Buscar

Petição - Ação Popular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL
Trabalho: Ação Popular
Brasília setembro 2021
Caso em Concreto
A sociedade empresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio. Após amplos estudos, foi identificado o local que melhor atenderia às suas necessidades. Ato contínuo, os equipamentos foram alugados e foi providenciado o cerco do local com tapumes. De imediato, foi fixada a placa, assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo necessário para a conclusão dos preparativos. 
João da Silva, usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado estadual no processo eleitoral que estava em curso, ficou surpreso com a iniciativa da sociedade empresária K, pois era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente do Município Alfa. Considerando esse dado, formulou requerimento, dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada. 
A sociedade empresária K indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo Município, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos, permitindo o início das obras. O local, ademais, era o que traria maiores benefícios aos usuários. João da Silva, irresignado com esse estado de coisas, contratou seus serviços, como advogado(a). Ele afirmou que quer propor uma ação judicial para que seja declarada a nulidade da licença concedida e impedida a iminente realização das obras no local escolhido, que abriga diversas espécies raras da flora e da fauna silvestre. Levando em consideração as informações expostas, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que confiram sustentação à pretensão.
Obs: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo apreensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
AO JUIZO DA ª VARA CÍVEL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ALFA.
JOÃO DA SILVA, brasileiro, estado civil..., portador da carteira de identidade sob o n°..., inscrito no CPF sob o n°..., titulo de eleitor nº...., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., por seu advogado infra-assinado, procuração anexa, com endereço profissional para fins de intimações na Rua..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., endereço eletrônico..., vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5°, inciso LXXXIII, da Constituição Federal de 1988, propor,
AÇÃO POPUPLAR
em face do prefeito Municipal PEDRO SANTOS, autoridade administrativa, brasileiro, estado civil..., portador da carteira de identidade sob o n°..., inscrito no CPF sob o n°..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP...; em face ao MUNICIPIO ALFA, pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ sob o n°.. .; endereço eletrônico..., com sede na Rua..., n°..., Bairro..., Alfa, Estado..., CEP...; e em face da SOCIEDADE EMPRESÁRIA K, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n° ..., endereço eletrônico..., com sede na Rua..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., conforme fatos e fundamentos passa a expor
I - DOS FATOS 
A terceira Ré, sociedade K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio. De imediato, foi fixada a placa , assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo necessário para a conclusão dos preparativos. 
O Autor que é usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado estadual no processo eleitoral que estava em curso, ficou surpreso com a iniciativa da terceira Ré, pois era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente. Diante de tais fatos o autor formulou requerimento, dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada. 
A Terceira Ré, concessionária, indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo Segundo Réu, Município Alfa, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo Primeiro Réu, prefeito Pedro dos Santos, permitindo o início das obras. O local, ademais, era o que traria maiore s benefícios aos usuários. Por fim, devido a inexatidão da resolução da lide pelas vias administrativas, restou ao poder judiciário solucionar tal fato. 
II - DO CABIMENTO
 Nos moldes do artigo 5, inciso LXVIII, da Constituição Federal, de 1988 estabelece que qualquer cidadão tem legitimidade para impetrar ação popular com o objetivo de anular ato lesivo ao patrimônio público ou entidade que o Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico cultural, ficando o autor, salvo comprovado a má -fé, isento de custas judiciais e ônus de sucumbência.
Portanto, com base no artigo citado admita a impetração da ação popular por qualquer cidadão, que visa anular o ato lesivo ao patrimônio público, por sua vez, a moralidade administrativa no meio ambiente e ao patrimônio histórico-cultural. Conforme a lei número 4.717 de 65, artigo 2° parágrafo único, que estabelece o rito da presente ação. Conforme redação da Constituição Federal a celebração de contrato de concessão, sem a devida licitação, é contrato administrativo que ofende a moralidade administrativa, já mencionada na presente ação. Além de ser ato lesivo ao patrimônio. Dito isto, o ajuizamento da presente é perfeitamente cabível.
III- DA LEGITIMIDADE
III.I – ATIVA
 A legitimidade ativa de João da Silva, é garantida pelo fato de ser cidadão conforme estabelece o artigo 5°, inciso L XXIII, DA CRFB/88 e o artigo 1° , caput, da Lei n . 4.717/65, qualidade intrínseca para sua condição de candidato para o cargo de Deputado Estadual. 
III.II – PASSIVA
A legitimidade passiva do prefeito Pedro Santos decorre decorre de que o mesmo é responsável por ato ilegal, lesiva ao meio ambiente, conforme artigo 225, caput, da Constituição Federal de 1988 e a Lei número 12651, 25 de maio de 2012, art. 2° e 3°, II, III, pelo fato de ter concedido a licença de construção nos termos da Lei n°4.717/65, artigo 6°, caput. Enquanto, a legitimidade passiva do Município Alfa por se almejar a obstar dos efeitos de uma licença que concedeu por intermédio do prefeito nos termos do artigo 6°, §3°, da Lei de n.4.717/65.Po fim, a legitimidade passiva da sociedade de empresário k pelo fato de ser a beneficiária da licença concedida, Lei número 4.717 de 1965, art. 6°, caput, estando.
 A ação será proposta contra pessoas públicas e privadas e as entidades referidas no artigo 1° contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado ou que, por omissas, tiveram dado oportunidades à lesão, e contra os beneficiários direito diretos do mesmo.
III. III – DO PEDIDO DE LIMINAR
O fumus bonis juris, fumaça do bom direito, se faz presente na real ilegalidade da licença da construção, afrontando o artigo 5°, inciso LXXIII; art.225; art.170, inciso VI e art. 37, caput, todos da Constituição da República Federativa de 1988. O periculum in mora, perigo na demora, se faz presente, haja vista que a concessionária quer destruir área de preservaçãoambiental, causando danos irreversíveis ao meio ambiente, tendo em vista que o local se manifesta raridade de fauna, flora. Nesse sentido, requer, a concessão de Liminar, para impedir que terceira Ré (sociedade empresária k) inicie as obras no local.
IV- INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Cabe ao Ministério público o acompanhamento da ação, que por sua vez atua como fiscal da lei com base no parágrafo 46 da lei 4717 de 1965.
 V – DO DIREITO 
O art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 prevê que qualquer cidadão é parte legítima para propor Ação Popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 
A referida ação também se encontra regulamentada na Lei 4.717/65 e é um importante instrumento em defesa dos direitos difusos. Houve, no presente caso, um ato lesivo ao meio ambiente, sendo, portanto, possível a sua anulação através da presente ação popular, já que a licença concedida pelo Prefeito, Pedro dos Santos, é atentatória ao meio ambiente, pois o local abriga uma área de preservação ambiental permanente do Município Alfa.
Ou seja, tal licença afrontou a concepção mais ampla de legalidade, prevista no art. 37, caput, da CRFB/88, pois a sociedade empresária K, enquanto concessionária do serviço público, deve observar a legalidade em igual intensidade, não podendo causar danos ao meio ambiente, ainda que amparada por um ato estatal que nitidamente a afronta. 
Portanto, a licença concedida é nula, em razão da ilegalidade do objeto, de acordo com o art. 2º, caput, “c” da Lei nº 4.717/65, já que a realização da obra importará ao ato normativo que considerou o local uma área de preservação ambiental permanente, conforme art. 2º, parágrafo único, “c” da Lei nº 4.717/65. 
Ademais, os atos do poder concedente e do concessionário devem ser praticados em harmonia com a ordem jurídica, que protege o meio ambiente, nos termos do art. 225, caput, da CRFB/88, inclusive no âmbito da atividade econômica, conforme dispõe o art. 170, inciso VI, da CRFB/88, não podendo prevalecer o argumento de que o possível benefício dos usuários justifica a lesão ao meio ambiente.
 
VI – DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer:
a) A citação do réu para devida contestação a presente ação, sob pena da aplicação dos efeitos da revelia.
b) Concessão de provimento liminar, para impedir que a sociedade empresária K inicie as obras no local. 
c) Declaração de nulidade da licença concedida pelo Município Alfa, assinada pelo Prefeito Pedro dos Santos.
d) Proibição de realização de obras na área de preservação ambiental permanente.
e) Condenação dos réus ao pagamento de custas, demais despesas e honorários advocatícios (art. 12 da Lei n. 4.717/65).
f) A devolução do dinheiro público eventualmente recebido pela empresa K.
g) a produção de todos meios de provas, principalmente documentais, periciais e testemunhais.
Valor da causa: R$ 100,00 ( cem reais), para fins meramente fiscais. Art. 91 e 92 do CPC. 
Nestes termos, pede deferimento
Local, data.
Advogado, OAB.

Continue navegando