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Anatomia do Fígado

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Daniel Carlini – MEDUNEB13 Página | 1 
 
Anatomia do Fígado 
É a maior víscera abdominal e está localizado 
na cavidade abdominal superior. Por conta 
dessa região, o fígado apresenta o formato 
de uma cunha. Ao longo da vida, a sua colo-
ração é marrom avermelhada. 
FACES 
 
FACE SUPERIOR é a maior das faces do fí-
gado e está imediatamente abaixo do dia-
fragma, separada dele pelo peritônio. A 
maior parte da face superior está embaixo 
da cúpula direita, mas há no centro uma im-
pressão rasa — impressão cardíaca – que 
corresponde à posição do coração. 
 
FACE ANTERIOR é triangular, convexa e co-
berta por peritônio – exceto na fixação do li-
gamento falciforme. 
 
FACE DIREITA é coberta por peritônio e é ad-
jacente à cúpula direita do diafragma. O pul-
mão direito e a pleura pulmonar estão acima 
e são laterais ao terço superior desta face. 
Lateralmente ao terço médio, tem-se o dia-
fragma e o recesso costodiafragmático re-
vestido pela pleura. 
FACE POSTERIOR é convexa, larga à direita, 
mas estreita à esquerda. A concavidade pro-
funda mediana corresponde à convexidade 
anterior da coluna vertebral. A maior parte 
desta face está presa no diafragma, por 
meio de tecido conjuntivo frouxo e se cons-
titui na “área nua” triangular. A veia cava in-
ferior está em um sulco na extremidade me-
dial da área nua. À esquerda do sulco da veia 
cava inferior, a face posterior do fígado é 
formada pelo lobo caudado e está coberta 
por uma lâmina de peritônio contínua com a 
lâmina inferior do ligamento coronário. 
 
FACE INFERIOR é delimitada pela margem 
inferior do fígado. Em geral, a vesícula biliar 
está em uma fossa rasa, mas sua posição é 
variável: ela pode ter um mesentério curto 
ou ser completamente intra-hepática e estar 
dentro de uma fenda do parênquima hepá-
tico. Essa face, ainda, está relacionada infe-
riormente com o fundo gástrico. À direita da 
vesícula, a face está relacionada com a fle-
xura direita do cólon, com a glândula suprar-
renal direita, com o rim direito e com a parte 
superior do duodeno. 
LOBOS 
LOBO DIREITO é o lobo com maior volume e 
contribui para a formação de todas as faces 
do fígado. Está separado do lobo hepático 
esquerdo pelo ligamento falciforme 
 
 
Daniel Carlini – MEDUNEB13 Página | 2 
 
superiormente e pelo ligamento venoso 
inferiormente. Na face inferior, à direita do 
sulco formado pelo ligamento venoso, há 
duas proeminências separadas pela porta do 
fígado: o lobo caudado, posterior à porta do 
fígado; lobo quadrado, anterior à porta do 
fígado. 
LOBO ESQUERDO é o menor dos dois lobos 
principais, está à esquerda do ligamento 
falciforme e não possui subdivisões 
(felizmente, né). É consideravelmente mais 
fino que o lobo hepático direito e tem um 
ápice estreito que aponta para o quadrante 
superior esquerdo. 
LOBO QUADRADO é visível como uma 
proeminência na face inferior do fígado, à 
direita do sulco formado pelo ligamento 
venoso. É anterior à porta do fígado e é 
delimitado pela fossa da vesícula biliar à 
direita, por uma porção pequena da 
margem inferior anteriormente, pela fissura 
do ligamento redondo à esquerda e pela 
porta do fígado posteriormente. 
LOBO CAUDADO é visível como uma 
proeminência nas faces posterior e inferior; 
à direita do sulco formado pelo ligamento 
venoso, é posterior à porta do fígado. À sua 
direita, está o sulco da veia cava. Acima, é 
contínuo com a face superior. Ele tem 
origem no lobo hepático direiro, mas é 
funcionalmente separado deste. 
FISSURAS 
FISSURA PORTAL PRINCIPAL se estende da 
ponta da vesícula biliar até o ponto médio da 
veia cava inferior e contém a veia hepática 
intermédia (principal). Divide o fígado em 
metades direita e esquerda. 
FISSURA PORTAL ESQUERDA divide a me-
tade esquerda do fígado em medial (ante-
rior) e lateral (posterior). Estende-se do 
ponto médio da margem inferior do fígado 
até o ponto que marca a confluência das 
veias hepáticas esquerda e intermédia. 
FISSURA PORTAL DIREITA divide a metade di-
reita do fígado em medial (anterior) e lateral 
(posterior). Segue da extremidade lateral da 
margem anterior direita à confluência das 
veias hepáticas esquerda e intermédia. Essa 
fissura separa a divisão anterior direita da 
posterior direita e contém a veia hepática di-
reita. Ainda, aqui é marcado o ponto mais 
espesso do parênquima hepático. 
FISSURA UMBILICAL contém o ramo princi-
pal da veia hepática esquerda. Frequente-
mente, é avascular, podendo ser seccio-
nada. Contém a parte umbilical do ramo es-
querdo da veia porta, ramos da artéria hepá-
tica esquerda e as divisões finais do ducto 
hepático esquerdo. 
FISSURA VENOSA é uma continuação da fis-
sura umbilical e contém o ligamento venoso. 
A continuação mais profunda desse plano 
corresponde à fissura dorsal. 
DIVISÕES 
As divisões do fígado são compostas de 1-3 
segmentos: 
Divisão lateral direita = segmentos VI e VII; 
Divisão medial direita = segmentos V e VIII; 
Divisão medial esquerda = segmentos III e IV, 
e parte do I; 
Divisão lateral esquerda = segmento II. 
SEGMENTO I corresponde ao lobo caudado 
anatômico e é posterior ao segmento IV. As 
bainhas de Glisson destinadas ao segmento 
I se originam das bainhas principais direita e 
esquerda. Portanto, tal segmento recebe in-
dependentemente vasos dos ramos direito e 
 
 
Daniel Carlini – MEDUNEB13 Página | 3 
 
esquerdo da veia porta e da artéria hepática, 
e drena de modo independente para a veia 
cava inferior por vários ramos pequenos. Os 
ductos biliares responsáveis pela drenagem 
do segmento estão intimamente relaciona-
dos com a confluência dos ductos hepáticos 
direito e esquerdo. 
SEGMENTO II é posterolateral à fissura es-
querda. Com frequência, possui apenas uma 
bainha de Glisson e drena para a veia hepá-
tica esquerda. 
SEGMENTO III está entre a fissura umbilical 
e a fissura esquerda, e é, frequentemente, 
suprido por uma a três bainhas de Glisson. 
Drena para a veia hepática esquerda. 
SEGMENTO IV está entre a fissura umbilical 
e a fissura principal. É suprido por três a 
cinco bainhas de Glisson. A principal drena-
gem venosa do segmento segue para a veia 
hepática intermédia. O segmento pode dre-
nar também para a veia hepática esquerda 
por meio da veia do ligamento falciforme. 
SEGMENTO V é inferior à divisão medial di-
reita e está entre as veias hepáticas intermé-
dia e direita. A drenagem venosa segue para 
as veias hepáticas direita e intermédia. 
SEGMENTO VI forma a parte inferior da divi-
são lateral direita. É com frequência suprido 
por dois a três ramos da bainha de Glisson 
posterior direita. Normalmente, a drenagem 
venosa segue para a veia hepática direita. 
SEGMENTO VII forma a parte superior da di-
visão posterior e está atrás da veia hepática 
direita, local onde segue a drenagem ve-
nosa. 
SEGMENTO VIII é a parte superior da divisão 
anterior direita. A drenagem venosa segue 
para as veias hepáticas direita e intermédia. 
SEGMENTO IX é uma subdivisão recente do 
segmento I e corresponde à parte do seg-
mento que é posterior ao segmento VIII. 
 
LIGAMENTOS E FIXAÇÕES PERITONIAIS 
LIGAMENTO FALCIFORME é responsável por 
prender o fígado no abdome. As duas lâmi-
nas desse ligamento descem da superfície 
posterior da parede anterior do abdome e 
do diafragma e viram sobre as faces anterior 
e superior do fígado. A lâmina direita segue 
lateralmente e é contínua com a lâmina su-
perior do ligamento coronário. A lâmina es-
querda do ligamento falciforme vira medial-
mente e é contínua com a lâmina anterior do 
ligamentotriangular esquerdo. 
LIGAMENTO CORONÁRIO é formado pela re-
flexão do peritônio proveniente do dia-
fragma sobre a face posterior do lobo hepá-
tico direito. Uma grande área triangular do 
fígado desprovida de cobertura peritoneal – 
a “área nua” – é delineada entre as duas lâ-
minas do ligamento coronário. Nessa área, o 
fígado está preso ao diafragma por meio de 
tecido areolar e é contínuo inferiormente 
com o espaço pararrenal anterior. À direita, 
o ligamento coronário é contínuo com o li-
gamento triangular direito. À esquerda, as 
duas lâminas mantêm-se bem justapostas e 
formam o ligamento triangular esquerdo. 
LIGAMENTOS TRIANGULARES O ligamento 
triangular esquerdo é uma lâmina dupla de 
peritônio que se estende por uma distância 
variável sobre a margem superior do lobo 
 
 
Daniel Carlini – MEDUNEB13 Página | 4 
 
hepático esquerdo. Ele está na frente da 
parte abdominal do esôfago, da extremi-
dade superior do omento menor e de parte 
do fundo gástrico. O ligamento triangular di-
reito é uma estrutura curta localizada no 
ápice da “área nua” do fígado e é contínuo 
com as lâminas do ligamento coronário. 
OMENTO MENOR é uma prega de peritônio 
que se estende da curvatura menor do estô-
mago e da parte proximal do duodeno até a 
face inferior do fígado. Sua fixação na face 
inferior do fígado tem forma de L. O compo-
nente vertical do L segue a linha da fissura 
do ligamento venoso – o remanescente fi-
broso do ducto venoso. Mais inferiormente, 
a fixação segue horizontalmente e completa 
o L na porta do fígado. Na sua extremidade 
superior, a lâmina superior do omento me-
nor é contínua à esquerda com a lâmina pos-
terior do ligamento triangular esquerdo, e a 
lâmina inferior é contínua à direita com o li-
gamento coronário na parte em que ele en-
volve a veia cava inferior. 
LIGAMENTO VENOSO corresponde à cone-
xão venosa, agora obliterada, existente en-
tre o ramo esquerdo da veia porta e a veia 
hepática esquerda durante a vida fetal. 
PORTA DO FÍGADO, LIGAMENTO HEPATO-
DUODENAL E PLACA HILAR 
A porta do fígado é uma profunda fissura da 
face inferior do fígado e está situada entre o 
lobo quadrado na frente e o processo cau-
dado atrás. Ela contém a veia porta, a artéria 
hepática, plexos nervosos hepáticos, 
quando ascendem para o parênquima do fí-
gado, os ductos hepáticos direito e esquerdo 
e alguns vasos linfáticos, quando emergem 
do fígado. Todas essas estruturas estão en-
voltas pela cápsula fibrosa perivascular – 
cápsula de Glisson –, uma bainha de tecido 
conjuntivo frouxo que rodeia os vasos que 
passam pelos canais portais no interior do fí-
gado e é contínua com a cápsula hepática fi-
brosa. 
O denso agrupamento de vasos, que serve 
de suporte para o tecido conjuntivo, e o pa-
rênquima hepático logo acima da porta do 
fígado são muitas vezes chamados de “placa 
hilar” do fígado. A artéria hepática, o ducto 
biliar e a veia porta se estendem da porta do 
fígado até o duodeno, passando pela borda 
livre do ligamento hepatoduodenal, que 
forma o limite anterior do forame omental. 
O ducto hepático esquerdo permanece ex-
tra-hepático enquanto segue para baixo até 
a bifurcação ao longo da base do segmento 
IV (o lobo quadrado). 
BAINHA DE GLISSON A cápsula fibrosa peri-
vascular se condensa ao redor dos ramos 
das estruturas da tríade portal, e esse tecido 
capsular condensado que acompanha as es-
truturas da tríade à medida que penetram 
no parênquima hepático e se estendem até 
cada um dos segmentos do fígado é cha-
mado de bainha de Glisson.

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