Buscar

Vírus causadores de Infecções Gastrointestinais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

ISABELA MATOS – T5 – UFMS CPTL 
Vírus causadores de Infecções Gastrointestinais
VÍRUS DE DNA 
O gênero Adenovírus, da família Adenoviridae, é um grupo de 
vírus de DNA causadores de infecções no TGI (também 
causam infecções respiratórias e outros órgãos). São vírus: 
→ DNA de dupla fita 
→ Icosaédricos 
→ Não envelopados 
VÍRUS DE RNA 
O rotavírus, da família Reoviridae, é vírus de RNA que causa 
infecções gastrointestinais, principalmente gastroenterites 
em crianças. 
Os calicivírus são causadores de infecções no TGI, 
principalmente o Norovírus, que difere do rotavírus em 
patogenicidade por infectar mais adultos. 
GASTROENTERITES EM HUMANOS 
 
Ao observar o gráfico que diferencia as principais infecções do 
TGI em países desenvolvidos (A) e em países em 
desenvolvimento (B), pode-se visualizar um grande numero 
de infecções por rotavírus em ambos os tipos de países. Os 
astrovírus ocupam pequena porcentagem e causam infecções 
no TGI de crianças até aproximadamente 2 anos de idade. 
Alguns vírus estão associados a gastroenterites agudas em 
humanos, principalmente os rotavírus do tipo A. Esse grupo 
causam uma doença mais severa, com quadro de diarreia mais 
intensa e causam doença, principalmente, em crianças. 
Adultos podem desenvolver infecção do TGI por rotavírus mas 
é menos comum. Rotavírus causa infecção em regiões de 
clima mais temperado e tem importância porque pode causar 
necessidade de hospitalização da criança infectada. 
O grupo B dos rotavírus foi responsável por surtos de diarreias 
em crianças e alguns adultos na China. 
O grupo C causa infecções esporádicas, isto é, surtos 
extremamente pontuais em crianças. 
Tanto grupo B, quanto grupo C causam surtos mais leves e 
doença menos agressiva, dificilmente exige hospitalização. 
Os adenovírus entéricos, possuem de 70-90 micrometros, são 
o segundo agente viral mais importante como causador de 
diarreia, principalmente, em crianças até 10 anos de idade. O 
quadro de diarreia é mais agressivo e por isso, podem exigir 
hospitalização. 
Na família caliciviridae, tem-se os calicivírus, sendo os 
norovírus os mais importantes. Esses vírus são popularmente 
chamados de “doença do viajante” porque é muito comum 
ocorrer surtos em embarcações. Mesmo que a 
transmissibilidade seja oro fecal, pode contaminar alimentos 
e o local de preparo do alimento. Logo, local fechado de 
contato com muitas pessoas, o grau de infecção do norovírus 
é grande. Diferente do rotavírus, eles tem característica de 
muito vômito junto com a diarreia e atingem crianças mais 
velhas e adultos. É comum em comunidade e instituições 
porque geralmente estão relacionados com a ingestão de 
alimentos contaminados: um individuo contamina aquele 
alimento e todos os outros que se alimentarem daquele 
alimento podem desenvolver a doença. 
Os sapovírus são menos conhecidos mas são também da 
família caliciviridae. Eles causam surtos de diarreia em 
crianças e jovens adultos, porém é mais raro. É mais comum 
fora do Brasil. 
Os astrovírus estão relacionados a casos esporádicos de 
doença diarreica, principalmente em crianças ate 7 anos e 
jovens adultos. 
Apesar dos calicivírus e astrovírus causarem quadros 
diarreicos, geralmente não é necessária a hospitalização dos 
pacientes. O tratamento é domiciliar é satisfatório. 
ROTAVÍRUS 
→ São da família Reoviridae 
→ Possuem entre 60-80 nanômetros de diâmetro, ou seja, 
são considerados 
vírus pequenos 
→ Possuem capsídeo 
icosaedrico 
→ Possuem envelope 
lipídico que 
protege o capsídeo 
e o material 
genético 
→ Material genético 
são fitas duplas de 
RNA segmentadas 
de 10 a 12 fragmentos, levando a um tamanho de genoma 
que varia de 16-27mil pares de bases 
→ O envelope viral possui glicoproteínas de superfície 
(bolinhas verde e azul na figura) que são as VP4 e a outra 
estrutura são a VP5 e VP8. Essas estruturas funcionam 
como ligantes celulares do intestino e permite que o vírus 
entre no interior da célula 
→ Protegendo o material genético, há outras proteínas do 
capsídeo como a VP6 e VP7 
→ A VP1 é a RNA-polimerase que é necessária para 
polimerizar DNA a partir de RNA. O vírus tem que trazer 
consigo essa proteína porque o organismo humano não a 
possui 
→ São vírus que se replicam no citoplasma celular e não no 
núcleo 
→ São vírus que possuem capacidade de troca de material 
genético, isto é, a variabilidade é grande de rotavírus. Se 
o indivíduo está infectado com mais de um tipo, pode 
ISABELA MATOS – T5 – UFMS CPTL 
haver troca de fragmentos genéticos, criando novas cepas 
virais. Isso ocorre comumente 
→ Os rotavírus não infectam somente o homem, podem 
infectar porcos e outros animais 
→ É a maior causa de doença diarreica em crianças 
→ É um bom vírus para ser usado como modelo de estudo 
viral 
→ Curiosamente, podem ser transmitidos pela água. Logo, 
água contaminada pode ser fonte de infecção para o 
homem. No ambiente, os vírus tem pouco tempo de 
viabilidade porque a luz ultravioleta emitida pelo sol pode 
danificar o material genético. No rotavírus, isso não 
ocorre porque é vírus de fita dupla de RNA e com isso, a 
estabilidade da molécula é mantida. Logo, é um vírus que 
dura muito tempo no ambiente. Esgotos clandestinos 
jogados em rios e lagos podem manter o vírus viável 
naquele lugar por diversos dias e por isso, é um vírus 
estudado quando se analisa a contaminação de um corpo 
d’agua. 
A próxima imagem ao lado 
é uma micrografia 
mostrando o envelope dos 
rotavírus. 
 
Os vírus são formados por 
diversas proteínas que são codificadas por diferentes 
fragmentos do genoma. Há entre 10 a 12 fragmentos do 
genoma: fragmento 1 codifica proteína VP1 responsável pela 
transcrição e replicação do material genético, por exemplo 
 
VPs são proteínas estruturais e NSP são proteínas não 
estruturais. 
Como o vírus possui a capacidade de trocar material genético, 
há uma grande variedade de genótipos dos vírus, ou seja, 
variantes genéticas do vírus. Há, por exemplo, as variantes 
GIP8, GIPNT, G2PNT, G3P8, G3PNT e etc. Logo, há muitos 
genótipos principalmente no grupo A. Na região Centro-
Oeste, circula principalmente as cepas G1PNT e G2PNT. 
TRANSMISSÃO 
Ocorre por uma pessoa infectada que elimina vírus nas fezes. 
Ao fazer a higiene, pode contaminas as próprias mãos. Moscas 
podem sentar nas fezes e se contaminarem. Pode-se 
contaminar objetos ou o próprio banheiro. Uma má 
distribuição do sistema de drenagem pode contaminar água 
que pode ser usada e assim contaminar novo hospedeiro. 
As moscas podem sentar no alimento e contaminar novo 
hospedeiro. O manuseio de crianças com mão contaminada 
pode causar a doença. 
Logo, a transmissão do rotavírus é oro-fecal. 
 
PATOGÊNESE 
Um grupo de rotavírus se agrupam em pequenas vesículas na 
água. Quando ocorre a ingestão, os vírus vão para o estomago 
e essa vesícula protege os vírus do suco gástrico ácido. Ao 
chegar no intestino, as proteínas de superfície do vírus 
interage com proteínas de superfície da célula, permitindo a 
entrada do vírus na célula e então, os vírus liberam seu 
material genético (RNA) que será lido, produzido novas 
proteínas virais, replicado, produzindo mais RNA, formando 
novos vírus que irão brotar da parede das células intestinais. 
Com isso, forma-se novas vesículas que serão eliminadas no 
lúmen intestinal e excretadas pelas fezes. As fezes contaminas 
poderão ser veículos de contaminação para um novo 
hospedeiro. 
 
Quando o vírus entra na células do TGI, ocorre uma grande 
replicação desses vírus na células, fazendo com que haja uma 
grande concentração de proteínas NSP4 (proteínas não 
estruturais). Isso vai levar informações junto com 
peptideoaminos e influxo de cálcio para o sistema nervoso 
entérico que depois enviará informações, através de 
ISABELA MATOS – T5 – UFMS CPTL 
neurotransmissores, aumentando a secreçãode muco e 
osmótica e causando diarreia. 
Além disso, a própria multiplicação do vírus e a constante 
saída dos vírus levam a lise celular. Há ainda a quebra das 
junções intercelulares, desprendendo das camadas 
superiores do intestino, fazendo com que ocorra má ou pouca 
absorção pelos enterócitos e aumentando mais a secreção 
osmótica e a diarreia. Com isso, elimina muito cloreto e água. 
Logo, são diarreias muito aquosas e com muco. 
 
Com a entrada dos vírus no enterócito, ocorre replicação e 
passagem de uma célula para outra. O vírus lesa a célula, 
aumentando o influxo de cálcio, que leva a informação para o 
sistema entérico e depois para o cérebro. O SNC manda 
informação para o TGI, aumentando ainda mais a motilidade 
na tentativa de eliminar o agente causador da lesão e também 
envia informação para o estomago para causar vômitos, 
porque o corpo entende que está num processo de 
envenenamento. 
 
Tudo isso ocorre porque há uma sinalização dos influxos de 
cálcio através dos plexos submucoso e mioentérico. 
Algumas proteínas virais (VIP) também fazem com que ocorra 
aumento de AMPc na célula, aumentando a secreção de NaCl 
e água. Assim, as fezes são ricas em água, sódio e cloreto. Essa 
perda de água e íons causa desidratação severa nos pacientes. 
Por isso, crianças pequenas quando infectadas precisam repor 
liquido por via oral (se possível) ou intravenosa. 
Rotavírus causador de diarreia é responsável por grande 
quantidade de morte ao redor do mundo, principalmente em 
países em desenvolvimento. 
Em 2013, ocorreram, aproximadamente, 215mil mortes de 
crianças por rotavírus no mundo. Houveram mais mortes na 
Índia, África Central e região oeste do continente africano. 
 
Maior parte do mundo possui entre 10 a 10k casos, isto é uma 
grande quantidade. 
DIAGNÓSTICO 
Pode ser feito: 
→ ELISA em busca de antígenos virais nas fezes. Na poça da 
placa ELISA há o anticorpo anti-antígeno e utiliza amostra 
de fezes para ver se ocorre reação entre o anticorpo e a 
presença ou não do antígeno 
→ Eletroforese em gel de poliacrilamida 
→ Látex aglutinação 
→ Técnica de transcrição reversa de biologia molecular RT-
PCR e suas variantes 
→ Sorologia: pouca utilidade, pois todos são soropositivos 
Apesar desses testes de anticorpos existirem, são de pouca 
utilidade porque durante a vida todos já entraram em contato 
rotavírus. E o teste de PCR são muito caros para serem feitos 
na clinica e são mais usados para pesquisa de genótipos que 
estão circulando em determinada região. Assim, o diagnostico 
geralmente é dado pelo quadro clinico do paciente. 
TRATAMENTO 
→ Está relacionado com reidratação do paciente, 
fornecendo água e eletrólitos necessários para combater 
desidratação e distúrbios eletrolíticos 
→ Não há tratamento especifico para rotavírus 
→ Manutenção da dieta alimentar normal mas evitando 
alimentos que possam aumentar a motilidade intestinal, 
como frutas ricas em fibras 
→ Eventual hidratação parenteral 
→ Não se recomenda o uso de antidiarreicos: a diarreia é o 
mecanismo de defesa para eliminar os microrganismo que 
estão lesando a camada do intestino 
Logo, é melhor hidratar o paciente e deixar o quadro de 
diarreia por alguns dias para o indivíduo eliminar a grande 
parte dos vírus até que o organismo consiga combater a 
infecção. 
ISABELA MATOS – T5 – UFMS CPTL 
Uma recomendação que tem ajudado no tratamento ao redor 
do mundo, é a 
reposição de água e 
eletrólitos através 
do soro caseiro: 
1. Copo de água 
seguramente limpa 
2. Medida rasa de sal 
3. 2 medidas rasas de açúcar 
VACINA 
A vacina usa vírus vivo atenuado e é uma suspensão oral. 
Testes para checar a soroconversão, isto é, após vacina 
quanto que produz de anticorpos, principalmente IgA, foram 
realizados e verificou-se que após 1ª dose, alcança 40% de 
soroconversão. Com 2ª dose, chega em torno de 60% de 
soroconversão. Com doses combinadas, também chega por 
volta de 60%. Essas % são boas taxas de soroconversão. 
 
O próximo grafico compara o número de casos e a cobertura 
vacinal e mostra uma queda abrupta da prevalência do vírus 
após o início da vacinação. 
 
Voltou a subir o numero de casos porque não manteve o 
índice de cobertura vacinal no período. Com isso, as pessoas 
que não foram vacinadas, tiveram a doença. Porém, ainda 
menor a incidência do que antes da distribuição das vacinas. 
 
NOROVÍRUS 
→ São da família Caliciviridae 
→ Infectam na maioria adultos mas podem infectar crianças 
→ Não possuem envelope viral: possuem só capsídeo 
isosaedrico e dentro material genético 
→ É vírus de RNA de fita única, linear e RNA +. Variando de 
tamanho de 7.4 a 8.3 mil pares de bases 
→ Capsídeo viral é formado pela junção de 3 proteínas: S, P1 
e P2. Principalmente a proteína P2 é responsável pela 
ligação nas células alvo para interiorizar 
→ São menores que o rotavírus: 27-40 nanômetros de 
diâmetro 
A imagem ao lado mostra 
algumas micrografias do 
vírus. 
Os norovírus podem 
infectar um grande 
numero de animais: 
roedores, bovinos, e 
caninos. Há 2 grandes 
grupos que infectam seres humanos: grupo 1 e grupo 2. Nesse 
último, os vírus infectam seres humanos e porcos e dentro 
desse grupo, o genótipo 2.4 (subgenótipo 4 dentro do grupo 
2) que são os responsáveis por cerca de 70-80% das infecções 
por norovírus. 
TRANSMISSÃO 
Ocorre transmissão oro-fecal: manuseio de alimentos com 
mão contaminadas. 
É comum em embarcações. 
Pode ocorrer contaminação da água, alimentos e ambiental 
(banheiros com fossa). Além disso, pode ocorrer transmissão 
entre pessoas. 
Sabe-se que frutos do mar consumidos cru pode ser uma 
forma de transmissão 
Acredita-se que como há um grande número de norovírus 
encontrado em porcos, eles sejam animais reservatórios do 
vírus. Porém, isso ainda está em estudo. 
 
PATOGÊNESE 
Quando o vírus chega no TGI, geralmente isso leva a uma 
infecção celular e uma diminuição da microbiota daquela 
região. Ocorre internalização do vírus, causando multiplicação 
viral, destruição dessas células e aumento da produção de 
interferon (ocorre processo inflamatório na região). 
A inflamação pode levar a vários desequilíbrios no lúmen 
intestinal, aumentando a motilidade intestinal e causando 
diarreia. 
ISABELA MATOS – T5 – UFMS CPTL 
 
SINTOMAS 
→ Dor de cabeça, febre, fadiga, calafrios, mialgia 
→ Diarreia aquosa 
→ Vomito: diferente do rotavírus que pode ter vomito, 
norovírus é bem intenso o vomito 
→ Idosos e crianças são mais suscetíveis não porque o vírus 
pode causar lesão maior mas porque podem apresentar 
maior grau de desidratação. Em idosos, a desidratação 
pode levar a confusão mental 
 
TRATAMENTO 
→ Consumo de água e sucos para reidratação 
→ Manter mãos bem lavadas com água e sabão por volta de 
15 segundos. Apesar de não ser envelopado, ocorre 
remoção mecânica dos vírus 
→ Lavagem correta de alimentos crus 
→ Dar preferência para alimentos cozidos porque o calor 
inativa o vírus 
DIAGNÓSTICO 
→ Também pode ser feito pela amostra de fezes 
 
Coleta as fezes, coloca no tubo, mistura com um tampão 
especifico, inverte o tubo e pinga no cacete para diferenciar 
rota e norovírus. O teste detecta a presença ou não do 
antígeno, isto é, se tem ou não proteínas do vírus nessa 
amostra de fezes. Teste mais usado para avaliar 
epidemiologia. 
O diagnostico não é sempre realizado porque as 
características sintomáticas direcionam se é rotavírus ou 
norovírus e o tratamento é muito parecido. 
O artigo publicado em 2019, na revista de epidemiologia, 
analisou o norovírus no município de São Paulo, entre 2010 e 
2016. 
 
Como houve implantação da vacina para rotavírus, observa-se 
uma diminuição do percentual de gastroenterites causadas 
por rotavírus durante os anos. 
Já de norovírus, como não há vacina ainda, ocorreu um 
aumento, com picos em 2013 e 2016. 
Nopróximo grafico, observa-se que as infecções por rotavírus 
(curva mais clara) obedecem a um ciclo: pico de casos e 
diminuição brusca. 
 
Apesar de haver alguns picos de casos de norovírus, as 
infecções se mantem mais constante. Logo, o norovírus está 
circulando mais constantemente devido à ausência de vacina. 
 
ASTROVÍRUS 
→ Pertence à família Astroviridae 
→ São vírus realmente pequenos com aparência de estrela: 
possuem 28-30nm 
→ São vírus de RNA de fita simples 
→ São associados a casos de gastroenterites endêmicas, 
usualmente em crianças jovens e neonatos. Podem causar 
surtos ocasionais 
→ Responsáveis por ate 10% dos casos de gastroenterites 
→ Doença muito similar aos rota e adenovírus 
→ Maioria das pessoas tem anticorpos aos 3 anos de idade: 
infecções acontecem em crianças pequenas geralmente 
→ Podem causar infecções em adultos e pessoas 
imunossuprimidas (HIV +, quimioterápicos, tratamento 
com antibióticos reduz microbiota favorecendo 
imunossupressão) 
ISABELA MATOS – T5 – UFMS CPTL 
→ Diagnostico por microscopia eletrônica, porém difícil pelo 
tamanho reduzido. Não há outros testes disponíveis 
 
→ Na micrografia acima é possível observar o formato em 
estrela, sem envelope 
→ Podem infectar outros animais: causar hepatite em patos 
→ Sorotipos variando de 1-8: responsáveis por 10% dos 
casos de diarreia esporádica, aguda e não bacteriana em 
crianças 
→ Maioria dos casos em: crianças < 2anos, terceira idade 
(imunossenescência), imunocomprometidos 
SINTOMAS 
Podem aparecer: 
→ Febre, perda de apetite 
→ Náusea e vomito 
→ Dor de estomago 
→ Diarreia: dura de 2 a 4 dias 
→ Dor no corpo 
 
ADENOVÍRUS ENTÉRICOS 
→ São da família Adenoviridae 
→ Podem causa infecções respiratórias 
→ Vírus de DNA fita dupla, não envelopados, formato 
icosaedrico 
→ São um pouco maiores: 75nm de diâmetro 
→ Os tipos entéricos são dos grupos 40 e 41 e causam 
gastroenterites 
→ Geralmente causam surtos em crianças de ate 3 anos e 
neonatos 
→ É a segunda maior causa de gastroenterite viral: 7 -15% de 
todos os casos endêmicos 
→ Doença similar a causada pelos rotavírus 
→ Maioria das pessoas tem anticorpo aos 3 anos de idade 
→ Diagnostico usualmente por ELISA (detecção de antígeno), 
PCR ou microscopia eletrônica. Recentemente a CerTest 
Biotec lançou um cacete de teste que diferencia rota, 
adeno, astro e norovírus que são os principais vírus 
causadores de gastroenterite. Coleta as fezes e 
homogeneíza no tubo e pinga no cacete. Vai aparecer 
linha controle em todos e linha teste em um ou dois 
cacetes (coinfecção – não muito comum) 
OUTROS VÍRUS 
Entre os vírus causadores de infecções no TGI, há ainda os 
vírus que infectam o fígado como os vírus das hepatites A, B, 
C, D e E. 
O vírus da hepatite A é alimentar, isto é, transmitido por 
alimentos e água. 
Os vírus das hepatites B e C são de transmissão por sangue e 
relações sexuais. 
Há ainda poliovírus que apesar de causar infecção no sistema 
nervoso, seu primeiro local de replicação e no intestino.

Outros materiais