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Biologia Tecidual II, Unidade IV Tecido Muscular: células alongadas, ricas em miofilamentos e muitas mitocôndrias, o tecido muscular é responsável pelo movimento corporal, bem como alterações no formato e tamanho dos órgãos internos. Presença de estruturas contráteis, que são dividas e, em duas • Organizadas: formando “estrias” como no caso do tecido muscular esquelético e cardíaco; • Desalinhadas: como no caso do tecido muscular liso. Em todos os casos, existe uma dependência do íon cálcio para que a contração se realize. A contração ocorre pela ação de duas estruturas proteicas principais, que ocupam grande parte do citoplasma destas células: a actina e a miosina. • Filamentos de actina: finos e circundados por uma estrutura proteica chamada de complexo troponina- tropomiosina, auxiliam no controle da contração • Filamentos de miosina: espessos, a movimentação destas duas promove a chamada contração muscular. Estes filamentos formam sarcômeros, que são a menor unidade funcional de um músculo e deles provém toda a movimentação. Durante a contração, a miosina interage com a actina e ocorre um certo encurtamento da banda central. Este processo demanda um considerável gasto energético e, por isso, encontramos muitas mitocôndrias nas fibras musculares. Músculo Estriado Esquelético Inserido em nosso esqueleto, compondo os músculos que participam da locomoção, da manutenção da posição e da postura, este tipo de tecido celular também é o responsável pela movimentação ocular. Presença de estrias transversais, facilmente visualizadas ao microscópio, resultantes do arranjo estrutural dos filamentos de actina e miosina. Fibras musculares sincício multinucleado: formado pela fusão de várias células musculares, estas, formadas pelas miofibrilas (composta de miofilamentos). Tais fibras, quando organizadas e revestidas por tecido conjuntivo, formam o fascículo muscular que, por sua vez, forma a estrutura muscular. O conjunto formado pela fibra muscular e o neurônio que o inerva é chamado de unidade motora. Músculo Estriado Cardíaco Além da presença de estrias, é encontrado exclusivamente no coração. Diferencia-se do músculo estriado esquelético por conter discos intercalares, que atravessam a fibra muscular, servindo como ponto de fixação com as células vizinhas.essa ligação une duas ou mais células, formando uma fibra com aspecto ramificado. Diferenças entre os músculos estriado esquelético e cardíaco: � Tamanho da fibra, sendo a cardíaca bem menor, � Quantidade de mitocôndrias e a possibilidade de comunicação do potencial de ação entre as fibras que ocorre no tecido cardíaco, � Presença de junções comunicantes. Contam com grande quantidade de mitocôndrias e grânulos de glicogênio, conferindo energia para a contração do músculo cardíaco, que precisa ser vigorosa. Células autoexcitáveis ou marcapasso:Os batimentos cardíacos são controlados por essas células especializadas (cerca de 1% das células do tecido cardíaco), que conseguem se contrair e conduzir o potencial de ação, estimulando as demais células à contração sem a necessidade de estímulo externo, mantendo assim a automação dos batimentos. � células autoexcitáveis ou marcapasso: são menores e com menos fibras contráteis e estão presentes no nodo sinoatrial, nodo atrioventricular, feixe de His e fibras de fibras de Purjinke. O sistema nervoso atua no tecido cardíaco na força de contração e frequência cardíaca em situações em que é necessário modificar a distribuição de sangue no corpo, como em uma corrida. Músculo Liso: células fusiformes (alargadas no centro e afiladas nas extremidades) não estriadas, encontrado nas vísceras e promove movimentos lentos e involuntários, porém conseguem manter a contração por mais tempo sem se fatigar. Possuem um tamanho que pode variar em situações especiais, como o aumento uterino durante a gravidez. A contração é diretamente ligada ao aumento da concentração de íons de cálcio no meio intracelular, a movimentação se dá por estímulos mecânicos, elétricos e químicos. Dessa forma exige dois tipos de contração no músculo: � Unitário: o potencial de ação passa de uma célula para outra, fazendo com que a contração ocorra como uma unidade única; � Multiunitário: cada fibra é estimulada e contrai de modo independente Tecido Nervoso Formado por dois tipos diferentes de células: � Neurônios: unidade funcional do sistema nervoso; � Euroglias, ou, células glias: não são condutoras, mas promovem sustentação e suporte para o neurônio O potencial de ação origina o impulso nervoso. A presença de diversos íons dentro e fora da célula faz com que ela tenha um potencial, ou seja, uma carga elétrica dentro e fora da membrana. Ao receber o estímulo, em milissegundos, os canais iônicos se abrem, e o sódio extracelular penetra pela membrana, causando mudança na polaridade. Em outros milissegundos posteriores, a abertura dos canais de potássio desloca esse íon para o meio externo e termina o potencial de ação. Esses eventos ocorrem sucessivamente por toda a membrana neuronal, promovendo a transmissão do estímulo. Devido à presença de estruturas especiais, a velocidade pode ser ampliada, pois o impulso salta de uma área sem isolamento elétrico para outra. Neurônios Existem aproximadamente 10 bilhões de neurônios em nosso organismo. Estas células de formato estrelado e com projeções alongadas a partir do corpo celular (dendritos e axônio) são os responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos que controlam nosso corpo. Núcleo é a maior parte das demais organelas, O complexo de Golgi é encontrado somente nesta parte da célula. Dendritos: estruturas ramificadas, semelhantes aos galhos da copa de uma árvore, responsável pela recepção de estímulos nervosos provenientes de outra célula e de repassá-los ao corpo celular. Através de suas proteínas, são os primeiros a processar os impulsos nervosos que chegam ao neurônio. Axônios:muito ma is longos que os dendritos e encontrados de forma única na célula, responsáveis pela propagação do impulso nervoso. Telodentro: parte final do axônio, bastante ramificada, permitindo a comunicação com os dendritos de outros neurônios através das sinapses. Sinapses ou fendas sinápticas: pequenos espaços especializados onde ocorre o contato entre os neurônios e, assim, ocorre a transmissão do impulso nervoso. O processo de condução sináptica: Ao atingir o terminal axônico, o impulso nervoso promove uma despolarização da região, o que provoca a abertura dos canais de íons de cálcio. Com essa saída de cálcio, as vesículas contendo neurotransmissores se fundem à membrana e liberam seus conteúdos na fenda sináptica. Os neurotransmissores ligam-se aos canais regulados por transmissor, modificando as proteínas deste canal e abrindo seus poros. Dependendo do íon que entra por esses canais, temos um tipo diferente de resposta. Os neurônios são divididos em três tipos de categoria: sensitivos, motores e interneurônios. � Sensitivos: transmitem as sensações captadas pelo organismo para o sistema nervoso central processá-las. Variações de temperatura, luminosidade, sons, dores e afins são carregados pelas vias aferentes (somáticas e viscerais). � Motores: formam as vias eferentes e caracterizam uma resposta ao estímulo recebido. Podemos dizer que estes neurônios transmitem o impulso nervoso do sistema nervoso aos órgãos receptores � Interneurônios: formam uma rede de integração entre neurônios sensitivos e motores. Tal rede é formada por cerca de 99,9% dos neurônios existentes em nosso corpo. Neuroglia Oferecer suporte físico e proteção; facilitar a transmissão dos impulsos, regular o líquido intercelular; reparar danos, depurar neurotransmissores e promover trocas entre o sistema nervoso e o sangue. Existem diferentes tipos de células que formam a neuroglia: Sistema nervoso central (SNC): neurogliacentral, � Astrócitos: formato estrelado e maiores que as demais células. Responsáveis pela sustentação e modulação das atividades neuronais por meio do tamponamento de potássio e, pelo movimento de metabólitos e formam, junto aos vasos sanguíneos, a barreira hematoencefálica. � Oligodentrócitos: produzem bainha de mielina para as células do SNC através de camadas concêntricas de sua membrana plasmática, que envolvem o axônio. A bainha de mielina protege o axônio e acelera a velocidade de condução do impulso nervoso � Micróglia: promove a fagocitose, conferindo a defesa ao tecido nervoso ao remover bactérias, células deficientes ou restos de células que sofreram apoptose. São as menores células gliais e possuem uma grande quantidade de lisossomos. � Ependimárias: revestem as cavidades cerebrais e os canais centrais da medula espinhal e, por conter cílios, ajudam na movimentação e absorção do líquido cefalorraquidiano (líquor). Sistema nervoso periférico (SNP): neuroglia periférica. � Células de Schwann: realizam função semelhante as células de oligodentrócitos(SNC), porém expressam proteínas diferentes para realizar a mielinização. Enquanto os oligodentrócitos podem mielinizar diversos axônios em suas proximidades, as células de Schwann o fazem em uma única célula. � Células-satélites: são penetradas pelos prolongamentos axônicos e dendríticos para estabelecer uma sinapse em um local controlado e isolado eletricamente; � Células neurogliais entéricas: assim como os astrócitos, oferecem proteção e suporte metabólico.