaxia deve ser recomendada aos profissionais de saúde que sofreram 
exposições com risco significativo de contaminação pelo HIV. Para exposições com menor risco, a 
quimioprofilaxia deve ser considerada na presença de altos títulos virais no paciente-fonte. 
Observamos que a quimioprofilaxia pode não ser justificada naquelas situações com risco 
insignificante de contaminação, nas quais o risco de efeitos tóxicos dos medicamentos ultrapassa 
o risco de transmissão do HIV. Quando indicada, a profilaxia deverá ser iniciada o mais rápido 
possível, idealmente, nas primeiras horas após o acidente. Estudos em animais sugerem que a 
quimioprofilaxia não é eficaz, quando iniciada 24 a 48 horas após a exposição. Recomenda-se 
que o prazo máximo, para início de PEP, seja de até 72h após o acidente. A duração da 
quimioprofilaxia é de 28 dias. 
 
3.6.3 - QUIMIOPROFILAXIA PARA O HBV 
 
A vacinação contra a hepatite B é a principal medida de prevenção entre profissionais de 
saúde e deverá ser feita antes da admissão do profissional sendo cobrada a carteira vacinal 
quando da entrega dos documentos em fase pré-admissional. 
 
Está indicada para todos aqueles que podem estar expostos aos materiais biológicos 
durante suas atividades inclusive os que não trabalham diretamente na assistência ao paciente 
como, por exemplo, as equipes de higienização e de apoio sendo disponibilizada nas unidades 
básicas de saúde. 
 
Profissionais que relatam história prévia de hepatite, mas que não sabem informar qual o 
tipo viral, devem ser vacinados contra hepatite B. 
 
O esquema vacinal é composto por uma série de três doses da vacina com intervalos de 
zero, um e seis meses. Um a dois meses após a última dose (com intervalo máximo de 6 meses), 
o teste sorológico anti-HBs pode ser realizado para confirmação da resposta vacinal Quando o 
esquema vacinal for interrompido não há necessidade de recomeçá-lo. 
 
Profissionais que tenham interrompido o esquema vacinal após a 1ª dose deverão realizar 
a 2ª dose logo que possível e a 3ª dose está indicada com um intervalo de pelo menos 2 meses 
da dose anterior. Caso a interrupção do esquema vacinal tenha ocorrido após a 2ª dose, 
administrar a 3ª dose da vacina tão logo seja possível. O aumento de intervalo entre a 2ª e a 
3ª doses aumenta o título final de anticorpos. Nos esquemas incompletos de vacinação 
recomenda-se a comprovação da resposta vacinal através da solicitação do anti-HBs um a dois 
meses após a última dose (com intervalo máximo de 6 meses). 
 
Quando não há resposta vacinal adequada após a primeira série de vacinação, grande 
parte dos profissionais (até 60%) responderá a uma série adicional de 3 doses. Se após a 
segunda série persistir a produção de anticorpos abaixo de 10mUI/ml, não é recomendada uma 
revacinação. Uma alternativa que deve ser considerada antes do início da segunda série do 
esquema vacinal, ou depois da comprovação de falta de soroconversão com 6 doses da vacina 
(não respondedor), é a solicitação de HBsAg, para descartar a possibilidade desses profissionais 
terem infecção crônica pelo HBV e que, portanto, não estariam apresentando “resposta vacinal”. O 
profissional de saúde não respondedor (sem resposta vacinal a 2 séries com 3 doses cada) deve 
ser considerado como susceptível à infecção pelo HBV. 
 
 
23 
 
 
 
3.6.4 - FLUXO DE ACIDENTE PERFURO CORTANTE OU MATERIAL 
BIOLÓGICO 
 
ANEXO DO MANUAL DE BIOSSEGURANÇA 
FONTE: NEOCENTER, 11/2017 
Comunicar imediatamente 
enfermeiro de plantão
Exames POSITIVOS: 
Seguir fluxo FONTE 
DESCONHECIDA
Realizar cuidados locais 
na área acidentada
OBS: Após o acidente se o resultado do
exame der positivo ou se a fonte for
desconhecida o colaborador tem 2 horas
para iniciar a medicação na UPA –
CENTRO SUL.
FONTE 
DESCONHECIDA FONTE 
CONHECIDA
Exames 
NEGATIVOS
Solicitar o teste rápido da fonte para o laboratório
da unidade. Preencher o REG 089 anexo I e II, em
duas vias encaminhar uma para a UPA CENTRO SUL
e a outra para o SESMT carimbado e assinado .
Caso o colaborador recuse realizar o teste rápido
solicite que o mesmo preencha o anexo III.
Encaminhar o funcionário para UPA Centro-Sul 
para receber atendimento e preencher a CAT.
Rua: Domingos Vieira, 488,
B. Santa Efigênia (Próximo ao Extra) 
Telefone: (31) 3238-5900 (5928)
Comunicar por e-mail:
SESMT (sesmt@neocenter.com.br) e 
SESA(sesa@neocenter.com.br)
Preencher CAT em 4 vias e solicitar para
o SAC 2 voucher de taxi, sendo ida para
a UPA e volta para o Neocenter/Unineo.
CAT = (REG-090-Pasta ONA)
Preencher o REG 089 anexo II, em duas vias
encaminhar uma paraa UPA CENTRO SUL e a
outra para o SESMT carimbado e assinado .
Caso o colaborador recuse o realizar o teste
rápido solicite que o mesmo preencha o anexo
III.
Preencher CAT em 4 vias e solicitar para
o SAC 2 voucher de taxi, sendo ida para
a UPA e volta para o
Neocenter/Unineo.
CAT = (REG-090-Pasta ONA)
 
3.7- CONSIDERAÇÕES SOBRE EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO 
 
Caso ocorra uma exposição a materiais biológicos com risco conhecido ou provável de 
infecção, o empregado deverá ser encaminhado a uma Unidade de atendimento médico para 
submeter ao protocolo definido para a situação em até 24 horas após o acidente. 
Fonte: Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a 
material biológico: HIV e hepatite B e C, Ministério da Saúde Brasília – 2004 
 
 
 
24 
 
PERFIL DA FLORA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES 
UNINEO 
Referência: MAI/16 a DEZ/17 
APLICAÇÃO: até fevereiro de 2019 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
I – Perfil 
 
Microrganismos 
05/2016 a 12/2017 
Nº de 
Isolados 
Distribuição 
Percentual 
1-Cocos Gram Positivos 
 
Staphylococcus coagulase negativa 
Staphylococcus aureus 
Enterococcus sp 
 
TOTAL 
 
 
15 
03 
04 
 
22 
 
 
68% 
14% 
18% 
 
100% 
2-Bacilos Gram Negativos 
 
Klebsiella, Enterobacter, Serratia 
(grupo KES) 
E. coli 
Pseudomonas aeruginosa 
 
 
TOTAL 
 
 
15 
02 
01 
 
 
18 
 
 
83% 
11% 
06% 
 
 
100% 
3- Fungos 
Celulas leveduriformes (apenas em 
cavidade oral e pele) 
 
TOTAL 
 
03 
 
 
03 
 
100% 
 
 
100% 
MICROORGANISMOS ISOLADOS: 
Cocos Gram Positivos 
 
Bacilos Gram Negativos 
 
Células leveduriformes 
 
TOTAL 
 
 
 
22 
18 
03 
 
 
43 
 
 
51% 
42% 
07% 
 
 
100% 
 
 
 
25 
 
II – Sensibilidade dos Antimicrobianos: 
 
BGN 
 
 Sensível Testado 
% 
sensibilidade 
Gentamicina 2 17 12% 
Amicacina 4 9 44% 
Ceftazidima 4 9 44% 
Cefotaxima* 6 9 67% 
Cefepima 4 8 50% 
Ciprofloxacina* 15 17 88% 
Meropenem 14 15 93% 
Piperacilina-
tazobactam 
9 14 64% 
 
*Não há diferença estatística entre a sensibilidade para cefotaxima e ciprofloxacina, devido 
ao pequeno número da amostra. 
 
 
CGP 
 
 Sensível Testado 
% 
sensibilidade 
Gentamicina 5 19 26% 
Oxacilina 8 18 44% 
Vancomicina 14 14 100% 
Ciprofloxacina 9 22 41% 
 
 
III - Padronização Anual de Antibioticoterapia Empírica nas Infecções Hospitalares do CTI 
Neonatal – A partir de abril de 2018: 
 
 
 
Esquema 1ª escolha: cefepima + vancomicina, associados ou não a anfotericina B 
 
Esquema 2ª escolha: meropenem + vancomicina, associados ou não a anfotericina B 
 
 
Ciprofloxacina poderão ser utilizados em situações especiais após discussão com a CCIH. 
 
 
 
Dra. Tânia Grillo Pedrosa 
Médica Infectologista 
 
 
 
26 
 
Staphylococcus epidermidis 
Staphylococcus epidermidis é uma espécie de bactéria firmicute, caracterizada por ser 
coagulase negativa. Pertence ao gênero Staphylococcus. É uma bactéria gram-positiva arranjada 
em cachos e tétrades. 
Por muito tempo foi considerada uma espécie comensal, porém sabe-se, hoje, que ela é um 
patógeno oportunista responsável principalmente por infecções hospitalares, através de cateteres, 
sondas (material de plástico) bem como próteses devida sua capacidade de formar biofilmes. Os 
biofilmes dificultam a chegada de drogas antimicrobianas e até mesmo de células fagocíticas ao 
foco de infecção. 
A espécie não produz toxinas e uma vez que faz parte da microbiota endógena humana, as 
infecções causadas por esta espécie são geralmente oportunistas e de origem hospitalar 
(nosocomiais). 
Identificação da espécie pode ser feito após prova de Catalase e Coagulase com um antibiograma 
evidenciando a sua sensibilidade a Novobiocina. 
Staphylococcus 
 
Staphylococcus ou estafilococos são um género de bactérias gram-positivas e um dos mais 
comuns patógenos do ser humano. 
Fatores de virulência 
Os fatores de virulência são todos os mecanismos que permitem a invasão do hóspede, ou a 
evasão da bactéria ao sistema imune. Cada estirpe tem geralmente apenas alguns destes fatores. 
1. Têm cápsula que protege muitas estirpes contra fagocitose e o sistema imunitário. 
2. Péptidoglicano, na parede celular: tem alguma atividade de endotoxina, estimulando a 
febre e vasodilatação excessivas, devido à produção pelas células imunitárias de citocinas 
como a IL-1.. 
3. Proteína A: especifica dos S.aureus. Neutraliza imunoglobulinas (anticorpos). 
4. Ácidos teicóicos: são fibrilhas como o polissacarídeo A que servem para ancorar a 
bactéria, impedindo-a de ser arrastada (pelo sangue, urina, suor ou outros fluidos) da sua 
área de colonização. 
5. Toxina alfa: produzida pelo Staphylococcus aureus, destrói vários tipos de células. 
6. Toxina beta: produzida apenas pelo Staphylococcus aureus, destrói vários tipos de células. 
7. Toxina delta: produzida pela maioria dos estafilococos. É um surfactante que desestabiliza 
com a membrana celular Destrói, por lise celular (explosão dos conteúdos), eritrócitos e 
muitos outros tipos de células. 
8. Toxina gama e leucocidina P-V: grupo de até seis toxinas que formam poros na membrana 
celular de leucócitos, destruindo-os por lise. 
9. Coagulase: esta enzima coagula o sangue ao transformar o fibrinogénio em fibrina, da 
mesma forma que a trombina humana. A formação de coágulos à volta das bactérias 
dificulta o seu reconhecimento e fagocitose pelas células do sistema imunitário. Diferencial 
para Staphylococcus aureus 
10. Fibrolisina ou estafilocinase: produzido pelo Staphylococcus aureus. Dissolve os coágulos 
de fibrina, o que é útil se forem tão grandes que impeçam a sua multiplicação e invasão. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
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27 
 
11. Hialuronidase: degrada a matriz extra-celular humana, composta de ácido hialurónico, 
facilitando a invasão dos tecidos. 
12. Catalase: protege as bactérias dos ataques com superoxidantes produzidos como defesa 
pelos leucócitos. A enzima catalase transforma o peróxido de oxigénio (presente na "água 
oxigenada" usada como asséptico) em água e oxigénio inofensivos. 
13. Lipase: todos os Staphylococcus aureus e 30% dos outros produzem-nas. Dissolvem 
lípidos neutralizando defesas lipídicas (que repelem água e causam desidratação das 
bactérias) como o sebo da pele e mucosas. 
14. Penicilinase: produzida pelas estirpes resistentes ao antibiótico penicilina. Ela degrada o 
antibiótico. É espalhada por troca de plasmídeos contendo o gene nas trocas sexuais 
bacterianas. 
15. Enterotoxinas: produzidas em alimentos durante a fase de crescimento. São peptídeos de 
pequeno peso molecular. São resistentes às enzimas digestivas e aocalor, não sendo 
destruídas pelos processos de cocção e esterilização. Agem na parede do estômago, nos 
receptores do nervo vago. São produzidas diversas toxinas, designadas por letras: A, B, C 
(C1 e C2), C, D, E, F e G. 
Epidemiologia 
Existem em todo o mundo. 
As estirpes pouco virulentas (coagulase-negativas) dos estafilococos existem na pele de todas as 
pessoas, embora frequentemente também estejam presentes Staphylococcus aureus (sem no 
entanto provocar doenças). Por vezes, também estão presentes nos intestinos e no trato urinário. 
São destruídos por desinfectantes, sabão e altas temperaturas. Podem resistir bem à 
desidratação, durante longos períodos. São transmitidas de pessoa a pessoa pelo contato direto 
ou pelo contato indireto (via objectos). As feridas e outras aberturas na pele, os estados de 
debilidade, as operações cirúrgicas e as doenças em geral incrementam a possibilidade de esses 
micro-organismos invadirem o organismo humano e passarem a atuar como patógenos. 
Doenças causadas 
As principais são: 
 Foliculite 
 Mastite bovina 
 Otite externa em cães 
 Doenças sistêmicas potencialmente fatais 
 Infecções cutâneas (piodermite) 
 Infecções oportunistas 
 Doenças das vias urinárias 
 Endocardite 
 Impetigo 
Prevenção 
A prevenção consiste basicamente em manter-se a higiene pessoal e dos alimentos manipulados: 
 Lavar as mãos com escovas e sabões desinfetantes. 
 Ao manipular alimentos, usar máscaras, luvas e gorros. 
 Usar refrigeração adequada. A temperatura dos alimentos deve ser mantida inferior a 7°C. 
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28 
 
Diagnóstico e tratamento 
O diagnóstico é realizado pela coleta de amostras, cultura em disco de Petri e identificação 
por técnica de Gram e bioquímica (determinação das enzimas que produz). A sorologia (detecção 
de anticorpos específicos) também ajuda. 
Para o tratamento, indicam-se as penicilinas penicilinase-resistentes. Essas ainda são a primeira 
escolha, apesar do aumento da resistência das bactérias. A oxacilina é uma penicilina 
penicilinase-resistente indicada para as infecções causadas por S. aureus. Já a cefazolina é uma 
cefalosporina de primeira geração, resistente à penicilinase, e é indicada como segunda escolha 
no tratamento das infecções. Por fim, em caso de micro-organismos resistentes (que não são 
afetados pelas penicilinas penicilinase-resistentes), indica-se o uso de vancomicina. 
 
 
BACILOS GRAM NEGATIVOS 
Acinetobacter baumannii é uma espécie de bactéria aeróbia Gram-negativa, com distribuição 
cosmopolita no solo, onde desempenha um importante papel na decomposição de compostos 
aromáticos. Apesar de ser a segunda bactéria não-fermentadora mais frequentemente isolada em 
humanos, apresenta elevada patogenicidade, com estirpes resistentes à maioria dos antibióticos. 
Provoca infecções oportunistas, afectando mais frequentemente as vias respiratórias e o tracto 
urinário, podendo causar pneumonias severas e infecções urinárias (ITU) de difícil controlo. Como 
resultado da sua resistência à desinfecção e aos fármacos e longo tempo de permanência activa 
em superfícies secas e na pele saudável, estima-se que infecte anualmente dezenas de milhar de 
pacientes em ambiente hospitalar, sendo uma das infecções hospitalares mais comuns. As 
estirpes resistentes a múltiplos antibióticos, e por extensão as suas infecções, são em geral 
referidas pela sigla MDRAB (do inglês: Multidrug-resistant Acinetobacter baumannii ou MDRAB). 
 
Biologia e Ecologia 
Durante a fase de crescimento, a bactéria é um bacilo, com bastonetes com até 2,5 μm de 
comprimento. Durante a fase estacionária do crescimento bacteriano, as células tornam-se mais 
curtas e arredondadas, assemelhando-se a pequenos cocos ao encolher para cerca de metade do 
seu tamanho inicial. As bactérias encontram-se em geral em pares ou em grupos densos de 
células interligadas. 
Apesar das espécies incluídas no género Acinetobacter não possuem flagelos, o que está na base 
da etimologia do nome genérico, um neologismo derivado da palavra grega acineto que significa 
"sem movimento",A. baumannii exibe motilidade limitada, deslocando-se por efeito da deformação 
cíclica da sua parede celular, contorcendo-se numa variante microscópica do processo utilizado 
pelas lesmas. 
A. baumannii é uma bactéria gram-negativa, não fermentadora, sendo que um dos testes 
bioquímicos utilizados para a distinguir de outros microorganismos patogénicos é o determinar a 
ausência de oxidase, já que a espécie é oxidase-negativa. 
Acinetobacter baumannii é o patógeno humano mais relevante do género Acinetobacter. A maioria 
dos isolatos são multi-resistentes a antibióticos, contendo no seu genoma pequenas sequências 
isoladas ("ilhas") de DNA transmitidas geneticamente de outros organismos, bem como outros 
materiais citológicos e genéticos de proveniência exógena (isto é provenientes de outras espécies 
de microorganismos). A presença de materiais genéticos e citológicos exógenos leva a uma maior 
virulência. 
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29 
 
A espécie é um decompositor com distribuição cosmopolita que faz parte da composição normal 
da generalidade dos solos. Como as restantes espécies do género Acinetobacter, exerce um 
papel importante na decomposição de matérias ricas em compostos aromáticos, integrando um 
dos níveis tróficos essenciais da microbiologia ambiental. 
A espécie é resistente à secura, podendo sobreviver na forma arredondada (cocóide) típica da sua 
fase estacionária de crescimento, em que as células são reduzidas por exsicação a cerca de 
metade do seu volume na fase de crescimento, durante várias semanas mesmo em superfícies 
secas e sujeitas a radiação solar. Naquela forma, foi demonstrada a viabilidade da bactéria após 
períodos de até 5 meses em superfícies secas não perturbadas, dependendo o período de 
sobrevivência do teor de humidade relativa do ar ambiente. Foi também demonstrado que pode 
sobreviver durante várias semanas sobre pele humana saudável. Na forma cocóide também 
resiste à maioria dos desinfectantes oxidativos. 
Transmissão e prevalência 
Muito comum em solos de todo o mundo, podendo sobreviver na pele humana ou 
superfícies secas durante períodos longos, a linhagem A. baumannii é a segunda bactéria não-
fermentadora mais frequentemente isolada em seres humanos saudáveis. Contudo, com 
frequência exibe patogenicidade, afectando em geral indivíduos imunocomprometidos, sendo 
frequentemente isolada em infecções nosocomiais. Estirpes resistentes da espécie são 
especialmente prevalentes em unidades de tratamento intensivo, onde são comuns casos 
esporádicos de infecção, que nalguns casos mais virulentos podem assumir carácter epidémico. 
Dada a sua capacidade para infectar o aparelho respiratório humano, A. baumannii é causa 
frequente de pneumonia nosocomial, especialmente de pneumonia associada à ventilação 
mecânica. Pode ainda causar diversas outras infecções, incluindo infecções de pele, de feridas e 
bacteremia. 
A forma mais comum de entrada de A. baumannii no corpo humano é através de feridas abertas, 
sendo que em ambiente hospitalar as vias mais comuns são os cateteres, as sondas 
nasogástricas e os tubos respiratórios utilizados na intubação endotraqueal de pacientes. Sendo 
um patógeno oportunista, em geral infecta apenas indivíduos com sistema imunitário 
comprometido, como os feridos com gravidade, os idosos, as crianças e os portadores de 
doenças que deprimem o sistema imunitário (como a SIDA). 
A simples infestação não apresenta particulares riscos, já que a colonização não provoca 
morbidez em indivíduos que não estejam já doentes. Por essa razão, profissionais de saúde e 
visitantes portadores assintomáticos da bactéria podem promover inadvertidamente a sua 
disseminação, provocando a infestação de hospitais, centros de saúde e outras estruturas 
frequentadas por indivíduos susceptíveis, o que faz da iatrogenia o mecanismo mais frequente de 
infecção. 
O número de infecções infecções hospitalares causadas por A. baumannii aumentou nos anos 
mais recentes, seguindo uma tendência de aumento da incidência comum à maioria infecções 
causadas por patógenos nosocomiais, tais como MRSA, VRSA e VRE. 
Foram muito frequentes as infecções por A. baumannii entre os militares norte-americanos feridos 
na Guerra do Iraque, o que levou a que a bactéria fosse frequentemente designada na imprensa 
norte-americana por Iraqibacter. Quando as primeiras infecções surgiram entre os militares 
feridos, em Abril de 2003, os relatórios iniciais atribuíam a infecção às características do solo 
iraquiano, mas estudos posteriores demonstraram a contaminação generalizada dos hospitais de 
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30 
 
campanha, aparentemente pela via da importação de pessoal e equipamento de hospitais 
europeus já previamente infestados, num caso típico de transmissão por fomite. 
Patogenicidade e controlo das infecções 
A. baumannii, como típico patógeno oportunista, expressa uma miríade de factores que 
influenciam a sua patogenicidade em humanos. Entre esses factores está a capacidade da 
bactéria se fixar e de persistir agarrada a superfícies sólidas, a capacidade de extrair do meio 
circundante nutrientes essenciais (nomeadamente o ferro), a adesão às células epiteliais, e sua 
subsequente morte por apoptose, e a produção e secreção de enzimas e produtos tóxicos 
capazes de danificar os tecidos infectados. Contudo, conhece-se pouco sobre a natureza 
molecular e a bioquímica da maioria desses processos e factores, em particular sobre o papel de 
cada um deles na virulência e patogénese das infecções bacterianas graves. 
Algumas estirpes de A. baumanniiexibem motilidade reduzida quando expostas a luz comcomprimentos de onda na região do azul. Esta fotossensibilidade pode ter um papel importante na 
formação de biofilmes e influenciar outros factores determinantes da virulência. 
As contaminação por estirpes multi-resistentes de A. baumannii são na actualidade um problema 
comum nos hospitais das regiões mais desenvolvidas do mundo, com destaque para a América 
do Norte e a Europa. Causam nos seres humanos uma ampla variedade de quadros infecciosos, 
razão pela qual a bactéria é considerada um importante agente patogénico afectando feridos, 
nomeadamente os feridos de guerra e vítimas de politraumatismo, nos quais provoca infecções 
graves, frequentemente fatais, entre as quais a fasciite necrosante. 
Também a bacteremia resultante de infecção nosocomial por A. baumannii pode ser a causa de 
severas complicações clínicas, estando associada a uma elevada taxa de mortalidade. 
A primeira linha de tratamento é em geral a aplicação de um antibiótico beta-lactâmico do grupo 
dos carbapenem, nomeadamente imipenem, embora a resistência a esse grupo de antibióticos 
seja cada vez mais comum. Outras opções de tratamento incluem ministrar polimixinas, tigeciclina 
ou aminoglicosídeos. 
O cumprimento de medidas estritas de controlo de infecções, como a monitorização da lavagem 
de mãos, pode baixar substancialmente as taxas de infecção hospitalas. 
As infecções por MDRAB são difíceis de controlar e o seu tratamento é dispendioso, podendo 
agravar substancialmente os custos de exploração das unidades de saúde contaminadas e fazer 
crescer significativamente as taxas de morbilidade e mortalidade entre os pacientes atendidos nas 
suas instalações. 
Existem em fase de desenvolvimento algumas novas aproximações clínicas ao controlo de 
infecções por MDRAB, entre elas a utilização de um bacteriófago específico deste tipo de bactéria 
 
Acinetobacter 
 
Acinetobacter é um gênero de bactéria Gram-negativa que pertence ao filo 
Proteobacteria. Não-móveis, as espécies de Acinetobacter são oxidase-negativas, e se 
apresentam em pares. São importantes organismos no solo, onde contribuem na mineralização 
de, por exemplo, compostos aromáticos. As Acinetobacter também são uma importante fonte de 
infecções hospitalares, quando atingem principalmente pacientes imunologicamente debilitados. 
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31 
 
Tratamento 
As espécies de Acinetobacter são por natureza resistentes a muitas classes de 
antibióticos, incluindo penicilina, cloranfenicol e frequentemente aminoglicosídeos. Um 
crescimento dramático na resistência a antibióticos nas linhagens de Acinetobacter tem sido 
relatado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Os carbapenens 
são reconhecidos como o tratamento padrão-ouro e/ou de última escolha. 
 
Enterobacter aerogenes 
 
Enterobacter aerogenes é uma bactéria Gram negativa, oxidase negativa, catalase 
positiva, citrato positivo, indolado negativo, em forma de bastonete. A bactéria tem 
aproximadamente 1-3 mícrons de comprimento e é capaz de motilidade via flagelos peritricosos. 
E. aerogenes é uma bactéria nosocomial e patogênica que causa infecções oportunistas, incluindo 
a maioria dos tipos de infecções. A maioria é sensível à maioria dos antibióticos projetados para 
essa classe de bactérias, mas isso é complicado por seus mecanismos de resistência induzíveis, 
particularmente a lactamase, o que significa que eles rapidamente se tornam resistentes aos 
antibióticos padrão durante o tratamento, exigindo uma mudança no antibiótico para evitar o 
agravamento da sepse. . Algumas das infecções causadas por E. aerogenes resultam de 
tratamentos antibióticos específicos, inserções de cateteres venosos e / ou procedimentos 
cirúrgicos. E. aerogenes é geralmente encontrado no trato gastrointestinal humano e geralmente 
não causa doença em indivíduos saudáveis. Verificou-se que ele vive em vários resíduos, 
produtos químicos higiênicos e solo. A bactéria também tem algum significado comercial - o gás 
de hidrogênio produzido durante a fermentação foi experimentado com o uso do melaço como 
substrato. E. aerogenes é um excelente produtor de hidrogênio. É uma bactéria anaeróbia 
facultativa e mesofílica que é capaz de consumir diferentes açúcares e em contraste com o cultivo 
de anaeróbios estritos, nenhuma operação especial é necessária para remover todo o oxigênio do 
fermentador. E. aerogenes tem um tempo de duplicação curto e alta produtividade de hidrogênio e 
taxa de evolução. Além disso, a produção de hidrogênio por esta bactéria não é inibida em altas 
pressões parciais de hidrogênio; no entanto, seu rendimento é menor em comparação com 
anaeróbios estritos como Clostridia. Um máximo teórico de 4 moles de glicose H2 / mol pode ser 
produzido por bactérias anaeróbicas estritas. Bactérias anaeróbicas facultativas como E. 
aerogenes têm um rendimento máximo teórico de 2 mol H2 / mol glicose. Pode estragar a seiva e 
o xarope do bordo. 
 
Enterobacter 
 
Enterobacter pertence à família Enterobacteriaceae, pertencente ao 5º Grupo de Bergey. Como 
resultado disso, abarca bactérias pequenas, gram (-) e anaeróbias facultativas (ou seja, tanto 
realizam metabolismo respiratório como fermentativo). 
Ocorrem a nível de quase toda a Natureza, sendo visívies na água doce, solos, esgotos, vegetais, 
animais e fezes humanas. Algumas são agente patogénicos oportunistas, sendo a causa de 
queimaduras, ferimentos e infecções urinárias. Ocasionalmente, podem também provocar 
septicemia e meningite. 
 
Escherichia coli 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Penicilina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloranfenicol
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aminoglicos%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_a_antibi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Centers_for_Disease_Control_and_Prevention
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbapenens
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padr%C3%A3o-ouro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enterobacteriaceae

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