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Resumo-expandido- Sistema de transportes docx

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A escolha do transporte individual em detrimento do transporte público coletivo: o
impacto da pandemia do covid-19 em tempos de isolamento social
Iane de Lira Bezerra1
iane.lira@academico.ifpb.edu.br
Josefa Luana Barbosa Josué2
luana.josue@academico.ifpb.edu.br
Tayná Silva Gomes3
tayna.gomes@academico.ifpb.edu.br
Wilson Marques de Andrade Filho4
wilson.marques@academico.ifpb.edu.br
Instituto Federal da Paraíba (IFPB) - Campus Cajazeiras
INTRODUÇÃO
A Covid-19 teve seu início na província chinesa de Wuhan, na China, no final de 2019. É uma
síndrome respiratória aguda e grave, causada por um novo tipo de Coronavírus, que se torna fatal
em pessoas com comorbidades que sofrem com a baixa imunidade e problemas nos sistemas
cardiorrespiratórios (LIRA e ALMEIDA,2020).
No Brasil, a pandemia do Covid-19 registrou seu primeiro caso suspeito em janeiro de 2020
(BRASIL, 2020). Desde então, a dinâmica social e econômica em todo o país esteve em constante
regulamentação, afetando diversas esferas, inclusive a da mobilidade urbana, na forma de
distanciamento social e medidas sanitárias diversas.
O isolamento social provocou a diminuição de locomoção nas cidades, assim como no uso de
transporte público coletivo, já que este se configura um local com altíssimo risco de contaminação.
A tendência, nesse sentido, é que os usuários priorizem o transporte individual motorizado,
contribuindo para o congestionamento das vias, aumento da taxa de acidentes e poluição
atmosférica, como evidenciado em (XAVIER,2020):
“No Brasil, a tendência é que o transporte
público por ônibus perca demanda para os modos
individuais motorizados.[..] Em um cenário de
demora na validação de uma vacina eficaz contra
a Covid-19, o desincentivo ao uso do transporte
coletivo pode potencializar os malefícios gerados
pelo estímulo ao transporte individual
motorizado, como a poluição ambiental, mortes
por acidentes e aumento de taxas de
congestionamento.”
De acordo com (COUTO E MEDEIROS, 2020), se após o isolamento social a preferência for
mesmo pelo veículo individual motorizado, [...] as cidades não vão suportar a quantidade de
automóveis e os congestionamentos serão ainda mais caóticos. Em contrapartida, fatores como
limpeza de espaço público se tornaram mais efetivas com a diminuição de circulação, já que a
demanda de empregos home office e compras online aumentaram consideravelmente.
mailto:iane.lira@academico.ifpb.edu.br
mailto:luana.josue@academico.ifpb.edu.br
mailto:tayna.gomes@academico.ifpb.edu.br
mailto:wilson.marques@academico.ifpb.edu.br
Como forma de facilitar as medidas de distanciamento social em espaços públicos, algumas cidades
já se adaptam ao novo contexto. Segundo (MASSON e KRETZER, 2020), iniciativas neste sentido
têm atuado no desenho urbano com pautas como: alargamento de calçadas e de espaços públicos
reduzindo-se o espaço de circulação ou estacionamento de veículos motorizados; extensão e
qualificação de espaços para a circulação de bicicletas; e suporte econômico ao transporte público
coletivo, além das medidas de segurança e higienização.
O objetivo deste artigo é apresentar os impactos decorrentes das escolha do tipo de
transporte(coletivo ou individual) tendo em vista um cenário pandêmico. Busca-se apontar aspectos
tanto positivos quanto negativos dentro do conceito de mobilidade urbana para o período em
questão.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa da literatura, o processo de análise da pesquisa
se sucedeu nas seguintes etapas: identificação do tema; levantamento da questão de pesquisa; coleta
de dados; avaliação dos artigos selecionados que corroborem com a proposta de pesquisa;
construção de fichamentos para a sintetização das informações extraídas dos artigos e em seguida
realizar a discussão dos dados.
Com buscas na base de dados Google Acadêmico, em abril de 2021. Foram selecionados 8 artigos
do ano de 2020 dentre os vários encontrados através dos descritores: mobilidade urbana, Covid-19,
transportes, impactos; conceitos essenciais para o presente resumo. Utilizando-se assim de fontes
secundárias do que já foi publicado sobre a seguinte temática.
RESULTADO E DISCUSSÃO
A pandemia do Coronavírus mudou drasticamente diversos fatores na sociedade, a mobilidade
urbana foi um deles. O isolamento impactou grande parte dos deslocamentos diários, alguns
cessando devido ao lookdown ou outros precisando ser modificados para poder continuar. O
impacto maior foi no transporte coletivo, um dos mais utilizados pelos brasileiros. Milhares e
milhares de pessoas utilizam esse meio de transporte no dia a dia, aumentando o risco de
contaminação, devido a preocupação dos usuários com a aglomeração e medidas de higiene.
Com isso, as pessoas deram prioridade ao uso do transporte individual, tanto motorizado quanto
alternativo, aumentando o congestionamento drasticamente, como destaca (COUTO e
MEDEIROS, 2020):
"Medidas como a instalação de políticas de
subsídio do transporte público, de ampliação das
ciclovias, de aplicação de ações de desestímulo
do uso do transporte individual motorizado, de
melhora na segurança pública e de circulação de
pedestres e ciclistas etc., se mostraram urgentes
durante a quarentena, não apenas para gerar
condições mínimas para mobilidade ativa, mas
também para melhorar a qualidade de vida da
população como um todo."
Nesse sentido, percebe-se que essa pandemia, a despeito da forma como os governantes a encaram,
modificou radicalmente hábitos e costumes dos diferentes povos em todos os continentes. De um lado,
pessoas se revelam mais solidárias e empáticas, de outro, antigos problemas, como a ação de corruptos
que se aproveitam da situação para desviar dinheiro público (PIVATO e ALMEIDA, 2020).
A mobilidade é um problema antigo das cidades brasileiras. Elas crescem desordenadamente e a
ocupação dos espaços segue a lógica do capital especulativo imobiliário criando uma série de
demandas, entre elas a do serviço público de transporte coletivo.O papel do Estado no planejamento e
na gestão da política de mobilidade urbana é essencial, sem o qual, ou sem a uma participação efetiva
o caos social e econômico se instala (PIVATO e ALMEIDA, 2020).
Existe uma sensação de que a sociedade se acomodou diante da negligência de como o transporte
coletivo é tratado como uma mera necessidade de “transportar os mais pobres” (Xavier, 2020). Ainda
como referência desse raciocínio, Rolnik e Klintowitz (2011) afirmam que a sociedade tem a
percepção pública da crise de mobilidade como parte do problema de trânsito. Sem um diagnóstico
preciso, não há como cobrar soluções.
No Brasil, a tendência é que o transporte público por ônibus perca demanda para os modos individuais
motorizados. RODRIGUES e AMÂNCIO (2020b) alerta que em um cenário de demora na validação
de uma vacina eficaz contra Covid-19, o desincentivo ao uso do transporte coletivo pode potencializar
os malefícios gerados pelo estímulo ao transporte individual motorizado, como a poluição ambiental,
mortes por acidentes e aumento das taxas de congestionamentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É nítida a mudança de costumes e hábitos provocada pela pandemia. De um lado, o transporte público
apresenta-se como principal vetor de contaminação em períodos de distanciamento social. De outro, as
consequências ambientais e dinâmicas nas estruturas das cidades são duramente afetadas pela
diminuição do uso desse tipo de modal. Este último não é novo, muito pelo contrário, apenas se tornou
mais evidente devido a pandemia enfrentada. Se medidas necessárias para mudar esse quadro não
forem tomadas, a mobilidade urbana sofrerá ainda mais com esses congestionamentos, aumentando até
índices de acidentes. A taxa de utilização de transportes alternativos e individuais tendem a subir, o
que torna a precisão ainda maior de um planejamento de mobilidade visando essas
mudanças.Iniciativas públicas que visem facilitar esse afastamento e ainda melhorar a dinâmica de
mobilidade das cidades configurariam uma ótima ferramenta de trabalhabilidade, haja vista oenorme
potencial de modelos urbanos com essas características.
Portanto, o estudo buscou ampliar as discussões sobre os efeitos que a pandemia do COVID-19
ocasiona na mobilidade das pessoas, devido ao receio de contágio por conta de aglomerações. Ainda
há a tendência do aumento do home office e do estudo a distância cada vez mais, o que causaria mais
mudanças significativas na mobilidade urbana.
PALAVRAS-CHAVE: Mobilidade urbana. Transportes; Pandemia e Impactos.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos à Instituição do IFPB - Campus Cajazeiras pelo apoio no
desenvolvimento desta pesquisa.
REFERÊNCIAS
LIRA, M. C. ALMEIDA, S. A. A Volatilidade no Mercado Financeiro em tempos da Pandemia do
(Novo)Coronavírus e da Covid-19: Impactos e Projeções. JNT- Facit Business and Technology
Journal. ISSN: 2526-4281. Outubro de 2020 - Ed. 19. Vol. 1. Págs. 140-157. Disponível:
www.revistasdafacit/jnt.edu.br. Acesso em: 20-Abril-2021
PIVATO, M. C. ALMEIDA, S. A. Mobilidade Urbana, a pandemia do (novo) coronavírus
(COVID-19) e seus impactos na economia: Revisão de Literatura JNT- Facit Business and
Technology Journal. ISSN: 2526-4281. Outubro de 2020 - Ed. 19. Vol. 1. Págs. 225-238. Disponível:
www.revistasdafacit/jnt.edu.br. Acesso em: 21-Abril-2021
BRASIL, Secretaria de Vigilância em Saúde. Infecção Humana pelo Novo Coronavírus
(2019-nCoV). Boletim Epidemiológico, [S. l.], ano 2020, n. 3, p. 1-17, 3 fev. 2020.
XAVIER, O. B. Transporte público por ônibus no Brasil e a COVID-19: Rumo ao colapso dos
sistemas?. 34º Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte da ANPET, Digital, p. 282-293, 16 nov.
2020.
LEIVA, Guilherme de Castro; SATHLER, Douglas; ORRICO FILHO, Rômulo Dante. Estrutura
urbana e mobilidade populacional: implicações para o distanciamento social e disseminação da
Covid-19. Revista brasileira de estudos de população, [s. l.], v. 37, p. 1-22, 18 jan. 2020
COUTO, Cecília de Freitas; MEDEIROS, Gabriela Dantas. A pandemia da Covis-19 e os impactos
para a mobilidade urbana. Anais do 34º Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte da ANPET,
[S. l.], p. 346-355, 16 nov. 2020.
MASSON, Daiane D; KRETZER, Geruza. Efeitos e tendências para a mobilidade urbana por
conta da pandemia do Covid-19: O caso de Nova Serrana - MG. 34º Congresso de Pesquisa e
Ensino em Transporte da ANPET, [s. l.], p. 312-323, 16 nov. 2020
PEREIRA, Rafael H.; BRAGA, Carlos. Nota Técnica / IPEA Dirur. Mobilidade urbana e o acesso ao
sistema único para casos suspeitos e graves de Covid-19 nas vinte maiores cidades do Brasil, [s.
l.], v. 14, 10 abr. 2020.
RODRIGUES, A. e T. AMÂNCIO (2020b) Medo da Covid-19 pode gerar onda de migração para
carro e moto. Jornal Folha de São Paulo, SP, Brasil, 15 jul. 2020, Ano 100, nº 33.341, p. 20

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