Buscar

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
ASPECTOS GERAIS: 
O ar ambiente contém gases e aerossóis sob a forma líquida ou sólida. 
A constituição da fase gasosa: -Variável - pressões de: O₂, N₂ e CO₂ , de acordo com a pressão atmosférica
A fase sólida (particulados / aerodispersóides) é variável em função de/da: Umidade relativa do ar; Estação do ano; Proximidade de zonas rurais ou urbanas; • Industrialização da área;
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS DOENÇAS PULMONARES: 
Fatores: 
· Reação tecidual; 
· Tipo de agente envolvido; 
· Quadro clínico predominante.
Doenças Agudas 
1.Trato respiratório alto 
• Irritação/inflamação de cavidades nasais e seios da face, faringe e laringe, por inalação de gases ou particulados irritantes e/ou tóxicos; 
• Rinite alérgica.
2.Trato respiratório baixo 
• Asma ocupacional (incluindo bissinose e síndrome de disfunção reativa das vias aéreas) 
3.Doenças do parênquima pulmonar 
• Pneumonites por hipersensibilidade 
• Pneumonites tóxicas
4.Doenças pleurais 
• Derrame pleural
Doenças Crônicas 
1.Trato respiratório alto 
• Úlcera de septo nasal Exposição ao ácido crômico, usado em galvanoplastia
2.Trato respiratório baixo 
• Bronquite crônica ocupacional 
• Enfisema pulmonar
• Limitação crônica ao fluxo aéreo (LCFA): geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas ou gases nocivos.
3.Doenças do parênquima pulmonar (PNEUMOCONIOSES) 
• Silicose
• Asbestose
• Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão (PTC)
4. Carcinomas do trato respiratório 
• Adenocarcinomas dos seios da face (Exposição à níquel, no processo de refino e fundição) 
• Carcinoma broncogênico (asbesto, radiação, arsênico, cromo, níquel) 
• Mesotelioma de pleura (asbesto)
O termo pneumoconiose refere-se apenas àquelas doenças causadas pela inalação de aerossóis sólidos e à conseqüente reação tecidual do parênquima pulmonar. (macrófago – lise – fibrose)
Brasil 
• A primeira pneumoconiose mais freqüente é a Silicose 
- Minas Gerais - mineração de ouro (4.000 casos até 1992), 
- Indústria de cerâmica, 
- Fundições, 
- Cavação manual de poços , 
- Jateamento de areia.
- Silicose
• A segunda pneumoconiose mais freqüente é a Pneumoconiose dos Trabalhadores de Carvão - Santa Catarina (2.000 casos até 1992)
PENETRAÇÃO E DEPOSIÇÃO DOS AGENTES INALÁVEIS 
Gases penetram livremente no trato respiratório. Toxicidade – fatores: - Solubilidade (líquidos orgânicos e membranas) - Concentração - Condições ambientais
LEMBRA DISSO!! Penetração de aerossóis, líquidos ou sólidos, no trato respiratório = diâmetro aerodinâmico das partículas < 10µm = = "fração respirável" Partículas > 10µm de diâmetro ficam retidas na região nasal 
“Fração respirável” 
- Depositam-se em qualquer nível da árvore respiratória. 
- Processo de deposição de partículas é variável: 
a) Condições ambientais, fisiológicas; 
b) Dose e intensidade da exposição ao agente.
Principais mecanismos de defesa: 
- Sistema mucociliar 
- Macrófagos alveolares Mecanismos íntegros e ativos = resposta adequada 
COMO O PULMÃO RESPONDE AOS AGENTES AGRESSORES 
a) Tosse: reflexo mediado pela estimulação de receptores de irritação dispostos preferencialmente nas vias aéreas proximais; 
b) Broncoconstrição: secundária à estimulação das terminações nervosas presentes nas vias aéreas por mecanismos reflexos vagais ou pela secreção de mediadores inflamatórios;
c) Secreção de muco e substâncias citoprotetoras: tais como lisozima, pelas células secretoras presentes ao longo do trato respiratório; 
d) Transporte mucociliar: que consiste no batimento ordenado do epitélio ciliar que propele em direção à orofaringe, as secreções respiratórias; 
e) Defesa imune: produto da ação do sistema linfóide associado às vias aéreas; 
f) Ativação de células inflamatórias: presentes na secreção que recobre o trato respiratório, provenientes do recrutamento local (diapedese transepitelial), ou trazidas do compartimento alveolar pelo transporte mucociliar. 
Agentes agressores Disfunção ou hipersolicitação destes mecanismos = condições para o desenvolvimento de doenças das vias aéreas.
Exemplos: 
• Distúrbios do transporte mucociliar e tosse: 
a) Bronquite crônica; 
b) Doenças inflamatórias crônicas (bronquiectasia ou a mucoviscidose) 
• Ativação excessiva da resposta broncoconstritora = evento mais característico da asma brônquica.
• Proliferação de células das vias aéreas por estímulo patológico crônico = clone transformado origina um carcinoma broncogênico. 
Resposta pulmonar frente a Agentes Inaláveis: 
Gases e fumaças tóxicas comprometem + as vias aéreas: 
- Traqueobronquite hemorrágica aguda e bronquiolites
- Edema pulmonar 
- Pneumonite hemorrágica 
- Destruição do epitélio alveolar 
Material particulado = alterações inflamatórias no território de trocas gasosas, preservando as vias aéreas de maior calibre. 
Fatores que alteram as lesões: 
a) Natureza e propriedade do agente; 
b) Concentração do agente retida no pulmão e a duração da exposição (= dose x tempo de exposição); c) Suscetibilidade individual.
Tipo de reação tecidual: A interação entre o macrófago alveolar e as partículas fagocitadas determinam a reação tecidual. 
Exemplo 1: Partículas como o ferro, titânio e carbono: Pouca toxicidade para os macrófagos, permanecendo viáveis com as demais partículas fagocitadas presentes no citoplasma do macrófago = poeiras inertes ou não fibrinogênicas (pneumoconiose por acúmulo e não por reação tecidual) 
Exemplo 2: Poeiras de sílica e asbesto 
Altera a superfície dos macrófagos causando lise celular e posterior fibrose = poeiras fibrinogênias (pneumocomioses por uma rica reação tecidual, variando de um leve acúmulo de reticulina até uma fibrose tecidual intensa). 
Diagnóstico das doenças respiratórias relacionadas ao trabalho 
• História Ocupacional 
Avaliação Clínica 
• Sintomas respiratórios: dispnéia aos esforços, progressiva; 
• Sinais clínicos: nenhum sinal clínico patognomônico. 
Imagem: Radiologia Convencional e Tomografia Computadorizada 
• Apesar do enorme avanço tecnológico ocorrido na área de diagnóstico por imagens, o diagnóstico das pneumoconioses ainda depende basicamente da interpretação da radiografia de tórax (Padrão OIT).
Provas de Função Pulmonar 
• Espirometria: 
Avalia a função ventilatória: distensibilidade, complacência ou resistência elástica dos pulmões e parede torácica + a resistência ao fluxo aéreo. 
Asma Ocupacional (AO): (Trato respiratório baixo ) Obstrução difusa e aguda das vias aéreas, de caráter reversível, causada pela inalação de substâncias alergênicas, presentes nos ambientes de trabalho, por exemplo poeiras de: 
• algodão 
• linho 
• borracha 
• couro 
• madeira vermelha, etc. 
O diagnóstico de AO é feito por uma tríade 
• História clínica consistente com asma; 
• Exposição a agente(s) suspeito(s); 
• Evidência de obstrução reversível associada à exposição ocupacional. 
Quadro clínico 
É o de uma asma brônquica: 
• Falta de ar 
• Tosse 
• Aperto e chiado de peito 
Acompanhados de: 
• Rinorréia 
• Espirros 
• Lacrimejamento 
· Os sintomas são relacionados com as exposições ocupacionais às poeiras e vapores. 
· Muitas vezes, uma tosse noturna persistente é a única queixa dos pacientes. 
· Os sintomas podem aparecer no local da exposição ou após algumas horas, desaparecendo, na maioria dos casos, nos finais de semana ou nos períodos de férias ou afastamentos. 
Tratamento: Afastar o trabalhador de suas atividades e providenciar sua readaptação.
PNEUMOCONIOSES 
Definição: OIT 
Doenças pulmonares causadas pelo acúmulo de poeiras nos pulmões e reação tissular à presença dessas poeiras. 
• Silicose, Asbestose e PTC (DOENÇAS DO PARÊNQUIMA PULMONAR) 
Pneumoconiose dos Trabalhadores do Carvão (Antracose, doença do pulmão negro) 
Definição: Doença respiratória provocada pela inalação do pó de carvão por períodos prolongados. Risco: duração e extensão da exposição ao pó de carvão. 
Idade: maioria tem + de 50 anos. 
· No Brasil, as PTC ocorrem com maior freqüência: PR – SC – RS = maiores bacias carboníferas do país. 
· SC: + de 3000 casosde PTC. 
Ocorre em duas formas: 
• Simples: não provoca fibrose é devida ao acúmulo (carvão betuminoso); 
• Complicada: fibrose maciça, é incapacitante (carvão antracitoso - promove maior número de partículas respiráveis). 
Sintomas: (exame físico é pobre) 
- Dispnéia (+ importante); 
- Também: dor torácica, sensação de pressão, tosse. 
Tratamento: 
• Não existe tratamento específico; 
• Tratar as complicações; 
• Evitar reexposição ao pó de carvão. 
RX: Múltiplas lesões nodulares pequenas, circundadas por enfisema focal, fibrose pulmonar maciça, opacidades grandes em ápices pulmonares que podem até escavar.
Prova de Função Pulmonar: Padrão obstrutivo
Silicose 
Definição: Doença pulmonar causada pela inalação da poeira sílica (minério) Doença Antiga: +/– 1.300 anos Era conhecida como doença das viúvas = trabalhadores tinham morte precoce, com 10-15 anos de trabalho. Hospedeiro → Trabalhador
FISIOPATOLOGIA: 
- São partículas de +/– 5µm de diâmetro (quanto < pior); 
- Causa inflamação → cicatrização → fibrose → endurecimento pulmonar; 
- É uma doença incapacitante = dispnéia progressiva de mínimos esforços ao repouso. 
Quadro clínico 
Inexpressivo ou assintomático por anos: Tosse não produtiva ou pequena secreção pela manhã; 
- Dores torácicas não localizadas + episódios de bronquite ou queixas gerais (tontura, fraqueza, sudorese); 
- Após +/– 10 anos: dispnéia de esforço é o sintoma que marca a silicose -> evolui lentamente para fibrose pulmonar irreversível; 
- Fases finais: cor pumonale e ICC. 
Atividades de risco (de novo) 
• Indústria extrativa de minerais; 
• Beneficiamento de areia e ferro; 
• Jateamento de areia e ferro; 
• Abrasivos: marmoraria, corte e polimento de granito. 
• Freqüentemente está associada a Tuberculose (complicação grave). 
Não se conhece a causa do aumento a susceptibilidade à Tuberculose. 
Exame Médico Ocupacional Periódico +: 
- Rx de tórax, anual 
- Espirometria, bianual
Asbestose
Considerações Gerais
O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de asbesto (fibra mineral natural extraída de rochas amiantíferas = amianto).
Substância cancerígena (*) = uso proibido?
Uso em condições ambientais rigidamente controladas ou a substituição do produto nos
diversos processos produtivos?
Agentes confirmados como carcinogênicos para humanos:
- Asbestos ou amianto - todas as formas, inclusive actinolita, amosita, antofilita, crisotila, crocidolita, tremolita (nota: Substâncias minerais, a exemplo do talco ou vermiculita, que contenham amianto também devem ser considerados como cancerígeno para os seres humanos)
Utilização industrial:
• Cimento-amianto (telhas, caixas d’ água)
• Materiais de fricção como pastilhas de freio,
• Materiais de vedação e revestimentos isolantes,
• Pisos e produtos têxteis, como mantas e tecidos resistentes ao fogo.
Definição:
A asbestose é a pneumoconiose associada ao asbesto ou amianto, sendo uma doença eminentemente
ocupacional.
A doença, de caráter progressivo e irreversível, tem um período de latência superior a 10 anos, podendo
se manifestar alguns anos após cessada a exposição.
• Dispnéia de esforço, estertores crepitantes nas bases pulmonares,
• Baqueteamento digital,
• Alterações funcionais,
• Pequenas opacidades irregulares na radiografia de tórax.
Diagnóstico:
• História clínica e ocupacional
• Exame físico
• Alterações radiológicas
- Mesotelioma

Outros materiais

Outros materiais